INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA - ULBRA

CURSO DE PSICOLOGIA

 

EMILENE ARAÚJO PALHARES

JÉSSICA BATISTA ALMEIDA

KAMILA CRISTINA DE OLIVEIRA SILVA

NAYARA DE FREITAS GARZONE

 

 

 

 

 

 

A INFLUÊNCIA DO BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA NA ESCOLA

 

 

 

 

 

Itumbiara, novembro de 2009

 

EMILENE ARAÚJO PALHARES

JÉSSICA BATISTA ALMEIDA

KAMILA CRISTINA DE OLIVEIRA SILVA

NAYARA DE FREITAS GARZONE 

 

 

 

 

 

A INFLUÊNCIA DO BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA NA ESCOLA

 

 

 

 

 

 

 

 
 

Projeto de pesquisa interdisciplinar apresentado ao Curso de Graduação em Psicologia como requisito parcial para nota bimestral, orientado pela Prof. Uélen Camargo dos Passos.

 

 

 

 

 

 

 

Itumbiara, novembro de 2009

 

 

Introdução

 

Cada indivíduo é único, seja nas suas características físicas, seja na sua personalidade, cada um apresenta um comportamento, uma forma de agir e de pensar que os diferencia dos demais. São vários os fatores que podem influenciar essas diferenças: o meio social ao qual este indivíduo esta inserido, seus valores morais, suas crenças, seu poder sócio econômico, e por fim e não menos importante o seu conhecimento.

A educação escolar proporcionada a um indivíduo pode ser considerada um fator muito importante no seu desenvolvimento, a escola possibilita que o individuo desenvolva múltiplas características, como a capacidade de socialização e interação e o aprendizado.

Mais como cada indivíduo, é único, encontramos nas instituições de ensino uma variedade de alunos, cada um com suas caracterizas e capacidade e desempenho.

Em uma turma cheia de alunos é normal encontrar alunos que não apresentam o mesmo desempenho que seus colegas. Alunos com baixo desempenho escolar podem apresentam características especificas que os diferenciam dos demais. Uma criança que vê os seus colegas fazendo progresso: aprendendo a ler e escrever, por exemplo, e que percebe que o mesmo não acontece com ele, com o mesmo ritmo dos demais, pode apresentar algum comportamento negativo em retaliação a esse fato?

Ou seja, uma criança que apresenta baixo desempenho escolar, pode apresentar um comportamento negativo em virtude deste mau desempenho, já que ela pode ser alvo constante de expectativas e cobranças por parte dos educadores e dos pais, para que tema um bom desempenho e se enquadre em determinados parâmetros.

Qual tipo de comportamento essa criança apresentará: desobediência, agressividade, intolerância, dispersão. Qual tipo de sentimento essa criança sentira ao se 

dar conta de que não acompanha os demais colegas no aprendizado: raiva, frustração, medo, carência.

É pensando neste sentido que verificaremos o que uma criança pode apresentar quando tem baixo desempenho escolar, que tipo de comportamento ela desenvolve diante das situações a que é colocada. Como ela interage com os colegas, com a professora e com os funcionários da escola. Verificamos então a influência do baixo desempenho escolar no comportamento da criança na escola.

Utilizando a problemática de como o baixo desempenho escolar afeta o comportamento da criança na escola; se é devido a fatores orgânicos, específicos, psicológicos ou ambientais.

Assim o presente trabalho usa demonstrar que crianças com baixo desempenho escolar, podem apresentar comportamentos diferenciados de forma negativa das demais crianças.

Sendo que o objetivo geral do presente trabalho é verificar os principais comportamentos apresentados por crianças com baixo desempenho escolar; especificamente observar se o comportamento  afeta em seu convívio social com as outras crianças na escola; investigar como o professor vê a criança com baixo desempenho escolar; identificar o que o baixo desempenho acarreta para a criança como indivíduo.

