RESUMO

Este trabalho científico tem como proposta e principal output, apontar os benefícios da implantação da metodologia Coaching no programa que se dedica a condicionar os colaboradores de uma determinada empresa, no período em que os mesmos estão em atividade de Ginástica Laboral juntamente com profissionais da área e com a presença do Coach, ginástica esta que desprende em média quinze minutos, e de forma motivadora, incorporadora e construtiva, esse período é dilatado em cinco minutos para que haja orientações e informações sobre os requisitos fundamentais a respeito de Saúde e Segurança do Trabalho e suas condições intrínsecas como forma de complementação dos mecanismos existentes de comunicação, compartilhamento das informações e orientações. Todos os procedimentos estarão respeitando os processos de informação e Segurança do Trabalho adotado por cada empresa, salientando que a regra é de não haver debates e sim, fazer com que os participantes desfrutem de feedback que possam gerar reflexões, indagações posteriores, descoberta de valores e potencialidades bem como colocar em voga a atenção quanto ao desempenho das diversas atividades da empresa harmonizando-as com o quesito saúde e segurança em seu leque de segmentos, conforme a promoção de uma parceria salutar e duradoura, estimulada com a presença do Coach para impulsionar os colaboradores a se colocarem num patamar de objetivo único, cuja meta e a redução de acidentes no trabalho e a saúde física e emocional dos mesmos.

 

 

 

Palavras-chave: Coaching - Reflexões - Inovação - Parceria - Segurança do Trabalho. 

[1]Introdução

As empresas estão buscando cada vez mais se precaverem no sentido de fazer com que seus funcionários na condição atual de colaboradores, se inspirem e adquiram uma maturidade elevada de tal forma que os acidentes no trabalho sejam eliminados, e para isto, alguns períodos destinados aos processos pertinentes à Segurança do Trabalho podem ser aproveitados, como neste caso o da ginástica laboral, para que o se exceda em cinco minutos dedicados a orientações quanto ao quesito Segurança do Trabalho, e todo este processo que vinha sendo acompanhado por profissionais de segurança, deve ser também acompanhado por um profissional Coach que pode proporcionar o uso de ferramentas para que cada funcionário colaborador, na condição de aprendiz, intensifique a sua percepção em relação aos riscos e desenvolva um senso de poder e controle sobre sua vida melhorando sensivelmente sua autodeterminação em seus diversos mecanismos de informação e orientação difundidos em uma empresa, seja ela de qualquer ramo de atividade, haja vista que a proposta ícone do mesmo, é fazer com que os colaboradores se envolvam ainda mais com as questões da saúde e segurança do trabalho, acarretando numa expressiva melhoria na qualidade de vida dos mesmos e também na lapidação da imagem da empresa, numa demonstração de preocupação legal e afetiva para com os seus pares de trabalho.

Assim sendo, espera-se que cada funcionário colaborador que esteja no ponto A, direcione-se para o ponto B que é o ponto onde o nível altamente consciente de atenção, foco, conhecimento, multiplicidade, companheirismo, espírito da melhoria contínua, utilização de feedback e outros tantos, sempre guiados mentalmente para o combate aos acidentes ocorridos no trabalho e à higiene que tanto preocupa a alta gestão em relação ao potencial humano da empresa.

È de fundamental significância colocar em relação aos colaboradores, na ótica do Coaching, que as competências impulsionam as organizações e seu uso constante as fortalece na medida em que se aprendem novas formas para seu emprego ou utilização mais adequada (FLEURY; FLEURY, 1995), assim podemos observar que o processo de aprendizado organizacional está vinculado ao desenvolvimento das pessoas que mantêm relações de trabalho com a organização. O olhar atento sobre as competências organizacionais revela uma série de questionamentos sobre sua instituição, desenvolvimento e acompanhamento.

Para ilustrar, a definição de Coaching é literalmente treinamento, mas quando falamos em Coaching estamos falando em uma metodologia que tem como objetivo ajudar a uma pessoa ou grupo de pessoas a realizarem uma mudança da maneira que ela contemple a direção ao seu ilustre e real objetivo. As raízes da expressão que se denomina Coaching, tradicionalmente são associadas com os esportes. Todo atleta de alto nível via de regra, tem um Coach como alicerce de todo o processo.

Ultimamente, o Coaching tornou-se aplicável a outras áreas, como negócios e outros aspectos da vida, sendo neste segmento específico, o de observar cada colaborador e poder fazer um mapeamento de sua inteligência emocional e sua eficácia para com a saúde e segurança do trabalho, de forma inicialmente coletiva e eventualmente individual, procurando adotar ferramentas principalmente de inteligência emocional e psicologia organizacional, para que a atenção a ser atribuída à saúde e segurança seja a máxima entre os colaboradores.

A distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes (VYGOTSKY apud NOVA ESCOLA ONLINE, 2004).

Nos dias de hoje vem se tornando comum, pessoas e empresas terem um Coach para ajudar a atingir metas na vida, no trabalho e também na gestão empresarial. Passamos por um momento onde as técnicas de Coaching são empregadas como ferramenta de apoio ao desenvolvimento pessoal e também das empresas. Necessário se faz deixar claro que o Coaching é um processo contínuo, não uma conversa eventual ou um acontecimento isolado. O líder Coach pode ser comparado a um maestro, que em alguns momentos trabalha e utiliza técnicas com apenas com um integrante, em outros orienta todos à distância e, em outros, corta os vínculos para que possam se desenvolver em áreas completamente fora do seu escopo.

Técnica é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que tem como objetivo obter um determinado resultado seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra atividade. (FERREIRA, 2004).

No processo de Coaching você leva as pessoas a aprenderem e a treinarem regularmente, ajudando-as a canalizar sua paixão pela aprendizagem para as melhores oportunidades e harmonizar a participação delas e dos demais integrantes da organização. O treinamento em Coaching auxilia pessoas e empresas a se desenvolverem de forma mais rápida e eficiente produzindo resultados mais satisfatórios quanto à saúde e segurança do trabalho, mapeando competências e identificando necessidades, acentuando e filtrando os canais de comunicação de acordo com a cultura de cada empresa.

Coaching é dessa forma, um processo definido com um acordo entre o Coach que é o profissional e o Coachee que é o cliente, para atingir um objetivo desejado pelo cliente. O Coach atuante como motivador, apoia o cliente na busca de realizar o objetivo, ajudando a traçar as diversas metas que somadas levam o Coachee motivado e extremamente focado ao encontro ao objetivo estabelecido dentro do processo de Coaching.

           

A atividade de Coaching trabalhada através da aplicação de um conjunto de técnicas e procedimentos, próprias apoiadas por habilidades específicas e competências, além de padrões e princípios éticos fundamentais e com significativas diferenças de outras atividades similares, como mentoring, consultoria, ensino e treinamento, para citar alguns exemplos.

A expectativa do experimento abordado neste trabalho científico que coloca o Coaching no processo de comunicação no período estendido da Ginástica Laboral com a presença do Coach observando as necessidades prementes de cada colaborador é a de que, quando concluído o processo, a empresa possua uma poderosa sistemática de prevenção ao seu dispor. A prevenção diminui o número de acidentes de qualquer empresa, e vão interferir diretamente no valor que a empresa terá que pagar de FAP (Fator Acidentário de Prevenção). Para empresas que fazem prevenção e conseguem resultados positivos de redução de acidentes a Previdência Social concede bônus que são descontos no valor a ser pago, estes valores incidem diretamente na folha de pagamento mensalmente da sua empresa.

Todo o exposto anteriormente incide em um montante de dinheiro que sai mensalmente dos cofres da empresa, para pagamento de FAP tabulado como dinheiro perdido e quando falamos que devemos diminuir os custos dos nossos produtos para ter mais rentabilidade, podemos considerar que aumentam o valor dos nossos custos e dificultando na competitividade com o mercado. O Coaching atuante na esfera de saúde e segurança do trabalho, além de melhorar significativamente os índices de segurança, resulta também em qualidade de vida para os participantes, que passam a ter sua produtividade muito maior que o seu padrão normal até então.

