A IMPORTÂNCIA DO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO

A velocidade em que a tecnologia está entrando em nossas vidas no notável desenvolvimento tecnológicos e científicos, muitas vezes nos causa estranhamento para não dizer espanto, pois as possibilidades são tantas como o acesso a rede mundial de computadores que nos dá possibilidades de informação antes impensadas, causando também no meio educacional, certo desconforto, porque o acesso à informação é tão expressiva e com mais informações, os questionamentos são mais frequentes e as mudanças também são notórias em termos estruturais quê, de acordo com o autor Arruda. (2004, p.16).

O professor se vê diante de um sentimento de perplexidade perante o novo, representando pelos recentes avanços tecnológicos, mesmo porque a escola, até então jamais havia deixado de ter o mesmo aspecto que era próprio desde o século XIX: carteiras enfileiradas, um quadro, a mesa do professor, seu papel hierárquico na sala de aula, entre outras características.

É realmente improvável que as instituições educacionais de ensino fundamental e médio, e por que não pensarmos também em instituições de nível superior, continue mantendo um padrão estrutural engessado depois da chegada da tecnologia computacional nas escolas, o que causou de certa forma mudanças na parte estrutural, ou seja, recursos didáticos inovados, como, com computadores, quadros brancos, cadeiras mais adequadas, data-show, televisores, telões para projeções, modificando a maneira organizacional e em novas práticas pedagógicas, fazendo com que passemos a repensar a maneira de mediar o conhecimento dentro desta perspectiva de mudanças na educação. No ensino superior não deve ser diferente, pois a formação dos profissionais que irão lidar com estes novos ambientes educativos estão sendo formados e devem ser preparados para desenvolverem seus trabalhos com esta nova realidade que já estamos vivenciando.

Não podemos pensar em sucesso educacional sem levar em consideração o uso de novas técnicas e novos modelos de mediação do conhecimento, a tecnologia está aí representando grandes possibilidades de uso como ferramenta a ser utilizada como meio facilitador de novas propostas mais interativas; grandes quantidades de softwares estão disponíveis para os profissionais com inúmeras possibilidades de aplicação, mas sempre nos defrontamos com a falta de preparo do nosso profissional, que mesmo com tanta possibilidade de uso de tecnologias, se vê impossibilitado por não ter tido a oportunidade de ser um profissional preparado tecnologicamente para as possibilidades que a evolução das chamadas “Novas Tecnologias” vem proporcionando.

De acordo com Tajra, (2001, p.122) “os professores devem ser capacitados, precisão ser capacitados e são a mola mestra para o sucesso de implantação desses recursos no ambiente educacional”. O profissional tem que despertar para as mudanças que o mundo vem passando. Percebendo as grandes possibilidades que a tecnologia vem a cada dia proporcionando e se preparar para utilizar a tecnologia a favor do seu trabalho em sala de aula, considerando o grande trabalho que isso representa no desenvolvimento educacional dos alunos, pois estamos diante de uma geração que já nasce “apertando botões”, lidando com a tecnologia desde seu nascimento e crescendo com a tecnologia de maneira a achar que a mesma é simples e, que não se pode viver sem ela; diante desta realidade acaba acontecendo à inversão da autoridade onde a criança, detém as informações sobre os equipamentos e os adultos acham sempre tudo muito complicado por não ter sido preparado para aquele convívio direto.

Dentro desta perspectiva de utilização da tecnologia como instrumentos de utilização simples para os nossos jovens, o profissional da área educacional tem também que estar preparado para responder a contento os anseios deste novo público que é sedento por informação e hoje possui possibilidade de encontrá-las com um simples apertar de botões, ¨click¨. Temos que ter claras as implicações que estas facilidades representam, e termos a responsabilidade com a mediação de informações aos nossos jovens que hoje dentro da realidade proporcionada pelo governo federal em levar a informática ao ensino fundamental e médio. Temos que nos preocupar também com aqueles que irão mediar estas novas possibilidades, os professores, o que nos remete ao problema de preparação do profissional que apresenta em sua grande maioria problemas em lidar com o novo. Para Arruda, (2004, p.17), “Um professor hábil no trabalho com NTIC, incorpora valores nos seus conhecimentos e pode representar diferenças com outros profissionais da educação, que vão desde níveis diferenciados de salário até concepções sobre identidade profissional.”

O professor tem que realmente ter iniciativa e fazer laboratório com as novas propostas, pondo em prática os planos de aula utilizando a tecnologia para realmente sentir a reação do seu publico. Para que o mesmo possa ser o protagonista destas mudanças derrubando paradigmas, deixando pra trás a imagem do professor ser o detentor do saber total e passando a ser um mediador de infinitas possibilidades que o aluno pode e deve passar a vislumbrar, com o auxílio do computador e da internet.

Sabemos que é bem complicado iniciativas a favor do uso do novo, pois a insegurança que o profissional tem é muito grande diante de tanta novidade. O preparo que lhe é fornecido ou em muitos casos nem isso acaba acontecendo, passa a ser determinante no uso desta nova possibilidade que a tecnologia pode proporcionar, deixando muitas vezes laboratórios montados sem uso, limitando assim, os alunos a novas possibilidades de abrir uma grande janela para a busca do conhecimento e de poder observar o surgimento de novos horizontes educacionais.

 As dificuldades relacionadas ao uso de informática como ferramenta facilitadora estão muitas vezes relacionadas à falta de oportunidade que os cursos superiores de Licenciatura oferecem aos seus acadêmicos, não apresentando em suas grades curriculares a possibilidade de contato direto com as novas tecnologias e suas possibilidades de aplicação. Pois não adianta somente o conhecimento sem saber como e quando aplicar isso no cotidiano da profissão, impossibilitando depois oferecer aos profissionais da educação, que já estão inseridos na profissão, a possibilidade de estar suprindo as deficiências sofridas em sua formação, com curso voltado a utilização de laboratórios. Desconsiderando muitas vezes o total desconhecimento de informática e o despreparo do profissional relacionado ao uso de tecnologia, tornando-o um profissional frustrado sem possibilidade de desenvolver suas atividades a contento.

