INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR – IAESB

FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS – FASB

CURSO DE ENFERMAGEM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MÔNICA LETÍCIA SOUZA DA SILVA

 

           

           

 

 

 

 

 

 

A IMPORTÂNCIA NA IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS QUE INDICAM O SURGIMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE OS POLICIAIS MILITARES DO MUNICÍPIO DE BARREIRAS-BA.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BARREIRAS

2011


MÔNICA LETÍCIA SOUZA DA SILVA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A IMPORTÂNCIA NA IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS QUE INDICAM O SURGIMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE OS POLICIAIS MILITARES DO MUNICÍPIO DE BARREIRAS-BA.

 

 

 

Monografia apresentada ao Colegiado de Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Marilissa Mainere Maciel Dobrashinski.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BARREIRAS

2011

 

 

DEDICATÓRIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Eu Mônica Letícia dedico esta vitória a meu amado e eterno irmão Sebastião Eduardo. Um dia você foi deixando pra traz, um imenso vazio, onde antes eu contava com sua presença marcante, quantas vezes eu contava com sua presença busquei nas minhas duvidas e dificuldades seu apoio, compreensão e ate mesmo sua reprovação. Durante os momentos mais duros desta caminhada, refletia o que você diria para me encorajar. A saudade ainda é grande marca e faz falta física. Falta de um sorriso de um afago de palavras. Contudo no meio dessa ausência, compreendo a dimensão do ser eterno. Quando subir no palco para receber meu diploma, sentirei você ao meu lado, sorrindo e feliz por isto. Mesmo que hoje algumas lágrimas se vertam ante a ausência de seu abraço, estas não serão suficientes para apagar a certeza de estamos juntos a dividir toda emoção deste momento. E é desta maneira que sei por que a vida continua... Por você continuar vivo dentro de mim. 

AGRADECIMENTOS

 

 

Agradeço a Deus em primeiro lugar que me concedeu o sublime dom da vida...

A toda minha família em especial minha mãe Maria Souza da Silva e meu pai Valmir Eduardo da Silva que mesmo distante contribuirão para a realização deste sonho...

Aos meus amigos que colaboraram de forma direta e indireta...

Ao amor da minha vida por me ensinar a nunca desistir perante os obstáculos da vida...Me dando força e incentivo.

Aos meus filhotes, Júlio César e Gabriel que são a maior razão para que eu busque crescer a cada dia como pessoa.

Ao meu sobrinho Wendel Júnior, minha alegria de viver... Aos meus irmãos, Olga, Volga, Silene e Gersim obrigado a todos.

A todos os professores do curso de enfermagem pelo apoio paciência e contribuição.

Aos policiais, entrevistados, pelo apoio, compreensão e confiança, ao aceitar ser um instrumento desta pesquisa.

Às minhas amigas Gutiane e Laurenice que nos momentos de dificuldade estiveram sempre ao meu lado, voces estarão sempre em meu coração, oração e pensamentos.

À muitos amigos e amigas a quem não foram citados

Á coordenação do curso de enfermagem na pessoa de Ao coordenador do financeiro o Sr. Valdinei pela amizade e respeito, o meu muito obrigado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Oração do policial militar.

 

Saio de casa para o serviço... Fazei com que volte são e salvo...  Enquanto protejo outras famílias... Por favor, proteja a minha... Não deixe que uma bala traiçoeira me atinja... Nem que eu seja instrumento para as injustiças... Nos momentos difíceis e da morte, não deixe que eu caia em desespero...Sou humano,mortal, as vezes fraco...Mas me faça parecer sobre-humano, imortal, forte...A fim de inspirar confiança, esperança e força aos desamparados... Nos momentos dos meus erros, fique ao meu lado... Pois todos os demais, por mais pecadores que sejam, estarão contra...  Dai-me força e sabedoria para auxiliar os desamparados... E fé para não desistir, diante de uma vida que se acaba...  Auxilia-me a ser criança para as crianças... Pai para os desprotegidos e adulto para os necessitados... Que o vigor de minhas ações, seja sempre em proteção a paz... A vida, aos mais fracos, aos oprimidos e aos humilhados...  Que eu saiba ver a beleza do coração, não da face, da cor, da raça, da religião ou da condição social... Que os menos esclarecidos compreendam minhas limitações, e a complexidade do meu serviço. Senhor abençoai e protegei os policiais militares... Amém.

 

SILVA, Mônica Letícia Souza. A importância na identificação dos sinais que indicam o surgimento da síndrome de Burnout entre os policiais militares do município de Barreiras-Ba. Graduaçãoem Enfermagem Bacharelado, Faculdade São Francisco de Barreiras. 2011, 36 p.

 

Orientador: Marilissa Mainere Maciel Dobrashinski

 

RESUMO

 

O termo Burnout surgiu na Inglaterra e significa “algo que deixou de funcionar por exaustão de energia”, ou seja, parou por funcionar por cansaço, o termo foi utilizado pela primeira vez em 1997, no Congresso Anual da Associação Americana de Psicologia por Maslach. O presente estudo tem como objetivo geral de avaliar se os policiais militares de Barreiras apresentam sinais e sintomas sugestivos da síndrome de burnout em policiais militares, e enquanto objetivos específicos identificar os sinais e sintomas associados à Síndrome de Burnout, avaliar as consequências individuais causadas pelo Burnout e avaliar as consequências organizacionais causadas pelo Burnout em Policiais Militares de Barreiras-Ba. Para alcançar os objetivos propostos, realizou-se um estudo exploratório-descritivo de cunho quantitativo. O cenário escolhido foi o 10º batalhão da Policia Militar do município de Barreiras na região oeste do Estado da Bahia, foram entrevistados 10 policiais militares do comando especial, a seleção aconteceu de forma não probabilística caracterizando o método de adesão. A coleta de dados ocorreu no mês de outubro de 2011, mediante a o método de Maslach contendo 22 questões. Os resultados evidenciaram que entre os pesquisados manteve-se um baixo nível de exaustão emocional e despersonalização, no entanto foi notado que em relação à realização profissional os índices foram considerados altos, portanto os entrevistados não apresentaram sinais que sugerissem a presença da síndrome de Burnout.

 

Palavras-chave: Burnot, Síndrome, Policiais Militares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SILVA, Mônica Leticia Souza. The importance of identifying signs that indicate  the onset of burnout among police officers in the city of Ba-Barriers. Bachelor Degree inNursing, College of St. Francis Barry. 2011, p. 36.

