1 INTRODUÇÃO

            Este trabalho visa analisar a contribuição das diversas áreas do conhecimento para a formação e atuação do profissional de Ciências Contábeis. No primeiro momento foi realizada uma leitura analítica do livro “Os sete saberes necessários ao conhecimento” de Edgar Morin, onde a partir da leitura realizou-se uma resenha crítica com o intuito de facilitar a integração do leitor com a proposta interdisciplinar. Num segundo momento iremos demonstrar as a postura de um contador, tanto no período de formação quanto no momento de sua atuação, perante as diversas áreas de conhecimento. No terceiro momento será abordada uma compreensão da temática envolvendo as disciplinas cursadas no 5º período do curso de Ciências Contábeis através de uma discussão intergrupal sobre a importância das diversas áreas de conhecimento.

            O trabalho tem por objetivo analisar a importância dos saberes necessários ao conhecimento, de contadores e aspirantes, tendo como base o livro texto de Edgar Morin “Os sete saberes necessários ao conhecimento” e justifica-se no sentido de agregar conhecimento sobre a interdisciplinaridade do conteúdo estudado no 5º período e sua importância na formação do profissional contábil.

            Os procedimentos utilizados para a coleta de dados foram pesquisa bibliográfica, entrevistas e discussão intergrupal e com estes dados foi promovida a análise e apuração das informações a fim de fomentar a discussão a respeito do tema inicial do trabalho.

 

 2 RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “ OS SETE SABERES NECESSÁRIOS A EDUCAÇÃO DO FUTURO

 

Com base na ideia de que a educação do futuro deve se aproximar mais das questões humanas do dia a dia, e tomando o ser humano como referencial para o ensino.

O primeiro saber do livro diz respeito ao erro e ilusão da mente humana que apareceu desde o Homo sapiens. Segundo Morin (2000, p. 19), “a educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão”. O homem tem uma falsa percepção de si próprio, do que faz e de onde habita. A percepção é uma das formas que pode distanciar o homem do conhecimento e conduzi-lo ao erro e a ilusão. A percepção se inicia por meio dos olhos que, ao receberem estímulos luminosos, são transformados em informação. Essa informação vai ser processada e transformada em conhecimento aproximativo do real. Assim, o conhecimento não é um reflexo ou espelho da realidade. Os sentimentos como a raiva, o amor, e a amizade também podem conduzir-nos ao erro da ilusão, mas também pode fortalecê-lo, pois a faculdade de raciocinar pode ser diminuída, ou mesmo destruída, pelo déficit de emoção. A educação, segundo Morin (2000, p. 21), “deve-se dedicar, por conseguinte à identificação da origem de erros, ilusões e cegueiras”.

Ainda sobre o primeiro saber, Morin menciona, como erros mentais do conhecimento, a capacidade do sujeito de mentir para si mesmo, o egocentrismo e a própria memória como fonte, que tende a degradar-se e, desfigura-la quando resgatada. O erro intelectual está na lógica organizadora de qualquer sistema de ideias resistir à informação que não lhe convém ou que não pode assimilar. Apesar de a razão ser uma proteção contra o erro e a ilusão, é também um dos problemas que pode ocasionar a cegueira do conhecimento por ser um instrumento que induz aos erros. Assim, provem a necessidade de reconhecer na educação do futuro uma incerteza racional. A cegueira paradigmática é outra forma de erro, em virtude da teoria, doutrina ou ideologia, pois, os indivíduos conhecem, pensam e agem segundo o paradigma inscrito culturalmente neles. Ainda como fonte de erros e ilusões tem o inesperado. O inesperado pega o homem de surpresa e é preciso ser capaz de revisar as teorias e ideias, para que assim, quando surgir um fato novo possa ser capaz de recebê-lo.