 

1. Referencial Teórico

 

1.1 Segunda Infância

Sperling Martim (1999,p.129), expõe que, quando chega o momento na vida da criança em que ela ingressa na escola, entre os cinco ou seis anos, ela traz consigo para a escola mais do que uma mente não tutora e um conjunto limitado de habilidades; ela traz uma personalidade dinâmica semeada com todos os tipos de atitudes, hábitos, e idéias; que viram influenciar em vários aspectos da vida da criança; e “são essas qualidades emocionais e sociais, é que serviram de base para desenvolver a capacidade de aprender, assim como o seu Q.I”.

Comumente, no momento em que a criança começa a freqüentar a escola, ela alcança o que Jean Piaget (1896-1980) chama de estágio de pensamento intuitivo. Este vai conduzir ao período das operações concretas, que normalmente começa em torno dos sete anos; e com isso a criança começa a caminhar para um processo de raciocínio genuíno e tem início o desenvolvimento do pensamento lógico.

Ao dar-se início ao desenvolvimento lógico pela criança, o professor deve estar consciente do estágio do desenvolvimento cognitivo alcançado e planejar, organizar um trabalho adequado ao estágio de desenvolvimento pra cada criança em cada sala.

A partir do processo adotado e aplicado pelo professor começar a destacar algumas crianças em seu desenvolvimento escolar, enquanto umas tendem a ter facilidade outras tende a ser um pouco mais de dificuldade em acompanhar o raciocínio lógico.

Segundos pesquisas, as crianças que apresentam baixo desempenho escolar e atribuem isso á incompetência pessoal e apresentam sentimentos de vergonha, dúvida sobre si mesma, baixa estima e distanciamento das demandas da aprendizagem, caracterizando problemas emocionais.

A dificuldade de aprendizagem de uma criança, as vezes é comparado com o “fracasso escolar”, embora possa ser visto necessariamente como prejudicial; em alguns momentos ele pode produzir senso de realidade sobre os próprios limites em um dado campo. Uma orientação adequada irá conduzir a criança que fracassa em uma área em que possa ter sucesso; e com isso estimulara a criança que “fracasse” a obter esforços maiores.

A lembrança de fracassos prévios faz a criança entrar em uma nova situação de aprendizagem com a sua avidez e esperanças diminuídas; contudo se o estudo é graduado e a criança é estimulada de forma correta, a criança se tornara encorajada e perseverante a continuar a desenvolver as futuras tarefas mais difíceis.

Entre a idade de nove e dez anos, a criança descobre o prazer em estar em pequenos grupos de amigos de seu próprio sexo, passam a gostar de usar o mesmo estilo de roupas, de atividade, como idéia de certo ou errado; e com isso começam a surgir as competições.

A competição entre eles, visando o interesse de aprender, é incentivada por várias escolas, pois é um método de desenvolver o raciocínio e fazer com que interajam nas atividades escolares e desenvolvam outras habilidades como, por exemplo, o esporte.

Esta é uma das formas de praticar a comunicação entre os alunos além de aumentar a troca de informações.

Nas competições são atribuídas tarefas de acordo com os desejos, que em geral estão baseados em atitudes.

Quando os desejos de uma criança não são baseados em verdadeiras atitudes, ela logo descobre que seus interesses estão em algum outro lugar; e o esforço e a responsabilidade por uma solução adequada são partilhados com seus colegas.

 

 

1.2 Aprendizagem

O processo de aprendizagem pode ser definido de uma forma reduzida como um método em que os indivíduos passam a adquirir novos conhecimentos e saberes.

Segundo (Paín,1992,p.11) a aprendizagem transmite por meio da cultura, que constitui a maior definição da palavra educação. Podemos atribuir a esta ultima quatro funções interdependentes:

a) Função mantedora: ao reproduzir em cada individuo o conjunto de normas que regem a ação possível, á educação garante a continuidade da espécie humana [...]

b) Função socializadora da educação: a utilização dos utensílios, da linguagem, do habitat, transformam o individuoem sujeito. Destaforma, na realidade a educação não ensina a comer, a falar ou a cumprimentar.