Desenvolvimento

Fazendo uma menção primordial ao papel legal das empresas, pois cabe a elas cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977, e dessa forma, uma série de etapas oficiais de caráter instrutivo, informadoras e motivadoras devem ser executadas, na expectativa de que os colaboradores participem de programas de treinamento, palestras, laboratórios e workshop, promovidos pela própria empresa, devidamente monitoradas e acompanhadas pela filosofia de trabalho Coaching onde o profissional habilitado tem como denominação profissional o termo intitulado de Coach.

Os encontros destinados às informações sobre saúde e segurança do trabalho, habitualmente acontecem no horário do expediente, observando adicionalmente que pode acontecer fora do horário de expediente e dessa forma, nota-se que o processo fica dificultoso por conta da ansiedade do colaborador em se deslocar para sua residência ou até mesmo para o seu local de estudos como é o caso de muitos, segundo constatação obtida através de entrevistas e é exatamente neste momento que o Coach entra em ação oferecendo aconselhamentos e orientações intensivas e focadas na missão de extinguir os acidentes, e tudo isto, fruto da responsabilidade e inteligência emocional adquiridas no processo.

Esta colocação é fruto de observações colhidas por profissionais habilitados em saúde e segurança, que notaram nos colaboradores uma desatenção nessas participações num formato estatístico acima da média, haja vista que o colaborador assume uma ansiedade elevada com vistas aos seus compromissos assumidos após expediente e é a partir daí que o elemento surpresa denominado de Coach entra em ação para tornar o processo decisivo, rumo aos seus objetivos máximos que fundamentalmente é fazer dos colaboradores, pessoas atentas, disciplinadas e multiplicadoras de informações sobre os requisitos de saúde e segurança do trabalho numa empresa.

Neste momento inicial de ação do Coach, a sua postura diante dos colaboradores de a de atuar como um agente transformacional aplicando um estilo de liderança a tal ponto que os mesmos se sintam a vontade a receberem positivamente a sua presença, focados os requisitos da saúde e segurança do trabalho. Para Burns (1978), um dos papéis centrais do líder transformacional é atuar de forma que o grupo se sinta estimulado a adotar a perspectiva pós-convencional. É por isso que Bass identifica o líder transformacional a partir de características como "inspiração", "estimulação" e "consideração". Na verdade, antes de ser alguém que determina o que o grupo irá fazer, o líder transformacional é aquele que inspira o grupo a assumir uma atitude reflexiva, a reconhecer-se como grupo e a perseguir os seus próprios valores existenciais.

Muitas foram as empresas que implantaram esta forma de trabalho, mas o problema diagnosticado no processo de extensão em cinco minutos do período da ginástica laboral para orientações destinadas à saúde e segurança do trabalho é que os colaboradores ficavam a mercê de suas ações e interpretação dessas informações e por conta disso, não havia um acompanhamento preciso dessas ações e foi aí que a metodologia Coaching foi implantada inicialmente como um teste e após um determinado intervalo de tempo, podemos externar resultados importantes ao longo deste trabalho.

Uma vez que a função do Coaching é ajudar as pessoas a mudarem na maneira que elas querem, ajudando-as a caminhar na direção do que elas querem ir. O Coaching apoia a pessoa em todos os níveis do processo de tornar-se quem ela quer ser e ser o melhor que ela pode, acrescentando ainda a de orientar as pessoas para que aprendam por si mesmo, fornecendo as armas poderosas para que se tornem desbravadoras do próprio desenvolvimento e isso é a essência do empreendedorismo. Ensinar as pessoas a extrair lições certas de suas experiências, a encontrar outras pessoas que possam ajudá-las e a obter seu próprio feedback e informações.

O Coach deverá fazer tudo que puder para arrancar essas opções do orientando ou da equipe que ele esteja orientando/gerenciando. Para isso, ele precisa criar uma atmosfera em que os participantes se sintam seguros o bastante para expressarem seus pensamentos e ideias sem inibição ou medo de julgamento do Coach ou de outros. Todas as contribuições, ainda que aparentemente bobas, precisam ser anotadas, geralmente pelo Coach, para o caso de elas conterem um embrião de ideia que possa se encher de significação à luz de sugestões posteriores.

Segundo Gonçalves:

Segurança do Trabalho pode ser definida como a ciência que, através de métodos preventivos apropriados, estudando-se as causas de acidentes de trabalho, possibilitam a adoção de medidas técnicas que objetivem eliminar, ou pelo menos, diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho. (GONÇALVES, 1995. P. 12)

Como mecanismos de informação adotados para fazer de forma corriqueira com que um colaborador esteja atento à questão da Segurança do Trabalho incluindo o fato de estar sempre condicionado a repensar sobre formas de melhorar os processos de suas atividades, geralmente colocam-se cartazes em pontos estratégicos, folhetos próximos à estação onde a atividade vai ser desenvolvida, envio de e-mails esporádicos, programas de treinamento nem sempre rotineiros e na maioria das vezes com muita ausência de colaboradores e outros mecanismos peculiares a cada empresa.

Este viés está pautado na expectativa de reduzir o índice de acidentes e instruir e motivar cada indivíduo sobre as regras e normas de segurança da empresa que devem ser absolutamente respeitadas por cada membro integrante da mesma, informando inclusive nestes mecanismos, quais serão as implicações trabalhistas em nível de punição para os que não cumprirem as normas estabelecidas pela empresa.

Como fundamentação e reiteração, o programa de Ginástica Laboral que deve ser oficialmente adotado pelas empresas, conforme legislação própria e que se alinha ao formato retilíneo à implantação de atividades físicas orientadas e praticadas durante o horário do expediente visando à melhoria pessoal e desempenho dos colaboradores para um bom desenvolvimento de um trabalho em equipe, sendo o período destinado à mesma, de quinze minutos.

As empresas que promovem a prática dessa modalidade também são beneficiadas, na medida em que os funcionários não faltam tantas vezes ao trabalho por motivos de doença. A Ginástica Laboral também fortalece as relações para o desenvolvimento de trabalhos em equipe e aumenta a produtividade, beneficiando a empresa em caráter financeiro, fortifica a imagem e eleva a autoestima dos funcionários em todos os seus escalões.

Dentre os inúmeros benefícios físicos e mentais, as técnicas específicas utilizadas na Ginástica Laboral podem ainda contribuir para aliviar o estresse e as tensões acumuladas, provocadas pelo excesso de trabalho; reeducar a postura corporal, principalmente para trabalhos que exijam movimentos repetitivos; diminuir o sedentarismo e a fadiga; aumentar o ânimo, melhorar o desempenho no trabalho e a integração no grupo de trabalho; prevenir lesões nas mãos, ombros, coluna, punhos e as doenças como LER (Lesões por Esforços Repetitivos), e tudo isto monitorado pelos profissionais específicos da área e pelo Coach.

É importante e salutar mais uma vez salientar que o programa de Ginástica Laboral além de ser obrigatório, promove grandes benefícios para as empresas, motivo pelo qual essa atividade física é estimulada e implantada por diversas organizações. Mediante o panorama técnico exposto, a pesquisa tem elevada significância e está ligado diretamente com o objetivo principal que é o de minimizar os impactos negativos oriundos do sedentarismo na vida e no trabalho, atuando na prevenção de doenças nos sistemas muscular e nervoso. Como consequência, a organização só obtém resultados relevantes, tais como um colaborador mais motivado e disposto na execução de suas atividades, o que acarreta um aumento considerável na produtividade conforme diagnose verificada em outros experimentos científicos e a metodologia Coaching deverá dar suporte a cada grupo quando da ginástica laboral, procurando  identificar anomalias que necessitem de medidas preventivas em nível de foco e cumprimento as Normas estabelecidas. Em respeito à Legislação do exercício do ofício, o profissional que vai atuar numa empresa como orientador no programa de Ginástica Laboral deve estar qualificado para o exercício dessa função conforme a lei 9696 de 1998. Ele deve ser graduado em Educação Física e de preferência com especialização em Ginástica Laboral empresarial e deve atuar em parceria com o profissional coach também qualificado e que esteja em sintonia com a cultura da empresa.