 

Advisor: Marilissa Mainere Maciel Dobrashinski

 

 

ABSTRACT

 

The term Burnout origin in England and it means “something that it left to function for energy exhaustion”, it means, it stopped to function for boring. The term was used for the first time in 1997, in the Association Year American Psychology Congress by Maslach. The present study has the general aim verifying the main factors that caused the Burnout Syndrome in military policemen. For reaching the purpose aims, it realized an exploratory and descriptive study for quantitative theor. The chosen scenery was the tenth Group of Military Police in the city of Barreiras, in the Western region of State of Bahia. They were interviewed in the special command. The selection happened in non probabilistic way characterized by adhesion method. The data collect occurred in October, in 2011, through the Maslach’s method contained twenty two questions. The results evidenciated that between the researches kept low level emotional exhaustion and unpersonalization, but it was noted in relation of professional realization, the indices were considered high. Therefore the interviewers did not represent signals that suggered the presence of Burnout’s syndrome.

 

Key – words: Syndrome, Burnout, Military Policemen and Nursery.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LISTA DE SIGLAS

 

MBI                MASLACH BURNOUT INVENTARY

SB                  SINDROME DE BURNOUT

PM                  POLÍCIA MILITAR

PCMSO         PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

CRM              CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA

PPRA            PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

CIPA              COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE

IBGE              INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

CNS               CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

CONEP         CONSELHO NACIONAL DE PESQUISA COM SERES HUMANOS

SISNEP         SISTEMA NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO.. 9

2 DESENVOLVIMENTO.. 11

2.1.1 A Sindrome de Burnout 11

2.1.2 Conceito da Sindrome de Burnot 12

2.1.3 Identificando a Sindrome de Burnot 13

2.1.4 Stresse e Sindrome de Burnout 14

2.1.5 Fontes de Desgastes Físico e Emocional do Burnot 14

2.1.6 Stresse Ocupacional 15

2.1.7 As Organizacões e a  Sindrome de Burnot 15

2.1.8 Prevenção  na Síndrome de Burnout 16

2.1.9 Histórico Sobre o Trabalho do Policial Militar 18

2.1.10 Garantias Legais Para os Profissionais que Sofrem Burnout 19

2.2 METODOLOGIA.. 20

2.2.1 Descrição do Local da Pesquisa. 20

2.2.2 População. 21

2.2.3 Amostra. 21

2.2.4 Instrumento de coleta de dados. 21

2.2.5 Descrição da coleta de dados e da análise dos dados. 22

2.2.6 Ética em pesquisa com seres humanos. 22

2.2 RESULTADOS E DISCUSSÕES.. 23

3 CONCLUSÃO.. 30

REFERÊNCIAS.. 30

ANEXO A- INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.. 34

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

O termo Burnout surgiu na Inglaterra e significa “algo que deixou de funcionar por exaustão de energia”, ou seja, parou por funcionar por cansaço, o termo foi utilizado pela primeira vez em 1997, no Congresso Anual da Associação Americana de Psicologia por Maslach, este termo descreve uma síndrome com características associadas ao cansaço e ao esgotamento, que representam uma resposta aos estressores do trabalho (OLIVEIRA JR, 2001).

O conceito dado à Síndrome de Burnout é que se trata de um processo individual, e que sua evolução pode levar anos e se perpendurar por décadas. Seu surgimento é lento, acumulativo, com progressão a se tornar severo, muitas vezes não é percebido pelo indivíduo que a sofre, e geralmente não admite está acontecendo algo de errado com ele (FRANÇA, DOLAN, RUDOW APUD CARLOTTO, 2002).

É considerada uma importante questão de saúde pública, sendo um dos agravos ocupacionais de caráter psicossociais mais importantes na sociedade atual. Burnout tem sido considerado um sério processo de deterioração da qualidade de vida do trabalhador, tendo em vista suas graves implicações para a saúde física e mental (GIL-MONTE, P.R,; CEBRIA-ANDREU, J.; SALANOVA, M.Y. apud BATISTA, 2010).

Diante do exposto toma-se como pergunta norteadora da pesquisa: os policiais militares do município de Barreiras-BA apresentam sinais e sintomas sugestivos de síndrome de Burnout?

A pesquisa justifica-se pela importância de conhecer melhor a Síndrome de Burnout, através dos sinais e sintomas apresentados pelo possível portador e buscar ações que possibilitem a prevenção ou a sua amenização.

Para tanto, a presente pesquisa possui enquanto objetivo geral avaliar se os policiais militares de Barreiras apresentam sinais e sintomas sugestivos de Síndrome de Burnout, e enquanto objetivos específicos identificar os sinais e sintomas associados à Síndrome de Burnout, avaliar as consequências individuais causadas pelo Burnout e avaliar as consequências organizacionais causadas pelo Burnoutem Policiais Militaresde Barreiras-Ba.

Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo, abordando aspectos quantitativos, de modo que serão abordadas questões que puderam ser quantificadas utilizando a técnica de MBI - Maslach Burnout Inventory - (Maslach; Jackson, 1986). A aplicabilidade da escala MBI (Maslach Burnot Inventory), sendo um método que avalia o sujeito através de dimensões pré- estabelecidas.

A estrutura capitular do estudo está dividida em três partes, assim descritas, Introdução que descreve brevemente a pesquisa; o Desenvolvimento composto pelo referencial teórico, metodologia e análise e discussão dos resultados obtidos e concluindo com as Considerações finais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO

 

Apresenta-se a revisão literária acerca do tema abordado sendo este de grande importância para ações em saúde pública, a exposição literária apresentará opiniões de diversos autores, optou-se por trabalhar somente com artigos científicos já que se trata de assunto novo e pouco explorado ainda em livros.

 

2.1.1 Síndrome de Burnout

 

O termo Burnout surgiu pela primeira vez em um artigo escrito por Freudenberger, médico psicanalista, onde o mesmo defendia que há a ocorrência de um fenômeno pautado nas características de sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia e recursos. O mesmo autor concluiu seus estudos em 1975 e 1977, melhorando sua primeira definição e acrescentando condutas de fadiga, depressão, irritabilidade, aborrecimento, sobrecarga de trabalho, rigidez e inflexibilidade (Freudenberger, 1974; França, 1987; Perlman & Hartman, 1982 Apud CARLOTTO e CÂMARA, 2004).

Assim a Síndrome de Burnout (SB) surge em um ponto de vista psicossocial, que se justifica como um processo no qual os aspectos da conjuntura de trabalho e interpessoais são auxiliares ao seu desenvolvimento. (BORGES, ARGOLO E BAKER, 2006).

Segundo ainda Carloto e Câmara (2006 p. 499-500):

As primeiras pesquisas sobre a SB são resultado de um trabalho sobre o estudo das emoções e maneiras de lidar com elas, desenvolvido com profissionais que, pela natureza de seu trabalho, necessitavam manter contato direto com outras pessoas (trabalhadores da área da saúde, serviços sociais e educação), uma vez que se percebia a manifestação de estresse emocional e sintomas físicos por parte de tais profissionais.