Morin ressalta ainda a incerteza do próprio conhecimento como fonte ativa de erros e ilusões, visto que nosso próprio conhecimento leva consigo as verdadeiras fontes e causas destes erros. Por isso faz necessário "conhecer o próprio conhecimento", o que o autor chama de "o conhecimento do conhecimento", que deve ser, para a educação, um princípio e uma necessidade permanentes. Deve-se compreender que existem interrogações fundamentais sobre o mundo, sobre o homem e sobre o próprio conhecimento.

No segundo saber, Morin (2000, p. 36) cita que “o conhecimento das informações ou dos dados isolados é insuficiente. É preciso situar as informações e os dados em seu contexto para que adquiram sentido”. Esse saber refere-se aos princípios do conhecimento pertinente, atestando que é um problema universal de todo cidadão do novo milênio, como ter acesso às informações sobre o mundo e como ter a possibilidade de articulá-las e organizá-las, assim como perceber e conceber o contexto, o global, o Multidimensional e o Complexo, para que desse modo à educação seja evidenciada no conhecimento pertinente. Assegura a necessidade de situar as informações e os dados em seu contexto para que adquiram sentido, além de situá-las em uma situação global, que é ainda mais compreensiva que o contexto. É preciso efetivamente refazer o todo para conhecer as partes. O ideal para o conhecimento pertinente é reconhecer as partes como um todo, não fragmentada uma das outras, para que assim possa ser capaz de compreender os objetos no seu contexto. As especializações disciplinares muitas vezes provocam a disjunção entre as humanidades e as ciências, assim como a separação das ciências em disciplinas. Neste sentido, as mentes formadas pelas disciplinas perdem suas capacidades naturais para contextualizar os saberes, fato que a educação moderna deve modificar e adaptar.

No terceiro saber Morin (2000, p. 47) nos leva a “interrogar nossa condição humana que implica questionar primeiro nossa posição no mundo”. Conhecer o humano é, antes de qualquer coisa, coloca-lo no universo, e não separá-lo dele. Nos moldes atuais a educação é fragmentada e o humano continua partido como pedaços de um quebra-cabeça ao qual falta uma peça. Por isso é possível visualizar no dia a dia o agravamento da ignorância, enquanto avança o conhecimento das partes. Para compreender a espécie humana é preciso entender a relação entre unidade e diversidade, desse modo é preciso saber que para entender o homem é necessário entender sua unidade na diversidade, sua diversidade na unidade. A educação fica incumbida de vigiar para que a ideia de unidade da espécie humana não aniquile a ideia de diversidade e que a diversidade não apague a unidade. A educação deverá ilustrar este princípio de unidade/diversidade em todas as esferas do conhecimento.

Para Morin (2000, p. 64) o quarto saber “exige um pensamento policêntrico capaz de apontar o universalismo, não abstrato, mas consciente na unidade/diversidade da condição humana; um pensamento policêntrico nutrido das culturas do mundo”. O autor sintetiza nesse capítulo a origem da história humana até a modernidade, a fim de enfatizar que a planetarização pode ser considerada conflituosa em sua essência. Portanto, paradoxalmente, o mundo, cada vez mais, torna-se uno, mas torna-se, ao mesmo tempo, cada vez mais dividido. A identidade e a consciência terrena consideram que a união planetária é a condição mínima de um mundo retraído e uma depende da outra. Para que ocorra a união exige consciência e que tenha um recíproco sentimento de pertencimento do homem a terra. Desse modo a consciência da humanidade nesta era planetária deveria conduzir-nos à solidariedade mútua, de indivíduo para indivíduo, de todos para todos. Portanto, a educação do futuro visa instruir a ética da concepção planetária.

O quinto saber refere-se a importância de aprender a enfrentar as incertezas já que, vivemos em uma época de constantes mudanças onde os valores são ambivalentes e tudo está ligado pela planetarização unificadora. É por isso que, segundo Morin (2000, p. 84), “a educação do futuro deve se voltar para as incertezas ligadas ao conhecimento”. Por isso, faz-se necessário que o homem seja realista no sentido complexo, compreender a incerteza do real e saber que ainda há algo possível, mas invisível, no real.