Observa-se que existem muitos profissionais graduados em Educação Física sem a devida pós-graduação que o habilita a ministrar e conduzir a Ginástica Laboral nas empresas, mas o fato de que já militam nessa função por muito tempo e com a experiência adquirida, acabam sendo bem aceitos pelas empresas e por conta disso e de forma profissional e apropriada, conduzem bem a sua função, cabendo registrar que o coach atua junto a estes profissionais que conduzem o processo de informação após o período da ginástica laboral, intensificando suas potencialidades.

Registra-se que através de coleta de dados e pesquisa bibliográfica, estes profissionais recebem grandes orientações de profissionais de áreas correlatas como Profissional de Saúde e Segurança do Trabalho, Fisioterapeutas, Psicólogos, Médicos, especialistas em Ergonomia e outros, com o intuito de tornar a sua prática, recheada de parâmetros legais e técnicos, fazendo assim com que tal atividade seja eclética, e suprindo a necessidade da especialização específica, mas se tem observado que o Coaching chegou para ficar e realmente incrementar a estrutura organizacional rumo à redução e por que não mencionar a eliminação dos mesmos, e isto depende fundamentalmente do grau de maturidade e visão de futuro dos colaboradores para com esta temática.

Geralmente a função desse profissional em conjunto com outros, não é somente aglomerar um número considerável e bem dimensionado de funcionários num espaço físico permanente ou adaptado momentaneamente para o procedimento de fazer uma série de exercícios de alongamento, relaxamento e até mesmo de musculação. Os profissionais específicos de saúde e segurança do trabalho em parceria com o Coach, devem estimular o interesse pelo ato de conversar intensamente com os colaboradores no sentido de instruir, orientar e tão importante quanto, fazer indicações de atividades físicas pertinentes aos meios externos à empresa, para que a saúde dos orientados não seja apenas uma regra, mas sim, uma cultura a ser adotada e executada para fins de melhoria no desempenho de todas as suas funções, pois não se pode deixar de ser repetitivo neste sentido, ou melhor, um colaborador com qualidade de vida fora da empresa em nível de forma física, mental e de alimentação, produz muito mais do que aquele que se restringe apenas à Ginástica Laboral na empresa e consequentemente os lucros são para a empresa que investe nisso, tendo sempre o seu colaborador motivado e presente em suas atividades e nestas condições, o coach fundamentalmente destina-se a fazer com que cada colaborador identifique a sua potencialidade, os seus anseios e determinem o seu foco extra empresa, ou seja, partindo do ponto A para o ponto B onde a qualidade de vida intra e extra empresa seja voltada exclusivamente para o atendimento às suas expectativas em prol de todas as partes e segmentos.

Segundo Cañete:

                                  

Eis que para recuperar os danos provocados. Durante a atividade de trabalho, as empresas, cujos processos de gestão atendem aos preceitos universais e modernos em voga, estão investindo em programas de Ginástica Laboral, não se trata de mais um modismo por parte das empresas, mas sim de uma iniciativa que veio para ficar. (CAÑETE, 2001, p.45)

No eixo Sul-Sudeste do Brasil, zona mais industrializada, a Ginástica Laboral já faz parte da rotina de algumas empresas há muitos anos, isso é evidenciado no marketing de muitas empresas dos diversos setores, que, por meio dos seus websites, divulgam os investimentos na qualidade de vida dos trabalhadores e nas condições e carga de trabalho através dos programas de Ginástica Laboral que está diretamente ligada à ergonomia e por assim ressaltar a Segurança do Trabalho.

A intenção de adotar uma dilatação do período da Ginástica Laboral para vinte minutos, onde os cinco minutos finais serão destinados a orientações e informações a respeito da Saúde e Segurança do Trabalho e também sobre as Normas Regulamentadoras, está em congruência com a necessidade de se aprimorar e ampliar os mecanismos de divulgação dos requisitos de segurança já adotados, exercendo em cada colaborador, em doses tipo homeopáticas, uma atenção mais apurada e indagadora quanto às questões da segurança como reforço positivo e complementar, fazendo-o estar constantemente atento às mesmas, sem causar nenhum grau de estresse por conta de determinado assunto rotineiramente abordado, culminando na pretensão de fazer acontecer a redução e porque não, a extinção de acidentes e doenças ocupacionais, onde a ergonomia cognitiva fica mais evidenciada nesta nova postura de encontro de pessoas para a realização de uma ginástica e que acaba se estendendo a orientações e consequentemente, com a presença do Coach, as abordagens não direcionadas para uma realidade eficaz em nível de encontros necessários, de forma grupal ou individual, onde se coloca em voga a importância da atenção a ser dada ao quesito saúde se segurança.

Ressalta-se que o profissional da Ginástica Laboral nem sempre está apto a promover tais divulgações e assim, surge apropriadamente uma necessidade complementar de fazer com que o profissional de segurança prepare em um documento, o conteúdo a ser divulgado, que pode ser com informações simplórias ou até mesmo complexas, para ser abordado pelo professor de educação física sem ultrapassar o limite de tempo e com a presença do Coach que irá fornecer a alternativa de uma crescente consciência dos atributos únicos do corpo e da mente de cada indivíduo, enquanto desenvolve a capacidade e a segurança para melhorar sem a prescrição de terceiros. Isso desenvolve a autoconfiança, a segurança e a responsabilidade próprias. Eventualmente o profissional qualificado da área de segurança, geralmente um técnico de Segurança do Trabalho, irá acompanhar in loco o professor da Ginástica Laboral, para que ele mesmo desenvolva o processo de informação e orientação junto aos participantes daquele grupo e também dos demais, sempre focado numa metodologia de Coaching e com metodologia acadêmica, adequadas ao ambiente e ao propósito do projeto de informação e também, no comportamento de cada indivíduo para obtenção da atenção e incorporação das informações esperada, e isto, em conformidade com a ergonomia cognitiva.

Segundo Leite:

À medida que o indivíduo declina fisicamente pode haver uma deterioração concomitante na sensação de bem estar, resultando em autoestima precária, ansiedade, fadiga e depressão.  Estes estão frequentemente associados à pouca motivação e uma redução adicional na atividade física. (LEITE, 1996, p.18)

Foi realizado o experimento de dilatação do período da Ginástica Laboral em cinco minutos, num mesmo período, em duas empresas para dar fundamentação científica ao tema pertinente ao trabalho científico. Estas duas empresas de ramos diferentes que aqui terão os seus experimentos denominados de nº 1 e nº 2 estão localizadas no Estado do Rio de Janeiro e em cidades diferentes, ou seja, uma em Volta Redonda e a outra no Rio de Janeiro e a Razão Social de cada uma será preservada a pedido da direção.

Esta consideração foi mencionada pela direção de uma das empresas, atendo-se ao fato de que este projeto poderia tratado como produto comercial e foi então informado que se tratava de uma pesquisa destinada à ampliação e multiplicação de conhecimentos em sua amplitude, tendo cunho acadêmico-científico e não podendo jamais ser dado tratamento comercial. Dessa forma, a direção de cada empresa aceitou a argumentação e concedeu toda a estrutura necessária à realização da pesquisa. Foram assim sendo preservados os nomes das duas empresas

O experimento nº 1 foi destinado a uma Instituição de Ensino Superior e com Cursos Técnicos, com aproximadamente 700 colaboradores e destacando que a predominância dos colaboradores era de sexo feminino e com atividades mais suaves, voltadas para a área administrativa, mas com fortes incidências de necessidade de aplicação técnica da Ergonomia como fator determinante para a prevenção de doenças ocupacionais e outras atividades com grau de relevância mediano quanto ao quesito referente a risco de acidentes de trabalho, como por exemplo, a parte de manutenção elétrica e construção civil.

O experimento nº 2 foi destinado a uma indústria de fabricação de cimento, com aproximadamente 2.300 colaboradores, destacando que a predominância dos colaboradores era do sexo masculino e com atividades mais exigentes em nível de condições de trabalho e carga ligadas à fabricação, transporte e elevação de materiais.

