A imprescindível, e voraz, busca por melhores performances operacionais exigem que as empresas, além de se autoconhecerem, sejam sempre atentas ao mercado (às empresas concorrentes ou não) na busca pelas melhores práticas. A rapidez na propagação de informação, aliado ao alto grau de conectividade atual, torna os acessos mais simplificados e, consequentemente, exige muita flexibilidade para que, após o conhecimento de necessidades, os executivos consigam fazer com que a empresa se adapte às demandas do mercado.

 O autoconhecimento, inclusive, é ponto fundamental para o seguimento de uma Companhia. Há diversas perguntas que podem direcionar trabalhos, dentre elas, destaca-se:

  • · Qual lacuna da empresa deve ser preenchida?
  • · O que e/ou quem deve(m) ser a referência?
  • · Quem será o ponto referencial é realmente melhor? Por quê? Quão melhor?
  • · Como serão coletados os dados?
  • · Como adaptar as melhores práticas à cultura da empresa?

O benchmarking, prática que foi nominada no final da década de 80, é uma técnica de cunho investigatório, com implantação contínua e sistemática, na qual uma Companhia realiza comparações com outras organizações, objetos ou atividades e cria padrões de referência (conhecidos como Benchmarks). É um processo estruturado de identificação de oportunidades de melhoria e de adaptação de melhorias práticas à mentalidade e cultura da empresa. (GARIBA JUNIOR, 2005).

Os entregáveis da técnica de benchmarking auxiliam nas soluções de problemas, planejamentos, definições de metas, melhorias de processos, reengenharia de processos e definições de estratégias. Um benchmark pode ser interno (quando é feito outros departamentos dentro da mesma organização) ou competitivo (quando é feito no mercado).

O benchmarking interno é praticado por empresas  que visam identificar as melhores práticas internas da organização e disseminar essas práticas para outros setores da organização. Nesse tipo de benchmarking os dados são mais fáceis de serem encontrados, porém as práticas internas podem estar contagiadas por paradigmas da empresa.

O benchmarking competitivo é mais difícil de ser praticado, porque os benchmarks, em geral, são concorrentes diretos, e normalmente não estão dispostos e/ou interessados em ajudar. O objetivo desse benchmarking é analisar e destacar pontos fortes de Benchmarks que sirvam de comparação e motivação para que processos, procedimentos, dados operacionais e indicadores estratégicos de benchmarks se tornem referência e, então, ponto de partida para as melhorias contínuas e desempenho superior.

A competitividade mundial aumentou bastante nas últimas décadas, obrigando as empresas a fazerem um contínuo aprimoramento de seus processos, produtos e serviços, visando oferecer alta qualidade, com gestão dos custos. Na maioria das vezes o aprimoramento exigido, sobretudo pelos clientes dos processos, produtos e serviços, ultrapassa a capacidade das pessoas envolvidas, por estarem elas presas aos seus próprios paradigmas.

A evolução e o dinamismo do mercado fizeram com que todas as organizações que buscassem a sobrevivência e o destaque no mesmo adotassem o benchmarking, por ser uma prática visivelmente importante entre as práticas adotadas pela gestão das empresas. Logo, não medem esforços quando o assunto é boas práticas, onde as mesmas já as implantam em suas culturas organizacionais, e também buscam ao máximo para que se obtenha eficácia na solução dos problemas apresentados nas organizações.
Assim como o benchmarking, outras práticas que até então pareçam ser apenas tendências, com certeza irão se concretizar porque o mercado, por ser dinâmico, conta com constantes evoluções e as empresas que não interagirem com o mesmo dando espaço à inovação e ao conhecimento "não serão dignas de se manterem vivas" no mercado.

Referências Bibliográficas: GARIBA JUNIOR, Maurício. Um modelo de avaliação de cursos superiores de tecnologia baseado na ferramenta Benchmarking. 2005.283f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós –Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

BOGAN, Christopher - Benchmarking – Aplicações Práticas e Melhoria Contínua - Makron Books