Fuks e Lucena (2000) mencionaram que a alfabetização é um processo de construção e necessita ser compreendida além dos mecanismos, métodos e técnicas de ensinar. Faz-se necessário também a compreensão de que subjacente a esta prática pedagógica encontram-se questões de ordem psicológica, lingüística, histórica, política, entre outras.

Crumlish (1995) relatou que o processo de apropriação da linguagem escrita principia muito antes da entrada formal e obrigatória da criança na escola e uma das implicações práticas desse entendimento é a de que o ensino da escrita é também responsabilidade da educação pré-escolar.

Crumlish (1195) enfatizou que esse entendimento da apropriação da linguagem escrita parte do entendimento da leitura com um significado diferente daquele usualmente entendido como saber decifrar, no qual as técnicas de codificação e decodificação preponderam, sendo que a ênfase é dada no fazer a versão oral do escrito, decodificando signos.

Silva (2003) discorreu que a presença da informática no cotidiano das pessoas passou a ser uma coisa corriqueira, numa diversidade de uso geral, que, em sua maioria, passam despercebidos. Na educação o seu uso tem sido alvo de muitos questionamentos, de ataques e defesas apaixonadas, as opiniões são as mais variadas. Há os que defendem o uso da informática com garra e há também os que são intensamente contra o seu uso.

Santos (2005) referiu que a escrita deve ter um significado para as crianças e para os adolescentes, uma necessidade intrínseca que lhe seja própria, íntima e que, incitada pelo ambiente letrado em que vive, parta do seu desejo interior, da necessidade de expressar-se e de compreender o expresso.

Santos (2005) relatou que o desejo e a busca pela apropriação da escrita pode e deve ser incitado e não imposto pelo meio. No entanto, esse desejo, essa busca deve ser despertada na criança, para que o ato de ler e escrever seja incorporado a uma tarefa necessária e relevante e, portanto, que esse ato de conhecer onde estão entrelaçados cognição e emoção se dê através da interação entre o meio social e o indivíduo, entre fatores exógenos e endógenos.

Silva (2003) mencionou que desenvolvimento infantil é um processo pontuado por conflitos. Conflitos de origem exógena, quando resultantes dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior, estruturado pelos adultos e pela cultura. De natureza endógena, quando gerados pela maturação nervosa.

Santos (2005) acrescentou que não se pode descartar os fatores exógenos e endógenos para compreender o processo de apropriação da linguagem escrita. Este processo se inicia ainda nos primórdios da infância, o que, por sua vez, leva a reconsiderar a alfabetização como responsabilidade do ensino fundamental e a idade de 7 anos como o marco inicial do processo.

Fuks e Lucena (2000) relataram que escrita e a leitura necessitam ser entendidas na sua história para que possam ser entendidas como processo individual mediado pelo coletivo e  pela própria cultura da escrita.

Fuks e Lucena (2000) mencionaram que a primeira questão que se coloca para qualquer educador interessado na implementação de ensino baseado em Internet é inevitavelmente a questão pedagógica.

Fuks e Lucena (2000) relataram que o deslocamento do professor em situação imediata do ensino muda a natureza da interação entre professor, aluno e material pedagógico e esta mudança gera a necessidade de novas estratégias de ensino. Esta característica distingue o ensino baseado em Internet das situações de ensino presencial.

Crumlish (1995) enfatizou que as estratégias, por sua vez, tendem a ser bastante diferenciadas se o material produzido para ensino tem por meta auto-instrução ou prevê algum tipo de interlocução entre professor e aluno, ou aluno/aluno. Ou seja, o tipo de material e tarefas que se adequam ao estudo independente, diferem daquele previstos para o ensino que utiliza canais de comunicação entre os sujeitos envolvidos na interação pedagógica.

Silva (2003) referiu que o ensino se processa através de meios eletrônicos (rádio, televisão ou computador), a linguagem em si se coloca como uma segunda questão a ser considerada. Nestes casos, para que o ensino seja eficiente é fundamental que o designer/professor saiba explorar de forma adequada os recursos expressivos que facilitam a comunicação nos diferentes meios (por exemplo, som, imagem, escrita).

