A INFLUÊNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

ALMEIDA, Léia Mazuchini.

E- mail: [email protected]

CASTILHO, Léia

RESUMO

Este trabalho de pesquisa tem como tema, Jogos e brincadeiras na educação infantil, cujo objetivo é verificar a importância dos jogos e brincadeiras com as crianças pequenas. O referencial teórico está fundamentado em: pesquisa bibliográfica, fundamentando na reflexão de leituras de textos, de autores diversos Livros, sites. Com objetivos da pesquisa consistiram em, verificar em que aspecto o lúdico favorece a aprendizagem e interação aluno x professor. Dos estudos bibliográficos percebemos que os jogos e brincadeiras realmente são suporte que contribuem com a aprendizagem de forma significativa, embora muitos professores os tenham como passatempo. As brincadeiras não podem ser consideradas como frívolas ou sem significados, mas como algo marcante na infância. É na infância que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação de identidade. Sendo, portanto, um período de aprendizagem necessária para que a criança se torne um adulto mais completo e maduro. Procurando evidenciar como estes instrumentos lúdicos são importantes para auxiliar a prática educativa no processo de ensino aprendizagem. Fazendo uma reflexão sobre a realidade da escola, evidenciando uma discrepância entre o discurso e a prática na construção de conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes linguagens e exercendo a capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem.

Palavra-chave: Educação, jogo, brincadeira, criança, aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

 

Embora as crianças desenvolvam suas capacidades de maneira heterogênea, a educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integrais de todas as crianças. Para que isso ocorra, faz-se necessário uma atuação que propicie o desenvolvimento das capacidades envolvendo aquelas de ordem física, efetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.

Objetivo dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da aprendizagem na Educação Infantil, esses recursos devem ser aplicados adequadamente Investigando a importância num estudo sobre o lúdico, jogos e brincadeiras, no desenvolvimento integral da criança na educação infantil.

Sabe-se que o lúdico tem favorecido no processo ensino aprendizagem e quando professor utiliza o jogo em sala de aula, o papel do aluno centra nas atividades de relacionamento, comparação e organização; ao professor cabe apenas a tarefa de orientar a busca de soluções. A importância dos jogos e brincadeiras está ligada também, ao desenvolvimento de atitudes de convívio social, pois o aluno, ao atuar em equipe, supera pelo menos seu egocentrismo, facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, comunicação e construção de conhecimento.

Por meio de brincadeira e jogos a criança aprende a agir, tem sua curiosidade estimulada e exercita sua autonomia, e esta dupla natureza nos leva a considerar o brincar e jogar parte integrante da atividade educativa. 

Brincadeira e jogos são ferramentas e parceiros silenciosos que desafiam a criança possibilitando as descobertas e a compreensão de que o mundo está cheio de possibilidades e oportunidades para a expansão da vida com alegria, emoção, prazer e vivência grupal, são meios que a criança utiliza para se relacionar e divertir com as outras crianças.

Um dos motivos da realização desse estudo é comprovar que com a utilização de jogos e brincadeiras em sala de aula, haverá uma contribuição à formação de atitudes sociais como, respeito mútuo, cooperação, relação social e interação, auxiliando na construção do conhecimento.

 

 

¹ Aluno do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso, ( 6º semestre – 2013).

Esse estudo é muito importante tanto para alunos, professores e acadêmicos, pois com a troca de experiências, teorias e práticas, todos terão crescimento.

Este trabalho propõe mostrar como são desenvolvidos os jogos e as brincadeiras e sua infância no desenvolvimento da aprendizagem e o conhecimento da criança. E fazer uma reflexão, tendo em vista o desenvolvimento nos alunos a construção do conhecimento, raciocínio lógico, pensamento reflexivo, a criatividade, sociabilidade, pois devendo estar alterando constantemente as metodologias de ensino, em busca de melhores resultados na aprendizagem da criança.

Veremos que os jogos, brinquedos, e brincadeiras que fazem parte do mundo da criança são excelentes instrumentos lúdicos, proporcionando a construção do conhecimento de forma prazerosa. De maneira que possamos estimular nossas crianças a brincarem hoje, para que sejam adultos felizes e realizados amanhã.

 

 

2. A CRIANÇA E AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O brinquedo e as brincadeiras tornaram-se nos últimos tempos, instrumentos de interesse de psicólogos e educadores, dados a sua importância para o desenvolvimento da criança, e a construção do conhecimento. E a participação ativa da criança e a natureza prazerosa e inerente a diferentes tipos de jogos têm servido de argumento para fortalecer a concepção segundo a qual se aprende brincando.