 

 

Relacionado ao trabalho e ao aparecimento da SB nota-se que há um papel importante nesse contexto, assim como afirma, Borges, Argolo, Baker, 2006 p.34:

Mudanças na estrutura do sistema produtivo têm tornado as organizações mais complexas e repercutido nas relações de trabalho, implicando mais instabilidade nos empregos e renovando velhas angústias daqueles que trabalham. A lógica do produzir mais com menos recursos não é nova, porém sua revalorização é cada vez mais assimilada. (...) Essas configurações organizacionais têm demandado, em diferentes graus e por entre os diversos setores produtivos, novas exigências de qualidade na execução das tarefas, mais qualificação e novas competências do trabalhador.

 

 

Estudos evidenciam que a SB é uma doença que vem emergindo, afetando trabalhadores em diversas profissões. Note-se uma maior probabilidade de ocorrência nos trabalhadores incumbidos de cuidar de outros, tais como profissionais da área da educação, saúde, policiais e agentes penitenciários, entre outros, pois apresentam intensa e constante relação interpessoal. A ocorrência da experiência individual interna que suscita sentimentos e atitudes negativas no inter-relacionamento do trabalhador com seu trabalho pode gerar insatisfação, desgaste, perda do comprometimento, minando seu desempenho profissional. Suas conseqüências podem ser o absenteísmo, abandono do emprego, baixa produtividade. (LIMA, 1991).

Desse modo a SB apresenta-se como uma reação crônica ao estresse e se difere do estresse ocupacional por suas características próprias e pelas condições que deixa os trabalhadores.

 

2.1.2 Conceito da Síndrome de Burnout

 

Tratando-se do ponto de vista psicossocial, a SB é um processo em que é tratada a conjuntura de trabalho e interpessoal que contribuem para a ocorrência da mesma. Dessa forma o conceito mais aceito é o de Maslach e Jackson (BORGES, ARGOLO, BAKER, 2006) esse conceito foi formulado pela primeira vez por Maslach como “uma reação à tensão emocional crônica por tratar excessivamente com outros seres humanos, particularmente quando eles estão preocupados ou com problemas” (MASLACH, 1994 p.61).

Caracterizando-se a síndrome segundo Maslach apud Borges, Argolo, Baker (2006 p.35):

A síndrome é caracterizada por três fatores: Exaustão Emocional, Diminuição da Realização Pessoal e Despersonalização (Maslach, 1994; Maslasch, Schaufeli & Leiter, 2001). O primeiro fator refere-se a sentimentos de fadiga e à redução dos recursos emocionais para lidar com a situação estressora. O segundo refere-se à percepção de deterioração da competência em resolver os problemas e da satisfação com as realizações no trabalho. O terceiro componente refere-se a atitudes negativas, ao ceticismo e à insensibilidade com respeito a outras pessoas, especialmente os usuários dos serviços prestados pelo profissional.

 

 

A SB é agregada ao trabalho, procede da exposição delongada aos estressores funcionais e carência de apoio social o que determina deterioração física e psíquica do trabalhador (COSTA, LIMA, 2003).

Segundo ainda Silveira et al (2005), a ocorrência de Burnout está ligada a métodos de redução das funções individuais, tais como depressão, ansiedade, problemas de relacionamentos interpessoais, diminuição da qualidade do trabalho, aumento das ausências ao trabalho, rotatividade de funcionários, vontade de desistir e não ter comprometimento no trabalho.

Segundo Maslach, Shaufeli e Leiter apud Codo (1999), “Burnout não é um problema do indivíduo, mas do ambiente social no qual o indivíduo trabalha”.

 

2.1.3 Identificando a Síndrome de Burnout

 

A ação da Síndrome de Burnout é individual, pode demorar anos á evoluir talvez até décadas, mas seu aparecimento é progressivo e ríspido (SOSTER, 2005). Normalmente o indivíduo não percebe que há algo acontecendo com ele, e quando identificado por parte de algum profissional o portador da síndrome tende a não acreditar que está sofrendo de estresse laboral.

A “Burnout é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas físicos e psíquicos, consequentes dá má adaptação ao trabalho e com intensa carga emocional [...]” (TRINDADE, LAUTERT, 2010).

Alguns relatos por parte dos portadores pode indicar a síndrome estes normalmente se configuram em situações de total esgotamento de energia física e/ou mental, exaustão emocional, baixa realização pessoal, sentimento de impotência e incapacidade de realizações, irritabilidade, relações desprovidas de calor humano, empatia, ansiedade, melancolia, baixa autoestima, angustia e acrescenta sintomas psicossomáticos, tais como úlceras, insônia, hipertensão e dor de cabeça entre outros (SOSTER, 2005).

Diante do exposto há a necessidade de alertar as organizações onde haja vista que o profissional portador da SB possue comportamentos negativos, os quais influenciam as atividades sociais e profissionais.

 

 

 

2.1.4 Stresse e Síndrome de Burnout

 

Os sinais e sintomas nos estágios iniciais da SB são praticamente os mesmos se comparados ao stresse e a depressão, no entanto ainda não estas não estão caracterizadas como síndrome, pois a SB só se efetiva nos estágios mais avançados da doença, apresenta características próprias bem diferentes de outras psicalgias, como o estresse e a depressão. Acredita-se que com a divisão dos sinais e sintomas em quatro estágios facilita o entendimento da evolução da doença (WANDERLEY 2008/2011, p. 10-11):

1º estágio:

A vontade em ir ao trabalho fica comprometida; Ausência crescente e gradual de ânimo ou prazer em relação às atividades laborais;

Surgem dores genéricas e imprecisas nas costas e na região do pescoço e coluna; Em geral, o profissional não se sente bem, mas não sabe dizer exatamente o que possa ser.

2º estágio:

As relações com parceiros e colegas de trabalho começa a ficar tensa, perdendo qualidade; Surgem pensamentos neuróticos de perseguição e boicote por parte do chefe ou colegas de trabalho, fazendo com que a pessoa pense em mudar de setor e até de emprego; As faltas começam a ficar frequentes e as licenças médicas são recorrentes; Observa-se o absenteísmo, ou seja, a pessoa recusa ou resiste participar das decisões em equipe.

3º estágio:

As habilidades e capacidades ficam comprometidas; Os erros operacionais são mais freqüentes; Os lapsos de memória ficam mais frequentes e a atenção fica dispersa ou difusa; Doenças psicossomáticas como alergia e picos de pressão arterial começam a surgir e a automedicação é observada; Inicia-se ou eleva-se a ingestão de bebidas alcoólicas como paliativo para amenizar a angústia e o desprazer vivencial; Despersonalização, ou seja, a pessoa fica indiferente em suas relações de trabalho culminando em cinismo e sarcasmo.

