A INFLUÊNCIA DA RECREAÇÃO NA QUALIDADE
DE VIDA DOS IDOSOS TABAGISTAS.

THE INFLUENCE OF RECREATION IN QUALITY OF LIFE OF ELDERLY SMOKERS


Adriene Desiree dos Santos¹
Ester Pereira Amorim Corrêia¹
Luana Elisa Bernardes de Melo¹
Lucas Roberto Cândido¹
Rosane Dias de Pádua Neto²
Ana Paula Barbosa³


Resumo: As pessoas estão envelhecendo e isso é inevitável, pois faz parte do ciclo natural da vida. O envelhecimento, comumente, pode ser associado a vários tipos de doenças, que vão se manifestando à medida que o corpo fica mais frágil. Porém alguns hábitos de vida podem acarretar o agravamento de algumas doenças, como o tabagismo. O número de idosos tabagistas é muito elevado, devido à quantidade de jovens tabagistas que envelhecem. O estilo de vida que essas pessoas adotam se torna preocupante, principalmente pelo grande período ocioso, sem praticar nenhuma atividade que os desvie do cigarro. As atividades recreativas tiveram como proposta preencher esse espaço vazio, principalmente na vida dos idosos que vivem no Lar São Vicente de Paulo, na cidade de Itaú de Minas.

Palavras chaves: tabagismo, saúde do idoso, atividades recreativas.

Abstract: People are getting older and this is inevitable as part of the natural cycle of life. Aging commonly can be associated with many types of diseases that will manifest as the body becomes more fragile. However, some lifestyle habits, such as smoking, can lead to worsening some diseases. The number of elderly smokers is very high due to the number of young smokers aging. The lifestyle these people adopt is very worrying, especially the large idle period, without doing any activity that deviates from the cigarette. The recreational activities proposal is to fill this spare time, especially the elderly people's one living at Lar São Vicente de Paulo in the city of Itaú de Minas.


Keywords: smoking, elderly health care, recreational activities.


¹ Alunos do curso de Psicologia da Universidade de Franca (SP).
² Aluna graduada em Bacharel Administração de Empresa- FACEF, Licenciatura Plena em Matemática pela UNIFRAN, Pós-Graduada em Análise de Balanço e Auditoria
³ Professora orientadora do projeto, Psicóloga, especialista em didática. Mestre em educação pela Universidade Federal de São Carlos, Doutora em serviço social pela UNESP, Franca(SP).

INTRODUÇÃO

Esse século é caracterizado por grandes transformações. É inquestionável que estas evoluções contribuem para a qualidade de vida do homem em aspectos gerais da saúde. As melhoras no sistema de saúde ampliaram as condições de tratamentos de doenças que antes, sem acompanhamento médico, levava a óbito. Saneamento básico, estudos farmacêuticos e genéticos, todas essas transformações contribuíram para aumentar a expectativa de vida do homem.
Como resultado, segundo Papalia (1), a população mundial está envelhecendo como nunca. A própria população idosa está envelhecendo, esse segmento de rápido crescimento consiste em pessoas com oitenta anos ou mais.
Em 2000, o número de pessoas com sessenta anos ou mais foi estimado em 605 milhões. Em 2050, espera-se que a porcentagem de adultos mais idosos no mundo todo, pela primeira vez na história, ultrapasse a população de crianças até quatorze anos. Papalia (1).
A população mais velha vai aumentar depois de 2010 ? quando a geração baby boom começar a fazer 65 anos ou mais ? duas vezes mais do que em 2000. A taxa de crescimento da população idosa está projetada para diminuir depois de 2030, quando os últimos frutos do baby boom (pós-guerra) fizerem 65 anos. Papalia (1).
Vendo esse envelhecimento de uma perspectiva mundial, pode-se considerar que muitos problemas que costumavam ser considerados parte inevitável da idade avançada, agora são entendidas como resultados de fatores do estilo de vida ou doenças.
Falando em estilo de vida: maus hábitos podem acarretar muitas doenças. O fumo é um desses hábitos e é, infelizmente, um vício mundial que provoca várias doenças, pois a nicotina encontrada no tabaco é responsável pela dependência física.
O vício começa em geral na adolescência, e as repercussões na saúde já aparecem a partir dos 30 anos de idade. Embora esse aparecimento seja entre os mais jovens, muitas pessoas se tornam tabagistas na idade mais avançada. E por estarem já em idade avançada, os problemas de saúde serão mais evidentes e com aparecimento mais rápido.
Segundo Kosovsk (2), "deve-se considerar os problemas ambientais desse vício. Cada trezentos cigarros produzidos utilizaram uma árvore. E ao fim de um dia de trabalho em ambientes poluído por fumaça de tabaco, os não fumantes podem ter respirado até 10 cigarros".
Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior que os não fumantes. Uma em cada sete mortes, no Brasil, deve-se a doenças causadas pelo uso do tabaco.
Sendo assim essa pesquisa teve como objetivo observar as influências que algumas atividades recreativas podem ter sobre os idosos tabagistas, do Lar São Vicente de Paulo. Coletar informações sobre o uso do tabaco e analisar se houve ou não modificações no comportamento dos tabagistas. E propor atividades que estimulem o convívio social e interação entre todos os idosos, com intenção de diminuir o fumo.
Com esse trabalho tivemos a oportunidade de vivenciar na prática o que aprendemos, desde o ano anterior sobre pesquisas, aumentando assim nosso conhecimento em projeto de pesquisa.
Além disso, buscamos contribuir com a instituição fazendo uma pesquisa sobre o tabagismo nos residentes da mesma.

