Preeminente defensor da cultura do Nordeste brasileiro

Indescritivelmente aclamado pelo povo guerrilheiro,

Tido como referências para expressar a cultura popular

Em seus variados elementos, que agora ei de citar;

 

Seja a música, a dança, a literatura

Para tanto fazer, só pode ter usado armadura,

Artes plásticas, teatro e cinema,

Arquitetura e seus belos poemas

 

Seria o movimento armorial?

Onde idealizou com fervor sentimental,

Pois amava o ser humano quanto gente

Seja pobre, negro e descrente

 

Com oficio em escrever de forma artística

Mesmo assim apadrinhando, o coloquial na linguística,

Na literatura trouxe sua valia

Formado em direito, mas se usou da dramaturgia

 

“Mamulengos” foi o que primeiro viu, desafio de viola o que ouviu

 Onde a improvisação era figura, dela se apresentando com lisura;

  Naquilo que seria uma das marcas em sua produção teatral,

Fez tão bem, com sapiência magistral

 

Aspirando a arte popular erudita

Do nordeste, do seu povo, que se torna inaudita,

Quem dera tê-lo conhecido Antônio Vivaldi

Pois teria o elogiado como Sábato Magaldi,

Quê do auto da compadecida se destacou,

E neste texto no teatro moderno, mais popular se tornou

Na literatura de cordel angariou a escrita, leitura e oralidade

Aperfeiçoando quem ao trio, estudasse de verdade,

Trazendo sua Arte como missão,

Exclamando que não é apenas, produto de balcão

 

Inculcando a reflexão do povo oprimido

Ensejando sede de conhecimento por ser destemido,

Na Paraiba de sua obra utilizou, “A pedra do reino” o teatro nomeou,

Em bronze sua imagem replicada, os seus traços na memoria eternizada

 

Suassuna mostrou a importância enquanto cidadãos

Das suas obras iniciou-se uma grande transformação,

Premiado por essa imensa terra do Brasil

Só faltando se possível, nossos mares de anil

 

Nas Academias de Letras era membro

Brasileira, pernambucana, paraibana foi exercendo,

Preceptor carismático, tornou-se emblemático

 Até hoje prevalecendo

 

Ariano quando menino, uma grande perda sofreu

Com nove anos de idade o seu velho faleceu;

E ao protestar sua morte, começou a escrever

Magoado com o dano, cresceu sem perceber

 

Com gesto nobre e inteligente de se manifestar

Contra aquele que da vida do seu pai, ousou em retirar,

E se de toda essa melancolia grande gênio se tornou

Garanto quê do céu, seu pai lhe abençoou

 

Seria minguado dizer, que só se destacou na literatura

Onde dos escritos artísticos, deixou vasta fartura,

Até o “Santo e a Porca” foi questão de vestibulares

Trazendo para o nordeste riquezas basilares

 

Cada qual de suas obras carregando diversidade;

Rica em qualidade, ardente em brasilidade,

Incentivo direto para a qualidade de vida das pessoas

Que ao preconceito, rebatia poucas e boas

Insatisfeito com a escassez de cultura daquela povo,

Escrevia e escrevia, até se ter um renovo

 

Ah se João grilo pudesse descrevê-lo

Certamente na sua fala não faltaria zelo,

Ao indaga-lo sua importância na literatura brasileira

Começaria que nem um Sabiá-coleira,

Exclamaria uma grande falação, desta vez sem enrolação,

E respondendo finalmente com seu frenesim;

Suassuna? Só sei que foi assim.