A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS DE MATEMÁTICA PARA A

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Sabemos que a matemática se faz presente nas mais diversas situações em nosso dia-a-dia, mesmo aquelas as quais não nos damos conta, somos levados a fazer cálculos, realizar contagens, realizar medições bem como resolver situações problema. Os jogos matemáticos são fundamentais para a criança, pois servirá para torná-lo um indivíduo mais crítico e criativo.

Segundo Jean Chateau (1987, p.14), através dos jogos a criança “desenvolve as possibilidades que emergem de sua estrutura particular, concretiza as possibilidades virtuais que afloram sucessivamente à superfície de seu ser, assimila-as e as desenvolve, une-as e as combina, coordena seu ser e lhe dá vigor”.

Os jogos são instrumentos que possibilitam o desenvolvimento dos conceitos lógico-matemáticos, estimulam a criatividade, o raciocínio, além disso, fornecem ferramentas que permitem  desenvolver estratégias, enfrentar desafios, construir conhecimentos de forma prática, participativa e desafiadora, enfim os jogos tornam a  aprendizagem de matemática mais dinâmica e atraente promovendo um aprendizado prazeroso no qual o aluno tenha condições de explorar, manipular, diagnosticar, compreender e assimilar situações de construção dos conceitos matemáticos.

Rego (2000, p.81) afirma que “Através do brinquedo, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. Nessa fase ocorre uma diferenciação entre os campos de significados e da visão. O pensamento que antes era determinado pelos objetos do exterior passa ser regido pelas idéias.”

Partindo desse pressuposto, considera-se que os jogos de matemática permitem o desenvolvimento do interesse do aluno, motivando-o a buscar cada vez mais novos conhecimentos, bem como desenvolver estratégias para construção de novos conceitos.

Para tanto é necessário que a criança conviva com ambientes ricos em materiais que estimulem novas descobertas. Surge daí a importância de um ensino que parta do concreto para o abstrato, no qual a criança tenha condições de explorar, diagnosticar, criar hipóteses e testá-las a fim de compreender e assimilar a construção do conhecimento como um todo.

É importante salientar que o professor deve organizar bem as atividades que estimulam as descobertas, utilizando o jogo como uma opção de ação didático-metodológica, atuando sempre como mediador entre o jogo, o conhecimento e o aluno.

É preciso destacar também que certamente a vivencia com os jogos, trará não só situações que envolvem regras, mas também um aprendizado construído através da participação coletiva.

Friedman, (1996, p. 41) considera que:

 

Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo.

Portanto a participação em jogos tanto de regras como de grupo, significa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para a criança, um estímulo no desenvolvimento do seu raciocínio lógico. Brincar é importante, pois cada jogo tem suas regras, e cada atividade lúdica fornece importantes informações a respeito da criança, suas emoções, a forma como ela interage com os colegas, seu desempenho físico motor, seu estágio de desenvolvimento, seu nível linguístico. O jogo é muito mais que o simples ato de brincar, ele permite a comunição com o mundo e também sua expressividade.

Brincar envolve prazer, tensões, dificuldades e, sobretudo desafios. Utilizar-se do jogo como meio educacional é um avanço para a educação, se cada vez mais tomarmos consciência do quão importante é o jogo, e que o mesmo deve ser utilizado como instrumento curricular, assim o jogo sempre estará presente como um importante suporte para o ensino, principalmente o da  matemática.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

 

CHATEAU, Jean. Por que a criança brinca?. In: ______. O Jogo e a Criança. São Paulo: Summus, 1987.p.13-33.

FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender – O resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna. 1996.

REGO, Teresa Cristina. Vygotshy: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995.