INTRODUÇÃO

 

 

 

            O presente trabalho, cujo tema é “a influência da família na escola para a construção do conhecimento” foi escolhido pelo fato de termos, hoje em dia, problemas acerca da falta do envolvimento dos pais na educação dos seus filhos e, por isso, procura-se, aqui, fazer uma conexão dos fatos com a realidade atual.

Sabe-se que a família e a escola não estão preparadas para desempenhar corretamente o seu papel. É preciso rever a escola básica brasileira, conferindo-lhe a qualidade e eficiência a que o jovem acredita nela existir. Quanto à família, também deixou de desempenhar sua missão.

Ela modificou-se, a cada dia os pais se afastam mais dos filhos por necessidade e incompreensão.  A luta pela vida, a competição sem tréguas e brutal, a falta de um amor sólido dispersaram a família, núcleo primeiro e essencial à formação de nossas crianças e jovens. Já não existe mais a mesa de jantar (SZYNANSKY, 2003, p. 25).

Antes de surgir a escola como um ambiente separado de educação formal, as crianças e jovens eram educados na família e na comunidade, com a inclusão de práticas coletivas. Nas sociedades modernas e democráticas, a educação escolar tornou-se o modo de educação predominante a partir da escolarização compulsória em fins do século XIX, com uma organização específica.

Historicamente, a educação tornou-se sinônimo de escola. Entretanto, a educação deve ser distinguida de escolarização, pois a aprendizagem e o desenvolvimento humano ocorrem pela experiência e participação nas várias práticas e espaços sociais ao longo de toda a vida.

Este trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, tendo como base os teóricos Antunes (2003), Boechat (2003), ECA (1990), Campos; Carvalho (1983), Cervera; Alcazar (2012), Dessen; Aranha (1994), Esteves (2004), Evangelista (2003), Gagné (1974), Kaloustian (1988), López (2002), Maldonado (1997), Outeiral; Cerezer (2005), Polity (2004), Porolin (2005), Romanelli (2005), Szymansky (2003), Tiba (1999) e Zagury (2008) para aprofundamento dos estudos relacionados ao tema abordado.

O presente trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro capítulo trata da família e da aprendizagem como uma relação necessária, enfatizando a educação informal e não-formal, bem como a família ser a base social, a função familiar, a família e o desempenho escolar, a escola atual, a aprendizagem e o Estatuto da Criança e do Adolescente, e a família na aprendizagem escolar; o segundo capítulo trata da família e da escola como fatores fundamentais para o desenvolvimento da criança, a família e a escola como contextos de desenvolvimento humano, bem como ambientes de desenvolvimento e aprendizagem humana e o terceiro capítulo trata da influência da família na escola para a construção do conhecimento que é o foco principal desta monografia.

Este trabalho tem como objetivos contribuir com a discussão e reflexão acerca da necessidade do bom relacionamento entre a família e a escola para melhorar o desempenho escolar das crianças, bem como estudar a relação família e escola; refletir sobre a construção de uma parceria baseada na cooperação; analisar a importância dos vínculos afetivos na formação do sujeito e em seu processo de aprendizagem e enfatizar a questão da comunicação familiar como fator que pode contribuir para a estruturação do pensamento da criança.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 FAMILIA E APRENDIZAGEM: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA

1.1 Educação Informal e Não-Formal

 

            É imprescindível que se destaque o espaço específico da educação informal e da não-formal por sua importância na modelagem do comportamento e dos valores a elas atribuídos.

            A educação informal, desenvolvida no âmbito familiar, como primeiro espaço que transmite a cultura, também se estende em meio ao convívio dos amigos nas atividades de trabalho e de lazer, nos meios de comunicação e entretenimento.

Segundo Gohn (2005), a educação informal caracteriza-se por não ser intencional ou organizada, mas casual e empírica exercida a partir das vivências, de modo espontâneo.

Isso implica dizer que o comportamento da criança modela-se através da repetição. Em seguida, ela interioriza a expressão ou o gesto que aprendeu, os quais se tornam regras de comportamento.

Todavia, é necessário que se observe que variam os modos de comportamento. Embora haja imitações, muitas vezes são impostos os modelos através de aprovações familiares ou pela lei, podendo resultar de uma pressão psicológica por meio da religião, pela moral ou ainda pela moda.

Quanto à educação não-formal, que é oficial, os padrões de aprendizagem são inconfundíveis em relação à educação informal, deve obedecer às leis, porém dela se aproximam pela intuição explícita de educar, às vezes utilizando meios metodológicos para seu desenvolvimento.

Sendo assim, vale ressaltar que um dos pressupostos básicos da educação não-formal é o de que a aprendizagem ocorre através da prática social. E é por meio da experiência dos indivíduos em trabalhos coletivos que origina um aprendizado.

Então, a maior importância da educação não-formal está na probabilidade de criação de novos saberes e a criatividade humana atravessa a educação não-formal.

A educação formal refere-se ao que uma boa escola exige para seus alunos, isto é, o cumprimento de certas obrigações, como horários, tarefas, uso de livros, laboratórios e disciplinas diferentes. O que é informal foge dessas regras, como uma educação autodidata ou quando o aluno aprende em casa com os próprios pais ou responsáveis.

1.1.1 A Família: Base Social

A Família é a base social, todavia mediante mudanças econômicas, políticas e sociais, a família é vista estruturada de modo completamente diferente de alguns anos atrás. O velho modelo familiar, antes formado por pai, mãe e filhos e outros componentes, em que o comando era centrado no patriarca ou matriarca, porém no seu lugar estão aparecendo novas formações familiares, isto é, famílias formadas conforme as mais diversificadas formas, desde a mais tradicional, inclusive as famílias formadas por homossexuais e famílias somente formadas por avós e netos, o que não quer dizer que novas formações não devam ser consideradas famílias. Para Romanelli (2005, p. 77):

Uma das transformações mais significativas na vida doméstica e que redunda em mudanças na dinâmica familiar é a crescente participação do sexo feminino na força de trabalho, em conseqüência das dificuldades enfrentadas pelas famílias.

Sendo assim, faz-se necessário lembrar que a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), em seu artigo 5º, caput e inciso 1º, declara a igualdade entre o homem e a mulher; no artigo 226, parágrafo 3º e 4º reconhece na família a relação proveniente de uma união estável e da monoparentalidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes; e, ainda no artigo 227, parágrafo 5º, as relações ligadas pela afinidade e pela adoção. E o Código Civil Brasileiro que está em vigor desde 11 de janeiro de 2003, considera qualquer união estável entre pessoas que se gostam e se respeitam, mudando assim o conceito de família, até então considerado ideal.

A família é uma base de construção   que proporciona uma relação natural entre a criança e o ambiente escolar. É ela que decide desde cedo, o que os filhos precisam aprender e quais as instituições devem frequentar.

