RESENHA: A INFLUêNCIA DO RELEVO NA VIDA DA SOCIEDADE

Por: Prof. Francisco Carlos

 

INTRODUÇÃO

 

 

Nossa base de pesquisa é o livro Geografia e Filosofia: Contribuição para o Ensino do Pensamento Geográfico de Eliseu Savério Sposito no capítulo 5, que trata a questão dos temas e conceitos que foram desenvolvidos pelos pensadores da área de Geografia, neste ponto a discussão esta direcionada para três temas específicos, através dos quais iremos perceber como a sociedade influencia e é influenciada, pela mudança do relevo por força da natureza, e como isso altera também o ser humano. Já num outro momento iremos perceber como as evoluções e revoluções têm direto relacionamento, com a produção geográfica e temporal, e altera de forma significativa a vida do homem em sociedade.

O tripé da discussão

Com base nas informações que conhecemos, podemos dizer que as teorias e métodos elencados dentro da sistematização dos pensadores da Geografia, enquanto ciência e com ênfase no tripé: Ciclos da Erosão, Teoria das Localidades Urbanas e dos Dois Circuitos da Economia Urbana, podem entender que a problematização destes conceitos nos permitem saber que existem três momentos distintos dentro do pensamento geográfico, segundo Sposito (2004, p.192).

 

Quando falamos do ciclo da erosão, estamos seguindo o caminho da natureza, pois os componentes que alteram a paisagem e o relevo podem ser comparados aos períodos evolutivos do homem, numa clara analogia da transformação ao longo de um espaço de tempo. Agora, sabemos também da relação de aproximação da Geografia com áreas afins, na composição deste conceito. Já quando discutimos a questão da localidade central, é colocada dentro do trabalho de Walter Christaller (1893-1969), uma relação de ocupação de espaço com base na otimização e crescimento de grandes centros, dentro dos quais a produção de trabalho, que conseqüentemente leva ao povoamento e a uma estrutura de consumo, que irá caracterizar o crescimento da localidade formando como diz Sposito “uma localidade central”.

Agora, com relação à teoria dos dois circuitos da economia urbana, elaborada por Milton Santos, nos mostra que muito embora tenhamos nas cidades centrais dos países subdesenvolvidos dois sistemas de fluxo econômico, cada um é subsistema do sistema global que a cidade em si representa. Em síntese, segundo Santos (1977, p.35-6) “a modernização tecnológica é que da conta de explicar estes subsistemas. É importante frisar que esta sistematização segue em direção aos conceitos de uma economia de mercado com dogmas capitalistas, onde a produção e geração de riqueza são um sistema robusto, que irá produzir crescimento no âmbito mercantil, muitas vezes em detrimento da questão social.

 

 

 

 

CONCLUSÃO

A analise dos conteúdos destes três pontos aponta para uma aproximação do conceito de Localidade Central e Teoria dos dois Circuitos da Economia, pois a prior mostram que o sistema de governo no caso o capitalismo é um sistema robusto, assim como outros sistemas, entretanto o povoamento a ocupação de espaço é diretamente relacionada à questão econômica, ou seja, onde existe a demanda de trabalho, a oferta de mão-de-obra é praticamente na mesma proporção, e se desloca em direção a esta demanda de trabalho, ocasionando a ocupação destes espaços. Com relação ao Ciclo de Erosão, é um fato relacionado diretamente a natureza, muito embora o ser humano esteja inserido neste contexto e possa alterar o curso natural, mesmo assim não deixa de ser um processo natural.

Muitas destas sistematizações têm origem nas evoluções e revoluções que o homem produziu ao longo da história, ou seja, as teorias e projetos idealizados por alguns, modificam as situações de vida de milhões, que estão direta ou indiretamente ligados a esta nova realidade mundial, que podemos dizer de uma nova sociedade impulsionada pelas inovações tecnológicas.

 

 

 

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA

SPOSITO, Eliseu Savério

Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográfico / Eliseu Savério Sposito. – São Paulo: Editora UNESP, 2004.