O sexto saber guia-nos a ensinar à compreensão no mundo que, segundo Morin (2000, p. 104) “é ao mesmo tempo meio e fim da comunicação humana”. Morin afirma que a comunicação fundamentada na explicação não é garantia para a compreensão. A compreensão humana vai mais longe que a explicação. A explicação serve para a compreensão intelectual ou objetiva das coisas anônimas ou materiais, mas é escassa para a compreensão humana. Assim, a educação deve estar voltada para os obstáculos que impedem esta compreensão, dentre os quais o autor destaca o egocentrismo, o etnocentrismo e o sociocentrismo que nutrem xenofobias e racismos. Cabe a educação do futuro a missão de ensinar a compreensão entre os humanos.

O sétimo saber trata da ética do gênero humano, o indivíduo é visto não apenas como reprodutor da espécie humana. De acordo com Morin (2000, p. 106) “a antropo-ética compreende, assim, a esperança na completude da humanidade, como consciência e cidadania planetária. Compreende, por conseguinte, como toda ética, aspiração e vontade, mas também aposta no incerto”. Os indivíduos interagem entre si originando a sociedade e esta retroage sobre os indivíduos. A ética leva em consideração o indivíduo/sociedade/espécie, de onde origina a consciência e o espírito humano. Esta é considerada a base para educar a ética do futuro. Morin orienta no circuito indivíduo/ sociedade a ensinar a democracia, e esta se beneficia mutualmente com a relação entre os indivíduos. A grande dificuldade que a democracia do novo século enfrentará está relacionada com o desenvolvimento em que ciência, técnica e burocracia estão profundamente integradas. Esse desenvolvimento não traz apenas conhecimento e elucidação, mas também ignorância e cegueira. A regeneração democrática supõe a regeneração do civismo, e a regeneração do civismo supõe a regeneração da solidariedade e da responsabilidade, resultando no desenvolvimento da antro-poética.

Após leitura, e avaliação do texto em questão, o autor lista os “sete saberes” como uma proposta para a educação do futuro e até mesmo aponta esta proposta como um desafio que promova uma identidade humana e prepare a sociedade para os desafios do quotidiano e da realidade social atual. Muitos saberes segundo o autor passam despercebidos ou desconhecidos, ficando na completa ignorância. A base para a formação dos saberes dependendo da sociedade e da cultura em que o indivíduo está inserido pode influenciar a encontrar o conhecimento pertinente. Mas, a implementação destes saberes é vista também como uma proposta de mudança do comportamento social das pessoas e não apenas dos processos educativos. Numa sociedade onde poucos são solidários, onde valores éticos estão sendo esquecidos e confundidos com a moral. Os processos educativos estão muito distantes dessas necessidades, os “sete saberes” de Morin deve tornar-se primeiramente um referencial para cada educador em suas ações. Dessa forma, fazemos com que seja desencadeado um processo lento de mudança de mentalidade, até que esses saberes realmente sejam incorporados à forma de educar e, consequentemente, nas bases da sociedade.


3 ANÁLISE E SÍNTESE  DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS AOS PROFISSIONAIS DE DIVERSAS ÁREAS DE CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS DIVERSOS SABERES À SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA E SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL

 

É muito importante, na profissão de contador, exercer a profissão com ética, diligência e honestidade. O contador tem acesso a inúmeras informações privilegiadas das organizações, sendo indispensável o sigilo das mesmas.

A Resolução CFC (Conselho Federal de Contabilidade) nº 803/96, de 09/12/2010 no art. 9º, Parágrafo único do Código de Ética Profissional do Contador – CEPC nos diz que “O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o exercício da profissão”.  O ensino superior torna-se o elo entre o construir e a prática do capital intelectual. Pois, é ele que tem a missão de apresentar à base teórica da ciência e ligar esta a realidade que será aplicada. É preciso demonstrar que nenhuma profissão far-se-á sem um conhecimento de sua teoria, ela possibilita a construção de novos saberes.