Por esta razão, a família ocupa um lugar central. A família é o primeiro contexto no qual as crianças aprendem certas habilidades, atitudes e virtudes que os preparam para ser logo força de trabalho e assim contribuir ao desenvolvimento econômico e social.

 

Figura 1: Família deve permanecer unida para firmar relação afetiva

Fonte: brasilescola.com

 

É importante enfatizar que apesar dos diversos acondicionamentos familiares que sobrevieram e coexistiram de modo simultâneo, a família se forma com o mesmo objetivo: resguardar a união com uma pessoa fundamentada em princípios éticos no qual o respeito ao outro é qualidade imprescindível. Entretanto, alterações são sempre bem vindas, especialmente quando chegam para dar mais força à família, alicerce do ser na vida social, ainda que a família tenha deixado de ter só um exemplo para se repartir em numerosos exemplos. Conforme Campos; Carvalho (1983, p. 19):

A palavra família, na sociedade ocidental contemporânea tem ainda para a maioria das pessoas, conotação altamente impregnada de carga afetiva. Os apologistas do ambiente da família como ideal para a educação dos filhos, geralmente evidenciam o calor materno e o amor como contribuição para o estabelecimento do elo afetivo mãe-filho, inexistente no caso de crianças institucionalizadas.

Levando em conta o que afirmam os autores, pode-se dizer que as alterações familiares nos levam a compreender as famílias nos dias atuais com ligamentos mais expressivos, dando prioridade aos laços afetivos que unem os seus membros e não mais a união por meio da realização do matrimônio com uma só pessoa ou do mero envolvimento de caráter sexual. Ou seja, a Constituição atualmente demanda respeito à dignidade humana, levando em conta os laços de afetividade que condicionam a formação da família, independente da formação genética.

É necessário que se frise, aqui, que os pais de antigamente induziam os filhos ao trabalho, para adquirir um ofício, ainda crianças. O estudo ficava em segundo plano, ou, de acordo com a mentalidade da época, era ignorado. Os pais de hoje preferem ver os filhos só estudando ou só brincando, porque trabalhar deve ficar para depois de concluir uma faculdade, e que já tenha um emprego. Obviamente, essa cultura atual é reforçada pela lei que proíbe o trabalho de menores de idade.

Sendo assim, os pais de antigamente eram autoritários com seus filhos, e reprimiam os seus desejos. Os pais de hoje permitem que os filhos tenham o poder das situações, fazendo suas próprias escolhas em relação ao seu futuro.

1.1.2 A Função Familiar

 

A família modificou-se ao longo da história, porém ainda é um sistema de vínculos de afetividade no qual se dá todo o processo de humanização do ser humano. Sendo assim, um ambiente familiar durável e carinhoso parece colaborar positivamente para o bom desempenho escolar da criança. Um lar com problemas, sem estrutura social e econômica, só favorece para o mau comportamento escolar das crianças. No entanto, sabe-se que quando alguma coisa não está bem no ambiente familiar, a escola será, ao mesmo tempo, afetada.  E, por isso, pode-se afirmar que grande parte dos problemas apresentados pelas crianças provém dos problemas familiares. Para Maldonado (1997, p. 11):

Por falta de um contato mais próximo e afetuoso, surgem as condutas caóticas e desordenadas, que se reflete em casa e quase sempre, também na escola em termos de indisciplina e de baixo rendimento escolar

Compreende-se, então, que a família tem um papel muito importante na educação escolar e familiar, porque, além de pensar nos problemas sociais, aspira valores éticos e humanitários, aprofundando os laços de dependência recíproca. Deste modo, é imprescindível que a família participe da vida escolar dos seus filhos, pois as crianças quando notam que seus pais ou responsáveis acompanham de perto tudo o que ocorre e que estão averiguando o rendimento escolar sentir-se-ão mais seguras e, assim, apresentam melhor atuação nas atividades escolares.

A função social da família é organizar o que vai servir de matriz para o indivíduo adulto. Escolta esta modificação do modelo familiar, uma modificação expressiva na relação dada entre o público e o privado. A família remodela sua morada, dividindo a mesma em espaço para visitas e o espaço familiar.

 

Figura 2: Família e escola são fundamentais

Fonte: blogbrasil.com.br

 

É imprescindível, então, que a família fique em permanente harmonia com a escola, pois essa relação harmoniosa apenas pode dar riqueza e facilidade ao comportamento educativo das crianças. Esteves (1999, p. 15) assegura que:

A família renunciou às suas responsabilidades no âmbito educativo, passando a exigir que a escola ocupe o vazio que eles não podem preencher. Sendo assim, o que se vê hoje são crianças chegando à escola e desenvolvendo suas atividades escolares sem qualquer apoio familiar.

Isso implica dizer que o apoio da família não se difunde apenas na falta de tempo para auxiliar as crianças nos seus trabalhos escolares ou para o acompanhamento da sua trajetória escolar. De modo geral, determinou-se uma nova solução entre família, pela qual as crianças chegam à escola com um núcleo fundamental de desenvolvimento da personalidade marcado seja pelo enfraquecimento dos quadros de referência, que diferem dos que a escola supõe e para os quais se preparou.

Diante disso, compreende-se que a família deve procurar buscar esforços para estar mais presente em todos os momentos da vida de seus filhos, até mesmo da vida escolar. Todavia, tal presença sugere envolvimento, comprometimento e colaboração. A função dos pais, consequentemente, é continuar o trabalho da escola, criando condições para seus filhos obterem êxito tanto na sala de aula e na vida.

A família tem uma função dentro da sociedade e é a de formar cidadãos conscientes e competentes para a convivência social, independente de que  campo esteja incluído, se profissional, se na escola ou entre amigos.

1.1.3 A Família e o Desempenho Escolar

É inegável que o ambiente familiar, assim como suas inserções com o aprendizado escolar mostra-se um campo de pouca exploração, todavia muito significativo para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Neste sentido, a lei estabelece que “a família deve desempenhar papel educacional e não incumbir apenas à escola a função de educar”, art. 205 – Constituição Federal.

É importante saber que a família é essencial no desenvolvimento de qualquer indivíduo, culturalmente, socialmente, como cidadão e como ser humano, pois, todos nós fazemos parte da mais velha das criações que é a família. Entretanto, ao se tratar de família e escola, é preciso um esboço sobre o cenário familiar moderno, sem esquecer de que a família ao longo dos anos vem atravessando um intenso processo de modificação. Segundo Evangelista; Gomes (2003, p. 203):

A família é o primeiro e principal contexto de socialização dos seres humanos, é um entorno constante na vida das pessoas; mesmo que ao longo do ciclo vital se cruze com outros contextos como a escola e o trabalho.

Pode-se ver, então, que a família não é apenas um fenômeno da natureza, muito pelo contrário, é uma instituição social que muda no tempo e proporciona formas e intenções diferenciadas dependendo do grupo social em que está inserida.