Ambos os experimentos tiveram início na mesma data e os processos de partida adotados foram absolutamente idênticos, não comprometendo assim a ideologia científica, contando inicialmente com a presença de profissionais ligados diretamente à área de saúde e segurança e posteriormente, foi incrementada a presença da metodologia Coaching contando definitivamente com a presença de um profissional Coach para tratar das considerações pertinentes exclusivamente à saúde e segurança mas interferindo quando necessário, em segmentos ligados à mesma como por exemplo e que foi verificado, o grau de satisfação para com as Normas da empresa, salário, ambiente ocupacional e nível de liderança dos responsáveis por cada setor.

Os experimentos nestas empresas foram iniciados em março do ano de 2015 com projetiva científica de duração para doze semanas e conforme o planejamento, os envolvidos diretamente neste trabalho científico deverão adotar uma postura de incorporação do tema contando com a metodologia Coaching e estimulação no que se refere a reflexões diversas voltadas à melhoria da qualidade de vida provocadas pela redução ou mesmo a extinção do inimigo maior dessa qualidade que é o acidente, seja técnico ou ocupacional.

A estratégia inicial adotada foi a de não comunicar aos colaboradores que participam da Ginástica Laboral que tal ampliação para informações e orientações quando a Segurança do Trabalho tratava-se de uma pesquisa, pois esta informação poderia provocar uma alteração comportamental nas pessoas e a pesquisa estaria comprometida, e dessa forma, foi informado que se tratava de um novo procedimento da empresa. Em síntese, a empresa decidiu adotar esta nova postura dos vinte minutos e os colaboradores deveriam aceitar, mas partindo da premissa de que se trata de uma decisão que visa melhorar os aspectos de segurança na empresa adicionando-se a interferência do Coach que foi formalmente apresentado e teceu as suas considerações iniciais e a necessidade bem como os motivos de sua presença na empresa, incluindo o período da ginástica laboral, nesta nova fase.

O grupo geralmente formado por vinte indivíduos desloca-se para um ambiente adaptado, contendo espaço suficiente para os exercícios e cadeiras em número adequado para os ouvintes que acabaram de praticar a Ginástica Laboral e a partir daí iniciou-se o programa de dilatação do tempo envolvendo os cinco minutos finais bem aproveitados para orientações e informações sobre Segurança do Trabalho e o Coach sempre observando e se colocando a disposição em horários pré-definidos para os atendimentos pertinentes. Destaca-se que o Coach pelo menos uma vez por semana, tecia suas considerações ao grupo, ocupando os cinco minutos estendidos da Ginástica Laboral e isto elevou substancialmente o grau de interesse pela metodologia Coaching e deu consequentemente, conforme observado, um grau de seriedade para com os preceitos da saúde e segurança do trabalho, bem como a constatação junto aos colaboradores de uma maior respeitabilidade pela empresa, haja vista que perceberam que esta estava se empenhando cada vez mais para uma melhoria da qualidade de vida dos colaboradores na empresa e até mesmo fora dela, pois a metodologia Coaching promove esta consolidação em sua essência.

A conduta adotada como protocolo inicial, foi a de que o profissional de saúde e segurança preparava juntamente com o Coach e de forma diária, o material sobre Segurança do Trabalho a ser lido pelo professor de educação física e que em todos os dias da semana, este profissional estava no local da Ginástica Laboral para exercer a sua missão de forma oral e/ou expositiva sobre Segurança do Trabalho. Esta etapa foi amplamente exercida e a partir de um determinado período, com uma nova metodologia, a presença do Coach ficou evidenciada e consolidada, conforme enunciado no parágrafo anterior e os encontros passaram a ficar mais rigorosos e ao mesmo tempo descontraídos, cabendo ao grupo, determinar as condições de exposição a saúde e segurança assim como elementos de conduta, descoberta de potencial e outros, oriundos das exposições do Coach.

Os profissionais habilitados em Saúde e Segurança em parceria com o profissional Coach começaram os seus trabalhos semanais comparecendo ao setor da ginástica laboral adotando recursos técnicos de exposição oral e de vídeo e após seis semanas, ficou claro vários assuntos pontuais mereciam respostas posteriores ficando assim evidenciado que uma foto conjugada com uma informação sobre ela causa um efeito fantástico em nível de fazer com que o indivíduo fique com aquela imagem em seu pensamento e por conta disso, o sistema humano de reprocessamento das atividades se torna constante, haja vista que aquela imagem certamente de acidente, não pode ser um episódio que faça parte de sua vida profissional, sobretudo com as exposições do profissional Coach que neste momento, evidenciava o bem-estar de cada um a partir da autodescoberta e dos danos a si próprios mais intensos do que os danos causados a empresa.

Foi observado no experimento nº 1 (Instituição de Ensino) que o interesse dos participantes era elevado e que a regra dos cinco minutos com a presença do Coach não poderia mais ser descartada. Foi então que o setor de saúde e segurança juntamente com o setor do Coach foram altamente exigidos quanto às visitações dos colaboradores sedentos em termos de explicações e orientações a respeito da segurança e carreira, detectando-se que a demanda dessa esfera da preocupação era para com os segmentos da Ergonomia, flutuando a respeito da saúde, e também pela postura, iluminação e ventilação em seus ambientes de trabalho, acrescentando a condição de aprimoramento nas condutas profissionais, etiqueta e construção de carreira dentro e fora da empresa. Como dados técnicos, foi diagnosticado que a NR-17 (Ergonomia) teve 80% de índice observância por parte dos colaboradores e a NR-10 (Serviços em Eletricidade) com 15%, ficando as demais Normas Regulamentadoras com os 5% restantes, e a questão da metodologia Coaching que foi trabalhada a parte, ficou com 100% de observância.

A partir das informações, orientações e explicações promovidas nos cinco minutos adicionais à Ginástica Laboral, notou-se que o grau de interesse dos colaboradores passou a ficar mais acentuado, pois no ato da ginástica, onde o relaxamento da carga de trabalho acontece, o nível de atenção se eleva, passando a ser evidenciado pela ótica da condição física e mental de cada indivíduo. A tendência do projeto técnico agregado à metodologia Coaching junto aos colaboradores é despertar o interesse em melhorar sua qualidade de vida dentro e fora da empresa e esta observação que já era esperada, passou a conferir resultados positivos, haja vista tratar-se de uma postura inovadora da empresa, onde o colaborador passou a sentir-se mais valorizado, motivado a querer conquistar conhecimentos para melhorias contínuas fruto da combinação de tecnicidade e metodologia Coaching, que até então eram apenas lidos em cartazes por todos os envolvidos e tidos como regras de caráter punitivas da empresa.

Ressalta-se que um ambiente de trabalho numa determinada empresa destinado à Ginástica Laboral de forma coletiva, onde impera a integração e o despertar pelo conhecimento e autopotencial direcionados à Segurança do Trabalho e agora, adicionando-se a aplicação da metodologia Coaching, por conta dessa inovação, ou seja, quinze minutos de Ginástica Laboral e mais cinco minutos destinados à produção do conhecimento em saúde e segurança para melhoria da qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho, ressaltando que o próprio professor de educação física ou o Coach expõe a leitura preparada, é de esperar tal qual foi tabulado que os colaboradores se voltaram muito mais para as questões específicas de saúde e segurança e agregaram valores a esta postura, quando passaram a entender a metodologia Coaching que os direcionou ao elevado grau de consciência que devem possuir para combinar a redução de acidentes com a construções de uma carreira sólida, fruto da produção do conhecimento e do despertar a respeito de outras posturas profissionais como feedback, mentoring e demais ferramentas do Coaching que estimulam o aprimoramento de cada colaborador.

 Estas colocações muitas vezes são assimiladas e questionadas, gerando expectativas, dúvidas e alertas. Todas estas situações questionadoras deverão ser sanadas no local da recepção de pessoal da Segurança de Trabalho juntamente com o Coach. Nos experimentos que foram os alicerces deste trabalho científico e que serão abordados mais adiante, foi diagnosticado então que muitas dúvidas foram sanadas através da comunicação eletrônica, onde por e-mail, em horários que passaram a ser pré-definidos, muitos colaboradores estabelecem contato com o setor de segurança e com o Coach, procedendo as suas indagações ou externando sobre as suas inseguranças. Por conta dessa mudança de hábito dos colaboradores, coube ao setor de segurança em parceria com o Coach, estar preparado para com este atendimento e preparar os seus membros colaboradores do setor a responder de imediato à esta nova demanda diferenciada de comunicação e tais membros foram passivamente abordados pelo Coach no sentido de fazer acontecer um feedback mais claro e amplo, assim como a adoção de uma postura responsável diante de seus clientes.