 

A ciência antropológica é o estudo empírico-indutivo e sistemático da cultura, integrada numa sociedade da vida de qualquer coletividade humana, integrada numa sociedade nacional civilizada, a qual se caracteriza pela espontaneidade e pelo poder de motivação. ( PINTO, 2005.p.16)

 

 

Brincar supõe, de início, que, no conjunto das atividades humanas, algumas sejam repertoriadas e designadas como “brincar” a partir de um processo de designação e de interpretação complexo. Não é objetivo de essa comunicação mostrar que esse processo de designação varia no tempo de acordo com as diferentes culturas.

 

 

Se o pensamento da criança é qualitativamente diferente do nosso, o objetivo principal da educação é compor a razão intelectual e moral: como não se pode moldá-la de fora, a questão é encontrar o meio e os métodos convenientes para ajudar a criança a construí-la ela mesma, isto é, alcançar, no plano intelectual, a coerência e a objetividade e, no plano moral, a reciprocidade. CÓRIA-SABINI, 2004.p.18).

 

 

Ao lidar com os objetos existentes na brincadeira e nos jogos a criança pode lidar com o significado das palavras por meio do próprio objeto concreto, e por esta ação de brincar a criança embora não possua linguagem gramatical, consegue internalizar a definição funcional de objetos, e a criança passa a relacionar as palavras com algo concreto.

Brincar é muito importante para a criança, portanto essa atividade não deve ser vista como meramente distrativa ou ainda, como passatempo. Muito pelo contrário, é uma atividade que participa da estruturação do sujeito, além de ser um recurso psicopegagógico importante nas práticas educativas. (GRASSI, 2008, p.33).

O ato de brincar estimula o uso da memória que ao entrar em ação se amplia e organiza o material a ser lembrado, tudo isto está relacionado com aparecimento gradativos dos processos da linguagem que ao reorganizarem a vivência emocional e eleva a criança a um novo nível de processos psíquicos. Conclui-se então que a ação de brincar (o lúdico) é um fator importante para o desenvolvimento humano, sendo que ele a partir da situação imaginária introduz gradativamente entre outras coisas a criança a um mundo social, cheio de regras. Portanto, surgem transformações internas no desenvolvimento da criança em conseqüência do brinquedo, cujo fundamento é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre as situações do pensamento e as reais.

A criança se empenha durante o brincar da mesma maneira que se esforça para aprender a andar, a falar, a se desinibir, a comer. Esse esforço é tão intenso que, às vezes, ela fica concentrada na atividade e nem escuta quando alguém a chama. Essa mobilização presente nas condutas, lúdicas, por si só, deveria servir  como indicativo a respeito da importância que elas tem para as próprias crianças. (SEBER, 1995, p.53).

Precisamos voltar a brincar, não sendo necessário voltar a ser criança novamente, mas apenas conviver, reviver e resgatar com prazer a alegria do brincar, por isso, é importante aproveitar a potencialidade dessas ludicidade, afim de que se possa transpor esta experiência para o campo da educação.

Depoimento de Marina Marcondes Machado. Os brinquedos são matéria-prima das crianças para realizar descobertas. Ao brincar, procuram seus lugares no mundo. Os brinquedos são objetos utilizados por elas como instrumento da grande descoberta, da descoberta eu. (WEIS, 1989.p.70)

Brincar com palavras, com letras ou números, manuseá-los ludicamente, antes de dar a este manuseio um caráter instrumental, sendo que o educador pode desempenhar um importante papel no transcorrer das brincadeiras ou jogos se conseguir discernir os momentos em que deve só observar, em que deve intervir na coordenação dos mesmos, ou em que deve integrar-se como participante, o importante não é saber brincar, mas sim, sentir prazer no jogo ou brincadeira.

 

 

2.1 A CRIANÇA E OS JOGOS

 

O jogo não segue uma lógica da ciência, mas sim a lógica de um contexto social, de uma linguagem do cotidiano, podendo então sofrer alterações e interpretações de acordo com o contexto social em que ele é praticado e analisado. Cada contexto social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se expressa por meio da linguagem. (RAU, 2011.p.86).

A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a Educação Infantil, e tem como pressuposto  o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, processos estes fortemente interligados.

Nas ideias de Miguel e Rondal (2007. p.88) nos  remete que, a linguagem é um código por meio do qual os usuários transmitem idéias e desejos de um para o outro. Desempenha funções de sistema de governo, de sistema gerativo e como código social.