Avaliando a história do Brasil, pode-se entender que as famílias se formaram por meio das situações econômicas, culturais e políticas. E, atualmente as situações são outras e as famílias também, em função dessas novas situações, já abordadas aqui. Contudo, a importância da família no comportamento escolar das crianças permanece sendo indispensável.

1.1.4 A Escola Atual

A educação das classes populares ocasionou um amplo e demorado debate acerca de como organizar o sistema nacional de ensino, tal sistema tinha por meta organizar o ensino básico de modo mais racionalizado e padronizado com a finalidade de atender muitas crianças já que a ocasião pedia uma escola apropriada para a escolarização em massa, pois a escola era um emblema da formação de uma nova ordem.

Entretanto, as ideias de renovar o ensino e o exemplo de escola básica direcionada para a escolarização em massa tiveram grande aceitação, sendo adotados em inúmeros países desenvolvidos e em desenvolvimento. O fenômeno da escolarização em massa, configurado a partir da segunda metade do século XIX, apresentou muitos aspectos comuns de abrangência (BOECHAT, 2003, p. 30).

As modificações pelas quais a sociedade tem atravessado ultimamente em consequência de rápidos conhecimentos, os grandes avanços da tecnologia e mais outros fatores, tem refletido na estrutura familiar e consequentemente da escola. Assim sendo, é preciso que se volte à atenção para a escola que, mesmo com mudanças, continua desempenhando a função de transmitir conhecimentos científicos.

Todavia, a escola encontrou dificuldades em reconhecer as mudanças sociais e familiares e congregar as novas ocupações que a ela têm sido transferidas, mesmo que isso não seja um processo atual. Sendo assim, a escola necessita ser vista como uma passagem entre a família e a sociedade, pois a família e a sociedade voltam seus olhares incontestáveis sobre ela. A escola ainda é uma extensão da família, pois é através dela que a sociedade obtém autoridade para desenvolver e aperfeiçoar cidadãos críticos e conscientes. De acordo com Boechat (2003, p. 22):

Faz-se necessário que a escola repense sua prática pedagógica para melhor atender a singularidade de seus alunos, o que a obriga a uma parceria com a família, de forma a atingir seus objetivos educativos. É importante que a escola busque estreitar suas relações com a família em nome do bem estar do aluno.

É preciso que se entenda que a escola carece da participação ativa da família. Pois, a família ainda se sente mais protegida quando é guiada mais de perto pelos profissionais escolares.

No entanto, as responsabilidades escolares atualmente são mais do que uma simples transmissora de conhecimento científico. A sua função é muito mais extensa e intensa. Tem como tarefa bastante difícil, educar a criança para ela obter uma vida integral e satisfatória, dando sua contribuição para melhorar a sociedade. E, sendo assim, a escola tem como papel principal a democratização dos conhecimentos e a formação dos cidadãos participativos e influentes.

A família, em concordância com a escola e vice-versa, são elementos vitais para o total desenvolvimento da criança e, em consequência disso, são colunas indispensáveis no desempenho escolar. Todavia, para que se conheça a família é preciso que a escola abra as suas portas, dando intensidade e garantia da sua permanência.

1.2 A Aprendizagem e o ECA

 

É sabido que, para a maior parte dos professores, a família é essencial na educação de crianças e jovens. Contudo, a escola é o local adequado para o ensino da leitura e da escrita, entre outros conteúdos. De acordo com Gagné (1974, p. 18):

Até o século 19, o ensino ficava a cargo da família ou de pequenos grupos, cada um de seu jeito. Depois, a escola assumiu o papel de formalizar os conhecimentos, ampliá-los, sistematizá-los e torná-los comuns a todos. Boa parte da Educação oferecida pela família foi deslegitimizada. Agora a situação é diferente. A família, antes afastada, está sendo convocada a participar. A mudança veio com as teorias pedagógicas centradas nos alunos, que passaram a levar em consideração o que ocorre com a criança fora do contexto escolar. É uma novidade histórica: os professores não concebem mais sua atuação desvinculada da família.

Isso implica dizer que é preciso saber a realidade dos pais, onde e como vivem e coligar os saberes que procedem de casa, entretanto a escola não pode renunciar do seu papel: o trabalho formal e sistemático com o conhecimento. Os pais não são os professores e o conteúdo escolar é uma tarefa docente.

É importante dar ênfase ao fato de que se a escola e a família são os fundamentais responsáveis pela educação, era de se esperar uma grande parceria entre elas. O que se vê é uma relação tensa e uma das maiores lamentações é a falta de envolvimento dos pais na vida escolar.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990), fora criado para assegurar o que diz no Art. 53: “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

Vê-se que no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) decide que cabe à criança e ao adolescente estudar e à família prestar atenção para que a frequência às aulas seja cumprida, sob risco de punição.

1.2.1 A Família na Aprendizagem Escolar

A atuação educacional entre família e escola pode possuir especificidades qualificadas e ser diversa nos seus conteúdos, métodos, sentimentos e emoções, todavia, as duas têm como finalidade o êxito escolar confiando que este processo dará possibilidade de melhores condições para a inserção social. Segundo Outeiral (2005, p. 52):

As famílias devem acolher seus filhos em um ambiente estável, provedor e afetivo. Para tanto, é necessário presença na relação entre a família e as crianças, “o pai real “presente” é aquele que assume o compromisso com o desenvolvimento de seu filho, seja este de seu código genético ou não.”

Isso implica dizer que ao compreender a família como um princípio vivo, recomenda-se que as práticas sejam aprendidas ou alteradas de acordo com uma proposta educativa e que também pode propagar um programa de formação. Então, neste contexto a escola, através da ação psicopedagógica, pode auxiliar as famílias na ascensão de condições para o desenvolvimento das crianças e consequentemente contribuindo para com o processo de aprendizagem escolar.

É importante considerar que outro fator colaborador para com a aprendizagem é a elevada autoestima. O desenvolvimento dela surge a partir das características das relações interpessoais em que criança está revelada e no seu reconhecimento como única, como pessoa. Porém, nesta expectativa, o autoconhecimento, a aceitação e a compreensão de si mesmo são possibilidades de a criança construir confiança e apta para se aventurar no caminho da aprendizagem. Para Polity (2004, p. 90):

É essencial que as crianças recebam o apoio dos pais, pois quando os pais dão suporte emocional, a criança desenvolve uma base sólida e um senso de competência que a leva a uma auto-estima satisfatória.

É inegável que quando a família poupa a criança de experimentar frustrações e insucessos, causa o impedimento do seu amadurecimento e da competência, o que pode apresentar jeitos acomodados.

Educar é promover situações em que a criança possa ir adentrando o universo dos sentimentos, das ideias, da razão e das emoções. (POROLIN, 2005, p.58). Assim, para crescer, uma criança precisa transpor e respeitar limites que envolvem o ambiente no qual está inserida.