REFERENCIAL TEÓRICO

O homem ao longo de sua vida passa por várias fases do desenvolvimento, e a idade avançada é uma dessas fases.
Nesse período o indivíduo passa por várias transformações físicas e cognitivas.
A pele tende a se tornar mais pálida, manchada, com menos elasticidade e enrugada, a gordura e os músculos encolhem. São comuns varizes nas pernas. O cabelo branco fica mais fino e o pêlo do corpo, mais ralo.
Argimon (3), cometa que no que diz respeito à área cognitiva, o declínio cognitivo ocorre como um aspecto normal do envelhecimento. A natureza exata destas mudanças, no entanto, não é uma certeza, e problemas relacionados à linha que separa este declínio de possibilidades de uma possível demência são muito tênues, principalmente por não haver ainda uma referência consistente frente à demanda nesta faixa etária.
A idade de 65 anos é o ponto de entrada na idade adulta avançada, a última fase da vida. Apesar disso, muitos adultos nessa idade ? ou mesmo aos 75 ou 85 anos ? não se sentem "velhos". Papalia (1).
O envelhecimento biológico e comum a todos e acontece em um ritmo determinado pela natureza, mas o envelhecimento também é pessoal, cada um envelhece no seu próprio ritmo e de acordo com seu estilo de vida.
A população global está envelhecendo. A respeito desse envelhecimento Papalia (1) comenta que:

Em 2000, o número de pessoas com sessenta anos ou mais foi estimado em 605 milhões. Em 2050, espera-se que a porcentagem de adultos mais idosos no mundo todo, pela primeira vez na história, ultrapasse a população de criança até quatorze anos.


Segundo Sesc (4):
Em março de 2002, uma pesquisa da Divisão de População feita pela Organização das Nações Unidas (ONU), amplamente divulgada pela imprensa, revelava uma tendência inédita na história da humanidade: pela primeira vez, (...), a população de idosos na Terceira Idade será maior do que a de menores de 15 anos!.

Esse envelhecimento é inevitável quando se fala de aspectos fisiológicos, podendo ocorrer ainda o enfraquecimento do corpo, com alterações no sistema imunológico, causando o envelhecimento patológico.
Nessa fase da vida é importante a preocupação com a saúde e a manutenção da mesma.
Segundo Papalia (1):
Mudanças no funcionamento sistêmico e orgânico são altamente variáveis entre os indivíduos. Alguns organismos declinam rapidamente, outros quase nada. Envelhecer, juntamente com o estresse crônico, pode enfraquecer a função imunológica, fazendo as pessoas mais idosas ficarem mais suscetíveis a infecções respiratórias e com menos probabilidade de se recuperarem delas.