Para ratificar o exposto anteriormente registra-se como exemplo que em janeiro do ano de 2013, a K3 Laboral Fitness - empresa especializada em promover o bem-estar organizacional, realizou uma pesquisa junto a 1.200 funcionários que atuavam em cinco empresas de médio/grande porte e que adotavam aulas de Ginástica Laboral. O resultado apontou que a produtividade nessas empresas aumentou, enquanto o número de funcionários afastados por lesões caiu em 40%. Com relação aos colaboradores, os dados revelaram que 95% dos entrevistados sentem-se mais dispostos, 60% tiveram suas dores reduzidas e 89% perceberam melhoras na postura.

A bandeira a ser abraçada é a de trabalhar literalmente em prol da Segurança do Trabalho numa determinada empresa, destacando que estes dados foram extraídos no dia 23 de abril do ano de 2013 e nesta ocasião a metodologia Coaching não havia sido implantada nas empresas da forma como foi colocada neste experimento.

Uma analogia a ser colocada em destaque diz respeito às pessoas que quando são motivadas e devidamente instruídas pelo profissional Coach que abraça a cultura da empresa sem julgamento de valores, tendem a se autovalorizarem e a seguirem os conceitos em paralelo com a prática da saúde e segurança. Tendem também a se precaver ainda mais quanto aos possíveis acidentes numa empresa e estas acabam contaminando positivamente os seus pares de trabalho, multiplicando os seus conhecimentos e relatos sobre segurança direcionados para um estilo de liderança democrática. O que se busca constantemente é a melhoria da forma como estes conhecimentos são transmitidos e processados pelos colaboradores para que haja uma ação radical, frutífera e salutar em prol da Segurança do Trabalho.

Explorando a Ergonomia em seu histórico e desenvolvimento, com o crescimento da produção das empresas para conseguirem acompanhar a demanda que aumenta a cada dia no mercado de trabalho, a imposição de horas extras, o aceleramento do ritmo, monotonia das atividades, a grande pressão e o controle sobre as atividades do trabalhador, contribuem para a falta de sentido ou a perda de significado do trabalho, surgindo assim, as doenças físicas e psíquicas.

As preocupações com o corpo no âmbito de ver neste uma racionalidade que o torne mais útil e produtivo, não vem de agora. Com a Revolução Industrial dos séculos de XVIII e XIX, houve inserção dos valores de produtividade e rendimento como ideais para serem cultivados. Fazia-se necessário garantir a utilização plena e com segurança das energias vindas do corpo dos trabalhadores. Para garantir o alto nível de exploração da força de trabalho, as ciências biomédicas apontaram os indicadores para os estudos referentes ao corpo e a partir dessa temática, o Coach deve promover junto ao colaborador, uma gama de ferramentas que possam estar em conformidade com os anseios dos mesmos, mantendo constantemente acesa a chama da motivação e condição mental de que cada atividade é de suma importância para a empresa e para a sua carreira ou até mesmo, a manutenção de sua permanência na empresa, pois nos dias de hoje, manter a empregabilidade é uma questão relevante para o indivíduo.

Como aponta Soares:

Com a utilização progressiva e cada vez mais específica de máquinas no mundo do trabalho, a força física teve sua importância bastante reduzida para a população. O relevante passou a ser a obtenção e sustentação de uma ou outra qualidade física, a resistência e, sobretudo, a resistência ao desgaste nervoso, a fadiga. Desponta então uma nova ciência, a ergonomia, ciência da fadiga, das relações entre o homem e a máquina no processo de trabalho. (SOARES, 1998, p.86).

Diante da Ergonomia, entende-se a pesquisa feita nas organizações de trabalho, com o objetivo de adaptar o trabalho e as informações ao homem, com a finalidade de obter resultados gerais do sistema, definindo-se como o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser por ele utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia, evidenciando com propriedade e constância a quebra do paradigma a respeito da Segurança do Trabalho. O profissional Coach deve envolver o colaborador a construir seu pensamento direcionado para um feedback que possa trazer resultados positivos para a empresa e principalmente, que tornem a sua atividade mais dinâmica e com o menor esforço possível, mantendo a qualidade, e esta postura só poderá ser conquistada a partir do instante em que o colaborador se envolve com a metodologia Coaching e prospera o seu espírito de liderança para consigo próprio e consequentemente, uma vez observado por seus pares de trabalho, o espírito de autoliderança será difundido dentre os demais.

A adoção das empresas do programa de Ginástica Laboral ligada à Ergonomia e com a presença do profissional Coach não pode ser uma iniciativa isolada, tem que fazer parte de uma série de adequações úteis à realidade do mundo da empresa, pois é sabido que a Ergonomia nos postos de trabalho é o estudo minucioso do número de ações que os trabalhadores podem executar, a fim de atingir um nível produtivo e satisfatório para as empresas. A postura do Coach neste campo é de inquestionável necessidade, pois as medidas de processos podem gerar compromisso para o aprendizado. Quando as pessoas acompanham ciclos de tempo nos processos como rotação de estoque ou tempo destinado à instruções normativas, também estão melhorando sua capacidade de agir e responder, sendo uma medida que pode encorajar o aprendizado de melhorias contínuas. O benchmarking (processo de comparação de produtos, serviços e práticas empresariais) externo de concorrentes a respeito do mesmo processo também proporciona comparações úteis que produzem oportunidades de aprendizado. O aprendizado pode estar presente em todas as atividades das pessoas. E pode ser medido e impulsionado gerando compromisso e resultados.

Como diz o chairman Richard Teerlink também conhecido como Rich, que foi Consultor da Diretoria e CEO da Vertex Inc. desde 04 de fevereiro de 2015. O Sr. Teerlink atuou como CEO da Harley-Davidson Inc., (um fabricante de motocicletas) 1989-1997, Presidente 1988-1997 e presidente de 1996 a 1998. O Sr. Teerlink atuou como presidente e diretor de operações da Harley-Davidson Inc. desde 1988.

Todos os funcionários devem estar focados na questão de por que as coisas estão sendo feitas da maneira atual. A revisão de mente aberta para cada aspecto da organização é condição essencial para nosso sucesso.

Conforme FERREIRA & MENDES (2001) estudando as relações entre Ergonomia e psicodinâmica, em abordagem sobre as relações do homem com o trabalho, destacam que prazer e sofrimento são uma vivência subjetiva do próprio trabalhador, compartilhada coletivamente e influenciada pela atividade de trabalho. Ao demonstrar as consequências desejadas do aprendizado, abre-se o caminho para incentivar uma cultura de aprendizado na organização. Conforme a metodologia Coaching que proporciona as condições para resultados considerados positivos e segundo Ashkenas et al. (2002), algumas ações do Coach permitem esclarecer as consequências positivas do aprendizado, a saber: avaliar ações de aprendizado e os resultados obtidos nas avaliações de desempenho; solicitar aos múltiplos parceiros (superiores, subordinados, pares e colegas, clientes internos e externos, fornecedores internos e externos) a avaliação do desempenho através de uma visão de 360°; recompensar as pessoas quando elas adquirem conhecimentos e se motivam à criação de habilidades com os lembretes e consequências de experiências bem-sucedidas e malsucedidas; dar atenção especial a prêmios de reconhecimento e recompensa para as pessoas que antecipam necessidades de competência e estratégias de aprendizado; encorajar e recompensar a tentativa e a experimentação; criar bônus e sistemas de incentivo ao aprendizado; ajudar as pessoas a serem responsáveis por resultados, sem punir iniciativas de experimentação que possam falhar.

Nessa perspectiva analítica, todo o trabalho veicula implicitamente em um custo humano que se expressa sob a forma de carga de trabalho, e as vivências de prazer e sofrimento têm como um dos resultantes, o confronto do sujeito com essa carga que, por conseguinte, é conflitante com o seu bem-estar. Como diz Chiavenato (2012), durante décadas a fio e em toda a Era Industrial, foi essa a abordagem predominante a respeito da atividade humana nas organizações (ser humano = mão de obra que aplica energia muscular ao trabalho).

