AUTORA: MARILENE MENDONÇA

INTRODUÇÃO

          Multidisciplinaridade é um conjunto de especialidades a serem trabalhadas simultaneamente, sem fazer aparecer às relações que possam existir entre elas, destinando-se a um sistema de um só nível e de objetivos únicos, recorrendo-se a informações de várias profissionais para estudar um determinado elemento, entre si. Assim, cada profissional contribui com informações próprias do seu campo de conhecimento para a solução de um problema .

DESENVOLVIMENTO

       O Câncer é uma das doenças que mais compromete a saúde do ser humano,  por muitos anos foi considerado como uma doença dos países desenvolvidos, no entanto sabe-se hoje que pode  ser observada tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento convertendo-se em um evidente problema Mundial de Saúde Pública. Conforme dados publicados, o câncer é responsável por cerca de 13,7% das mortes registradas no Brasil.  A OMS estima que, no ano 2030, podem-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer (INCA, 2011)

   O paciente oncológico passa por vários processos de hospitalização, acometendo assim, as limitações físicas e alterações emocionais, ficando isolado de conviver com os familiares, das rotinas diárias, dos amigos e da comunidade, o que o deixa fragilizado (ANDRADE, 2012). Nesse caso, para esse paciente é de suma importância a presença de um acompanhante, se possível que seja de sua inteira confiança, pois ele é considerado peça fundamental para a recuperação e cuidado, a fim de proporcionar um bem estar e até mesmo auxiliar na recuperação do paciente oncológico, (MICELI, 2002; BRASIL, 2007)

JUSTIFICATIVA

        Os profissionais da saúde que integram a equipe multidisciplinar precisam estar preparados, dispostos e envolvidos para entender que a comunicação tem um papel significativo e para estabelecer essa relação precisa reconhecer que o paciente oncológico necessita de um cuidado humanizado com informações adequadas e que as ações sejam direcionadas para melhor atender ao processo saúde e doença, suprindo assim as necessidades tanto do paciente quanto do acompanhante, nos diferentes níveis de atenção com o objetivo de buscar qualidade de vida (BRASIL, 1999). Ao manter uma comunicação efetiva a equipe consegue se ajudar e ajudar o paciente a avaliar e analisar o seu problema de forma serena, facilitando o enfrentamento de seus receios, medos e dúvida, a fim de auxiliar no surgimento de obstáculos e novas formas de comportamentos.

       As ações de cuidado desenvolvidas pela Enfermagem e pelo Serviço Social ambulatorial junto aos pacientes a partir dos registros levou à compreensão de que é nesse espaço que os profissionais convivem um maior período de tempo com o portador de câncer e seus familiares e, por isso, têm a oportunidade de intervir nos problemas que se seguirão durante o tratamento oncológico. O atendimento planejado e coordenado, visando à recuperação e à adesão ao tratamento pelo usuário, é imprescindível resultando em um plano de cuidados flexível desenvolvido para cada pessoa, contendo medidas educativas e terapêuticas da equipe de Enfermagem que, em paralelo com a equipe de Serviço Social, priorizou o encaminhamento das questões trazidas pelos usuários aos demais profissionais da equipe de saúde.

FUNDAMENTAÇÃO

        O diagnóstico de câncer causa um efeito devastador, é uma situação de sofrimento intenso desencadeado nesse paciente e que exige a atuação de um profissional especializado, o que leva a uma especificidade da psico-oncologia. Pautando-se na atuação preventiva primária, buscando formas de tratamento dignas, humanizadas e que favoreçam a adesão ao processo de tratamento. O apoio emocional é importante para que o paciente atribua novos significados a seu estado, reinterpretando sua patologia e diminuindo emoções negativas , podendo acreditar na probabilidade de reversão de sua situação

           A principal função de um farmacêutico oncológico é transmitir informações sobre a administração dos medicamentos durante o tratamento. Contar com a orientação deste profissional traz ao paciente mais segurança e confiança, sua atuação clínica consiste na provisão responsável da farmacoterapia com o propósito de alcamçar resultados corretos  que melhorem a qualidade de vida do paciente, buscando encontrar e resolver de maneira sistematizada e documentada todos os problemas relacionados com os medicamentos e responsabilizando-se pelo paciente para que haja sucessso da terapia proposta pelo médico.