Segundo Lorda (5), "a deteriorização do aparelho broncopulmonar é progressiva a irreversível nos anciãos".
Segundo Lorda (5), "todo o sistema respiratório sofre o envelhecimento: as mucosas do nariz, da faringe, da laringe; o que é demonstrado pela gota no nariz, rouquidão da garganta, voz quebrada e uma necessidade constante de expectorar".
Este estado frágil do sistema respiratório é mais agravante quando o idoso é tabagista.
O tabagismo é um importante fator de risco para várias doenças, câncer de laringe, câncer da cavidade oral e outros tipos de câncer, bronquite crônica, derrame, úlcera, menopausa precoce, osteoporose, catarata, envelhecimento precoce e muitas outras.
O tabaco segundo Rosemberg (6) é incontestavelmente responsável pelo aumento da prevalência de câncer do pulmão, da bronquite crônica, do enfisema pulmonar, e de coronariopatias, assim como outras doenças destacando-se, vasculopatias, ulceras do estômago e do duodeno e câncer da língua, da faringe, do esôfago e da bexiga.
Parar de fumar previne uma série de doenças e diminui a mortalidade na população idosa.
Existe uma preocupação com os idosos tabagistas, pois os números de jovens fumantes são alarmantes. A saúde dos idosos é o resultado dos abusos dos jovens.
Dados do Ministério da Saúde (7), no Brasil, estima-se que cerca de 200.000 mortes/ano são decorrentes do tabagismo (OPAS, 2002). De acordo com o Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis , realizado em 2002 e 2003, entre pessoas de 15 anos ou mais, residentes em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal, a prevalência de tabagismo variou de 12,9 a 25,2% nas cidades estudadas. Os homens apresentaram prevalências mais elevadas do que as mulheres em todas as capitais. Em Porto Alegre, encontram-se as maiores proporções de fumantes, tanto no sexo masculino quanto no feminino, e em Aracaju, as menores. Essa pesquisa também mostrou que a concentração de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo do que entre pessoas com oito ou mais anos de estudo. Em relação à prevalência de experimentação e uso de cigarro entre jovens, de acordo com estudo realizado entre escolares de 12 capitais brasileiras, nos anos de 2002-2003, a prevalência da experimentação nessas cidades variou de 36 a 58% no sexo masculino e de 31 a 55% no sexo feminino, enquanto a prevalência de escolares fumantes atuais variou de 11 a 27% no sexo masculino e 9 a 24% no feminino.
Uma maneira de diminuir o uso do tabaco e avaliar a frequência com que o idoso fuma, é estimulá-lo a participar de atividades recreativas. Através dessas atividades o idoso pode se socializar com pessoas da mesma faixa etária e estar envolvido em ações que ocupe o período comumente usado para o fumo.
Segundo Lorda (5), "o desejo de brincar nos acompanha toda a vida (felizmente), porém, foram os diferentes compromissos sociais assumidos que nos "distraíram" para prática regular de brincar, mas que não eliminou nosso desejo de fazê-lo. Geralmente a palavra jogo sugere idéias e imagens relacionadas com o tempo livre e o ócio".
E é exatamente no tempo livre e ócio que os idosos fumam incontrolavelmente, pois suas vidas tendem a uma grande apatia quando não estão socializados ou em atividades recreativas.
Alguns idosos moradores de lares geriátricos se isolam e permanecem voltados para dentro de si, fechados e tristes, muitas vezes por ter perdido vínculos que representavam fonte de apoio emocional (a família).
No momento em que eles chegam a essas instituições é necessário que eles se sintam em seu novo lar, sua casa como uma nova família.
A recreação tem papel fundamental nessa ressocialização. Segundo Lorda (5), "a re-criação particularmente na velhice, pode significar criar novamente, motivar, estabelecer-se novas metas, novos interesses e estilos de vida, e pode considerar-se como um processo terapêutico de restauração".

