Quando se pensa em qualidade de ensino é preciso levar em conta duas grandes dimensões: A individual (formação da personalidade do aluno pela apropriação da cultura) e a dimensão social (Condição de pluralidade do indivíduo como ser histórico para contribuir no convívio com os outros), o que leva a uma gestão em que haja mediação, coerência entre meios e fins nos aspectos pedagógicos/organizacionais.

A escola, como instituição social, tem o dever de construir o homem cidadão, não apenas consciente de seus direitos e deveres, mas também de seus limites, na promoção do bem comum.Ou seja, a escola pode transmitir e consolidar tanto a solidariedade quanto a competitividade,podem enfatizar o individualismo, o conformismo, a desigualdade,através da forma como os educadores se relacionam.

A educação não pode ficar restrita a treinamentos e informações, precisa ser compreendida como um processo em que experiências são trocadas, vivenciadas, enriquecidas, numa reação harmoniosa entre os atores da comunidade escolar.

Os educadores, gestores e demais membros da organização escolar precisam organizar-se e definir que tipo de educação a escola está construindo, que pessoas querem formar. A fragmentação dos conteúdos e do saber numa democracia mascarada não vão de encontro às reais necessidades dos alunos.Estes precisam de um modelo educacional horizontal, participativo, democrático, que prepare para os desafios do mercado de trabalho, mas que também esteja a serviço do pleno desenvolvimento do educando, o que envolve o seu desenvolvimento emocional, social, cognitivo e cultural, pois a escola possibilita ao educando crescer, e a razão de ser da gestão é justamente garantir a qualidade no processo de formação humana, harmonizando os conteúdos do ensino com os conteúdos da vida, tornando os alunos cidadãos mais humanos.