 

Figura 3: Família na escola

Fonte: smeduquedecaxias.rj.gov.br

Sabe-se que é na família que acontecem as primeiras aprendizagens e experiências emocionais que são impelidas para a vida, indicando-se marcantes. Ainda é ela que proporciona os elementos principais e o apoio para o desenvolvimento da criança. Desempenha, também, um papel muito importante no desenvolvimento humano, dando influência para o lado emocional e para a sua aprendizagem. De acordo com Boechat (2003, p. 21):

A participação dos pais na vida escolar dos filhos representa um papel muito importante em relação ao seu bom desempenho em sala de aula. Também o diálogo entre a família e a escola favorece sobremaneira para a construção do conhecimento por parte do aluno, o que denota que a criança e seus genitores mantêm entre si e com a aprendizagem uma ligação muito íntima e profícua.

É impossível deixar de lado o fato de que os professores são de extrema importância no processo ensino-aprendizagem e das ações escolares, incluindo as que são relacionadas ao relacionamento escola-família

O envolvimento da família na educação escolar dos filhos pode ter um significado, para os professores, que precisam conhecer melhor os pais dos alunos e desempenhar um trabalho coletivo com eles para criar um ambiente que fortaleça o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças.

Por isso, quando escola e família falam a mesma língua e têm posicionamentos abraçados colaborativamente no tratamento dos aspectos da educação das crianças e da sua escolarização, há a possibilidade dos alunos obterem uma aprendizagem mais expressiva, um trajeto acadêmico mais tranquilo e um desenvolvimento intelectual e emocional com mais harmonia, e isso não pode ser desprezado. Então, é perceptível que a influência da família necessita ser bem recebida pela escola, sem preconceitos, norteando suas falhas e aclamando seus acertos.

É certo que o ser humano tem recebido influência do seu meio social e, entretanto, fatores sociais, econômicos e culturais têm dado suas contribuições para que ele se desenvolva. Assim, entende-se que, do mesmo modo como o desenvolvimento, a aprendizagem ocorre por meio da influência de diversos fatores, como ambientais, familiares, psicológicos, entre outros. De acordo com Gagné (1974, p. 3):

A aprendizagem como sendo suma modificação na disposição ou na capacidade do homem, modificação essa que pode ser retida e que não pode ser simplesmente atribuída ao processo de crescimento.

Isso quer dizer que a aprendizagem é um procedimento de alteração de comportamento que vem por meio da experiência estabelecida pelos fatores da emoção, da neurologia, das relações e do ambiente. O ser humano interage constantemente com o meio em que vive e disso brota uma alteração contínua, a qual se denomina de adaptação, que se compõe pela assimilação e pela acomodação.

A aprendizagem é um processo que envolve sempre uma relação entre sujeitos, permeado pela subjetividade de cada um, e que é o aprendiz quem constrói o seu processo de aprendizagem.

2 FAMÍLIA E ESCOLA: FATORES FUNDAMENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

 

 

Levando em conta que o ser humano aprende o tempo todo, nos mais diferentes ambientes que a vida lhe sugere, o papel da família é fundamental, pois é a família que decide o que seus filhos necessitam aprender, em quais instituições devem frequentar e o que é preciso saber para tomar as decisões que os favoreçam no futuro. De acordo com Szymansky (2003, p. 27):

Escolher a escola adequada às expectativas da família e que, ao mesmo tempo, seja do agrado da criança, é um empreendimento cujo sucesso depende, em grande parte, da perspicácia e habilidade dos pais ao avaliar diferentes propostas. Estar atento ao projeto educativo e ao perfil disciplinar da instituição auxilia a optar por aquela cujos valores e fundamentos mais se assemelhem aos da família em termos de exigências, posturas e visão de mundo. Conhecer as dependências e possibilidades da escola, seus diferenciais, bem como os profissionais que estarão encarregados da educação de seu filho também é recomendado.

Deve-se levar em conta que tanto o convívio quanto o relacionamento familiar são fatores essenciais para o desenvolvimento do indivíduo. Inserir a criança no mundo coletivo, a intervenção entre ela e o mundo, entre ela e a sabedoria, sua adequação ao ambiente escolar, o envolvimento com os professores e funcionários da escola e o convívio com os colegas, são fatores cruciais para o seu desenvolvimento social.

Entretanto, compreender o ser humano como parte de um código organizado, com subsídios que interagem entre si, dando influência para cada parte e sendo influenciado por ela, apresenta uma luz para compreender o desenvolvimento humano, contribuindo para que se reflita acerca dos contextos familiares e escolares, que podem ser elementos de punição, inserção e garantia como fontes de conflitos, enfatizando as perdas que se podem apresentar durante o percurso.

É importante, também, que família e escola deem apoio e sustentação ao ser humano. Eles são padrões de alusão existencial. Quanto mais parceiros forem, mais positivos e expressivos serão os resultados na concepção do sujeito. No entanto, a participação dos pais na educação dos filhos deve ser constante e consciente. Pois, a vida familiar e a vida escolar são simultâneas e uma complementa a outra.

Por isso, é importante que os pais, os professores, e os filhos/alunos dividam experiências, percebam e trabalhem as questões envolvidas no seu cotidiano sem que seja julgado culpado ou inocente, porém buscando a compreensão de cada circunstância, já que tudo o que está ligado aos filhos tem a ver com os pais e vice-versa, assim como tudo que está ligado aos alunos tem a ver com a escola e vice-versa.

Sendo assim, vale ressaltar que é cabível aos pais e à escola a delicadíssima empreitada de converter a criança imatura e inexperiente em cidadão maduro, participativo, atuante, consciente de seus deveres e direitos, possibilidades e atribuições.

2.1 Família: Contexto de Desenvolvimento Humano

 

De acordo com Kaloustian (1988, p. 25):

A família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influências culturais. É também considerado a primeira instituição social que, em conjunto com outras, busca assegurar a continuidade e o bem estar dos seus membros e da coletividade, incluindo a proteção e o bem estar da criança. A família é vista como um sistema social responsável pela transmissão de valores, crenças, idéias e significados que estão presentes nas sociedades. Ela tem, portanto, um impacto significativo e uma forte influência no comportamento dos indivíduos, especialmente das crianças, que aprendem as diferentes formas de existir, de ver o mundo e construir as suas relações sociais.

É necessário que se afirme, então, que como primeira intercessora entre o homem e a cultura, a família compõe a unidade dinâmica das relações afetivas, sociais e cognitivas que estão afundadas nas condições materiais, históricas e culturais de um referido grupo da sociedade Ela é a primeira fonte da aprendizagem humana, com sentidos e práticas culturais oportunas que dão origem a modelos de relação interpessoal e de constituição individual e coletiva. Os fatos e os experimentos familiares propiciam a formação de comportamentos, de atos e decisões de problemas com sentidos universais e particulares.