O que ela ensina são as modalidades destas ações, regulamentadas pelas normas do manejo da comunicação [...]

c) Função repressora da educação: Por um lado a educação permite a continuidade funcional do homem histórico, garante também a sobrevivência específica do sistema que rege uma sociedade [...]

d) Função transformadora da educação: as contradições do sistema, produzem mobilizações primariamente emotivas, que aquele que procura canalizar mediante compensações reguladoras que o mantém estável [...](PAÍN, 1992,p.11)

 

A aprendizagem não define uma estrutura, deve mais a função e modalidade. Não é uma estrutura, logo ela constituí um efeito, e neste sentido é um lugar de articulações e esquemas. Há varias dimensões para a aprendizagem como: dimensão biológica cognitiva e social.

Afirma-se que há condições internas e externas de aprendizagem, várias vivências permitem descobrir a influência da qualidade e da quantidade do estímulo da amplitude de hábitos mecânicos, na possibilidade de reconhecimento, em todos os ângulos de mudanças da própria coordenação motora.

A aprendizagem está intercalada entre o aprendiz e o conhecimento.

 

1.3 Dificuldade de aprendizagem

(Paín,1992,p.29-33) acredita que as crianças com dificuldades de aprendizagem constituem um desafio em matéria de diagnóstico.

Portanto, não é difícil encontrar educadores, que consideram alguns alunos desinteressados e preguiçosos. Essa atitude serve para esconder a falta de conhecimento sobre o assunto, do professor, dados que tais provêm de distúrbios, como: problemas de audição, de fala, do comportamento, entre outras.

As dificuldades de aprendizagem podem surgir por alguns fatores que destacaremos através das citações de Paín:

- Fatores orgânicos: a investigação neurológica é necessária para conhecer a adequação da aprendizagem. O sistema nervoso deve está sadio, a nível de comportamento, ritmo, plasticidade, equilíbrio. O funcionamento glandular deve estar em bom funcionamento e desenvolvimento. Uma boa alimentação e conforto na hora do sono são necessários para um bom rendimento escolar;

- Fatores psicológicos: a inibição é a prévia repressão de um acontecimento. A ansiedade e o medo são fatores psicológicos. Os fatores psicológicos da dificuldade de aprendizado se confundem então com sua significação, é importante destacar que não é possível assumi-lo sem levar em consideração as disposições orgânicas e ambientais;

- Fatores ambientais: é o ambiente que o individuo está inserido, através da comunicação, ou melhor, a rede de interrelações familiares. O meio natural fornece possibilidades reais, á quantidade, á qualidade a freqüência de estímulos;

- Fatores específicos: localizados na área perspectiva motora, audição, visão e coordenação motora.

O estado de saúde e a hereditariedade fornecem potencialidade influencia na linguagem, pois, falta de vitaminas pode provocar doenças graves que afeta o desempenho escolar. Se o seu rendimento escolar for fraco, as crianças com dificuldade de aprendizagem talvez sejam vistos como fracasso pelos professores e colegas.

A falta de atenção com essas crianças desenvolve uma auto-estima negativa que pode se estender quando crescerem.

Falaremos a seguir as principais causas das dificuldades de aprendizagem no cotidiano escolar:

  • Causas físicas: è a perturbação do estado físico que se encontra a criança. Ex: febre, anemia, dor de cabeça e outras doenças que afetam o estado normal de saúde;
  • Causas sensoriais: são distúrbios que afetam os órgãos dos sentidos atrapalhando a capitalização de informações do aluno que são transmitidas;
  • Causas neurológicas: estão relacionadas ás perturbações do Sistema Nervoso que comanda as ações físicas e mentais do indivíduo. Dependendo da área afetada pode haver problemas de maior ou menor grau que prejudica a aprendizagem;
  • Causas educacionais: se a educação que a criança recebeu na sua infância não foi significativa irá ocasionar distúrbios educacionais que prejudicará tanto na adolescência quanto na idade adulta, no campo de trabalho ou no estudo;
  • Causas emocionais: está ligado aos distúrbios psicológicos ligados ás emoções, á personalidade e sentimento das pessoas. Às vezes estão associados á fatores psicomotores;
  • Causas sócio-econômicas: engloba o meio social e econômico que a criança vive.