Nícola (2004) mencionou que a compreensão das características que particularizam o texto escrito em meios eletrônicos certamente demanda uma reflexão sobre as diferentes maneiras pelas quais, historicamente, os avanços tecnológicos promoveram alterações na estrutura lingüística e nos modos de interação via linguagem escrita privilegiados em diferentes épocas e contextos.

Nícola (2004) relatou à necessidade da sociedade em geral entender, de uma forma mais aprofundada, as mudanças técnicas e lingüísticas que ancoraram a construção social de diferentes tipos de cultura: a oral, a escrita e a cibernética.

Gerber (1993) relatou que considerando as práticas de leitura, é possível percebermos uma evolução que vai desde a dependência total na modalidade oral, que caracterizava a recepção dos textos escritos mais antigos, até uma segunda fase intermediária na qual a recepção da escrita passa a se ancorar mais no aspecto visual do texto. Nesse momento a escrita passa a desenvolver características próprias, mas não houve, ao contrário do que propõem algumas teorias mais tradicionais, uma ruptura drástica entre as práticas orais e as escritas.

Gerber (1993) descreveu que antigamente indivíduos dependiam cada vez mais da escrita tradicional nas práticas cotidianas, não excluíram dessas práticas o uso da modalidade oral. Na realidade, mesmo em contextos mais formais, o que ocorreu foi uma complexa integração onde textos orais e escritos passaram a conviver de uma forma complementar e muitas vezes mista.

Nícola (2004) mencionou que o contexto cibernético não só permite que a escrita ocupe espaços antes reservados para as interações orais, como também viabiliza a existência de um novo tipo de texto, o hipertexto, que é híbrido na constituição dos fatos lingüísticos.

Karsaklian (2001) relatou que mudanças na escrita ocorreram devido a uma série de inovações tecnológicas que foram sendo agregadas, mudando de forma gradativa não só o suporte da escrita como também o perfil lingüístico.

Karsaklian (2001) referiu que as pessoas que tem acesso à rede mundial de computadores buscam informações onde e quando desejam, e também criam e publicam informações. Do ponto de vista textual existem este tipo de produção que tem um interesse especial no que diz respeito ao modo de se estruturar um texto e de nele navegar ou em termos mais técnicos, em relação a sua coesão e coerência.

Nícola (2004) relatou que a internet vai alem de um oceano de informações. Vista como um espaço de produção de conhecimento de toda a sorte tem, certamente, o horizontalizado algumas relações sócio-culturais, levando, em alguns contextos, a uma crescente descentração de um poder reservado e praticado por poucos, mas, ainda longe de democratizá-lo de forma irrestrita.

Hahn (1995) discorreu que não se pode deixar de tocar no papel que a linguagem via internet assume: É por meio de seu exercício que novos valores, saberes e conhecimentos, sistematizados ou não, passam a circular virtualmente.

Kent, (1993), mencionou que a linguagem via internet propicia novos modos de expressar decorrente práticas sociais diversas como também pode representar tão somente um novo e poderoso suporte para diversas configurações textuais.

Karsaklian (2001) mencionou que a internet em especial, a comunicação imediata por computadores, em suas modalidades síncronas (bate papos), e assíncronas (fóruns, correio eletrônico, lista de discussão), tem permitido o exercício da linguagem de forma diferenciada. Ferramentas para a produção escrita (editores de texto, de páginas web, de histórias em quadrinhos) e para a comunicação a distancia (bate papo, icq e correios eletrônicos) inauguram novas condições de produção de discurso integrando elementos originais que hoje denominamos leitura escrita.

Karsaklian (2001) relatou que os hipertextos como gênero de discurso expressivo são bons exemplos de mudanças linguisticos-discursivas decorrentes das condições virtuais de produção de enunciados.

Gerber (1993) mencionou que a leitura e escrita têm sido tarefas cuja sistematização tradicionalmente, é delegada a escola, e muito vem sendo dito a respeito de como os professores devem ou não interferir nesse processo.

Gerber (1993) discorreu que o papel da escola é o maior prestígio sócio-cultural da norma culta e padrão da escrita, e veiculada nos dicionários e gramáticas.

Hahn, (1993) mencionou que existe uma modificação lingüística muito forte empregada pelos usuários da internet nas comunicações via e-mail.