4º estágio:

Observa-se alcoolismo; Uso recorrente de drogas lícitas e ilícitas,

Enfatizam-se os pensamentos de autodestruição e suicídio; A prática laboral fica comprometida e o afastamento do trabalho é inevitável.

 

2.1.5 Fontes de Desgastes Físico e Emocional do Burnout

 

Estudos apontam para o numero crescente de trabalhadores que adoecem em decorrência do trabalho que exercem, assim:

Entre os diferentes fatores que podem comprometer a saúde do trabalhador, o ambiente de trabalho é apontado como gerador de conflito quando o individuo percebe o hiato que existente entre o compromisso com a profissão e o sistema em que estão inseridos. (TRINDADE; LAUTERT, 2010, p. 275).

 

Pesquisas dos autores acima apontam que há ocorrência da SB entre os trabalhadores jovens com no máximo 30 anos de idade e está ligada a pouca experiência profissional, excessiva motivação pode também torna-lo mais expostos, apresentando-se um paradoxo, revelou-se ainda serem as mulheres mais afetadas pela SB (TRINDADE, LAUTERT, 2010). Cita-se a necessidade de reorganização das empresas, trabalhando seus valores organizacionais, melhorando salários e carga de trabalho (BORGES; ARGOLO; BAKER, 2006).

 

2.1.6 Stresse Ocupacional

 

Os estressores ocupacionais estão constantemente ligados à organização das atividades laborais, como pressão para se manter ou aumentar a produtividade, condições desfavoráveis no quesito segurança no trabalho, indisponibilidade para treinamento e orientação, relação de abuso entre os supervisores e os subordinados, falta de controle na questão trabalho e descanso, padrões considerados como fora dos limites biológicos (Carayon, Smith & Haims, 1999).

Ainda para os mesmos autores, tendo em vista as perdas humanas e econômicas que estão associadas ao estresse ocupacional, tornam-se necessárias as intervenções para que se previna ou se controle as consequencias. A implantação de programas de manejo do estresse ocupacional pode ser centrada na organização de trabalho e/ou no trabalhador.

Visto que com o planejamento da avaliação de programas de manejo de estresse no trabalho, serão tão relevantes quanto o planejamento de sua implantação.

 

2.1.7 As Organizacões e a  Síndrome de Burnout

 

Em decorrência da atual conjuntura de transformação nas organizações, da globalização e avanços tecnológicos, há uma necessidade das empresas em exigirem competências diversas aos seus profissionais e desdobramento em escalas de serviço o que gera transtorno neste trabalhador que se vê exposto à execução de tarefas sobre pressão destas. Corrobora com o dito (BORGES; RGOLO; BAKER, 2006, P.34).

Essas configurações organizacionais têm demandado, em diferentes graus e por entre os diversos setores produtivos, novas exigências de qualidade na execução das tarefas, mais qualificação e novas competências do trabalhador. Tais demandas incidem particularmente no setor de serviços, face às suas peculiaridades, como o caráter direto do relacionamento do trabalhador com o cliente ou usuário e a diversidade das informações.

 

 

Outro dado importante é a questão de condições estruturais de trabalho, visto que algumas empresas empregam medidas inadequadas o que prejudica e delimita ainda mais o trabalhador.

As dificuldades estruturais são retratadas na sociedade brasileira, principalmente no que concerne à visão do usuário, mas também afetam os profissionais [...], visto que eles são obrigados a conviver com tais dificuldades [...] (BORGES; ARGOLO; BAKER, 2006, P.34).

 

Com relação aos valores organizacionais, cada empresa é responsável por formula-la e esses valores estão intimamente ligados a missão organizacional de cada empresa e esta deve ser responsável por perpetuação dos mesmos, contudo os valores organizacionais podem ser analisados em dois níveis distintos: o real e o ideal, conforme destacam os autores (BORGES; ARGOLO; BAKER, 2006. p.35).

O nível real é a maneira como os trabalhadores percebem os valores concretamente reforçados pela organização, valores estes que orientam sua estrutura e funcionamento. O nível ideal, por sua vez, diz respeito aos valores que os funcionários crêem que a organização deva seguir.

 

 

Observa-se através de vários estudos que o desgaste profissional e os valores organizacionais colaboram para a incidência de SB e estão intimamente ligado a saúde do trabalhador e ao equilíbrio nas organizações.

 

2.1.8 Prevenção  na Síndrome de Burnout

 

Os estudos que tratam da prevenção na SB ainda são escassos e não dependem diretamente do trabalhador em querer fazer prevenção, considera-se uma conjuntura onde as organizações também devem estar se reavaliando para promover ações que melhore as condições de trabalho e consequentemente a saúde de seus trabalhadores.

As preocupações com o estresse vêm sendo cada vez mais explorado, tendo em vista que esse fato vem desempenhando um papel importante no processo trabalho-saúde-doença, por causa das suas conseqüências, como por exemplo, incapacidade e até a morte dos trabalhadores. A ação de prevenção envolve primeiramente a vontade organizacional, a política e a economia, sendo que as mudanças no ambiente de trabalho devem se basear na participação de todos os envolvidos. Afinal de contas todo processo que envolve mudanças na estrutura organizacional, relacionada à melhoria das condições de trabalho que transmite bem-estar aos trabalhadores, deve ser baseado na participação do grupo, tanto nos locais de trabalho, quanto nos sindicatos ou associações. 

De acordo com Gil-Monte (2002, p 41), as estratégias para a prevenção e para o tratamento da síndrome de burnout podem ser divididas em três categorias:

Estratégias individuais: Dentro das estratégias do nível individual o uso do treinamento na solução dos problemas é recomendado, o treinamento da assertividade, e os programas de treinamento para manejar o tempo de maneira eficaz.

Estratégias grupais: No nível do grupo a estratégia por excelência é o uso do apoio social no trabalho por parte dos companheiros e dos supervisores. Através do apoio social no trabalho é que os indivíduos obtêm dados novos, adquirem habilidades novas ou melhorara aqueles que eles já possuam, obtêm o reforço e o feedback na execução das tarefas e obtêm a sustentação emocional, o conselho, ou os outros tipos de DAE (dispositivo automático de entrada).

Estratégias organizacionais: Finalmente, é muito importante considerar o organizacional, porque a origem do problema está no contexto laboral e, conseqüentemente, o sentido da organização deve desenvolver os programas da prevenção dirigidos para melhorar a atmosfera e o clima da organização.

 

No que diz respeito ao indivíduo Soster (2005) destaca a necessidade de treinar o autocontrole, minimizar a negatividade, controlar o estresse e utilizar serviços de apoio, é importante também que o trabalhador faça uma avaliação de sua vida profissional primando assim pela qualidade de vida.

Para o mesmo autor formar lideranças e direcionar as atividades mais completas com conceitos humanísticos e grupais, valorizando as diferenças e individualidade de cada um, determinando com isso a prevenção.