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada na Obra Unida Lar São Vicente de Paulo, situada em Itaú de Minas-MG, uma instituição geriátrica que abriga hoje certa de 28 idosos.
Nessa pesquisa utilizamos três tipos de pesquisa: bibliográfica, de campo e pesquisa-ação.
Segundo Cervo e Bervian (8), a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existente sobre um determinado assunto, tema ou problema.
A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência. Como trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área das Ciências Humanas. Cervo e Bervian (8).
Ainda segundo Andrade (9), uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das conclusões.
O desenvolvimento de uma pesquisa de campo exige um planejamento geral e um plano específico para a coleta de dados, bem como um relatório escrito das várias etapas da pesquisa, incluindo os resultados obtidos. Andrade (9).
A pesquisa de campo utiliza técnicas específicas, que tem o objetivo de recolher e registrar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em estudo. As técnicas específicas da pesquisa de campo são aquelas que integram o rol da documentação direta: a observação direta e a entrevista. Andrade (9).
A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e na qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo, THIOLLENT (10). A pesquisa-ação é um método de condução de pesquisa aplicada, orientada para elaboração de diagnósticos, identificação de problemas e busca de soluções.
Lindgren et al. (11) caracterizam a pesquisa-ação como sendo um método intervencionista que permite ao pesquisador testar hipóteses sobre o fenômeno de interesse implementando e acessando as mudanças no cenário real. Neste tipo de pesquisa, o pesquisador assume a responsabilidade não apenas de assistir os atores envolvidos através da geração de conhecimento, mas também de aplicação deste conhecimento (MACKE In GODOI, BANDEIRADE-MELO e SILVA, 2006; MATHIASSEN, 2002 apud LINDGREN et al.).
Eden e Huxham (12) colocam que a pesquisa ação aplica-se aos casos onde é necessário coletar dados mais sutis e significativos. Assim, em virtude da ampla inserção do pesquisador no contexto da pesquisa e do envolvimento do pesquisador e dos membros da organização pesquisada em torno de um interesse comum, os dados tornam-se mais facilmente acessíveis em uma pesquisa-ação.
E para a coleta de dados o método de observação e questionários.
Observar é aplicar atentamente os sentidos a um objeto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso. Cervo e Bervian (8).
Segundo Cervo e Bervian (8), a observação é de importância capital nas ciências. É dela que depende o valor de todos os outros processos. Sem a observação, o estudo da realidade e de suas leis reduzir-se-á à simples conjetura e adivinhação.
. Segundo Gil (13), o questionário constitui hoje uma das mais importantes técnicas disponíveis para a obtenção de dados nas pesquisas sociais.
Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevados de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc. Gil (13).
Procuramos identificar alguns problemas na saúde do idoso através de alguns autores citados acima, e nos direcionarmos quanto às atividades.
Na instituição trabalhamos com todos os idosos, e tivemos como foco os que eram tabagistas. Trabalhamos algumas atividades recreativas, como jogos de cartas, quebra-cabeça, jogo da memória, pintura, desenho e adivinhas. E durante um período de 25 horas, distribuídas em aproximadamente um mês e meio, observamos as influências que estas atividades tiveram sobre os idosos tabagistas.