A padronização imperava em todas as organizações e nesta perspectiva, o Coach permanece com o colaborador individualmente ou grupalmente até o momento em se conseguir atingir o resultado esperado ou chegar ao ponto que espera chegar. Uma espécie de missão que somente termina quando o objetivo é alcançado, mas nas empresas, este processo é cíclico e a presença do Coach pode se tornar permanente ou não, dependendo das necessidades estremadas, procurando dar força e poder para que as intenções da pessoa se transformem em ações efetivas e que se traduzam em resultados.

Esta afirmativa reporta-se à NR-17 que versa sobre Ergonomia e que está nos dias de hoje, altamente requisitada pelos colaboradores da maioria das empresas sediadas no Brasil, e de fato, são os fatores ergonômicos que causam a maioria dos afastamentos dos colaboradores de suas atividades cotidianas, com alguns sendo deslocados para outra função, mas a grande maioria, afastado de qualquer tipo de atividade da empresa, permanecendo em casa e afetando o planejamento de gestão de pessoal em nível de dimensionamento de cada setor de uma empresa. Estas colocações estão em conformidade com os dados registrados no site de Ergonomia do Ministério do Trabalho. Esta é uma preocupação evidente e transparente das empresas que primam pela qualidade de vida dos seus colaboradores seja ela em nível pessoal, profissional e coletivo, verificado que estudos e até mesmo a própria razão aponta no sentido de fazer com que se saiba que uma pessoa satisfeita, é mais produtiva, mais atenciosa e aplica de forma mais consistente a ética profissional e com isto, quem sai ganhando é o colaborador por sua saúde plena e a empresa que passa e ter custos menores com doenças, acidentes e manutenção dos equipamentos e ferramentas. Tudo isto fruto do projeto de informação continuada do período da Ginástica Laboral.

Conforme enunciado no PORTAL RH de SEGURANÇA (2015), Quem previne, poupa. O Brasil gasta anualmente R$ 20 bilhões com acidentes e doenças de trabalho, portanto, oferecer condições de segurança tornou-se requisito obrigatório às empresas que desejam ser competitivas. Com a segurança, saúde e qualidade de vida no trabalho, diretamente ligadas à responsabilidade social da empresa, é preciso aliar os investimentos em prevenção, com a formação e treinamento de trabalhadores e profissionais da área.

Como redundância, no experimento nº 2, que foi realizado numa empresa com aproximadamente 2300 colaboradores e de grau de risco mais elevado pelo fato de se reportar à produção industrial de cimento e com um número maior de colaboradores do sexo masculino bastante significativo em relação ao sexo oposto, as questões mais expressivas são de riscos em atividades que geralmente o homem que executa pela elevada carga, exigindo esforço físico maior e evidenciou-se que a presença do Coach foi ainda mais expressiva por conta do número de indagações e de procuras para sessões pertinentes a mudança de hábitos, melhoria na carreira adicionando-se as preocupações para com as condições de trabalho, especificamente qual deveria ser a melhor conduta do colaborador para se atingir tais objetivos. Nesta etapa e pela cultura da empresa, o papel do Coach foi determinante como conselheiro e até mesmo, de forma necessária e austera, saindo do escopo da metodologia e sugerindo posturas e ações.

Tal empresa também executa de forma legal a prática da Ginástica Laboral com um grupo geralmente formado por trinta colaboradores que se desloca para um ambiente adaptado para a prática da ginástica e a partir daí iniciou-se o programa de dilatação do tempo envolvendo os cinco minutos finais para orientações e informações sobre Segurança do Trabalho e desta forma, foi observado que o profissional de Segurança preparava diariamente o material a ser lido pelo professor de educação física e que todos os dias da semana o mesmo estava presente naquele local, juntamente com o Coach para proceder a sua atividade seguindo assim o mesmo padrão de conduta experimental adotado no experimento nº 1.

Ficou evidenciado no experimento nº 2 que o interesse dos participantes era elevado e que a regra dos cinco minutos não iria mais desaparecer. O setor de segurança passou a ser mais exigido quanto às visitações dos colaboradores sedentos em termos de explicações, melhores orientações a respeito da segurança, sendo que para o experimento nº 2 (Indústria de Cimento), a grande preocupação era para com a saúde, passando pela postura quanto ao movimento de carga, iluminação, ventilação e principalmente para com os acidentes clássicos de trabalho. Como dados técnicos, foi diagnosticado que a NR-17 teve 10% de índice observância por parte dos colaboradores, a NR-10 com 30%, a NR- 18 com 25%, a NR-23 com 20%, ficando as demais Normas Regulamentadoras com os 15% restantes. Nesta fase, o Coach foi ainda mais determinante como evidenciado anteriormente, pois com a procura aumentada no setor de segurança, o setor onde estava o Coach foi tão quanto procurado, sendo que os aconselhamentos, condições de postura e ética no trabalho, construção de carreira e até mesmo condições sociais ficaram a mercê do Coach que por sua vez, entendendo a cultura organizacional, exerceu papel precioso no sentido de fugir discretamente da metodologia Coaching e propor sugestões e foi assim notado que a motivação dos colaboradores passou a ser atônica daquela empresa.

O aumento do grau de interesse por parte dos colaboradores acarretou na necessidade de contratação em ambas as empresas, de mais um profissional habilitado em segurança, aprovado pela direção de cada uma das empresas, com a incumbência de prestar esclarecimentos de toda ordem sobre Saúde e Segurança do Trabalho junto aos colaboradores sedentos por informações, tornando o escopo desse trabalho totalmente justificado e já implantado e consolidado nestas empresas e seguindo esta linha de raciocínio, o Coach que segundo reza na metodologia, promove uma atividade que tem início, meio e fim estimado entre três a cinco meses, passou a permanecer nas empresas por conta de sua ação motivadora e pelo número de colaboradores que cada uma detinha, inserindo desta forma mais um cargo administrativo e de real importância para o sucesso dos resultados esperados em nível de saúde e segurança do trabalho e por que não mencionar outros segmentos empresariais, haja vista que qualquer ação está implícita a este segmento.

Foi identificada e mapeada uma diferença de postura em nível de tipo de atenção de motivação sobre a saúde e segurança por parte dos colaboradores do experimento nº 1 e do experimento nº 2, e bastante interessante, que independe do sexo e do número de colaboradores de uma empresa e isto foi evidenciado nos percentuais registrados a respeito das Normas Regulamentadoras, do processo da Ginástica Laboral estendido em cinco minutos e também, da presença do profissional Coach no ambiente ocupacional como integrante da empresa, que predominaram como requisição por parte destes colaboradores. Isto já era esperado, haja vista que as empresas possuem características distintas em nível de Grau de Risco, registrando que a Instituição de Ensino possui Grau de Risco médio igual a “2” e a Indústria de cimento com grau de Risco médio igual a “5”. Os colaboradores do experimento nº 1 fizeram um uso maior de comunicação com o setor de segurança para sanar as suas dúvidas, fazendo de forma consistente o uso de meios eletrônicos e telefônicos.

Os colaboradores do experimento nº 2, por se tratar de uma empresa com a possibilidade de acidentes maior, compareciam com maior frequência ao setor de segurança e do Coach, na expectativa de sanar também as suas dúvidas, pois as facilidades de uso da rede mundial de computadores para a empresa de cimento eram menores, tendo como premissa de que a sobrecarga de trabalho nesta empresa é bem maior do que a Instituição de Ensino e pode-se expor ainda que os colaboradores da Instituição de Ensino preocupam-se mais com a saúde pessoal e os da empresa de cimento se atem com maior frequência aos acidentes de trabalho. Em ambas as empresas esta atenção distinta mencionada não dirime por completo a outra fonte de preocupação e motivação por parte dos colaboradores. Os colaboradores de ambas as empresas demonstraram algo em comum, ou seja, se a empresa se preocupa com seu potencial humano destacando profissionais de saúde e segurança e um Coach, estes também tendem a se preocuparem com o bem-estar da empresa e neste cenário de mercado altamente competitivo e falta de mão de obra inicialmente qualificada, esta assertiva é altamente relevante.