Segundo Silva (2002) os programas de manejo de estresse ocupacional podem ser direcionados para a organização no trabalho e/ou para o trabalhador. Intervenções que visam a organização são direcionadas para a modificação dos estressores existentes no ambiente de trabalho, que podem incluir mudanças na estrutura organizacional, nas condições de trabalho, no treinamento, no desenvolvimento, na participação e na autonomia no trabalho e nas relações interpessoais no trabalho. Intervenções focadas no indivíduo visam diminuir o impacto de riscos que já existem, por meio do desenvolvimento de um método com estratégias de enfrentamento individualmente.

 

2.1.9 Histórico Sobre o Trabalho do Policial Militar

 

A Polícia Militar (PM) no Brasil apresenta uma estrutura baseada na burocracia, enraizada no século XIX, contudo essa lógica foi sendo transformada ao longo dos tempos. Mesmo com todas essas mudanças, manteve-se o princípio de atuação impedindo o surgimento de qualquer idéia que soasse como contestação por parte dos grupos legais ou ilegais sendo estes contrários ao poder atuante. Atualmente, a PM não tem como objetivo principal coibir, nem acompanhar esses grupos, uma vez que esta realidade está compassada ao aumento da violência na sociedade e aos altos índices de criminalidade. (SILVA; VIEIRA, 2008).

De acordo com Muniz apud Silva e Vieira (2008), A lógica norteadora do sistema de segurança tinha um caráter mais de proteção interna e de defesa nacional do que de atendimento aos fins de segurança pública. Tal lógica delineia uma imagem que prima pela corporação militar, ao invés de priorizar a PM enquanto organização. A efetividade de um policiamento urbano e ostensivo é rara na história da PM, mesmo considerando as peculiaridades de cada estado brasileiro.

As polícias caracterizadas como estadual civil e militar foi inspirada na Europa Ocidental entre os séculos XVIII e XIX, em que se dava segurança pública como um serviço que era garantido pelo Estado, que garantia guardar os direitos dos cidadãos e manter o poder da autoridade (SILVA; VIEIRA, 2008).

De acordo com Silva Filho apud Silva; Vieira (2008), o Brasil ainda é o único país que mantém as atividades de polícia, tanto no que diz respeito à prevenção quanto à investigação, como funções distintas, necessitando assim de dois tipos de organização diferentes em suas estruturas, sendo estas normas operacionais e administrativas, com regime disciplinar e salários. Tal diferenciação criou um certo desgaste, enquanto modelo no controle da criminalidade, sendo notado através da ineficácia em seus resultados, a manutenção de alto custo e a grande complexidade em se  gerir.

Desde 1960 a PM mantém como exclusividade, a realização de inúmeras ações de força pública com seu policiamento fardado. Entre essas ações, destacam-se: garantir segurança às instituições; assegurar a ordem nos estados; atuar repressivamente para prevenir; atender as solicitações da população atuando de forma preventiva, e até reprimindo as consideradas mais graves (SETTE CÂMARA apud SILVA; VIEIRA, 2008).

Diante das inúmeras atribuições dadas aos PM, anexado ao modelo de policial centrado em atividades diferenciadas, como prevenir e investigar, estimula questões sobre o modo como se aplica a organização do trabalho do policial diante da realidade social atual. Essas questões conquistam importância, visto que elas dizem respeito às complicações nos fatores de saúde mental do policial militar (SILVA; VIEIRA, 2008).     

 

2.1.10 Garantias Legais Para os Profissionais que Sofrem Burnout

 

O Estado por sua vez tem o dever de fiscalizar os locais de trabalho, evitando assim as inúmeras violências que continuam são praticadas no ambiente laboral que são causadores do estresse, baseados na regulamentação já existentes segundo os Direitos Processuais do Trabalhador de 29 de novembro de 2007:

a)- NR 17 que versa sobre ergonomia, visando estabelecer a adaptação das condições de trabalhado às características piscofisiológicas dos trabalhadores, como gênero, altura, peso e idade, tudo, intrinsecamente relacionado ao tipo de trabalho, proporcionando bem-estar e equilíbrio à saúde do trabalhador.

b)- NR7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, que obriga a que toda empresa deve ter pelo menos um médico responsável pela realização de exames médicos periódicos, admissionais e demissionais, identificar fatores de riscos ambientais que possam causar acidentes ou epidemias, sendo que a omissão desse profissional pode ser denunciada pelo trabalhador ao Conselho Regional de Medicina - CRM;

c)- NR 4 que versa sobre Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, principalmente em empresas que possuam alto grau de risco, como energia elétrica e produtos químicos.

d)- A NR 5, que introduz a obrigatoriedade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.

 

 

 

 

 

 

 

 

2.2 METODOLOGIA

 

Tratou-se de um estudo exploratório-descritivo, abordando aspectos quantitativos, nos estudos organizacionais, a pesquisa quantitativa permite a mensuração de opiniões, reações, hábitos e atitudes em um universo, por meio de uma amostra que o represente estatisticamente (BULMER, 1977).

A metodologia representa um instrumento próprio e uma abordagem real, ocupando um destaque no centro das teorias sócias, fazendo parte da visão social de mundo veiculada da teoria (MINAYO, 1994). Segundo a mesma autora a pesquisa quantitativa é definida como: 

O universo de significados, motivos, aspirações, e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reproduzidos à operacionalização de variáveis (1994, p. 21, 22).

 

 

O estudo quantitativo tem como finalidade a sistemática coleta de dados em amostra, população e programa. Precisão e controle estatísticos são características deste estudo com uso de técnicas e procedimentos de amostragem (LAKATOS; MARCONI, 2003).

A pesquisa exploratória adita como fenômeno, para assim apanhar percepções e descobertas de novas idéias, realizando exposições precisas de condições para descobrir as relações existentes entre seus elementos, o mesmo autor revela que a pesquisa descritiva busca verificar aspectos de indivíduos e grupos, registra, analisa e correlaciona fatos e/ou fenômenos para descobrir novas ideias e semelhanças existentes entre seus elementos (CERVO; BERVIAN, 2002).

 

2.2.1 Descrição do Local da Pesquisa

 

A pesquisa foi realizada especificamente no 10° Batalhão de Policia Militar, onde se pode obter maior contato com a população a ser estudada. O município de Barreiras é o principal centro urbano, político, tecnológico e econômico da região oeste da Bahia, o município possui uma área de 7.859,13 km2. O município foi criado em 26 de abril de 1891, tendo como seu padroeiro São João Batista, localizado no extremo Oeste do estado da Bahia fazendo divisa com o estado do Tocantins, ficando a uma distância de835 km da capital da Bahia e622 quilômetros de Brasília. E segundo estimativas de2010 a população de Barreiras representava cerca 137.428 habitantes (IBGE, 2010).