Os cursos oferecidos a professores especificamente para o uso de equipamentos, como os laboratórios de informática, que deveriam dar condições para o desenvolvimento dos trabalhos com o auxilio da tecnologia, muitas vezes impossibilita ações de iniciativa do profissional, por não reconhecer a grande dificuldade que o mesmo tem, por não possuir nem se quer um curso básico de computação, impossibilitando assim, o processo e prejudicando o desenvolvimento do ensino-aprendizagem.

O papel do professor em sala de aula muda de certa forma com a implantação do processo de modificações tecnológicas atingindo a percepção do aluno que notará as alterações nos métodos de abordagem sendo que muitos dos alunos já possuem conhecimento tecnológico até maior que os dos próprios professores, cabendo ao professor um novo papel de mediador desta nova abordagem, facilitando o processo, deixando a imagem de detentor de todo o saber, passando a ser instrumento facilitador do processo de ensino-aprendizagem.

O professor, que passa a utilizar a tecnologia de forma inteligente e bem direcionada consegue chegar mais próximo do seu aluno. Passa à imagem de profissional atualizado e mais próximo a realidade do educando, juntamente com as inovações técnicas que tanto deslumbram os nossos alunos, nos remetendo ao pensamento de quem detém o conhecimento detém o poder, mas o poder de interação, de modo a conseguir o sucesso na arte de mediar o conhecimento de forma pratica e eficaz.

A sala de aula não pode ser percebida hoje do mesmo modo como a percebia quem aprendia o mundo basicamente através dos livros e da tradição oral. A captação da realidade através da NTs (novas tecnologias) potencializa o envolvimento multissensorial, afetivo e intelectual dos indivíduos inseridos no sistema de informação, o que demanda novas pesquisas relativas ao fenômeno educativo. (COSTA, OLIVEIRA, 2004, p.112).

Sabemos que todo o processo de aprendizagem é doloroso, que se precisa de certo tempo para reconhecer se a aplicação do que foi aprendido fez realmente diferença no processo. Pois sabemos que a inserção da tecnologia na educação é um processo difícil de ser estabelecido, por ser um exercício continuo de mudanças que a cada alteração passa a representar novos desafios e que representa uma entrega profissional muito grande, com papel fundamental no acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração a velocidade das mudanças, que ocorrem de forma muito rápida.

A área tecnológica tem sempre esta característica inovadora, obrigando-nos a estarmos sempre em constante adaptação às novidades que surgem a cada dia mais rapidamente, pois as inovações tecnológicas vêm nos proporcionar melhorias na aplicação de novos recursos e na melhoria da velocidade de acesso a novas informações.

A incorporação das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação na educação tem consequências tanto para as práticas docentes quanto para os processos de aprendizagem. Devido a esta atual era digital as Escolas e as Universidades passaram a ter a sua disposição mais um recurso para propiciar novas formas de ensinar e de promover a transmissão de conhecimentos. Uma vez que, além do giz, da lousa, dos livros, textos, TVs, e vídeos, estas ganharam como importantes aliados os softwares, os recursos de Internet, os jogos entre outros elementos os quais são capazes de propiciar novas estratégias de ensino, bem como, novas alternativas de se alcançar a aprendizagem por parte dos alunos.

Ao longo do tempo foi possível provar que o conhecimento pode ser transmitido de várias maneiras, podendo ser repassado oralmente, através de materiais impressos, por meio de programas de TV ou até mesmo via rádio. Porém, atualmente, por conseguir acelerar a transmissão de informações e por dinamizar com maior eficiência as relações entre indivíduos que se encontram geograficamente distantes, a Internet por meio das novas tecnologias da informação e comunicação vem de forma bastante rápida e contundente se apresentando como uma importante ferramenta para se promover a disseminação da educação, sendo esta sem limites, relacionada ao tempo ou ainda aos obstáculos geográficos.

E devido a sua utilização, novas formas educacionais foram e ainda continuam sendo apresentadas, seja de forma a combinar o ensino presencial aos recursos tecnológicos, ou de maneira a utilizar puramente os recursos digitais junto a alguns encontros presenciais para disseminar a educação.

Entre estas possibilidades, um canal que se encontra em plena expansão é a metodologia baseada no ensino a distância, a qual oportuniza através dos recursos tecnológicos a criação de ambientes capazes de colaborarem para formação profissional e/ou científica de cada individuo. Esta metodologia já existe há muito tempo, e apesar do longo período de desconfiança vivido por ela ao longo dos anos, hoje vem conseguindo com muito sucesso a adesão de muitos professores e também de várias instituições científicas.

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

 

COSTA NETO, P. L. A educação à distância e as mídias: a experiência da Fundação Vanzolini. Natal: ABENGE, 1999.

FIGUEIREDO, Antonio Macena de. E SOUZA, Soraia Riva Goudino.  Projetos, Monografias, Dissertações e Teses. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2005.

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NUNES, I. B. Noções de Ensino à Distância. Revista Ensino à Distância, 1994. Disponível em: < http://www.intelecto.net/ead/ivonio1.html>. Acesso em: 14 de junh. De 2011.

TODOROV. A importância da educação à distância. Revista Educação à Distância. 1994. Disponível em: <http://www.ibase.org.br/edist/dis>. Acesso em: 10 de mar. 2011.

TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação, editora Érica Ltda. 2004, 5º ed.