    1.4. Comportamento afetado pelo baixo desempenho escolar

     

    Segundo(José;Coelho,1999,p.167-168) os distúrbios de comportamento preocupam os professores, pois existem vários comportamentos que a criança pode apresentar assim ser tratada como “criança-problema”.

    A personalidade da criança é formada pelo ambiente social e físico.

    A escola deve ser a mediadora da formação social e dos conhecimentos dos alunos, e com ela traz também a preocupação de buscar soluções para minimizar esses problemas, os quais citaremos:

     

    1.4.1 Comportamento perturbador

    (José;Coelho,1999,p168-169) afirma que esses comportamentos são deficientes e excessivos. O comportamento deficiente traz como exemplo a criança autista, caracterizado por uma interioridade intensa, uma espécie de fechamento sobre si mesmo, tem um pensamento desligado, onde impossibilita comunicar-se com os outros.

    A personalidade está destorcida e a maturidade mal estruturada, por isso não há uma cura completa.

     

    1.4.2 Distúrbios Psicossomáticos 

     Segundo (Drouet,2000,p.172) os distúrbios psicossomáticos estão relacionados ao estado emocional da pessoa e ao funcionamento do seu organismo.

    Sabe-se que se não estamos bem fisicamente o nosso psicológico e emocional são afetados, assim gerando dificuldade de aprendizado.

     

    1.4.3 Perturbações digestiva 

    (Drouet,2000,p.173) diz que é freqüente ocorrer antes de avaliações, devido ao nervosismo e ansiedade, alguns alunos sente dores abdominais, vômito, febres, cólicas e diarréias.

     

    1.4.4 Alimentação não aceita

    (Drouet,2000,p.173) afirma que ao acontecer um distúrbio emocional a criança não consegue se alimentar, isso prejudica sua saúde, ocasionando sonolência e desânimo. O que pode ocorrer a dificuldade de aprendizagem.

     

    1.4.5 Masturbação em público

    Segundo (Drouet,2000,p.174) a curiosidade da criança, em conhecer seu corpo, seu sexo, e o sexo oposto faz parte de um interesse natural da criança.

    A masturbação raramente se torna hábito, é um comportamento natural. Os alunos que se masturbam na sala de aula, são devidos á falta de informação e o convívio de pessoas mal informadas, que acham essa ação, certa perante outras pessoas.

    Quando a criança entra na fase de socialização aprende a se controlar e já sabe que não é correto se masturbar perto de outras pessoas. Portanto se ela continuar, o professor junto com o psicólogo deve intervir e o reeducar. Para que o hábito não se instale, é preciso manter a criança ocupada com atividades manuais, assim a distração faz com que ela se esqueça de satisfazer o seu desejo de se masturbar.

     

     1.4.6 Comportamento agressivos

    Segundo (José;Coelho,1999,p.174) o comportamento agressivo vem de práticas sociais mal estabelecidas.

    As reações agressivas podem ter diversas características, como: violência física, agressão a objetos ou ás pessoas, dano de personalidade.

    Uma pessoa ofendida pode ter reações agressivas, ou agir agressivamente apenas como desejo de exibir-se diante aos outros.

    No ambiente escolar quando a agressividade persiste, prejudicando os colegas e professores, deve ser observado e analisado e encaminhado para o psicólogo, para ajudá-lo a vencer o impulso agressivo.

    Se os comportamentos agressivos forem freqüentes pode prejudicar a aprendizagem, pois não conseguem se adaptar e não tem um controle emocional, podendo ocorrer repetência escolar.