A linguagem do brinquedo é espontânea, anárquica e plena de significados, pois traduz, através da movimentação, das escolhas por determinadas brincadeiras, da preferência por determinados pares, não só o entendimento que o sujeito tem do mundo, mas também a forma como se organiza individual e coletivamente dentro dele. Claro está que a brincadeira se reveste não só de um caráter instintivo, pois que inato em todas as crianças, mas também de um caráter fortemente marcado pela cultura em que as mesmas se inserem.

Segundo Stoltz (2011.p.30), O jogo mais importante é o jogo simbólico (só acontece neste período), neste jogo predomina a assimilação. Ex.: é o jogo do faz de conta, um apagador pode ser um carro, a criança pode ser um super-herói, uma fada, a mãe, o pai, o que quiser. Nele, ela muda a realidade a seu bel-prazer. Isso representa um jogo simbólico com predomínio da assimilação sobre a acomodação: a criança incorpora a realidade aos seus desejos e conhecimentos.

No jogo simbólico a criança sofre modificações, à medida que vai progredindo em seu desenvolvimento rumo à intuição e à operação. E finalmente, numa tendência imitativa, a criança busca coerência com a realidade.

Na pré-escola, o raciocínio lógico ainda não é suficiente para que ela dê explicações coerentes a respeito de certas coisas. O poder de fantasiar ainda prepondera sobre o poder de explicar. Então, pelo jogo simbólico, a criança exercita não só sua capacidade de pensar ,ou seja, representar simbolicamente suas ações, mas também, suas habilidades motoras, já que saltam, correm, giram, transportam, rolam, empurram, entre outras atividades. Assim é que se transforma em pai/mãe para seus bonecos ou dizem que uma cadeira é um trem. Didaticamente devemos explorar com muita ênfase as imitações sem modelo, as dramatizações, os desenhos e pinturas, o faz de conta, a linguagem, e muito mais, permitir que realizem os jogos simbólicos, sozinhas e com outras crianças, tão importantes para seu desenvolvimento cognitivo e para o equilíbrio emocional.

O jogo é o suporte quando atende além da imaginação a uma prática lúdica que possui um sistema de regras que ordenam as ações. No relato de Kishimoto (1994 p. 48), o brinquedo é o suporte da brincadeira quando serve a uma atividade espontânea, sem intencionalidade inicial, que se desenvolve de acordo com a imaginação da criança.

Nessa perspectiva, a brincadeira infantil possibilita à criança a imitação de diferentes papéis, comumente de seu cotidiano, ação que facilita a expressão de sentimentos nas relações que estabelece com as pessoas do seu meio.

O jogo é a mais importante das atividades da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor.

O professor tem que dar importância e planejar os jogos para que se tenha um resultado significante na educação, e não simplesmente inserir sem objetivos e sem fundamentos só para ocupar as crianças.

O jogo, o brinquedo e a brincadeira acompanham a evolução do homem, atendendo seus desejos, interesses e necessidades, ele desenvolve no indivíduo o aspecto afetivo, o cognitivo, o social e o cultural.

 

2.2 O LÚDICO

 

A criança ao iniciar o ciclo básico, está na idade de vivenciar o companheirismo como um processo de socialização, de estabelecimento de amizades. Compartilhar uma atividade lúdica e criativa baseada na experimentação e a compreensão é um estímulo para a aprendizagem.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. Tais discussões estão presentes na percepção de muitos educadores preocupados em organizar o trabalho pedagógico na sala de aula, de modo atraente e problematizador.(RAU, 2011.p.42).

A criança constrói sua cultura lúdica, através das brincadeiras, dos jogos, brinquedos e através da interação com outras crianças adultas, diversificando-se conforme o meio social e o sexo da criança. A importância dos jogos e brincadeiras está ligada, ao desenvolvimento de atitudes de convívio social, pois, o aluno ao atuar em equipe, supera pelo menos seu egocentrismo.

Educar a criança por meio do lúdico é colocá-la diante de situações que possam guiá-la em seus impulsos instintivos. Ela poderá ser incentivada, encorajada e orientada a desenvolver manifestações instintivas da sua infância, e isso a auxiliará no desenvolvimento de sua inteligência. (CARVALHO, 2010, p.07).

O lúdico aplicado à prática pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas.

Ferreiro, (1989), já apontava para a importância de se oferecer a criança ambientes agradáveis onde se sinta bem e a vontade, pois a criança deverá se sentir como integrante do meio em que está inserida.

Conceber o lúdico como atividade apenas de prazer e diversão, negando seu caráter educativo é uma concepção ingênua e sem fundamento. A educação lúdica é uma ação inerente na criança e no adulto aparece sempre, como uma forma transacional em direção a algum conhecimento. A criança aprende através da atividade lúdica ao encontrar na própria vida, nas pessoas reais, a complementação para as suas necessidades.