Existe uma correlação entre os saberes e a transposição didática (conforme anexo B pág.28). Os saberes técnicos percebidos como o conhecimento prático, os saberes a ensinar trabalhados no processo de ensino aprendizagem.

Conforme quadro 1, observou-se nas respostas que os profissionais dão ênfase ao “aprender a fazer”, não somente para uma qualificação profissional, mas com competências que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Todos os entrevistados seguem a mesma linha de respostas quando o assunto é referente à importância das disciplinas estudadas, pois para estes profissionais a convergência dos saberes se deve a união de várias disciplinas. Percebe-se que a influencia no âmbito de atuação dos profissionais é recíproca e baseada numa relação de trocas. Perguntados como enfrentam as dúvidas e incertezas sobre ações a maioria busca ajuda com colegas de profissão. Esta é uma relação que segundo os profissionais deve começar em sala de aula com colegas. Demonstrar que precisamos conhecer e respeitar as culturas, opiniões, valores e as diferenças. Observou-se também que o profissional deve ter uma formação humanista que seja adequada ao desempenho profissional, permitindo uma compreensão do meio ambiente em que vive nos aspectos social, político e econômico.

Quadro 1 - Síntese das Entrevistas realizadas com 10(dez) contadores. (vide apêndice p16-25)

Fonte: Quadro elaborado pelo grupo.

4 RESULTADO DAS DISCUSSÕES INTERGRUPAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS E DOS SABERES PERTINENTES DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DAS DISCIPLINAS DO 5º PERÍODO

 

Segundo Morin (2000, p. 20), “o conhecimento é fruto de uma tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento”. Por isso, o conhecimento nunca é um espelho da realidade, mas sim, uma aproximação da forma adequada do real. (*falta essa referência)

Para a informação ser processada e transformada em conhecimento é necessário que cada um se entenda e pense como sujeito de conhecimento, ou seja, é necessário identificar o conhecimento (ou saber) que cada um julga ser pertinente, situá-lo dentro de um contexto e adequar os saberes às realidades ou problemas de cada sujeito, problemas estes que são cada vez mais globais e multidisciplinares.

Cada disciplina do curso representa saberes que foram transformados e que se tornaram disciplinas. Assim, torna-se necessário para construção do conhecimento identificar quais disciplinas são pertinentes dentro da formação de cada um, qual a importância para a formação profissional, o que faz diferença dentro do contexto que cada um vivencia.

            A Contabilidade é considerada uma ciência social por seus objetivos variarem de acordo com os seus diferentes tipos de usuários e de acordo também com o ambiente onde ela está inserida. Iudícibus (2010, p.3) estabelece seus objetivos:

 

O estabelecimento dos objetivos da Contabilidade podem ser na base de duas abordagens distintas: ou consideramos que o objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários, independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações que, presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usuários, ou a contabilidade deveria ser capaz e responsável pela apresentação de cadastros de informações, totalmente diferenciadas, para cada tipo de usuários.

 

Nesse contexto, vê-se a necessidade da relação da contabilidade com as outras áreas do conhecimento para, desse modo, alcançar seus objetivos, que são diferenciados, visando atender às necessidades de seus usuários. Daí vem a importância do estudo das várias disciplinas para capacitar o aluno de ciências contábeis a melhor atender a esses requisitos e proporcioná-lo, assim, um diferencial competitivo na sua vivência profissional como contador.

Pode-se observar nos saberes distribuídos em disciplinas e cursados no 5º período de Ciências Contábeis essa interligação e interrelação, que são de suma importância para a formação do profissional contábil, bem como os saberes cursados nos demais períodos.

A disciplina Teoria da Contabilidade auxilia fundamentando para o entendimento das práticas contábeis abordadas nas demais disciplinas e na atividade profissional, já que o profissional contábil lida com situações diversas e precisa ter um entendimento global sobre todas. A disciplina aborda classificações, normas e princípios que devem ser seguidos e observados na legislação vigente e segundo o código de ética do Contador. Segundo Morin (2000, p. 106) a ética compreende códigos que dizem respeito aos valores e princípios que orientam os indivíduos, e deve levar em conta a condição humana de estar ao mesmo tempo envolvido na relação indivíduo/sociedade/espécie.