Embora se concorde com essa tese, é importante ressaltar que tais vivências unificam a experiência coletiva e individual que prepara, intervém e a torna uma unidade ativa, dando estrutura às formas de subjetivação e interação social. É através da influência mútua familiar que se concretiza as transformações sociais que, mais tarde, darão influência às relações familiares do futuro, individualizando-se por uma demanda de influências de dupla direção, entre os membros da família e os distintos ambientes que formam os sistemas da sociedade, como a escola, constituindo fator determinante para o desenvolvimento da pessoa. Segundo Zagury (2008, p. 15):

As transformações tecnológicas, sociais e econômicas favorecem as mudanças na estrutura, organização e padrões familiares e, também, nas expectativas e papéis de seus membros. E a constituição e a estrutura familiar, por sua vez, afetam diretamente a elaboração do conhecimento e as formas de interação no cotidiano das famílias. Portanto, ela é a principal responsável por incorporar as transformações sociais e intergeracionais ocorridas ao longo do tempo, com os pais exercendo um papel preponderante na construção da pessoa, de sua personalidade e de sua inserção no mundo social e do trabalho.

É necessário que se enfatize que no ambiente familiar, a criança aprende a conduzir e solucionar os conflitos, ter controle sobre as emoções, expressar os diversos sentimentos que compõem as relações interpessoais e a lidar com as variedades e infelicidades da vida. Tais desenvolturas sociais e seu modo de expressão, primeiramente desenvolvidas na família, repercutem em outros recintos onde a criança, o adolescente ou mesmo o adulto interatuam, ativando jeitos saudáveis ou instigando problemas e alterando a saúde da mente e do físico dos indivíduos.

Vê-se, então, que os laços de afetividade desenvolvidos dentro da família, individualmente entre pais e filhos, podem ser ares que desencadeiam o desenvolvimento saudável e os padrões de interação positivos, possibilitando a adaptação do ser humano aos diversos ambientes de que toma parte.

Portanto, as figuras parentais têm grande influência na formação dos ligamentos afetivos, da auto-estima, autoconceito e, ainda, estabelecem padrões de afinidades que são contemporizados para outros contextos e momentos de interação social.  Para Campos; Carvalho (1983, p. 19):

Os laços afetivos asseguram o apoio psicológico e social entre os membros familiares, ajudando no enfrentamento do estresse provocado por dificuldades do cotidiano. E os padrões de relações familiares relacionam-se intrinsecamente a uma rede de apoio que possa ser ativada, em momentos críticos, fomentando o sentimento de pertença, a busca de soluções e atividades compartilhadas.

Deve-se verificar que nem sempre as famílias formam uma rede de apoio operacional e suficiente ou até melhor que outras. É necessário que se compreenda que o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento adequadas tem influência pela característica das relações afetivas, concordância, garantia, falta de desavença e coordenação, quer na família ou não. Tais feitios compõem relevantes fatores que protegem o indivíduo e favorecem o desenvolvimento de capacidades e aptidões sociais e sua capacidade de ajustamento às situações do dia-a-dia.

Deve-se levar em consideração que perante os problemas e desafios encarados pela família, e sem rede de apoio social que possa promover a superação do estresse, resolver os conflitos e restabelecer uma dinâmica familiar saudável, as famílias desenvolvem modelo de relacionamento desestruturado, tais como: maus tratos à criança, violência dentro da familiar, abuso de substâncias tóxicas, confusões.

E, nesses casos, os departamentos públicos ou privados, até mesmo a escola, têm um papel importante que oferecem apoio através de programas de educação familiar ou de preparação de políticas públicas para promover a saúde. No entanto, estas devem ponderar os fatores de estresse e dar estímulo à formação de redes de apoio social, na comunidade ou nos centros de atendimento populacional, na escola, já que é um lugar de destaque nas sociedades modernas.

2.2 A Escola como Contexto de Desenvolvimento Humano

 

Sabe-se que a escola institui um contexto variado de desenvolvimento e aprendizagem. É um local onde aglomera variedade de conhecimentos, atividades, normas e apegos e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças É em tal espaço físico, psicológico, social e cultural que os seres humanos demandam o seu desenvolvimento global, através das atividades planejadas e desempenhadas em sala de aula e fora dela. De acordo com Zagury (2008, p. 17):

O sistema escolar, além de envolver uma gama de pessoas, com características diferenciadas, inclui um número significativo de interações contínuas e complexas, em função dos estágios de desenvolvimento do aluno. Trata-se de um ambiente multicultural que abrange também a construção de laços afetivos e preparo para inserção na sociedade.

A escola é uma instituição social com objetivos e metas determinadas, que emprega e reelabora os conhecimentos socialmente produzidos, com o intuito de promover a aprendizagem e efetivar o desenvolvimento das funções psicológicas superiores: memória seletiva, criatividade, associação de ideias, organização e sequência de conhecimentos, dentre outras. Ela é um espaço em que o indivíduo tende a funcionar de maneira preditiva, pois, em sala de aula, há momentos e atividades que são estruturados com objetivos programados e outros mais informais que se estabelecem na interação da pessoa com seu ambiente social

O currículo escolar estabelece objetivos e atividades, conforme a série dos alunos, facilitando o acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem nas diferentes faixas etárias. Desde o maternal até a educação de adultos, a escola tem peculiaridades em relação à sua estrutura física, à organização dos conteúdos e metodologias de ensino, respeitando e considerando a evolução do aprendiz, bem como articulando os conhecimentos científicos às experiências dos alunos. Para Esteves (2004, p. 21):

A importância das tarefas desempenhadas em sala de aula que favorecem as formas superiores de pensar e aprender, tais como memória seletiva, criatividade, raciocínio abstrato, pensamento lógico, tendo o professor uma função preponderante nesta mediação.

O uso de estratégias deve ser adaptado às diferentes realidades dos alunos e professores, às demandas da comunidade e aos recursos disponíveis, levando em conta as condições e peculiaridades de cada época ou momento histórico. Então, é importante identificar as condições de evolução dos professores, dos alunos, dos pais e da comunidade para o planejamento de atividades da escola.

Em resumo, a escola deve priorizar as atividades educativas formais, sendo vista como um lugar de desenvolvimento e aprendizagem e, o currículo, deve envolver todas as experiências desempenhadas nesse contexto. Devem-se considerar os modelos de relação, aspectos de cultura, de conhecimentos, de afetividade, da sociedade e da história de cada um que estão presentes nas interações e relações entre as diferentes partes. Sendo assim, os conhecimentos originados da convivência familiar podem ser utilizados como intercessores para a constituição dos conhecimentos científicos cogitados na escola.

Sendo assim, a escola estabelece um contexto variado de desenvolvimento e aprendizagem que acumula variedade de conhecimentos, atividades, normas e valores, permeado através de conflitos, problemas e diferenças. É na escola onde os indivíduos se desenvolvem globalmente, mediante as atividades programadas e realizadas na sala de aula e fora dela.

O sistema escolar inclui um número expressivo de interações contínuas e complexas em função dos estados de desenvolvimento do aluno. A escola é um ambiente multicultural que abrange a construção de laços afetivos e prepara o indivíduo para ser incluído na sociedade.