Chartier, (1999) relatou que a máquina virtual digital colocada no meio de múltiplos diálogos humanos, mostra seus efeitos mais visíveis e suas manifestações mais concretas benéficas ou não há linguagem escrita.

Nícola (2004) referiu que o leitor na web não lê da mesma forma que o leitor de livros ou revistas de papel.

Nícola (2004) descreveu que o leitor navegador tem um mundo ao alcance do clic do mouse, basta o texto tornar-se monótono para que o leitor dirija-se a outras paragens, provavelmente para nunca mais voltar.

Karsaklian (2001) relatou que a web é, hoje, um espelho do mundo real de todos os tipos de atividades, das comerciais as educacionais encontram-se presentes no mundo virtual. 

Kent (1995) mensurou que a pergunta que todos se fazem é: Como as pessoas lêem na web? A resposta é surpreendente, é na maioria simplesmente não lê seja pelo fato de ter um mundo informação ao alcance do mouse, seja pelo desconforto da leitura na tela e por esta ser pouco portável o leitor precisa estar em frente ao computador; não pode ler sob a sombra de uma árvore ou em sua poltrona favorita.

Chartier, (1997) concluiu uma análise retrospectiva dos diferentes estágios de evolução pelos quais passou o suporte da escrita até chegar ao texto eletrônico, observava-se que inicialmente o texto escrito tinha como suporte o rolo, uma longa faixa de papiro ou pergaminho que o leitor precisava segurar com as duas mãos para poder desenrolar. Nesse tipo de suporte, o texto era construído em trechos divididos em colunas que ficavam visíveis à medida que o rolo era desenrolado no sentido horizontal pelo leitor. A própria natureza do suporte impedia que o leitor pudesse ler e escrever simultaneamente. Mais adiante existiu um suporte de folhas que eram dobradas, um certo número de vezes, de modo a formar cadernos. Esses cadernos eram depois montados e costurados uns aos outros e protegidos por uma encadernação, um suporte mais semelhante ao livro que temos hoje. A invenção do códex permitiu que o texto fosse distribuído na superfície da página e localizado através de paginação, numerações, e índices.

Nícola (2004) decreveu que na escrita cibernética, voltamos a ter a construção de um texto que se apresenta na tela como uma grande faixa que se expande no sentido vertical, mas cuja construção deixa de ser linear como era no rolo ou na escrita convencional: o hipertexto pressupõe uma expansão em rede.

Nícola (2004) relatou que o hipertexto incorpora elementos de navegação eletrônica que facilita a localização de trechos escritos de uma forma muito mais eficiente do que aquela permitida pelo texto no papel.

Nícola (2004) descreveu que a transição de um tipo de suporte para outro coloca o leitor frente a um objeto novo que não só lhe permite novos tipos de interação e pensamento como também demanda técnicas de escrita e leitura até então inéditas.

Zorzi,(2003) mensurou que as mudanças atuais de escrita estão também atreladas a uma alteração na característica da linguagem privilegiada por suportes tecnológicos diversos.

Chartier, (1997) discorreu que embora a invenção do alfabeto grego (técnica empregada para representar graficamente os sons da fala) tenha sido um grande avanço em relação aos outros sistemas de escritas até então existentes, por muito tempo a decodificação do registro alfabético não pôde ser feita apenas com emprego dos olhos. A ausência de espaçamento entre as palavras tornava praticamente impossível a leitura silenciosa.

Chartier, (1997) relatou que até o século VII, salvo algumas inscrições monumentais que adotavam a separação entre as palavras, os textos escritos caracterizavam-se por ser uma seqüência ininterrupta de letras. Não havia, portanto, outra forma de leitura que não fosse o treino da leitura em voz alta, na busca de verificar se a seqüência de letras emendadas faziam sentido. Segundo o autor, o espaço entre as palavras foram introduzidos no século VIII como um recurso didático para facilitar a aquisição de vocabulário pelos padres escoceses que tinham dificuldade de aprender latim.

