Fase 2: Análise, conclusão e redação.

1) Como é possível observar a interferência de aspectos psicológicos na aprendizagem?

Para o professor D. a dimensão afetividade no ser humano se estiver em desequilíbrio poderá ocorrer dificuldades na aprendizagem. Já o professor Ax. acredita que não só fatores psicológicos mas também o ambiente social onde o aprendiz está inserido influem no aprender.

Conclusão pessoal: O alimento vira matéria mental para o bom funcionamento psicológico (uma tireóide em mal funcionamento pode causar debilidade mental ou outras alterações cerebrais a influir no comportamento); por isso é saudável estar bem alimentado, com todos os nutrientes necessários a cada de vida. De outro lado, as experiências sociais desagradáveis, insegurança, medos, tensões, tristezas, ansiedades, preocupações, acabam por interferir na paz cerebral para a elaboração e reformulação de esquemas cognitivos. Então o psicológico para estar saudável os outros aspectos de totalidade da vida devem também estar.

2) Como você analisa a motivação para a aprendizagem dos seus alunos?

Ambos os mestres em análise entendem ser essencial a motivação. Para D. deve haver um momento na aula de um despertar de interesses referente ao assunto que se fará saber. Para Ax., muitos alunos se automotivam enquanto outros marcam presença não motivada, por imposição paterna ou materna.

Conclusão pessoal: é importante o interesse, a automotivação, pois assim o aluno pesquisa, exercita-se e procura mais e mais aprender. A imposição paterna e cobranças da sociedade no caso de muitos alunos indica não haver aparente automotivação, motivação interna (curiosidade, prazer no que está sendo ensinado), porém, a pressão social, possíveis sanções negativas e postivas, funcionam como aguilhão a empurrar à frente os discentes.

3) Como professor, quais são as condutas relevantes, na sua opinião, para manter o aluno motivado à aprendizagem?

D. dá o pontapé inicial da motivação para a aquisição do novo usando o seu repertório pessoal. Ax. prefere desafiar o aluno em resolver problemas, jogos, e estímulo a debates.

Conclusão pessoal: O repertório pessoal é importante, mas levar desafios, jogos, debates, trabalhos em grupo, estudos de caso relacionados ao assunto ensinado e resolução de problemas, são recursos motivantes a não se desprezar.

4) Você percebe alguma relação entre a motivação e o autoconceito do aluno?

D. acredita que para promover a aprendizagem a motivação deva ser direcionada aos discentes de modo a elevar os seus autoconceitos. Ax. diz mais ou menos a mesma coisa: uma motivação de encontro aos interesses ou conceitos dos alunos torna o aprender mais fácil.

Conclusão pessoal: É, parece que isso é fato, se o aluno tem tendência, vocação, talento para certo assunto que será dado em aula, ou tem valores e conceitos, interesse que vá de encontro ao conteúdo a ser ministrado, ficará mais fácil e motivante a aula e o aprender.

5) Como professor, você tem procurado melhorar o autoconceito do aluno? De que forma?

Para tanto, professor D. coloca o aprendiz como um pensante sendo encaminhado com seu esforço técnico e habilidade adquirida em educação ao sucesso do saber acadêmico. Professor Ax. acredita não haver oportunidade no curso de informática aplicada ao secretariado e administração para melhorar o autoconceito dos seus alunos.

Conclusão pessoal: Bem, sendo o autoconceito algo que na mente de uma pessoa se forma aos poucos desde que toma consciência de si mesma, se estiver solidificado na cabeça do educando um autoconceito demasiado negativo de si e de suas potencialidades de modo a gerar alguma neurose ou comprometimento no comportamento saudável..., então em assim sendo seria caso para consultas psicológicas. Porém, talvez o professor possa trazer temas e experiências conscientizantes a mostrar que aquilo que o aluno está pensando ser um traço de negatividade em seu ser corpóreo-mental seja em verdade o comum ou natural das pessoas, ou mesmo um ponto forte e desejado em seu ser.

*

Outros a olhavam e desejavam. Ela olhava sem querer olhar, e forçava o desvio dos olhos; desejava sem querer desejar, e perturbava-se desviando o olhar do objeto para não o ver a tentá-la. Por fim, querendo e não querendo ou temendo olhar com os olhos, a senhorinha bonita de repente estava vesga... Quem a olhava não mais a desejava, estranhava...; ou assim ela pensava ser... E ninguém mais sabia para onde estava olhando..., ou sentiam saber sem que ela soubesse disso... Que autoconceito tem a senhorinha agora? Como o professor poderá melhorar o seu autoconceito? Talvez em fazê-la notar que tem um corpo e um rosto maravilhosos; uma voz maviosa envolvente; um sorriso, um jeitinho de falar encantador; um modo de ser e de se expressar cativantes?...

Bom..., diz você mestra haver pesquisas mostrando relação significativa entre autoconceito positivo, uma imagem positiva de si, e aproveitamento escolar; e que o professor "deve deve ajudar o aluno a desenvolver um autoconceito positivo, ajudando-os '... a conhecer os seus talentos, as suas competências, a propiciar-lhes o reconhecimento que este, como qualquer ser humano, tanto necessita' para que ele tenha uma aprendizagem efetiva. (ALENCAR, Eunice; VIRGOLIM, Ângela. O professor e seu papel na formação do autoconceito. Disponível em: http://www.talentocriativo.com.br/005_professor.pdf. Acesso em 11/02/2009)".

É verdade..., mas como trabalhar a transferência positiva e negativa ou a mistura de sentimentos em relação ao mestre que possa ocorrer? De repente ao querer ver a discente pra cima, otimista, pra frente em alto astral e contente consigo mesma, sinta-se atraída pelo seu professor que a queira elevar e tornar tão importante como qualquer outra criatura humana... Talvez em assim sendo..., é uma fase, então deixar passar...

Em relação a esse tema "Transferência" achamos na internet o arquivo tipo PDF no endereço http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v23n2/v23n2a01.pdf (ou num texto explicativo inicial em http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0870-82312005000200001&script=sci_arttext ), e também o site http://psisalpicos.blogspot.com/2007/10/transferncia-e-contra-transferncia-em.html .

Como positivar as variáveis psicológicas trabalhando a transferência?

A inclusão de todos na sociedade e aprendizagem: é ver www.winnicott.com.br .

6) Você acha que as habilidades sociais podem interferir no comportamento dos alunos na escola? De que forma isso acontece?

D. coloca relevância na experiência trazida pelo aluno, sendo esse ponto importante para manter o aluno interessado na escola. Ax. parece que diz mais ou menos o mesmo, coloca a escola como extensão do lar onde o aluno manifesta os seus hábitos e valores.

Conclusão pessoal: Se a criança cresce em um lar saudável, comunicativo, de interação social na célula-mater, com parentes e na comunidade, se faz viagens, recebe carinhos e afetos dos pais e familiares em geral, chegará à escola cheia de vida e comunicação, e creio, aprenderá com facilidade e alegria.

Se um aluno vem de família onde cresceu em brigas no lar, com vizinhos, inquilinos, na rua, sofreu situações traumatizantes, sendo de algum modo forçado a não se comunicar, mantido afastado de conversas sadias, então vai ser uma coisa estranha, um ET quase mudo vagante, inseguro, pelas salas e lugares do ambiente educativo, se expressará com dificuldade...; um resiliente tentando sobreviver.

* Resiliente: indivíduo que consegue dar a volta por cima apesar de ter sofrido maus-tratos e crescer em ambiente insalubre para a sua formação cerebral e social-psicológica.

(conceito anotado a muito tempo de um programa de televisão, que ora não mais me lembro qual seja.)