     

    1.4.7 Medo

    (José;Coelho,1999,p.176) afirma que o medo é ocasionado em crianças de toda idade, caracterizado por ansiedade e sensação de desconforto.

    No ambiente escolar o medo é proveniente da imaginação da criança, se persistir pode haver alterações na formação da personalidade, como: ansiedade e insegurança constante.

    O medo de falhar, notas baixas, de ser reprovado, é um medo da criança que dever ser observado pelo professor, para ajudá-lo a enfrentar.

    O medo ocasiona dificuldade de aprendizagem.

     

    1.4.8 Fracasso escolar

    Segundo (Drouet,2000,p.168) esse distúrbio é encontrado nos primeiros anos de vida escolares e, depois, a partir de 9 a10 anos, até a idade adulta.

    O Fracasso Escolar pode ser causado por distúrbios intelectuais, disfunção cerebral, e pela dislexia.

    Na escola o Fracasso Escolar ocorre quando a criança não consegue atingir seus objetivos de aprender. Que pode trazer várias reações como: indisciplina, desinteresse e 

    o negativismo. Quando ocorrem comparações entre irmãos e colegas pelo insucesso na escola, o aluno se sentirá uma pessoa negativa, o negativismo afeta o aluno emocionalmente e psicologicamente, estudos e entrevistas constataram, quando a criança não aprende rapidamente, ela é tratada diferente das outras crianças.

    A criança, quando não motivada ela perde o interesse pela aprendizagem, pois sentirá incapaz de aprender. Esse indivíduo que fracassa na escola, abandonará os estudos e sofrerá decepções na vida profissional, que desencadeará uma tensão emocional elevada como: fadiga, insônia e angústia.

    Se o problema não for resolvido rápido, pode agravar e se tornar obsessão, histeria e psicose ou até mesmo viver em depressão.

    Cabe aos educadores ter paciência e fazer o possível para não prejudicá-los. Os educadores devem orientar a mãe para que acompanhe diariamente seu filho na escola, para que ele não se sinta sozinho, até ele obter confiança na escola.

     

    1.4.8 Recusa em ir á escola

    Segundo (Drouet,2000,p.170) a recusa em ir á escola, pode ser uma forma de chamar atenção dos pais. Os pais devem levar a criança e despedir-se normalmente, mas deve insistir para que fique até que ela se habitue.

     

    1.5. Desenvolvimento do comportamento social

    De acordo com Mussen(1980) é na  segunda infância que os elos afetivos se tornam mais intensos. Na escola esse ato de fazer novas amizades tende a ser agentes importantes de socialização, ocorrendo embates diretos na formação social, e principalmente no desenvolvimento da personalidade desse indivíduo.

     Mussen(1980), afirma que entre sete e doze anos as crianças tem como foco, organizar a sua “turma”, ou seja um grupo informal, geralmente composta pelo próprio sexo, surgindo suas “regras” como vestir-se igual, o mesmo penteado, e resultante a isso ocorre mudança freqüente de seus participantes.

     Dessa forma podemos apontara as  principais características sociais são: amistosidade, expansividade e sensibilidade, ás necessidades e os sentimentos dos outros.

    Segundo Mussen(1980,p.129) “o ajustamento emocional, aceitação de outros, cooperação e o conformismo aos padrões do grupo estão também correlacionados com a socialização durante esse período”.

    Crianças com desvio de comportamento geralmente são excluídas dos grupos de seus colegas, o que gera múltiplos sentimentos, como: solidão, exclusão, fúria, revolta e etc, agravando ainda mais seu comportamento inadequado, logo a escola deixa de ser algo interessante, a criança então começa a cabular aula e desviar o seu interesse das atividades escolares, o que trará graves conseqüências a esses indivíduos.

     

    1.5. Relação: Professor e Aluno

    Ao analisarmos o tema sobre o desvio de comportamento de uma criança no recinto escolar é necessário considerar a participação dos envolvidos nesse acontecimento: pais, crianças e professores.