 2.3 Família e Escola: Ambientes de Desenvolvimento e Aprendizagem Humana

Para que se compreendam as demandas de desenvolvimento e seus conflitos pessoais, é necessário que se focalize o contexto familiar e o escolar e suas inter-relações.

É sabido que a composição familiar tem forte impulso na estabilidade do aluno na escola, e isso pode evitar ou avivar a fuga e a repetência escolar. Dentre os aspectos que colaboram para tal estão as peculiaridades individuais, a falta de costumes de estudo, a ausência nas aulas e os problemas de disciplina. Em tudo isso, a família desempenha um intenso controle. Mesmo que um sistema escolar modificador possa fazer o contrário em relação a tais aspectos negativos, é necessário que a escola possa contar com a ajuda de outros contextos influenciáveis expressivamente para a aprendizagem formal do aluno, abrangendo a família. De acordo com Porolin (2005, p. 21):

É importante ressaltar que a família e a escola são ambientes de desenvolvimento e aprendizagem humana que podem funcionar como propulsores ou inibidores dele. Estudar as relações em cada contexto e entre eles constitui fonte importante de informação, na medida em que permite identificar aspectos ou condições que geram conflitos e ruídos nas comunicações e, conseqüentemente, nos padrões de colaboração entre eles. Nesta direção, é importante observar como a escola e, especificamente, os professores empregam as experiências que os alunos têm em casa. Face à leitura, é muito importante que a escola conheça e saiba como utilizar as experiências de casa para gerir as competências imprescindíveis ao letramento.

Isso implica dizer que a interpretação textual ou até mesmo a escrita podem ser instigadas pelos conhecimentos surgidos de outros contextos, podendo servir de ajuda para a aprendizagem formal.

Entretanto, deve-se levar em conta que os pais estão em constante preocupação e envolvimento com as atividades escolares dos filhos e regem a sua vigilância em relação à avaliação do aproveitamento escolar, independentemente do nível socioeconômico ou escolaridade. Alguns pais supervisionam e fazem acompanhamento não apenas da realização das atividades escolares, como também abraçam estratégias que estão ligadas à disciplina e ao controle de atividades lúdicas. Tais atos admitem que eles analisem, identifiquem e realizem intromissões nos processos de desenvolvimento e aprendizagem dos filhos.

É necessário, então, destacar que os pais se envolvem nas atividades, em casa, afetando a aprendizagem e o aproveitamento escolar. Tal envoltura acontece por meio de diferentes modos de acompanhamento das tarefas em orientações metódicas do comportamento social e de como os filhos de engajam nas atividades da escola, desempenhadas por empreendimento próprio ou por sugestão da escola. Abaixo, um exemplo de envolvimento familiar na educação dos filhos.

 

Figura 4: Família e Escola têm papeis distintos na educação

Fonte: escola-anjinhotravesso.blogspot.com

 

É por isso que é importante que os laços afetivos, estruturados e consolidados na escola e na família permitam que as crianças e os adolescentes saibam lidar com conflitos, aproximações e situações surgidas de tais vínculos, dando-lhes a oportunidade de resolver os problemas de forma conjunta ou separada. Para Porolin (2005, p. 22):

Nesse processo, os estágios diferenciados de desenvolvimento, característicos dos membros da família e também dos segmentos distintos da escola, constituem fatores essenciais na direção de provocar mudanças nos papéis da pessoa em desenvolvimento, com repercussões diretas na sua experiência acadêmica e psicológica; dependendo do nível de desenvolvimento e demandas do contexto, é possibilitado à criança, quando entra na escola, um maior grau de autonomia e independência comparado ao que tinha em casa, o que amplia seu repertório social e círculo de relacionamento. Neste caso, a escola oferece uma oportunidade de exercitar um novo papel que propiciará mecanismos importantes para o seu desenvolvimento cognitivo, social, físico e afetivo, distintos do ambiente familiar.

É importante levar em conta que outro aspecto a ser destacado é a constituição de redes sociais de ajuda. Deve-se, nesse caso, assinalar as extensões distintas de envolvimento, familiar ou escolar, e fazer a descrição de como e quando tal rede de inclusões e ajuda à pessoa em desenvolvimento pode ser aproveitada. Na família, porém, há o reconhecimento do papel dos pais, irmãos e outras pessoas que fazem parte da vida da criança ou do adolescente e seu apoio para o desenvolvimento total e acadêmico.

Vale enfatizar que na escola, os professores se envolvem cotidianamente em atividades planejadas e desempenham interferências extraordinárias afetando o processo ensino-aprendizagem. Levando em consideração que as redes de ajuda são formadas pela variedade de influência mútua entre as pessoas, são elas que consentem a constituição de repertórios para que se possa lidar com os infortúnios e problemas que passam a existir, dando possibilidade para a superação com êxito.

No que diz respeito à co-participação escola-família, é importante que se dê ênfase à necessidade de dar estrutura a atividades adequadas à série do aluno, de modo particular quando se trata da colaboração dos pais no seu acompanhamento. Então, a necessidade ou não de que supervise os filhos está sujeito às demandas implícitas ou explícitas deles que estão pautadas a fatores como idade, independência, autonomia e desempenho como aluno. Segundo Porolin (2005, p. 23):

Ao participarem, os pais se predispõem e sentem referendados pelos filhos, acionando recursos que envolvem a ajuda e o acompanhamento; quando os filhos mostram necessidade de trabalharem sozinhos, os pais se afastam, reduzindo seu nível de supervisão e auxílio às tarefas escolares. Esta é uma questão polêmica que requer investigações mais detalhadas, considerando a série do aluno, as competências exigidas pela escola e a necessidade de autonomia e independência do aluno.

Embora haja esforços da escola e da família, na promoção de ações contínuas, existem obstáculos que causam descontinuidade e conflitos na relação entre estes dois microssistemas. Um dos problemas na relação família-escola é que esta ainda não comporta os diversos segmentos comunitários e não dá possibilidade de uma classificação justa das capacidades e o compartilhar das responsabilidades.

Deve-se observar, ainda, as formas de avaliação tomadas, assim como as táticas para a superação dos problemas atuais no processo ensino-aprendizagem, de modo a incluir a família, ordenam que as escolas façam a inserção dessa discussão no projeto pedagógico, como um meio de garantir a sua concepção e concretizar a participação dos pais que ainda é um assunto crítico no campo educacional. Entretanto, pode-se com isso rescindir o modelo atual da preocupação situada exclusivamente nos resultados.

Portanto, é importante que se diga que o conhecimento dos valores e práticas educativas adotadas em casa, que se refletem na escola, são indispensáveis para que se mantenha o prosseguimento dos atos entre família e escola. E, neste caso, as escolas devem procurar introduzir no seu projeto pedagógico um ambiente para que se valorizem, se reconheçam e se trabalhem as práticas educativas nas famílias e empregá-las como porta importante nos processos de aprendizagem dos alunos. Para Porolin (2005, p. 24):

A colaboração entre esses contextos deve levar em consideração as diferenças culturais, a formação para cidadania e a valorização de ações e de decisões coletivas. As educativas verificadas no âmbito das relações interpessoais e nos resultados acadêmicos dos alunos têm reflexos na participação efetiva e na integração escola-família, assegurando uma continuidade entre os dois segmentos.