A Contabilidade Fiscal e Tributária relaciona e aplica conceitos, princípios e normas da contabilidade, abordados nas demais disciplinas, e da legislação tributária, mostrando também a relação direta com as disciplinas de Direito cursadas, visando apurar e conciliar a geração de tributos de uma entidade com base no resultado da empresa, segundo sua atividade operacional e atendendo aos objetivos de seus usuários, principalmente do Governo.

A Contabilidade de Custos é um dos mais antigos segmentos das Ciências Contábeis, e esta se encontra diretamente envolvida com todo o processo produtivo de uma empresa, independentemente do seu segmento de atuação. Toda atividade implica em gastos e a disciplina ensina a separar e agregar estes gastos de acordo com a atividade operacional de cada empresa, bem como a mensuração e registro, bases para se chegar ao resultado do período e, consequentemente, para tributação.

A disciplina de Logística, também intimamente ligada às disciplinas de Contabilidade, principalmente com a Contabilidade de Custos, e de suma importância para formação do profissional contábil, pois, engloba todos os processos produtivos, desde o planejamento, implementação e controle o fluxo de matérias primas para a produção, bem como dos  estoques até o ponto de consumo, com o propósito de  atender, também, as exigências de seus usuários.

A disciplina Contabilidade de Entidades de Previdência Complementar é também semelhante à contabilidade comercial envolvida diretamente com as demais disciplinas de contabilidade, mas que apresenta especificidades em suas práticas e elaboração das demonstrações, visando garantir os direitos dos participantes (seus usuários) dos Planos de Previdência, já que se encontra assim dividida.

Por finalizando com a Administração Financeira que observa e envolve todos os aspectos de uma empresa, já que seu objetivo é avaliar o desempenho financeiro da empresa, visando uma maior rentabilidade possível sobre o investimento efetuado pelos seus usuários. Se relacionando diretamente com a contabilidade, são utilizadas as Demonstrações Contábeis elaboradas para realização destas análises e repasse dessas informações para seus usuários, variando segundo os objetivos de cada qual.

Com base nesse exemplo das disciplinas do 5° período citadas, pode-se perceber que a Contabilidade, apesar de ser uma ciência antiga, vem se adaptando com novos metodos e técnicas, visando melhor gerir os patrimônios, objeto da contabilidade. Assim, como ciência social, ao ampliar seus objetivos de controle, análise e gestão do patrimônio das entidades, insere-se nesse movimento interdisciplinar.

De acordo com Morin (2000, p. 40), os problemas fundamentais e globais estão ausentes das ciências disciplinares. Isso evidencia que sala de aula não é e não pode ser suficiente para a construção do conhecimento. Para o mesmo ocorrer, é necessário cada qual buscar esse conhecimento se identificando como individuo dentro da sua realidade, compreendendo cada qual sua condição humana e enfrentando as incertezas do conhecimento.

Morin (2000, p. 48) sugere que com base nas disciplinas atuais devemos reconhecer sempre a unidade e a complexidade humanas, reunindo e organizando conhecimentos dispersos nas várias ciências e por em evidencia o elo indissolúvel existente entre a unidade e diversidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Com a elaboração deste trabalho, podemos perceber importância dos saberes necessários ao conhecimento e a contribuição das diversas áreas para a formação e atuação do profissional de Ciências Contábeis. Este objetivo foi alcançado através da leitura analítica e elaboração da resenha critica do livro “Os sete saberes necessários ao conhecimento” de Edgar Morin, e de diferentes procedimentos como análise da postura e atuação dos profissionais da área no mercado de trabalho perante as diversas áreas de conhecimento e compreensão da temática envolvendo e agregando as noções sobre a interdisciplinaridade das disciplinas cursadas no 5º período do curso de Ciências Contábeis através de uma discussão intergrupal.