Chartier, (1997) descreveu que a introdução do espaçamento entre as palavras acabou, como um efeito colateral, afetando a prática de cópia dos manuscritos e favorecendo o desenvolvimento da cópia silenciosa. Até ser introduzida a segmentação entre as palavras, a reprodução dos manuscritos exigia que um monge ditasse o texto para vários copistas, ou que cada copista lesse o texto em voz alta e guardasse quantas palavras pudessem ser captadas pela sua memória auditiva para depois anotá-las enquanto ditava-as para si mesmo. O espaçamento entre as palavras tornou possível que a cópia fosse feita palavra por palavra guiada apenas pela inspeção visual. No entanto, apenas essa alteração no modo de escrever não foi suficiente para tornar o texto visível. Essa nova realidade só passou a existir a partir da convergência de dezenas de técnicas de diferentes origens árabes, gregas e algumas inéditas que conferiram ao texto uma forma substancialmente diferente.

Chartier, (1997) relatou que os capítulos podiam receber títulos e serem divididos em subtítulos. O capítulo e o verso podiam ser numerados, as citações podiam ser destacadas se sublinhadas por um traço de tinta de cor diferente, os parágrafos foram introduzidos e ocasionalmente dividiam os assuntos, as miniaturas tornaram-se menos ornamentais e mais ilustrativas. Graças a esses novos recursos, um sumário e um índice de assuntos em ordem alfabética podiam ser preparados, e referências de uma parte a outra podiam ser feitas dentro dos capítulos. O livro que antes só podia ser lido em sua totalidade, agora podia ser aberto ao acaso, a idéia da consulta adquiriu um novo sentido para o conhecimento.

Zorzi,(2003) mensurou que o processo de visualização do texto contribuiu para que a escrita se impusesse como uma modalidade distinta com algumas características particulares, inéditas nos textos orais.

Chartier, (1997) relatou que o texto escrito, que antes era uma mera transcrição do texto oral, passa gradativamente a mudar sua natureza e optar por estruturas e modos de organização mais adequados para esse novo tipo de recepção visual e silenciosa. Essa tendência ganha maior projeção com a invenção da imprensa, em meados de 1450, já que as oficinas tipográficas, ao facilitarem o processo de reprodução de textos, permitiram não só uma maior circulação de textos escritos nas práticas cotidianas, como também uma maior padronização das normas da escrita.

Chartier, (1997) descreveu que é importante ressaltar que antigamente mesmo o amplo acesso à escrita promovido pela imprensa não implicou em uma total dissociação entre as práticas orais e as letradas, mesmo se consideramos como parâmetro de referência os grupos letrados socialmente privilegiados de época.

Fuks & Lucena (2000) mencionaram que uma situação que ilustra a composição mista de práticas orais e escritas que caracterizam inúmeras situações cotidianas, são as construções do próprio discurso acadêmico. Na situação acadêmica os alunos consultam textos escritos, discutem oralmente na sala de aula os textos lidos e produzem novos textos escritos a partir dessas leituras e discussões orais. Mesmo a aula ministrada pelo professor pode ser considerada uma prática oral ancorada em textos escritos que fundamentam as discussões conduzidas em sala de aula e promovem novas produções escritas nos diferentes modos de avaliação propostos.

Carlos & Franco, (2001) relataram que a Internet trouxe de volta aqueles que fugiram da escrita. Quem jamais havia escrito algo além de seus nomes próprios foi obrigado a elaborar mensagens para seus chefes, familiares ou mesmo namorada.

Barbagalo, (2001) concluiu que a Internet é uma dimensão da escrita virtual, uma fala digitalizada e uma mescla das duas modalidades da língua. O conteúdo só interessa a quem escreve e a quem lê. Assim como é inútil tentar corrigir a língua falada, também é inútil tentar corrigir a língua escrita na web, porque ela é fugaz, efêmera e se dissipa no ar, porque sequer chega a ser impressa.

Alvares e Júnior, (2001) descreveram que o e-mail é a forma mais fácil de comunicação entre as pessoas e aumentou também as seções de cartas de revistas e jornais.

Fleiry, (2001) mencionou que nos dias de hoje, os leitores participam mais da coluna de cartas, pois é só se sentar a um computador conectado à internet e passar um e-mail para a Coluna dos Leitores. As mensagens são mais curtas. E há uma fila delas na fila de espera de publicação. Ficou mais fácil a interação e a comunicação com o jornal.

