É uma daquelas frases que ficam melhores na forma de pergunta do que em uma afirmação. Quando nos indagamos se “isso vai doer?” ainda nos resta o benefício da dúvida, aquela pontinha de esperança ainda que embaçada pelo receio, aquela possibilidade que parece possível demais em uma determinada situação. Mas é quando ouvimos um “isso vai doer” assertivo da boca do médico ainda com a seringa de um medicamento mais forte na mão ou antes de colocar o ombro deslocado de volta no lugar é que temos a dimensão de que estamos prestes a passar por uma experiência nada agradável.

É próprio do ser humano não gostar nada da sensação de dor, o mesmo podendo ser dito de qualquer criatura que tenha a capacidade de senti-la. Na verdade, a dor é um sensacional mecanismo de defesa do organismo; ela é a responsável por nos afastar de algo que esteja prejudicando a integridade do nosso corpo, como tirar a mão de uma fonte de calor extremo, por exemplo. Não apenas isso: a dor também serve de alerta para termos cuidado com o uso de uma determinada parte do corpo ainda não totalmente recuperada de algum trauma, como uma luxação ou torção. Parando para pensar, de certa forma a dor é útil.

Só que a dor apenas é útil e tolerável quando obviamente controlada – e por isso, medicamentos aos montes foram inventados para minimizar os seus efeitos, como o Toragesic, o Tandrilax, os derivados de paracetamol, a Neosaldina... os chamados analgésicos foram criados para reduzir as respostas do corpo aos estímulos externos e internos, possibilitando uma vida mais tranquila e menos turbulenta mesmo em situações adversas.

Das mais leves às mais fortes

Para as dores mais cotidianas, como enxaquecas, para males musculares, para os traumas decorrentes de algum quadro pós-operatório... Não importa o tipo de dor, os analgésicos foram inventados pela indústria farmacêutica para combater qualquer incômodo. Desde que consumidos de forma moderada e controlada – e sob supervisão médica, o mais importante –, eles têm como função trazer o muito bem-vindo alívio em diversos casos nos quais sabemos a origem da dor.

Por isso, não se surpreenda se houver, no mercado, muitos tipos de analgésico, que variam segundo sua composição química, a via de administração, o fabricante... É o médico quem vai dizer qual o medicamento mais adequado para tipo de caso.

Há, por exemplo, os analgésicos sublinguais, como o Toragesic, que sãos indicados para quem deseja rapidez de penetração no organismo e consequentemente de ação. Há ainda os de administração intramuscular, utilizados apenas em ambientes hospitalares, que são aplicados diretamente no músculo inflamado e dolorido. Aos que desejam apenas combater uma dorzinha passageira, os medicamentos orais, como o Tylenol e a Neosaldina, são também bons aliados, por serem de fácil utilização e por conterem poucos efeitos colaterais.

Deixando o incômodo de lado

Por isso, se você puder evitar as dores, por que não o fazer? É o que precisamos ter em mente no caso das dores que podemos contornar com a medicação adequada. Claro, é opção de cada um, seja lá qual for o motivo, mas precisamos concordar que, se existe a possibilidade do alívio de algo que pode atrapalhar o seu dia a dia, o seu rendimento em diversos níveis e até mesmo o seu relacionamento com as outras pessoas – ninguém fica exatamente feliz e sorridente com todo mundo quando está com uma dor a tiracolo –, isso precisa ser levado seriamente em consideração.

Por isso, não se acanhe! Converse com um especialista, tire dúvidas e se abra para o médico. Além disso, pense: o que eu posso mudar na minha rotina para deixar de sentir dores? Se você precisar fazer exercícios físicos (como pilates), parar de comer besteira e alimentos muito calóricos e ainda se levantar mais e aquecer os músculos no dia a dia do trabalho, é importante promover essas pequenas mudanças. Afinal, a sua saúde deve sempre ser colocada em primeiríssimo lugar!