PARE E PENSE!

A INEXPLICÁVEL SELEÇÃO BRASILEIRA



Ontem vimos que tem muita coisa errada em relação ao projeto inarredável de ganharmos a Copa de 2014. A Alemanha venceu o Brasil por 3X2, no amistoso internacional realizado na cidade de Stuttgart. O técnico Mano Menezes completou um ano à frente da Escrete Canarinho, mas não deve ter motivos para comemorar. Ainda não conseguiu vencer um time que figure entre os dez mais bem classificados no ranking da FIFA, e amargou um fiasco grosso na última Copa América. Daquele começo auspicioso contra a seleção dos Estados Unidos ficaram só doces lembranças. Meu colega disse que já o considera demissionário. Tenho cá minhas dúvidas.

Mano pode não ser o melhor armador de time, mas é um político de mãos cheias e lábia afinada. Sua fala mansa, ponderada, sensata e muito elegante parece hipnotizar a torcida, fazendo com que todos aceitem os resultados como normais. E é disso que seu patrão precisa para seguir em frente com seus desmandos e suas jogadas ensaiadas e obscuras. A possibilidade de o Brasil se tornar o único país a perder duas copas em casa parece não incomodá-lo ( o México não conta, vai!). É que ele tem muito com que se preocupar: patrocinadores, patrocinadores, e o dinheiro dos patrocinadores.

Eu gostaria de entender as convocações dos brasileiros do Shakhtar. Shakhtar Donetsk é um clube ucraniano, cujo dono, o multibilionário, Rinat Akhmeton, com fortuna avaliada em torno de US$ 16 bilhões, é amiúde relacionado a crimes fiscais, fraudes, contrabando, lavagem de dinheiro e até negócios lícitos. Vejamos: o Jadson é chamado para um amistoso, não joga nada, mas permanece sendo convocado para a Copa América. Durante o torneio, a seleção estava tão desarrumada que até ele, quando entrou, foi capaz de jogar melhor do que o substituído, fazendo até gol, lembram? Depois ele não jogou mais, o time foi eliminado, os pênaltis...etc. Aí veio a convocação para o jogo contra a Alemanha e, adivinhem, ele não foi convocado. Em seu lugar outro desconhecido, Fernandinho. De que time? Shakhtar! Eu não sei se ele jogou, pois eu não o vi em campo.

Então, como se explica isso? O Jadson não devia ter sido convocado, tanto que foi uma "mala" no primeiro amistoso, mas quando ele faz uma boa partida, que deveria mantê-lo no grupo, como uma espécie de segunda chance, ele é trocado por outro, tão apagado quanto ele no momento de sua primeira convocação. Eu devo estar enlouquecendo, pois não consigo enxergar a lógica disso! Se eu fosse um jovem jogador aspirante à Seleção Brasileira, eu não teria dúvidas de para qual time da Europa eu iria me transferir.


Manaus, 11 de agosto de 2011.
R L Galiza