Nícola, (2004) relatou que há muito medo do novo e saudosismo naqueles que rejeitam ou criticam a internet. Foi assim quando surgiu a garrafa térmica, o fogão a gás, o microondas, para ficar apenas na cozinha. Há ainda gente que coa café em coador de pano! A sociedade pluralista é boa porque cada um se ajeita como pode.

Venetlaner, (1996) mencionou que algumas das abreviaturas mais comuns na internet são:  aqui (aki), beijos (bjs), beleza (blz), cadê(kd), casa (kasa), comigo (cmg), com (c/), é (eh), fazer (fzr), Hoje (hj), hora (hr), mesmo (msmo), muito (mto), novidades (9dades), não (ñ ou naum), porque (pq), que (q), quando (qdo), também (tbm),  teclar (tc), você (vc),

Kent, (1995) descreveu que combater o analfabetismo virtual é essencial para a integridade gramatical de textos e da escrita.

Gerber, (1993) relatou que a cada nova prática comunicacional cria formas diferentes de nos apropriarmos do conhecimento. A escrita concedeu durante séculos a oportunidade de explorar a nossa imaginação na criação de imagens mentais que representavam aquilo que a palavra tentava sugerir no papel.

Carlos e Franco, (2001) relataram que hoje, o computador, ligado às redes como a Internet, nos colocou diante de uma tecnologia intelectual que pode produzir profundas mudanças nas formas de aprender e perceber. A palavra não é a única que estimula a imaginação.

Nícola, (2004) concluiu que as imagens das redes e dos labirintos em suas múltiplas dimensões são usadas para explicar quais os limites e os desafios do hipertexto como ferramenta de aprendizagem. 

Coelho, (1996) mencionou que frente a estas mudanças radicais, a experiência comum do hipertexto continua sujeita ao domínio da palavra. Ela sustenta o peso da narrativa e reafirma as nossas antigas alianças com a escrita.

Fuks e Lucena (2000) relataram que são muitas e variadas as opiniões sobre o uso da informática. Não obstante o fato de as opiniões a este respeito serem contraditórias,  temos visto o investimento maciço que o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA vem fazendo na informatização das escolas públicas brasileiras.

Fuks e Lucena (2000) discorreram que a introdução de computadores na educação não se trata, todavia, de um projeto fácil e exige reflexões profundas sobre a educação para além do mero uso desta tecnologia.

Crumlish, (1995) mencionou a presença do computador na educação é marcante e, acreditando na irreversibilidade  deste fato, há que se pensar  o computador com o cuidado de não dar-lhe o significado de redentor do sistema escolar, no sentido de instrumento da modernidade ou até da pós-modernidade que irá redimir a escola e, por si só, causar as transformações tão desejadas, tão sonhadas por educadores e cientistas da educação.

Fuks e Lucena (2000) relataram que o computador não poderia deixar de efetuar mudanças nos paradigmas educacionais ou sociais, ele vem, por certo, trazer transformações importantes e até radicais no cotidiano dos seres humanos, principalmente no que se refere às relações interpessoais (não se sabe ainda o rumo das comunicações virtuais), no entanto essas transformações não podem ser atribuídas exclusivamente ao seu uso.

Silva, (2003) concluiu que o computador é fruto da própria história evolutiva da humanidade e, portanto, vem junto a ela, sendo que as transformações existentes são frutos desse movimento histórico.

Santos, (2005) mencionou que novas tecnologias vêm causando mudanças importantes, inclusive no modo de produção e no mundo do trabalho.  Diariamente vemos máquinas cada vez mais sofisticadas substituindo o trabalho humano, a massa de desempregados que aumenta assustadoramente é fruto não só da globalização da economia e da política neoliberal dos caciques do capitalismo e da própria rearticulação do sistema capitalista mundial, ela é, também, concretamente, fruto da substituição do trabalho humano pelo trabalho das máquinas.

Segundo Silva, (2003) os recursos oferecidos pela informática vêm sendo gradativamente absorvidos pelas escolas, sem que se faça uma distinção de uso quanto aos fundamentos psicopedagógicos que o orientam.

O impacto da linguagem via internet assim como da televisão são muito fortes. Os profissionais de educação e familiares devem ter cuidado com o que seus filhos e alunos assistem ou mesmo acessem.