 

2.2.2 População

 

A população investigada foram policiais militares ativos na corporação há pelo menos 1 ano.

 

2.2.3 Amostra

 

Após verificar o numero total de policiais atuantes a mais de 1 ano, a amostra ficou definida em 10 policiais militares do comando especial.

 

2.2.4 Instrumento de coleta de dados

 

Foi utilizado como instrumento para a coleta de dados o inventário do MBI que para traz como princípio segundo Menegaz (2004):

Para o diagnóstico de burnout a obtenção de nível alto para exaustão emocional e despersonalização e nível baixo para realização profissional. Portanto, o enquadramento do profissional nesses três critérios dimensionais indica a manifestação de burnout. O risco de desenvolvimento desta síndrome ser determinado após a análise de todas as dimensões, a fim de mensurar a possibilidade do pesquisado manifestar a doença.

Este inventário, traduzido e adaptado por Lautert em 1995, totaliza 22 itens e é auto-aplicável. Em uma das versões americana, a freqüência das respostas é avaliada por meio de uma escala com pontuação que varia de 1 a 5, sendo esta a utilizada para desenvolver este trabalho.

Considerando a especificidade da pesquisa será utilizado o MBI - Maslach Burnout Inventory - (Maslach; Jackson, 1986). Trata-se de uma escala do tipo Likert, esta avalia como o sujeito vivencia seu trabalho, de acordo com as três dimensões estabelecidas pelo Modelo de Maslach: Exaustão Emocional (9 itens), Realização Pessoal no Trabalho (8 itens) e Despersonalização (5 itens) (Anexo A). Totalizando, portanto, 22 itens que indicarão a frequência das respostas com uma escala de pontuação variando de1 a 7.

2.2.5 Descrição da coleta de dados e da análise dos dados

 

A seleção ocorreu de forma não probabilística caracterizando assim pelo método de adesão onde os policiais foram convidados a participarem da pesquisa e os que concordaram assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme CNS 196/96 (Apêndice A). Os dados foram analisados, conforme os critérios da escala do tipo Likert sendo utilizada a específica MBI, onde avalia-se a prevalência das variáveis pré-estabelecidas a saber: 1-Nunca; 2- Raramente; 3- Algumas vezes; 4- Frequentemente; 5- Sempre, e a seguir tabulados conforme o agrupamento das variáveis apresentadas, ditas as dimensões a compreender: Exaustão emocional (1,2,3,6,8,13,14,16,20); Despersonalização (5,10,11,15,22) e Realização profissional (4,7,9,12,17,18,19,21), assim obteve-se a soma destas onde obteve-se a frequência das dimensões do grupo estudado e consequentemente a resposta final da MBI e serão apresentados em forma de gráfico para melhor compreensão e confrontamento literário na análise e discussão.

 

2.2.6 Ética em pesquisa com seres humanos

 

Após a submissão e da análise e julgamento do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade São Francisco de Barreiras-FASB que é reconhecido pelo Conselho Nacional de Pesquisa com Seres Humanos (CONEP) sendo apresentado por meio de seu envio e de carta de encaminhamento à presidência juntamente com Folha de Rosto padronizada pelo SISNEP (Anexo B), e obedecendo a resolução 196/96 que envolve pesquisas com seres humanos deu-se inicio a coleta dos dados.

Esclarecendo os participantes do estudo dos objetivos da pesquisa e estes receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado conforme as normas da Resolução 196/96, permanecendo cada participante com uma cópia do mesmo e entregando uma cópia assinada à pesquisadora. Foi garantido aos policiais militares, o sigilo das informações, a voluntariedade na participação e a possibilidade de interromper o preenchimento do instrumento a qualquer momento, sem penalidade alguma e sem prejuízo às suas atividades profissionais.

 

 

2.2.7 RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Os instrumentos respondidos foram calculados e digitados no world 2007, para que se fizesse a análise dos dados relativos ao instrumento de MBI, realizou-se a somatória somente da quantidade de policiais que responderam às variáveis.

 

Tabela 1- Número e percentual de entrevistados segundo sinais de Exaustão emocional.

Questão

Nunca

Raramente

Algumas Vezes

Frequentemente

Sempre

Total

n

%

n

%

n

%

n

%

n

%

n

%

01

02

20

04

40

03

30

01

10

-

-

10

100

02

01

10

03

30

05

50

01

10

-

-

10

100

03

01

10

05

50

04

40

-

-

-

-

10

100

04

04

40

03

30

02

20

-

-

01

10

10

100

05

05

50

04

40

01

10

-

-

-

-

10

100

06

07

70

02

20

-

-

01

10

-

-

10

100

07

05

50

05

50

-

-

-

-

-

-

10

100

08

02

20

05

50

02

20

01

10

-

-

10

100

09

07

70

03

30

-

-

-

-

-

-

10

100

TOTAL

34

-

34

-

17

-

04

-

01

-

-

-

Fonte – Pesquisa de Campo, 2011.

 

 

Ao analisar a tabela 1 nota-se que em relação a questão n° 1 que fala sobre exaustão no trabalho, 40% da amostra referem raramente se sentir emocionalmente exaustos diante do trabalho que desenvolve. Ao serem questionados sobre o esgotamento ao final do dia de trabalho (questão n° 2), 50% afirmam que algumas vezes se sentem desta forma.  Em relação à questão nº3,  50% afirmam se sentir cansado quando se levanta para encarar outro dia de trabalho; na questão 4 que trata de nunca ter sido um grande esforço trabalhar com pessoas o dia inteiro foi referenciado por 40% da amostra; 50% nunca se sentiu esgotado com o trabalho que desenvolve relacionada a questão 5; de acordo com a questão 6 70% dos entrevistados afirmam nunca terem se sentido frustrado com o trabalho; para 50% da amostra conforme a questão 7 aborda, afirmam nunca terem sentido estar trabalhando demais, de acordo com a questão 8 trabalhar diretamente com pessoas o deixa estressado foi afirmado que raramente acontece por 50% da amostra; 70% afirmam nunca ter sentido como se estivesse no final do limite, abordada na questão 9. Percebeu-se, contudo que as variáveis mais citadas pelos entrevistados foram nunca e raramente somando 34 pontos, e a variável sempre foi citada apenas uma vez somando apenas 1ponto.

            A exaustão emocional é a primeira dimensão da SB, é caracterizado pela falta ou carência de energia, entusiasmo e um sentimento de esgotamento. A exaustão emocional é considerada por alguns autores como a primeira etapa, e o fator principal da SB (Maslach, 1993).

            Para Cordes e Dougherty (1993), a exaustão emocional é uma resposta dada pelas demandas dos fatores estressores que os empregados enfrentam como a sobrecarga de trabalho, os contatos interpessoais no trabalho, o papel exigido nos conflitos e as expectativas que o indivíduo tem com relação a si mesmo e a sua organização dentro do trabalho que desenvolve.