Deste modo, as escolas necessitariam se encarregar no fortalecimento das associações de pais e mestres, no conselho escolar, dentre outros espaços de participação, de forma que propicie a juntura familiar com a comunidade, constituindo afinidades mais achegadas. Adotar táticas que consintam aos pais fazerem o acompanhamento das atividades curriculares da escola, traz benefícios tanto para escola quanto para a família.

É importante dar ênfase ao fato de que é imprescindível que se planeje e que se programe ações que garantam as sociedades entre os dois ambientes, tendo em vista a busca de metas corriqueiras e de saídas para os provocações enfrentadas pela sociedade e pela comunidade escolar.

3 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

A família e a escola são as duas principais organizações que afetam a criança em desenvolvimento e os aspectos culturais influenciam bastante, podendo facilitar ou até dificultar a evolução do ser humano. Para López (2002, p. 13):

Como os pais têm um importante papel instrucional, pois são os agentes primários do desenvolvimento infantil, destaca-se a sua visão sobre o papel da família no processo educacional. A importância e a influência da família como agente educativo é inquestionável. O estabelecimento de um vínculo afetivo saudável entre os pais e seus filhos pode desencadear o desenvolvimento de padrões interacionais positivos e de repertórios salutares para enfrentar as situações cotidianas, o que permite um ajustamento do indivíduo aos diferentes ambientes em que ele participa, incluindo a própria escola.

            Isso significa que os filhos cujos pais têm experiências frequentes de situações estressantes, ansiedade e medo sentem dificuldades em atuar com outras pessoas e apresentam um comportamento limitado na hora de lidar com seu meio social.

            Há, no entanto, percepções diversificadas acerca da influência familiar e escolar no processo educacional especialmente no que diz respeito à percepção dos pais, pois eles veem positivamente a sua colaboração no processo educacional a se tornarem efetivos aliados dos professores.

            Se os professores considerarem os pais parceiros, desenvolvem juntos táticas de acompanhamento e ajuda sistemática aos filhos, oportunizando uma melhoria nos diversos níveis curriculares e possibilita ao aluno, empregar todo o seu potencial. Porém, se os professores determinam um contato distante, exigente, fundamentado somente no conteúdo, os pais também abraçam tal postura e notam a relação com o ambiente escolar como um instante que origina anseio e frustração. Para Antunes (2003, p. 18):

Como nem todos os pais tiveram boas experiências no período de sua escolarização, tal fato faz com que eles transmitam percepções negativas da escola para os seus filhos e adotem uma postura distante e desconfiada. O pouco tempo para acompanhar a criança, as oportunidades mínimas para realizar a aproximação com a escola, a indiferença ou antagonismo quanto à sua presença na instituição são comuns no espaço escolar.  Outros fatores dificultam a aproximação entre pais e professores, dentre eles, as barreiras culturais, especialmente quando a escola não as considera como elo importante nesta cadeia.

            Sendo assim, vale ressaltar que educadores, gestores e outros agentes da escola desenvolvam capacidades e atitudes para que explorem os diversos níveis experienciais, saberes e chances dos pais, tendo em vista uma programação mais somativa no envolvimento família-escola.

            É importante que se identifiquem as crenças daqueles que educam acerca da sua ligação com a família, facilitando ou impedindo a proximidade dela. Geralmente acredita-se que os pais de nível socioeconômico mais baixo não têm preocupação com os filhos e adotam, com frequência, negligência e pouca participação. Os professores e gestores que creem que os pais que pouco contribuem para o currículo escolar, devem somente participar das reuniões para que recebam os boletins dos seus filhos. Segundo Dessen; Aranha (1994, p. 21):

Independentemente das crenças de educadores, a participação dos pais na educação formal dos filhos constitui fonte de intensa preocupação nas escolas, uma vez que essa participação é limitada, na medida em que os pais se restringem a buscarem as notas e pouco se envolvem com o currículo e com as atividades escolares. Sendo assim, é importante considerar as peculiaridades dos papéis dos pais, dos professores, dos coordenadores, dos diretores e de outros componentes da escola.

            Neste caso, é preciso que se faça uma avaliação consistente e sistemática para indicar os distintos níveis participativos de cada um na escola, para auxiliar na compreensão e na identificação nas diferentes maneiras de os pais participarem das atividades da escola e prestarem informações acerca da dinâmica familiar e das demandas evolutivas dos alunos.

            Não há dúvida de que profissionais da área, os quais atuam na escola admitem a importância das relações estabelecidas entre família e escola para que haja, assim, uma boa integração entre elas a fim de desenvolverem o social, o emocional e o cognitivo do educando. Todavia, para que isso aconteça, é necessário fazer a adaptação de diferentes táticas e meios de planejar a relação família-escola, levando em conta o lado cultural, como as crendices, valores e características dos meios sociais. Na concepção de Dessen; Aranha (2005, p. 35):  

A idealização do ambiente familiar, onde se busca a compreensão do afeto, da livre expressão dos sentimentos, da unidade familiar, da riqueza verbal e das trocas emocionais que acontecem de forma constante e de maneira mais livre neste contexto, e o significado e as experiências que a criança traz para a escola, provenientes deste espaço familiar que distingue do escolar pela adoção de uma linguagem particular, frente ao uso do tempo e das atividades mais estruturadas e sistematizadas.

            É necessário afirmar que geralmente o ambiente escolar é frio, distante, impessoal e muito competitivo quando se compara ao ambiente familiar. A linguagem empregada e seus símbolos são estruturados de modo descontextualizados passando a ignorar as características da família. Havendo o reconhecimento de tais divergências, há a possibilidade da programação de estratégias adequadas e o fornecimento de orientações específicas para cada ambiente, fazendo observações das peculiaridades culturais, funções e a efetividade disponível para realizar as atividades coletivas.

            Sendo assim, deve-se enfatizar que para que se estabeleça uma relação efetiva entre os pais e a escola, é preciso que os professores possam aceitar serem os responsáveis pela comunicação clara, simples e compreensível com a família.

            Além disso, é bom que eles notem que o êxito da união entre pais e professores está diretamente ligado à compreensão das questões divergentes que os envolvem na ação educacional, no que diz respeito ao aluno e à sua história escolar, considerando que, tanto os pais quanto os professores, são iguais em relação ao impacto sobre o estudante, compreendendo que pais e professores poderão ser honestos um com os outros, aprendendo a se adaptarem e a concentrarem seu investimento no aluno. Antunes (2003, p. 20) afirma que:

A escola deve especialmente no ensino fundamental, não só reconhecer que o aluno realiza conexões dos conhecimentos adquiridos na família, e faz deles sua referência no intuito de compreender e estabelecer suas relações com os conteúdos curriculares, mas também programar ações subsidiadas em tais conexões. Não é somente a criança que é afetada pela visão estanque dos conhecimentos e experiências adquiridas fora da escola, mas também pais e professores, que sentem esta ruptura e isolamento, tendo como consequência o prejuízo das relações interpessoais e da própria aprendizagem do aluno.