Estas evidências já eram esperadas e consideradas por conta da prerrogativa de caráter operacional de uma empresa para outra, mas uma consideração deve ser registrada que é a adesão para com os cinco minutos adicionais ao período da Ginástica Laboral que acabou se tornando uma verdadeira rotina e foi proporcional comparando-se as empresas que se prestaram proativamente como objeto de estudo desse trabalho, numa demonstração de que esta técnica promove resultados bastante significativos positivamente para a saúde financeira e da imagem da empresa e também para a saúde física e mental de cada colaborador inspiradas pelo profissional Coach, tendo como resultante, a satisfação sedimentada pela teoria da Qualidade Total que trata de cinco componentes, mas o de maior relevância neste trabalho foi o de autodisciplina, e em nível de competitividade acirrada no mundo empresarial, a redução de gastos com um colaborador afastado ou insatisfeito em qualquer nível ocupacional está em voga na atualidade, gerando desta forma a tão almejada lucratividade, podendo-se afirmar que a inserção no organograma de um cargo como o do Coach, pode trazer muito mais lucratividade do que um desembolso salarial para este profissional.

Outra forma de demonstração de satisfação laboral em nível de saúde e segurança foi concentrada em observar que os colaboradores estão caminhando e executando as suas tarefas no sentido de fazer com que as suas condições de trabalho, em parceria com a empresa, sejam plenas e que a entidade os terá sempre em atividade segura, acarretando numa estabilidade ainda maior no trabalho e isto deve ser exposto principalmente pela ação do profissional Coach, pois se apenas fizer perguntas e receber respostas no nível de consciência normal, ele pode estar ajudando os orientandos a estruturarem seus pensamentos, mas não está sondando níveis de consciência mais novos e profundos.

            Quando o colaborador de uma empresa tem de parar para pensar antes de responder, talvez levantando os olhos para fazer isso, a consciência está sendo elevada, pois está tendo de examinar novas profundidades de sua consciência para reaver a informação. É como se ele estivesse investigando seus arquivos interiores mais secretos para buscar a resposta. Uma vez encontrada, essa nova consciência se torna atenta às questões específicas de saúde e segurança e o orientando torna-se mais capacitado com ela, haja vista que nos dias de hoje, impera dentre diversos elementos de preocupação do ser humano que atua em entidade privada, a estabilidade empregatícia, e ela é conquistada quando o colaborador passa a fazer de seu local de trabalho uma extensão de seu lar, onde se faz importante registrar condicionantes que solidificam tal posição como respeito, lealdade, pontualidade, economia, conhecimento e interesse pela atividade segura, atenção à identidade da empresa juntamente com o espírito corporativo.

Conforme Álvaro Leregian em seu site http://www.frasesnaweb.com.br/autor/alvaro-granha-loregian:

Quem trabalha somente com a Verdade está sempre tranquilo e seguro, enquanto aquele que não o faz, precisa ficar sempre na espreita, aflito, inseguro e furtivo. (www.frasesnaweb.com.br).

O quadro a seguir demonstra dados coletados, do grau de importância/satisfação para com cada item analítico, após a implantação do adicional de cinco minutos da Ginástica Laboral, apenas com a presença de profissionais de saúde e segurança.

Descrição Analítica

Exp. 1

Exp. 2

Envio/troca de e-mail p/ setor de segurança

65%

60%

Atenção aos e-mails recebidos da Segurança

60%

40%

Integração entre colaboradores

50%

45%

Leitura dos avisos de segurança nos Quadros

35%

50%

Presença no Setor de Segurança p/ esclarecimentos

35%

55%

Satisfação p/ com as atividades informativas

20%

45%

O quadro a seguir demonstra dados coletados, do grau de importância/satisfação para com cada item analítico, após a implantação do adicional de cinco minutos da Ginástica Laboral, com a presença de profissionais de saúde e segurança e do profissional Coach.

Descrição Analítica

Exp. 1

Exp. 2

Envio/troca de e-mail p/ setor de segurança

95%

90%

Envio/troca e-mais com o Coach

95%

96%

Atenção aos e-mails recebidos da Segurança

95%

90%

Atenção aos e-mails recebidos do Coach

95%

95%

Integração entre colaboradores

90%

95%

Leitura dos avisos de segurança e elementos motivacionais/reflexão afixados nos Quadros

90%

90%

 

Presença no Setor de Segurança p/ esclarecimentos

95%

90%

Presença no setor do Coach para sessão

95%

98%

Satisfação p/ com as atividades informativas

88%

97%

Estes quadros demonstram que os interesses e motivação dos colaboradores para com a saúde e segurança já era expressivo, mas não atingiam os patamares almejados pela empresa e com a inserção do profissional Coach nesse meio organizacional, aqui especificamente no período da Ginástica Laboral e o mesmo ficando in loco e a disposição dos funcionários colaboradores, o interesse e a motivação cresceram e pontuaram níveis aceitáveis e geradores de grande atenção por parte dos empresários, haja vista que os acidentes foram altamente reduzidos e a saúde física e mental dos trabalhadores evoluiu significantemente em prol das metas estabelecidas.
 

Conclusão

Enaltecendo a presença do Coach quando da Ginástica Laboral na qualidade de vida do colaborador, o século XXI será lembrado por muitos acontecimentos e sem dúvida um destes se trata de uma preocupação maior com a qualidade de vida na empresa em nível corporativo, de saúde, segurança e de caráter social e neste sentido, o Coach possui uma interferência altamente positiva nas pessoas colaboradoras em prol da saúde mental e motivacional direcionada a extinção de acidentes fruto do maior grau de interesse e motivação. As empresas concluíram e estão se movimentando no sentido de que deve haver uma atenção especial para os hábitos diários das pessoas e se estes são classificados como saudáveis ou não e caberá ao Coach uma intervenção extremamente incisiva em cada grupo para apoiá-los em direção à eficácia de suas ações para com os requisitos da saúde e segurança do trabalho. Esta discussão ruma à redução de hábitos deletérios à saúde e à qualidade de vida bem como aumentar a frequência de posturas promotoras de saúde e de qualidade de vida e consequentemente a redução de acidentes ocupacionais em suas diversas esferas.

Neste sentido, conclui-se que a qualidade de vida tão evidenciada pela sociedade moderna e empresarial pode estar associada a vários setores da vida dos indivíduos, onde o Coach incorporado à empresa deverá promover em cada um o espírito de que a satisfação pessoal em todos os segmentos é imprescindível para se adquirir um estilo de vida melhor, envolvendo vários aspectos como: vida pessoal, emocional, profissional, familiar, segurança e muitos outros, implicando no cerne da questão que é o de estabelecer um grupo forte, saudável, motivado e altamente qualificado de forma coinsciente em seguir rigorosamente as normas de segurança. O Coach pode atingir mais rápido qualquer objetivo que tenha estipulado, quando planeja seus passos com sabedoria e estabelece um calendário que permite aos colaboradores executar essas etapas. Para o Coach, metas que pareciam longe e fora do alcance, eventualmente se aproximam e se tornam viáveis, não porque os seus objetivos encolheram, mas porque cada um cresceu e expandiu para corresponder-lhes. A meta é tangível quando o colaborador pode experimentá-la com um dos sentidos, ou seja, sabor, tato, olfato, visão ou audição. Quando o objetivo é tangível, você tem uma chance melhor de fazer isso e, portanto, será específico, mensurável e atingível e isso foi observado nas atividades do Coach em parceria com cada grupo da empresa e também, em situações isoladas, de forma individual, concluindo-se ainda que as empresas estão se mobilizando e cuidando de seus funcionários colaboradores, de preferência, dentro da empresa, para que sua performance seja a almejada e gere prosperidade, lucratividade, elevação da imagem e por fim, permanência no mercado com a consolidação de sua marca e a exposição de sua política de trabalho junto a comunidade. Em evidência, NAHAS (2001) salienta que qualidade de vida é a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais de caráter sócio e ambiental, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Desta forma a atenção para as condições de trabalho oferecidas ao ser humano também fazem parte do que Nahas denomina ser qualidade de vida. Partindo deste pressuposto, um programa de promoção de saúde e segurança incluindo na Ginástica Laboral pode influenciar positivamente na qualidade de vida do empregado a partir do seu cotidiano laboral, modificando inclusive, seus hábitos até mesmo fora do ambiente de trabalho (FONTES, 2001).