DISCUSSÃO E RESULTADOS

O Lar São Vicente de Paulo possui atualmente vinte e oito idosos, sendo onze mulheres e dezessete homens. A instituição abriga doze fumantes, onze homens e somente uma mulher.
Analisamos através dos questionários, que a instituição não oferece atividades recreativas com freqüência. Possuía um Educador Físico que realizava atividades semanais, que estimulava a atividade física dos idosos, porém este era voluntário e não está mais disponível. Mas existem algumas atividades recreativas ministradas pelos funcionários.
As atividades recreativas que os idosos mais gostam são: pintura, jogar truco, caminhar, dançar, jogar dominó, dentre outras.
A maioria dos idosos, não fazem atividades fora da instituição, somente uma minoria, três idosos. Estes fazem aula de violão e fazem compras de verduras na feira da cidade.
Questionados, os idosos manifestaram desejo de realizar outras atividades recreativas, tais como: natação, pintura, ginástica ou outras.
Em geral os idosos gostaram das atividades realizadas pelos estagiários de psicologia.
Observamos que durante as atividades recreativas, jogos de cartas (truco e uno), jogo de dominó, pintura, música, jogo da memória, conto de piadas, charadinhas e diálogos interativos, os participantes se sentiram à vontade, relaxados, mais dispostos, mais alegres e mais sociáveis. Referente aos idosos fumantes, observamos que durante a recreação, não deixaram de fumar, porém fumaram em menor frequência. Estes ficaram menos ansiosos porque as atividades lhes traziam prazer.
Os idosos gostariam de melhorar alguns aspectos no lar, como: abrigar apenas idosos, pois a instituição também abriga algumas pessoas que necessitam, dentre elas: ex-dependentes químicos e indivíduos com problemas mentais; ter mais ordem existe muitas discussões entre as mulheres; melhorar a estrutura; construir uma piscina e ter oportunidades de sair mais vezes do Lar.
Os funcionários questionados, disseram gostar de trabalhar no Lar por gostarem de ajudar o próximo, trabalhar com idosos e fazer o bem. Eles manifestaram o carinho pelos idosos e o prazer de estar com eles.
Estes funcionários julgam importante para que os idosos se sintam bem, o carinho e apoio da família, alimentação adequada, roupas próprias, medicação correta e o bom convívio com os demais idosos.
Disseram também que no Lar deveria ter mais funcionários, mais atividades para os internos, melhoria na estrutura física e apoio da família de alguns.
Acharam as atividades realizadas pelos estagiários importantes, pois perceberam que os idosos ficaram mais ativos, alegres e interagiram mais uns com os outros.
No Lar não existe nenhuma atividade recreativa mensal ou anual, mas os funcionários acreditam ser importante para a qualidade de vida dos idosos, para se distraírem, se sentirem melhor tanto fisicamente como mentalmente, para se sentirem mais úteis e para evitar o sedentarismo.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

A recreação no período do estágio foi importante para os idosos e principalmente para os tabagistas, pois eles se socializaram mais com os estagiários e com os próprios companheiros. Quando iniciávamos a conversa com uma pessoa, em poucos minutos muitos idosos se aproximavam e interagiam no diálogo; os tabagistas se sentiram menos ansiosos e fumaram bem menos durante a prática das atividades recreativas.
Logo, ao menos durante as atividades recreativas, o consumo de tabaco foi efetivamente reduzido, e nos diálogos abordados sobre o assunto, os levamos a despertar a reflexão sobre os problemas de saúde que tal hábito acarreta, conseguindo que os observados refletissem sobre o consumo de tabaco e desejassem pararem de fumar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) Papalia DE. ; Olds SW. ; Feldman RD. Desenvolvimento Humano. Tradução de José Carlos Barbosa, Carla Versace, Mauro Silva. São Paulo: Mc Graw-Hill, 2009. Título do original: Human deselopment.

(2) Kosovski E. Plantão Médico: Drogas Alcoolismo Tabagismo. Rio de Janeiro: Biológica e Saúde, 1998.

(3) Argimon IIL. Aspectos cognitivos em idosos. Aval. psicol. [online]. 2006, vol.5, n.2, pp. 243-245. ISSN 1677-0471.
(4) Sesc. O Século da Terceira Idade. São Paulo: Ipsis Gráfica e Editora S/A, 2003.

(5) Lorda CR. Recreação na terceira idade. 2.ed, Rio de janeiro: Sprint, 1998.

(6) Rosemberg J. Tabagismo: sério Problema de Saúde Pública. São Paulo: Escolas Profissionais Salesianas, 1977.

(7) Ministério da Saúde.
http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=brasil.htm

(8) Cervo A. L.; Bervian, P. A. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1996.

(9) Andrade M. de M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

(10) Thiollent, M. Pesquisa-Ação nas Organizações. São Paulo: Atlas, 1997.

(11) Lindgren, R.; Henfridsson, O.; Schultze, U. Design Principles for Competence Management Systems: a Synthesis of an Action Research Study. MIS Quarterly, v.28, n.3, September 2004.

(12) Eden, C.; Huxham, C. Pesquisa-ação no estudo das organizações. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. R. (Orgs.) Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2001. v 2. p.93-117.


(13) Gil, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 2. e.d. São Paulo: Atlas, 1987.