1.Introdução
Em destaque fica visivelmente ressaltado a importância da televisão como uma admirável ferramenta de estudos na área da educação, se utilizada de forma correta, tem espaço garantido dentro da casa de todo cidadão brasileiro. A televisão, sem dúvida alguma, é o meio de comunicação de massa mais popular há algumas décadas juntando em torno de si famílias inteiras, sejam elas estruturadas ou não.
2.Os reflexos da mídia televisiva na sociedade

Esse veículo de comunicação desempenha diversos papéis no seio das famílias brasileiras como lazer, informação, cultura, educação etc.
Num mundo capitalista, globalizado e cada vez mais consumista, a televisão deixou de exercer, talvez, seu papel mais nobre e admirável: o de coadjuvante da educação para fins de cidadania. Passou a atender outros interesses, menos ilustres e mais lucrativos, desvirtuando-se do sonho possível de ser uma ferramenta cultural educativa.
A difícil e desproporcional luta entre a educação formal e televisão tem sido vencida pela última, embora tenham sido feitas tentativas no sentido de integrar ambas. Os apelos da mídia televisiva são muito mais atraentes, como afirma Belloni (2001):


Neste cenário, os meios de comunicação constituíam uma escola paralela, através da qual as crianças, assim como os adultos, estariam aprendendo conteúdos mais interessantes e atraentes do que os da escola convencional (BELLONI, 2001, p.17).
Este autor, entre tantos estudiosos preocupados com a análise dos diferentes efeitos do impacto da tecnologia na sociedade e na educação, apontam para o essencial da questão, as tecnologias são mais do que meras ferramentas a serviço do ser humano. Ao interferir nos modos de perceber o mundo, de se expressar sobre ele e de transformá-lo, estas técnicas modificam o próprio ser humano em direções desconhecidas e talvez perigosas para a humanidade.
Na procura desesperada pela audiência imediata, fiel e universal, os meios de comunicação hiper ? exploram nossas emoções, fantasias, desejos, medos e aperfeiçoam, continuamente, estratégias e fórmulas de sedução e dependência. Passam com incrível facilidade do real para o imaginário, aproximando ? os em fórmulas integradoras, como nos reality - shows.
A má qualidade da televisão brasileira, sua formatação, conteúdos e mensagens, não correspondem a objetivos educativos e pedagógicos comprometidos com o desenvolvimento cognitivo e intelectual de crianças e adolescentes, nem com a transformação que nossa sociedade necessita.
Para Morassutti (2001), desde que a televisão começou a fazer parte de nossos lares, passou a ser objeto de curiosidade, reflexão e estudo. Ora se aponta seu possível efeito prejudicial sobre a sociedade como um todo, sobre a família, sobre a criança. Contudo, sua potencialidade como instrumento de formação de opinião não são ignoradas: alguns estudiosos chegam a defender a sua incorporação nas escolas, não apenas como uma ferramenta do professor, mas como próprio objeto de estudo para os educandos.
3. Conclusão
Poderíamos contar com um modelo de mídia televisiva contribuidora e comprometida com o desenvolvimento social, desde que houvesse interesse pelo assunto. Entretanto este interesse perpassa por outras questões, como financeira e política, aliada a ausência de leis atuais que regulem a TV aberta. Nesse cenário, cabe a escola integrar as tecnologias de informação e comunicação ao cotidiano escolar de seus alunos, de modo criativo, crítico e competente, ajudando no processo didático em sala de aula, tendo em vista que, desta forma, teremos alunos mais comprometidos, interessados e estimulados no processo de aprendizagem.
O papel das famílias, nesse sentido, é o de andar lado a lado com a escola, alem de orientar seus filhos quanto aos programas a que são expostos, a fim de que a influência exercida pela TV sobre eles seja positiva.