            A exaustão emocional e, consequentemente, a SB se apresentam quando os indivíduos tem que trabalhar diante de uma situação de falta de ponderação que se tornou crônica, no qual se exige mais do que esses trabalhadores  podem dar e lhes é oferecido menos do que elas precisam (Maslach & Leiter, 1997).

     O excesso de trabalho segundo Murofuse (2005 p 255-61)

[...] pode produzir gradualmente a exaustão emocional, criativa ou física, reduzindo sua energia no que diz respeito à eficiência, saúde e bem-estar. Quando o trabalho é classificado como estressante, característica de um Pronto Socorro, os sintomas de burnout são respostas esperadas.

 

 

            É fato que a exaustão emocional pode comprometer a saúde mental e física dos trabalhadores da policia militar interferindo na qualidade de vida destes indivíduos no trabalho bem como seu funcionamento dentro da organização. Importante, ressaltar que a população deste estudo foi composta em maior número por homens, o que expressa uma característica emocional que não está relacionada ao gênero.                                                      

            Tratando-se dos valores mais encontrados de cada dimensão, notou-se que profissionais tinham baixo nível de exaustão emocional. Diante disso, não houve a obtenção de níveis altos que evidenciassem exaustão emocional.

            Os resultados dessa pesquisa bem como de outros estudos realizados com diversas categorias profissionais sobre burnout e exaustão emocional têm mostrado a importância de se investigar todas as variáveis que podem estar envolvidas na ligação do indivíduo e o seu ambiente de trabalho.

Tabela 2- Número e percentual de entrevistados segundo sinais de Despersonalização.

Questão

Nunca

Raramente

Algumas Vezes

Frequentemente

Sempre

Total

n

%

n

%

n

%

n

%

n

%

n

%

10

08

80

02

20

-

-

-

-

-

-

10

100

11

04

40

02

20

03

30

-

-

01

10

10

100

12

06

60

-

-

03

30

01

10

-

-

10

100

13

07

70

02

20

01

10

-

-

-

-

10

100

14

01

10

03

30

06

60

-

-

-

-

10

100

TOTAL

26

-

09

-

13

-

01

-

01

-

-

-

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

                                                                      

A despersonalização é considerada como a segunda dimensão da SB, é uma situação em que o profissional passa a tratar os clientes, colegas e a organização como objetos. Os trabalhadores desenvolvem uma insensibilidade emocional, é considerada como um distanciamento emocional do profissional com as pessoas que entram em contato com ele, e com as atividades que desempenha no trabalho, em que se tornam rotineiras a frieza, a indiferença e insensibilidade relacionadas ao trabalho, acendendo com isso os sentimentos e as atitudes negativas.

De acordo com os resultados obtidos conforme demonstrado na tabela 2, 80% dos entrevistados conforme abordado na questão 10 afirma que nunca sentiu ter tratado as pessoas que atende como objetos; 40% dos entrevistados informam nunca ter se tornado insensível com as pessoas desde que começou a trabalhar na policia militar conforme a questão 11; de acordo com a questão 12 que questiona o endurecimento emocional diante do trabalho que desenvolve foi o que 60% dos entrevistados afirmaram nunca ter sentido; não se importar realmente com o que acontece com as pessoas que tem que atender foi afirmado nunca por 70% da amostra que responderam à questão 13; em relação à questão 13 60% dos entrevistados afirmam que algumas vezes as pessoas as culpam por algum de seus problemas. Em relação

No que diz respeito à dimensão de despersonalização, a validade do resultado encontrado neste estudo relaciona-se com as considerações de Koeske e Koeske (1989) que ressaltam a contraposição quantitativa entre o número de itens que compõem esta subescala.

Observa-se que a dimensão de despersonalização é medida apenas por  cinco itens e que estes podem influenciar no resultado, visto que o conhecimento de despersonalização está composto de inúmeros aspectos que vão muito além do que se tornar mais duro com as pessoas, a preocupação em tornar-se mais rígido emocionalmente, o desprezo pelas pessoas que atende profissionalmente, o sentimento de estar tratando as pessoas como se fossem objetos e a percepção de que os clientes o estão culpando como responsável por alguns de seus problemas.

Segundo os autores, o burnout

 

“é a resposta emocional à situação de stress crônico, em função de relações intensas de trabalho com outras pessoas ou de profissionais que apresentem grandes expectativas com relação aos seus desenvolvimentos profissionais. Porém, em função de diferentes obstáculos, não alcançam o retorno esperado (Limongi-França, 2002, p. 50).

 

                    

De acordo com Spector (2003, p. 221), “a satisfação no trabalho é uma variável que reflete como uma pessoa se sente com relação ao trabalho de forma geral e em seus vários aspectos”.

Muchinsky (2004, p. 301), acredita que, “refere-se ao grau de prazer que um funcionário sente com seu cargo”.

O comprometimento com o trabalho é um fator associado à satisfação com a profissão, é um fator muito utilizado para avaliar o grau de satisfação além de outros aspectos que envolvem o comportamento diante da vocação das pessoas que já inseridas na profissão (Oliveira, 1998).

Generalizando pode-se considerar que as atividades exercidas pelos policiais militares são consideradas de alto risco, uma vez que eles são profissionais que lidam cotidianamente com a violência em todos os seus aspectos. De acordo com a literatura, o profissional “policial militar” é uma das categorias que mais sofre de estresse, levando-se em conta que seu trabalho é desenvolvido sob tensão e pressão, e em muitas vezes diante de situações que envolvem risco de vida (Costa et al., 2007).

Os policiais militares lidam diretamente com a violência e a criminalidade, exercendo uma atividade que põe em risco sua própria vida e à sua saúde, que dão origem, muitas vezes, a um desgaste físico e psicológico, acabando por gerar uma despersonalização diante do seu trabalho.

Tratando-se dos valores mais encontrados para as dimensões que abordam a despersonalização, notou-se que os profissionais se mantiveram um baixo nível. Diante do exposto, não houve a obtenção de níveis que indicassem despersonalização entre os entrevistados.

 

Tabela 3- Realização profissional para a população estudada.