A partir dessas considerações, este artigo tem como escopo a qualidade de vida no setor profissional-trabalho e carrega consigo a visão de totalidade de qualidade de vida, pois por meio da prática da Ginástica Laboral e da preocupação para com os aspectos ergonômicos e de segurança, busca-se melhorar a qualidade de vida e a modificação de comportamento dos funcionários de uma empresa, envolvendo aspectos biológicos, físicos, psicológicos e sociais.

Independentemente da ocupação, é necessário uma boa mobilidade para a realização das tarefas diárias. Nossas ações são realizadas por meio de um corpo que possibilita diversos movimentos, mas que necessita de um equilíbrio entre a postura (ação da gravidade), a capacidade de contração muscular (força muscular) e a boa flexibilidade. Este conceito vem do perfeito equilíbrio entre a prática da Ginástica Laboral e conhecimentos aplicados à Segurança do Trabalho (WISNER, 1987).

A prática da Ginástica Laboral e conhecimentos de Segurança do Trabalho permite um treinamento da flexibilidade o que previne o encurtamento muscular crônico, motivo de queixas de dores musculares por diversos profissionais, além de conduzir para o combate dos denominados "vícios posturais", considerado uma das razões de constantes reclamações por incômodos de origem física por parte dos trabalhadores. Com a divisão social do trabalho priorizou-se cada vez mais movimentos e esforços físicos repetitivos o que ocasionou o surgimento de doenças e lesões cada vez mais comuns na classe operária. Desta forma, tornou-se necessário a Ginástica Laboral nas empresas seja ela preparatória ou compensatória, pois, é comprovado cientificamente que a sua prática previne lesões, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, orienta uma melhor postura diante das tarefas desempenhadas, maior preocupação com o estilo de vida através de conversas sensibilizadoras prevenindo doenças por meio da informação a respeito de Segurança do Trabalho e nesse contexto, a ação social do Coach se faz necessária, mediante os resultados obtidos nos experimentos apresentados.

Para serem possíveis ações sociais orientadas pela racionalidade comunicativa, autores e entendidos no assunto indicam que os sujeitos envolvidos na articulação da ação precisam negociar argumentativamente, o que implica que eles estabeleçam uma interação comunicativa livre de constrangimentos e orientada para o entendimento intersubjetivo. Para que os critérios de racionalidade sejam contemplados, os argumentos expressos devem representar aquilo que os interlocutores realmente entendem como verdadeiros, sentem sinceramente e acreditam ser os valores e princípios de retidão legitimados em sua sociedade e serem inteligíveis. (pretensão de inteligibilidade).

É importante ressaltar que os benefícios provenientes da prática da Ginástica Laboral caminham de mãos dadas com os fatores ergonômicos de uma empresa. Se há uma orientação postural na aula, esta deve ser materializada no momento do trabalho, com o ajuste da cadeira à anatomia do corpo do funcionário, manusear os equipamentos de forma e postura corretas, alternar posições sentadas ou em pé contribuindo positivamente com a circulação sanguínea, o ambiente ser arejado/iluminado, são elementos auxiliares na busca de um estilo de vida saudável no ambiente do trabalho e fora dele, incorporando essas novas atitudes na rotina diária. A prática da Ginástica Laboral e dos cinco minutos adicionais para a questão da Segurança do Trabalho também contribui para a melhoria da integração, permitindo maior socialização, já que este é um momento de descontração tornando a relação menos formal. Paralelamente, a prática da Ginástica Laboral em harmonia com os conceitos de Segurança do Trabalho desperta o bom humor, a simpatia, melhora a disposição para o trabalho e consequentemente aumento na produtividade e melhor atendimento ao cliente.

O Brasil tornou-se o segundo país com o número maior de pessoas estressadas, perdendo somente para o Japão. Estudos constataram que o estresse é maior por conta do trabalho no tocante as longas jornadas e a insatisfação com a ocupação laboral, na qual esta situação influi diretamente na qualidade de vida do sujeito (Reportagem do programa Globo Repórter).

Dada esta importância à Ginástica Laboral, foi a partir daí que surgiu a ideia de uma ampliação em cinco minutos para atenção total à questão da Segurança do Trabalho, haja vista que a prática da ginástica já estava consolidada e bem aceita pelos colaboradores e em perfeita harmonia com as questões da segurança, o casamento seria duradouro. A prática da Ginástica Laboral tem atuação importante diante dessas situações, pois visa proporcionar relaxamento do corpo, reduzindo as tensões acumuladas, diminuindo o estresse, acalmando os pensamentos de cobranças e tarefas, permite momentos de um "cuidar-se melhor", elevando a autoestima dos funcionários, deixando-os mais confiantes, motivados, dispostos e concentrados para o trabalho, mediante o programa de ampliação em cinco minutos para orientações sobre saúde e segurança do trabalho.

O resultado foi extremamente positivo, aceito pelos colaboradores e pela gestão das empresas envolvidas. A Saúde e Segurança do Trabalho tornaram-se uma rotina nas empresas, evidenciadas pelo número de contatos diversos com o setor de segurança em seus múltiplos meios de comunicação.

No período da pesquisa, nenhum acidente foi observado e a movimentação fruto do comprometimento oriundo das informações e orientações maciças quando dos cinco minutos majorados da prática da Ginástica Laboral foi fundamental, incitando os colaboradores a repensar a dinâmica de suas atividades na expectativa de torná-las mais eficazes e com menor grau possível de risco de acidente. A integração obtida quando da prática da Ginástica Laboral foi elevada substancialmente não só entre os colaboradores praticantes da ginástica, mas com o setor de Segurança do Trabalho que sofreu uma verdadeira reestruturação de forma a contribuir ricamente para com as solicitações dos colaboradores advindas do projeto, envolvendo modernização dos meios de comunicação, melhoria nas rotinas de envio de e-mail entre os setores, aumento do número de programas de treinamento mais intensivos, melhoria das relações entre a equipe da CIPA e demais membros da empresa, criação de novos quadros indicativos de informações e estatísticas, maior comprometimento dos membros do setor de segurança devidamente dimensionado para o sucesso do projeto. Desta forma, excelente para a empresa e brilhante para os colaboradores que se tornam mais integrados entre si e com a empresa, a partir da ampliação dos conhecimentos adquiridos sobre segurança que geram imperativamente um grau de comprometimento para consigo próprio e para com a empresa, pois passa a ser tratada e sentida como a extensão de seu lar.

Concluindo finalmente, o programa de ampliação em cinco minutos da Ginástica Laboral para tratar de assuntos pertinentes a saúde e segurança do trabalho com a presença de profissionais da área e a presença do Coach em tempo integral na empresa, mostrou ser extremamente eficiente e pode ser aplicado em empresas de qualquer ramo de atividade, sendo que cada uma se ajustando à sua dinâmica de trabalho e aos infinitos mecanismos internos e externos de informação e comunicação junto aos colaboradores, necessários ao êxito do programa.

 


REFERÊNCIAS

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CHIAVENATO, Idalberto. Construção de talentos: coaching & mentoring. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

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MENDES, JerônimoManual do Empreendedor. São Paulo: Atlas, 2008.

NAHÁS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida mais ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

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SOARES, AntonioEmpresas. São Paulo: Porto, 2006.

STEINHILBER, Jorge. Estudante é um Aprendiz. Rio de Janeiro: Atlas, 1998.

 

WISNER, Alain. Por dentro do Trabalho - Ergonomia, Método e Técnica. São Paulo: FTD S.A., 1987.

 

 

 

 

 

 

 

 



[1] Graduado em Engenharia Civil e Matemática. Livre Docente em Administração. Doutor em Administração de Negócios. Mestre em Sistema Educacional Superior. Especialista em Saúde e Segurança do Trabalho e Metodologia do Ensino Superior. Professor Universitário há 29 anos com cargos de Coordenação de Cursos e Direção de Centros de Tecnologia em diversas IES.