 

 

2.3 A CRIANÇA E AS SITUAÇÕES NA APRENDIZAGEN

 

Atualmente, pais e professores sentem necessidade de conhecer a psicologia da criança, para poder compreender seu comportamento, prevê-lo e, em alguns casos, modificá-lo. Educar uma criança ensiná-la, evitando perturbações em seu comportamento, exige do adulto, além de amor e dedicação, o conhecimento das características infantis em cada fase do desenvolvimento: seus interesses, necessidades, motivações e possibilidades. Para ensinar uma atividade a uma criança, precisa-se saber como a criança é,se está madura para aquela atividade, como poderá motivada, quais os melhores meios de ensiná-la e de tornar duradoura a aprendizagem. (BARROS, 2008.p.10).

A criança constrói os seus conhecimentos interagindo com o mundo em que vive e que seu pensamento cresce partindo de ações e não de palavras. O conhecimento não pode ser dado às crianças. Ele tem de ser descoberto e reconstruído através das suas atividades. As crianças aprendem melhor partindo de experiências concretas.

 Aprendizagem, em sentido amplo, pode ser definida como a aquisição de habilidades, hábitos, preferências, ou seja, a aquisição de padrões de desempenhos em reposta aos desafios ambientais. Na sua trajetória de vida, ao enfrentar esses desafios, cada pessoa, à sua maneira e no seu tempo, dá sentido à sua vida e cria sua própria história. Essa história, por sua vez, torna-se geradora de valores, normas, padrões de comportamento que só tem sentido se considerarmos o contexto cultural do indivíduo. (CÓRIA-SABINI, 2004. p13).

O processo que permite a construção de aprendizagens significativas pelas crianças requer uma intensa atividade interna por parte delas. Nessa atividade, as crianças podem estabelecer relações entre novos conteúdos e os conhecimentos que já possuem, usando para isso recursos de que dispõem. Esse processo possibilitará a elas modificarem prévias, matizá-los ou diferenciá-los em função de novas informações, capacitando-as a realizar novas aprendizagens tornando-as significativas.

De acordo com o art.227  da Constituição Federal do Brasil: “ É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao Lazer, à profissionalização,à cultura,à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar comunitária”. (RAU, 2011.p.22).

A família e a escola são instituições para que se desenvolvam conhecimentos que auxiliem no futuro dessas crianças possibilitando a construção da aprendizagem significativa. Para que seja significativa devem estar presente no currículo escolar, brincadeiras, jogos e atividades que as crianças gostem e que participem de forma interativa.

A importância do brincar sob a perspectiva de Lima (2005) está relacionada ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que consigam convencer e sensibilizar a si próprios sobre a importância dessa atividade para a aprendizagem e para o desenvolvimento da criança.

O educador, ao utilizar o jogo com fins educativos, deve desenvolver atividades que sejam interessantes e que a criança sinta motivada em participar. Dessa forma, ele deve valorizar a criatividade, demonstrar interesse por elas e encorajá-las diante da prática do jogo.

O professor tem que partir da realidade dos alunos, ver suas necessidades buscar alternativas de interação. Ocorre que, na fase de mudança, está tomada de consciência é importante, até que venha a se incorporar com um novo hábito. (VASCONCELLOS, 1995, p.74).

O professor deve intervir nas ações da criança para que ela possa relacionar adquirir conceitos, aprender as diferentes linguagens, nas quais ela se expressa e comunica através dos sentimentos e ideias, experimentarem, refletir, questionar e construir objetos e brinquedos, pois a criança deve ser valorizada na sua individualidade, portanto é função do professor considerar, como ponto de partida para sua ação educativa, os conhecimentos que as crianças possuem, advindos das mais variadas experiências sociais, afetivas e cognitivas a que estão expostas, e ainda seus hábitos, costumes, aceitando suas diferenças de conhecimento adquiridos no convívio familiar e social.

O papel do professor é de suma importância, pois ele que vai trabalhar estes momentos, transformando-os em situações de aprendizagem, ou seja: A escola precisa perceber a criança como um ser em desenvolvimento e em constante movimento, dotada de um corpo. O ato educativo não é somente mental,ao contrário, vincula-se diretamente ao corpo, em sua totalidade. (CORDIOLLI, 2011.p.182).

Observação acurada das crianças é um instrumento essencial nesse processo. Os gestos, movimentos corporais, sons produzidos, expressões faciais, as brincadeiras e toda forma de expressão, representação e comunicação devem se consideradas como fonte de conhecimento para o professor sobre o que a criança já sabe.