Questão

Nunca

Raramente

Algumas Vezes

Frequentemente

Sempre

Total

n

%

n

%

n

%

n

%

n

%

n

%

15

01

10

01

10

01

10

05

50

02

20

10

100

16

-

-

-

-

01

10

05

50

04

40

10

100

17

01

10

-

-

02

20

05

50

02

20

10

100

18

-

-

-

-

02

20

05

50

03

30

10

100

19

-

-

-

-

03

30

04

40

02

20

10

100

20

-

-

02

20

03

30

04

40

01

10

10

100

21

-

-

-

-

-

-

06

60

04

40

10

100

22

-

-

-

-

03

30

04

40

03

30

10

100

TOTAL

02

-

03

-

15

-

38

-

21

-

-

-

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

                       

Segundo representado na tabela 3, 50% dos entrevistados afirma que frequentemente pode entender facilmente o sentimento das pessoas que tem que atender com relação aos acontecimentos do dia-a-dia conforme abordado na questão 15; a mesma porcentagem afirma que frequentemente tratam de forma adequada os problemas das pessoas que atende abordado na questão 16; ainda a mesma porcentagem de acordo com a questão 17 afirma sentir estar influenciando positivamente a vida das pessoas desde que começou a trabalhar; 50% dos entrevistados responderam a questão 18 em que alegam frequentemente se sentir cheio de energia, frequentemente 40% confirmam ser capazes de criar um ambiente tranquilo facilmente com as pessoas que tem que atender abordado pela questão 19; os mesmos 40% informam de acordo com a questão 20 se sentir frequentemente estimulado depois de trabalhar lado a lado com as pessoas; de acordo com a abordagem feita pela questão 21 60% dos entrevistados admitem ter realizado muita coisa importante no trabalho também frequentemente; e 40% respondem a questão 22 que frequentemente lida com calma diante dos problemas emocionais no trabalho.

Para Spector, (2003, p. 221). “a satisfação no trabalho é uma variável que reflete como uma pessoa se sente com relação ao trabalho de forma geral e em seus vários aspectos”.

A terceira dimensão é a baixa realização pessoal no trabalho, definida como uma tendência do trabalhador a se auto-avaliar de forma negativa. A dimensão da realização profissional surgiu após um estudo que foi desenvolvido com inúmeras de pessoas de uma ampla gama de profissionais (Maslach, 1993).

A própria percepção do trabalho como um aspecto ameaçador para os diversos âmbitos de relação do indivíduo pode ser afastada do campo cognitivo no momento de responder ao inventário.             

O burnout como síndrome, é o resultado de uma combinação entre as características individuais da pessoa com as condições que ela vive no ambiente de trabalho, sendo gerado por excessivos e prolongados momentos de estresse no trabalho. Ocorrendo assim um estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda.

De acordo com o decreto 3.048 de 6 de maio de 1999, que trata dos agentes patogênicos que causam as doenças ocupacionais, a SB está classificada junto com os transtornos mentais e os do comportamento que estão relacionados com o trabalho, manifesta-se com uma sensação de estar cansado. Sendo assim a SB aparece como significado de síndrome de esgotamento profissional (BRASIL, 1999).

E o por fim o paciente passa a manifestar os sentimentos de falta de realização pessoal no trabalho, afetando dessa forma a eficiência e a habilidade do profissional para realizar as tarefas e de se adequar à organização.

Muitos são os fatores que causam a satisfação no trabalho e que estão relacionados com as dimensões da SB e que a presença da síndrome pode afetar a prestação dos serviços, já que atinge diretamente o profissional, têm-se que pensar na necessidade de realizar intervenções pontuais que hajam de maneira preventiva, principalmente com relação aos trabalhadores atuantes na instituição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 CONCLUSÃO

 

     A Síndrome Burnout se caracteriza por uma indisposição, mau humor, insatisfação, desgaste e perda de comprometimento, que gera o absenteísmo e diminuição da realização no trabalho. Atinge pessoas em vários ramos profissionais, em especial aqueles responsáveis pela segurança da população, já que estão mais vulneráveis a fatores que contribuem para o desenvolvimento da Sindrome.

O estudo permitiu avaliar 10 Policiais Militares a respeito da identificação dos sinais que indicam o surgimento da síndrome de burnout. Constatou-se que a população estudada, não apresentou sinais que sugerem a síndrome, e destacou-se a realização pessoal ligada ao trabalho como sendo muito relevante afinal, grande parte deles afirmaram tal evento, o que demonstra que a satisfação profissional se encontra para além das adversidades enfrentadas no seu contexto profissional.

Os resultados expressam ainda, a relação existente entre a satisfação no trabalho e a Exaustão Emocional. A insatisfação com o ambiente físico, com a função exercida, com a falta de participação nas tomadas de decisão e com a supervisão eleva o sentimento de desgaste emocional e de inutilidade, sente-se como um ser mecânico, que realiza o seu trabalho, e não tem o devido reconhecimento, além disso, é subordinado, e com isso tem pouca autonomia no seu trabalho, o que acaba gerando certa falta de interesse.

Deve-se ter cautela com relação aos resultados obtidos neste estudo, uma vez que estes dizem respeito a uma instituição específica, não sendo, portanto, passíveis de generalizações para outras instituições ou profissionais. Os resultados obtidos apontam para a necessidade de novos estudos, uma vez que a literatura não tem sido conclusiva sobre tal problema, o que implicará no comprometimento da qualidade da assistência que é prestada ao usuário e toda a rede social envolvida, podendo a população ficar desprotegida, afinal, os policiais portadores da SB não estão preparados emocionalmente, fisicamente e psicologicamente para desempenhar seu papel de protetor.

 

 

 

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COM QUE FREQUENCIA SENTE ISSO

PONT.

  1. Não me sinto emocionalmente exausto com o trabalho

 

  1. Me sinto esgotado ao fim de um dia de trabalho                   

 

  1. Me sinto cansado quando tenho que encarar outro dia de trabalho

 

  1. Trabalhar com pessoas o dia inteiro é um grande esforço

 

  1. Me sinto esgotado com o trabalho

 

  1. Me sinto frustrado com o trabalho

 

  1. Sinto que trabalho demais

 

  1. Trabalhar diretamente com pessoas me deixa estressado

 

  1. No trabalho sinto que estou no limite

 

  1. Sinto que trato algumas pessoas que atendo como objeto

 

  1. Sinto que me tornei insensível desde que comecei este trabalho

 

  1. Sinto que este trabalho está me endurecendo emocionalmente

 

  1. Não me importo com o que acontece com as pessoas que atendo

 

  1. Sinto que as pessoas que atendo me culpam por seus problemas

 

  1. Posso entender facilmente o sentimento das pessoas que tenho que atender acerca das coisas que acontecem no dia-a-dia

 

  1.  Trato de forma adequada os problemas das pessoas que tenho que atender

 

  1. Sinto estar influenciando positivamente a vida das pessoas desde que comecei este trabalho

 

  1. Me sinto cheio de energia

 

  1.  Posso criar facilmente um ambiente tranqüilo com as pessoas que tenho que atender

 

  1. Me sinto estimulado depois de trabalhar lado a lado com as pessoas que atendo

 

  1. Tenho realizado muita coisa importante nesse trabalho

 

  1. No trabalho, lido com calma com os problemas emocionais