Vê-se, então, que a conexão da família e da escola não é uma tarefa fácil e não deve ser visto de modo amador ou idealístico. É urgente que dados baseado na experiência sejam originados, dando permissão para a assimilação de fatores que promovem ou bloqueiam esta influência mútua.

Deve-se, enfim, enfatizar que a necessidade de um embasamento fundamentado na experiência influencia e estrutura as políticas de educação voltadas à relação família e escola.  Hoje, porém, prevalece mais alocução que a juntura de dados pautados na pesquisa, em especial no Brasil. Além disso, é necessário que as verificações da ciência sejam fundamentadas em um padrão sistêmico, implicando na aceitação de uma abordagem de várias metodologias, as quais permitam captar a eficácia dos dois ambientes, desvendando suas características e exemplos corriqueiros.

Então, para que se compreenda o processo de evolução cada um, é preciso haver a integração dos diversos endereços sociais, ou seja, todos os lugares onde ele concretiza suas atividades. Tais atividades cumpridas pelos indivíduos nos distintos contextos dão a possibilidade da evolução, da adequação e da reestruturação do seu espaço físico e psicológico. López (2002, p. 30) diz que:

No entanto, é imprescindível programar projetos levando em conta o contexto cultural brasileiro, a fim de evitar o emprego de modelos educacionais que são apropriados para outros contextos. Em se tratando do nosso contexto sociocultural, é preciso fomentar a relação família-escola, tomando como base as diferenças sociais e regionais que caracterizam a nossa cultura e a real condição de implementação de projetos de pesquisa.

Faz-se necessário, então, que se estimulem as produções acadêmicas dirigidas ao esboço do envolvimento familiar com a escola, convertendo-as em organismos que possam contribuir para o plano de políticas e de fluxogramas educacionais. No campo político é necessário que se estabeleçam novos nortes para a relação família-escola visando o desenvolvimento integral dos alunos.

Portanto, é muito importante conhecer os procedimentos que cruzam os dois contextos possibilitando uma visão mais enérgica do processo educativo e, seguramente, interferências mais concisas e eficazes, bem como uma extensa discussão de padrões de articulação entre os dois influentes educacionais, levando em consideração as categorias brasileiras.

Espera-se que se desperte o interesse de pais e professores, para a obtenção de um apoio baseado na experiência para as contendas e práticas de ações, tendo em vista um funcionamento escolar integrando a escola e a família.

É preciso que as instituições criem laços através de uma relação de parceria e compromisso, a fim de buscar solucionar as dificuldades existentes. A família é essencial para o desenvolvimento do indivíduo.

            A sociedade necessita de uma parceria entre a família e escola, pois só assim poderá fazer uma educação de qualidade e que possa promover o bem está de todos (POLITY, 2004).

            A criança que tem um acompanhamento em casa tem seu desenvolvimento mais bem aproveitado, pois a mesma torna-se uma pessoa mais dinâmica e participativa nas aulas, sentindo dessa forma estimulada para o estudo.

            A relação entre família e escola dá-se através de reuniões e eventos realizados pela instituição de ensino as quais alguns pais participam, observando o desempenho escolar de seus filhos, enquanto outros não vão à escola para saber como está o aprendizado dos mesmos.

           A família também é responsável pelo aprendizado escolar dos alunos; e a participação dos pais na vida escolar dos filhos poderá contribuir no aprendizado dos educandos. Os pais não podem abrir mão de sua responsabilidade de educadores, pois a integração da família no processo de ensino e aprendizagem é de fundamental importância para o desenvolvimento, construção e formação do educando, pois favorecerá o crescimento intelectual, cultural, social, cognitivo e crítico do jovem (POLITY, 2005).

A educação familiar hoje é um projeto de formação e construção de cidadãos éticos. Os seres humanos desenvolveram a civilização. Tudo começou pelos humanos unirem-se entre si para poderem sobreviver através de dois instintos básicos, o de sobrevivência e o da perpetuação da espécie. 

O maior ensinamento familiar é o da convivência social. O principal item desta convivência é a formação do padrão comportamental social tendo como base a ética. Fazer o que tem vontade até os animais fazem. Mas são os humanos que aprendem que ações há que até podem fazer, mas não devem.

Um dos pontos fracos da educação familiar hoje é a dificuldade que os pais encontram de passar este padrão ético, regido pelo equilíbrio entre o poder e o dever. Crianças até podem não guardar os brinquedos após terminar a brincadeira, mas devem guardá-los para deixar o local da brincadeira em ordem para que outros possam usá-lo. 

Os pais precisam, enfim, acompanhar seus filhos na escola, nas atividades escolares, conhecer suas amizades para, então, poder exercer o domínio necessário sobre eles. Não se pode continuar vivendo dos caprichos dos filhos sem autoridade nenhuma e sem exercer seu papel fundamental que é o de educar.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

 

Diante de tudo o que foi exposto neste trabalho, conclui-se que a família compõe a base da sociedade moderna, que funciona como unidade em que todo indivíduo deve estar inserido para formação de seu caráter e construção do seu eu social.

A principal função social da família é o acolhimento do indivíduo formando-o como cidadão capaz de representar seu papel na sociedade como filho, irmão, trabalhador, estudante, entre outros. A família adquire importância na vida do indivíduo a partir de seu nascimento em virtude de seu dever de guarda, criação e educação da criança. Posteriormente tem-se uma fase de desenvolvimento, onde se prepara para a vida em sociedade estabelecendo relações de afetividade e trabalho.

A família desempenha um papel importante na formação do indivíduo, pois permite e possibilita a constituição de sua essencialidade. É nela que o homem idealiza suas raízes e torna-se um ser capaz de elaboração alargador de competências próprias. A família é a primeira instituição social formadora da criança. É dela que depende, em grande parte, a personalidade do adulto que a criança vai ser.

Criar filhos não significa torná-los perfeitos, pois os pais têm muitas dúvidas e estão sujeitos a muitas falhas; mas o que é necessário é tentar identificar os conflitos e desfazê-los, aprendendo a conviver com essas situações. Através dos conflitos os pais desenvolvem a percepção de si mesmos e de seus filhos. Essas situações estimulam pais e filhos a instalar um diálogo verdadeiro, expondo o entendimento e sentimento em relação às experiências cotidianas. Por outro lado, aspectos fundamentais do processo educativo revelam que os pais devem ter respeito sobre o que o filho sente, mas cabe a eles negar com firmeza e determinação as atitudes que possam contrariar o que desejam para a educação de seus filhos (TIBA, 1999).

 

 

 

 

 

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