Analisar a participação ativa de todos os jogadores num jogo implica saber a capacidade de envolvimento. Implica também a participação contínua da cada jogador, seja agindo, observando ou pensando. (CONSTANCE, E VRIES,2007.p.10).

Estar em contato direto com o objeto de estudo, envolvendo em atividades físicas, pensamentos, sentimentos, possibilita uma aprendizagem significativa, desenvolvendo atitudes e valores, transformando-os em pessoas capazes de transformar, preservar o meio em que vivem e interagir com o outro.

 

 

3. METODOLOGIA

 

Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagrada pela ciência. (RUIZ, 1991, p.48).

A metodologia desse trabalho se consiste e em pesquisa bibliográfica, fundamentando na reflexão de leituras de textos, de autores diversos Livros.

Essa pesquisa tem como objetivos de estudos bibliográficos científicos, fundamentando a diversos autores, a qual tem por verificar jogos e brincadeiras na educação infantil, cujo objetivo é verificar a importância dos jogos e brincadeiras e em que aspecto lúdico favorece as crianças na aprendizagem e interação aluno x professor com as crianças pequenas. Pois cremos que as instituições escolares têm em suas mãos as possibilidades do engrandecimento humano e que, com uso de jogos e brincadeiras, podem favorecer um aprendizado dinâmico e participativo aos educando. É na infância que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação de identidade. Sendo, portanto, um período de aprendizagem necessária para que a criança se torne um adulto mais completo e maduro. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem.

Para (DEMO, 1995, p.239).

Acredita-se que a prática é maneira de conhecer, nem sempre sofisticada como teoria formal, mas por vezes mais adequada ao dia a dia da sociedade, que não pode apresentar para todo momento uma teoria do momento. Entretanto, não se subordina a teoria à prática e vice versa. Uma não substitui a outra. Equivale também a dizer que saber popular não substitui o conhecimento científico.

Na realidade, apesar de receber a mesma denominação de métodos científicos estamos nos referindo a coisas não diferentes, mas sim situadas numa escala diferente. Estabelecendo uma relação entre o diálogo e o método científico, analisando à etapa de uma pesquisa que melhor se justifica.

 

 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Concluindo que, toda a atividade lúdica é emergente e prazerosa e importante para a criança. Podendo dizer que se constrói uma cultura lúdica desde os primeiros anos de vida, sendo fundamental uma boa relação afetiva com as pessoas ao redor.

Já com os jogos e brinquedos, que são excelentes instrumentos lúdicos, a criança inicia sua integração social, a conviver com os outros, e a situar frente ao mundo que a cerca.

A escola tem importância na formação dos alunos porque esta fazendo uma educação complementar à da família. É uma espécie de estágio de vida intermediário entre família e sociedade. Ao valorizar o lúdico, estamos dando oportunidades de crescimentos muito importantes para a criança facilitando o processo ensino aprendizagem onde o educador ocupa um lugar importantíssimo, pois é ele quem vai transformar estes momentos lúdicos em aprendizagens, onde a criança interage prazerosamente.

A escola desempenhando bem seu papel, na medida em que tenha como ponto de partida aquilo que a criança já conhece, a partir de então ampliar a construção de novos conhecimentos, visto que quando se trata de jogos e brincadeiras a criança abandona seu mundo de necessidades e constrangimentos e se desenvolve, criando a adaptando uma nova realidade a sua personalidade.

Entendo que o educador é um organizador do tempo, do espaço, das atividades, dos limites, das certezas, do dia a dia da criança em seu processo de construção do conhecimento. Sem dúvida, a utilização de jogos e brincadeiras na educação escolar mostrando fortes aliados do professor ajudando na tarefa de tornar o processo ensino aprendizagem agradáveis e acima de tudo mais freqüente.

Além disso, devendo estar alterando constantemente as metodologias de ensino, em busca de melhores resultados na aprendizagem da criança, podendo começar pelas brincadeiras que fazem parte do mundo da criança. Com este conhecimento o educador devendo utilizar de jogos e brincadeiras de forma que favoreça a aprendizagem, oportunizando as crianças que são seres pensantes, dotados de emoções e sentimentos interagindo todo o tempo com o social.

E finalmente, não há como o trabalho do educador não estar inserido dialeticamente na prática e na teoria, na busca constante de reformulação e construção de seu próprio pensar e fazer.

 

5. REFERÊNCIAS

 

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BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de psicologia do desenvolvimento. 12ªed. 9ª impressão. Editora  Ática: 2008.

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