    Muitas pesquisas revelam que os professores ao lidarem com as crianças de baixo desenvolvimento, denominados “alunos-problemas” apresentam queixas trazendo-lhes sofrimento.

    Segundo Tricolli (2002,p.06):

    Avalia o estresse dos professores como resultado de uma postura agressiva em sala de aula, afirmam que os docentes agressivos que gritam para impor ordem na classe, inspiram comportamentos semelhantes em seus alunos. Após um período de convivência, os alunos obtêm atitudes agressivas semelhantes á de seus educadores ou agem de forma contraria, como se retrair por medo da punição.

    Dessa forma é possível analisar que o professor tem grande influência sobre o comportamento de seus alunos, deste modo sendo necessário utilizar materiais didáticos e uma maneira devidamente correta de ensiná-los.

    Freire(1996):

    Relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles.Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.

     

    Podemos perceber a importância da interação entre professor e aluno, onde o que irá interferir será o método como ele lida com esse aluno-problema, e de acordo com a abordagem tomada pelo educando, poderá resultar aspectos positivos ou negativos, isso irá variar das medidas tomadas e providenciadas.

     


    2. Procedimento Metodológico

     

    Os procedimentos empregados na concepção deste projeto são, pesquisa bibliográfica. Onde foram feitos levantamento de dados bibliográfico sobre o desempenho escolar, comportamento da criança, segunda infância, aprendizagem e socialização.

    Pesquisa quantitativa, tendo sido elaboradas 10 perguntas referentes ao desempenho e comportamento dos alunos que têm características de baixo desempenho escolar e que apresentam comportamentos diferenciados dos demais alunos, destinados a 30 professoras que lecionam de 1º ao 6º ano.

    Sendo comparadas e analisadas as respostas de 30 questionários, verificando as respostas semelhantes.

     

     

    3. Bibliografia

     

     

    CERVO, A.L.; Bervian, P.A. Metodologia Cientifica. 4.ed. São Paulo:  Makron Books Ltda, 1996.

     DROUET, Ruth Caribe da Rocha. Distúrbios de Aprendizagem. São Paulo: Àtica,2000.

     JOSÉ;Elisabeth da Assunção;COELHO,Maria Tereza.Problemas de Aprendizagem. São Paulo: s.n,1999.

     LAKATOS, Eva Maria; Marconi, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Cientifico. 4 e.d. São Paulo: Atlas, 2001.

     MUSSEN, P.H. O Desenvolvimento Psicológico da Criança. 9.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1980

     PAÍN, S Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Gráficas, 1985.

     RUIZ, João Álvaro. Metodologia Cientifica – Guia para eficiência nos estudos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

     SPERLING, A.; MARTIN, K. Introdução á Psicologia. São Paulo: Pioneira, 1999

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    ANEXO

    Perguntas

    Respostas

            Sim           Não                        

    1. Os alunos de baixo desempenho escolar apresentam comportamento diferenciado dos demais alunos?

     

    22

     

    8

    2. Você percebe se este aluno é excluído pelos colegas?

     

    18

     

    12

    3. Os colegas o criticam por este aluno apresentar baixo desempenho escolar?

     

    19

     

    11

    4. Você percebe se o aluno com baixo desempenho escolar se sente inferior aos outros colegas?

     

    20

     

    10

    5. Você percebe nesse aluno disposição para executar as tarefas escolares?

     

    25

     

    5

    6. Você acha que o mau comportamento tem relação com o mau desempenho escolar?

     

    20

     

    10

    7. O aluno com baixo desempenho escolar falta muito as aulas?

     

    14

     

    16

    8. Participa de atividades proposta pela escola (teatro, dança, futebol, natação)?

     

    12

     

    18

    9. Se destaca em alguma atividade acima?

    12

    18

    10. A relação do aluno com o professor é de respeito e obediência?

     

    10

     

    20