A importância do Estudo as Teologias Contemporâneas

Por Alain Davidson de Oliveira

 

            A teologia atual, ou contemporânea vem sofrendo demasiada influência das muitas correntes teológicas e filosóficas ao longo dos séculos.

            Identificarmos, pelo menos de forma básica essas correntes se faz necessário nos dias atuais. Pois muitas vezes nos púlpitos das igrejas evangélicas e protestantes vemos uma miscelânea desses ensinos.

            Vivemos em um tempo onde acabamos por temperar os ensinamentos de Cristo com filosofias e teologias que já uma vez foram refutadas e condenadas ao longo da história pela igreja.

            Mas quais seriam os desafios desse novo milênio para essa nova geração de pregadores e pensadores cristãos?

            Penso que o desafio é que, como esses ensinos em sua grande maioria foram rechaçados pela igreja em seu conteúdo absoluto, agora se tornou mais diluído e muitas vezes tem sido ministrado ao povo cristão em doses homeopáticas, sendo assim muitas vezes há contradição naquilo que é pregado nas congregações. Pois se abriu mão de uma pregação pura e simples – Bíblica e Cristocêntrica – para o uso de diversas teologias e filosofias.

            O que temos? Um Evangelho misturado, pois se a mensagem for cristocêntrica não há espaço para as filosofias iluministas. No iluminismo Jesus é apenas um grande mestre da moral e da ética. Mas os cristãos não devem crer em um mestre, mas em um redentor.

            No liberalismo teológico temos a tendência de nos acomodarmos e reinterpretarmos as doutrinas cristas ortodoxas com as tendências sociais e culturais vigentes, mudando assim a essência da interpretação Biblica. Sendo assim a igreja muitas vezes abre dialogo com a aquilo que Deus simplesmente condena nas Sagradas Escrituras. O Deísmo, por exemplo, tira de Deus sua inerência na história individual do ser humano.

            Em resposta a institucionalização do cristianismo leva  muitos grupos, de maneira insatisfeitas e procurarem respostas para suas frustrações. O que isso acarreta em muitos erros como a aversão de um discipulado bíblico sistemático, não aceita que haja verdades absolutas entre outros postulados.

            Certa feita um irmão em minha igreja questionou por que o avião da Americam Airlines havia caído no oceano, a sua pergunta se referia sobre o fato de que havia a possibilidade de haver pessoas que eram servas de Deus. Então porque Deus havia permitido aquela aeronave cair?

            Parece um questionamento simples, e até seja. Não creio que a intenção do irmão era criar uma nova teologia. Mas, talvez, por causa desse tipo de questionamento é que vêm respostas fáceis como a que pretende a teologia relacional, negando assim a soberania do Criador em todas as coisas.

            Corremos o risco de ficarmos aquém da redenção do homem, que é o proposito central da vinda de Cristo – como homem. Ao centrarmos em um evangelho social. Como pretende a teologia da libertação em suas muitas variantes. Servir o homem no âmbito social é importante, mas seria ficar muito aquém do proposito do evangelho, que é reconciliar o homem com Deus, sendo esse o verdadeiro problema do homem.

            Enfim, precisamos manter em nossos corações a necessidade da pregação de um evangelho cheio de vida, mas não podemos negligenciar o conhecimento intelectual para podermos identificar os muitos enganos que tem vindo de forma diluída em nosso tempo.

            Esse é o desafio dessa época chamada pós-modernidade. Onde valores absolutos são visto com certo desdém, até por teólogos. Onde muitas vezes o miraculoso tem sido tirado da vida da igreja, onde a crença básica da fé cristã definida nos primeiros séculos da igreja tem sido desconsiderada. Onde a defesa de Nietzsche de que Deus está morto, e o que resta hoje é apenas a sua sombra sobre a humanidade tem se tornado cada vez mais forte em nossa geração.

            Precisamos de fé, sabedoria e conhecimento para defendermos e propagarmos um ensino onde Cristo é o centro e a soma de todas as coisas.

            Podemos concluir com Romanos 11:36 – “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente”.