         Sendo o câncer uma doença catabólica, em que o tumor maligno consome as reservas nutricionais, trazendo desgaste muscular, adiposo, fraqueza e perda progressiva de peso,é  imprescindível a presença do nutricionista, que não apenas orienta o que e quanto comer, mas também ajuda a enfrentar as mudanças no comportamento alimentar, respeitando a vontade e hábitos muitas vezes ligados à religiosidade de cada indivíduo.

     Pacientes submetidos a quimioterapias e radioterapias, sofrem os efeitos colaterais não só no corpo, mas também na cavidade oral, por isso a importância do acompanhamento Odontológico antes, durante e após o tratamento oncológico.

    A função do profissional fonoaudiólogo na oncologia é de suma importância, pois está habilitado para a avaliação e reabilitação dos distúrbios, audição, voz, deglutição e motricidade orofacial, decorrentes do tratamento.

    Em geral todo o paciente oncológico desenvolve algum tipo de desequilíbrio físico, ue resulta em certa perda funcional. O papel da fisioterapia é facilitar e permitir que o paciente possa atingir o máximo de sua capacidade funcional, independente da esperança de vida, orientando nos cuidados pessoais, nos exercícios físicos , prevenindo força motora, melhorando a amplitude de movimentos e usando técnicas para o controle da dor e da fadiga.

CONCLUSÃO

                 A condição de saúde do trabalhador não está separada da dinâmica social e histórica do trabalho; envolve o coletivo de trabalhadores, que vivenciam hoje as mazelas de um contexto marcado pela precarização das condições de trabalho, aumento da informalidade, flexibilização das relações trabalhistas e consequente restrição de direitos. Como não poderia ser diferente, tal quadro caótico de restrição de direitos é acentuado pela doença, que passa a interferir na vida social, na organização familiar e, sobretudo, nas condições de sobrevivência, limitando ainda mais o acesso aos serviços e à satisfação das necessidades básicas. A reflexão sobre os impactos da questão social no decorrer do tratamento é um movimento necessário ao profissional de saúde. Sua contribuição no processo de atenção assume diferentes contornos sobre os determinantes sociais que condicionam o acesso e a continuidade do tratamento, o que requer conhecimento e uma leitura qualificada das informações a serem transmitidas, evitando assim transformar o paciente em um mero espectador  de sua própria vida.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INCA.Estimativa 2010-incidência de cancer no Brasil.Disponível em:http//www.inca.gov.br/estimativs/2010

http://www.cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saude.pdf


http://www.fecam.org.br/arquivosbd/basico/0.630809001273164007_atuacao_dos_assistentes_sociais___saude.pdf

BRASIL.INSTITUTONACIONAL DE CANCER(INCA).A situação do câncer no Brasil.INCA: Rio de Janeiro,119 p,2006/2007

http://www.usc.br/biblioteca/salusvita/salusvita_v21_n1_2002_art_06_por.pdf; J. bras. psiquiatr;45(11):633-9, nov. 1996;

http://www.revistas2.uepg.br/index.php/conexao/article/view/3751

ANDRADE, L.M, MARTINS, E.C, CAETANO, J.A, SOARES, E, BEZERRA, E.P. Sentimentos de Familiares e Acompanhantes de Adultos face ao Processo de Hospitalização. Esc Anna Nery. Rio de Janeiro, v.16, n.1, 2012.

http://cienciasdavida.info/revista/ano1ed1/artigos/professores/Artigo1.pdf