Alessandra Aparecida Ferreira
Simone Xavier Camilo Rodrigues
José Novais de Jesus

Resumo

Este trabalho visa discutir a importância da prática de ensino em geografia, pois na prática os alunos passam a ter um melhor conhecimento. Após o professor trabalhar a teoria com os alunos ele pode estimular seus educandos a praticarem na prática o que eles viram na sala de aula. Um trabalho de campo pode auxiliar esse conhecimento adquirido em sala de aula. Na prática podemos vivenciar o que vimos na teoria e compreender melhor o conteúdo explicado, pois nem sempre os métodos utilizados pelo professor podem levar os educandos a compreenderem bem o que o professor quis explicar. O educador deve saber trabalhar bem os conteúdos fazendo uma diferença na hora de trabalhá-lo, pois há alunos que vivem na zona rural e os que vivem na zona urbana e esses conteúdos precisam ser diferenciados para cada um. A geografia é uma disciplina que trabalha com conteúdos essenciais descrito nos PCNs e com conteúdos transversais que também é importante para formar cidadãos conscientes. O professor antes de ir para sala de aula ele já tem que ter sua aula planejada, preparada com os objetivos que ele almeja alcançar, os métodos que vai utilizar. Atualmente a geografia procura formar cidadãos críticos e participativos, que faz as coisas funcionarem e que participem da cidadania. A prática de ensino além de incrementar o currículo do professor contribui e muito para formar pessoas criticas e participativa. O ensino de geografia possibilita o desenvolvimento intelectual dos alunos.

Palavras chave: prática de ensino, geografia, professor, teoria, conteúdos.


Introdução


A prática de ensino é fundamental ao currículo do professor, pois é na prática que ele vai ter a oportunidade de vivenciar as experiências, realizar na prática o conhecimento adquirido teoricamente poder passar a teoria e comprovar na prática. É escolher seu método de trabalho sendo flexível, pois ele poderá ser mudado. Na prática de ensino de geografia, podemos conhecer melhor quais os métodos eficientes e como podemos trabalhar o conteúdo em sala de aula e trazer para a realidade em que vivemos.
Antes de entrar em uma sala de aula o professor precisa saber qual será o conteúdo a ser ministrado, qual será seu método a utilizar com a turma e se seus procedimentos são os mais adequados para o nível da turma. Fazer uma reflexão sobra a sua prática adotada se ela realmente esta funcionando como ele planejou ou se esta ficando a deseja e o que precisa ser melhorado, pois o professor precisa sempre estar refletindo sobre os seus método e procedimentos.
O ensino não é estático, ele sempre é inovado, repensado buscando trazer a realidade. O ensino passa por um processo de atualização para que as coisas da atualidade não passe despercebido pelas escolas. O professor precisa ficar sempre atento aos conteúdos de geografia e sua práticas utilizada, pois a geografia forma cidadãos para viver em sociedade. A Cartografia ensina a conhecer o mundo através de mapas, figuras e por isso o educador deve atentar-se aos detalhes das imagens para não passar conteúdo distorcido da realidade. O educador pode trabalhar a teoria em sala de aula e levar os alunos a construírem maquetes, textos para verificar o conhecimento adquirido, ver se o aluno assimilou o conteúdo mesmo.
O conhecimento obtido pelos educandos em sua vida cotidiana precisa ser valorizado, o professor precisa valorizar e trabalhar esse conhecimento que os alunos adquiriram no seu dia a dia. O conhecimento adquirido em sala de aula pode ser assimilado em sua prática chamando o aluno a observarem tudo que está ao seu redor e relacionar com o que foi estudado, assim ele observará seu espaço ocupado, seu território delimitado, seu lugar, a paisagem presente ou aquele que não existe mais e foi substituída por outra.


Teoria e elementos para a prática de ensino


A geografia vem sofrendo mudanças procurando pensar qual é o seu papel na sociedade, constituindo-se de novos conteúdos, reformulando outros já existentes de grande importância, questionando os métodos utilizados para explicar os conteúdos e utilizando novos métodos, fazendo com que os alunos participem mais das aulas com questionamentos e vivencias do dia a dia. As discussões teóricas que são propostas pouco têm sido feito na prática. Mas as alterações estão começando a aparecer com as experiências e com o estudo das teorias criticas de geografia.
Para organizar um texto precisamos fazê-lo em duas partes onde é necessário fazer uma síntese das principais contribuições da geografia relacionada aos conteúdos, métodos e procedimentos a se utilizar. Na segunda parte e necessário fazer uma reflexão a respeito das práticas adotadas pelos professores de geografia e quais serão os desafios que eles apresentarão e enfrentarão e analisar se seu método de ensino será cumprido.
Para Lana (2002, p.12) o ensino é um processo que contém componentes fundamentais e entre eles há de se destacar os objetivos, os conteúdos e métodos. A importância da prática de ensino é para colocar na prática o que foi visto na teoria, onde o professor terá seus objetivos traçados sobre o que ele almeja alcançar, um conteúdo a ser ensinado e seu próprio método a ser utilizado, pois cada professor tem um método para explicar o mesmo conteúdo. O conteúdo pode ser explicado na teoria e depois visto na prática através de um trabalho de campo.
O objetivo da prática em geografia é de formar cidadão com consciência do espaço das coisas, dos fenômenos que elas vivenciam ou não, é definir o espaço ocupado por nós e pelas coisas na prática saindo da teoria. É entender que nós vivemos no espaço, que tudo que existe ocupa um lugar no espaço.
Callai (1998, p.56) defende a geografia como uma ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem e, enquanto matéria de ensino, ela permite que o aluno "se perceba como participante do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali ocorrem são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento".
A geografia tem a função de contribuir com a formação do cidadão, justificando assim a presença da disciplina nos níveis fundamental e médio. A prática de ensino em geografia é fundamental ao currículo de formação do professor, pois é a oportunidade de viver a experiência e realizar na prática o conhecimento teórico adquirido no decorrer de sua formação acadêmica. O estagio curricular é uma oportunidade para o educando refletir sobre os saberes trabalhados durante o curso colocando-os na prática e procurando trabalhar melhor sobre o que já sabe enriquecendo seu próprio conhecimento.
A prática de ensino tem uma importância fundamental na hora de trabalhar os conteúdos, pois ela auxilia o professor na hora de ministrar suas aulas, fazendo com que ele confronte os conceitos que trazemos do dia a dia com os conceitos científicos. E que esse professor venha a inovar os métodos de trabalhar que ele não utilize apenas métodos tradicionais já conhecidos que ele venha propor uma dinâmica em suas aulas tornando-o mais criativa. Os conceitos geográficos são instrumentos básicos para compreender e analisar a leitura do mundo do ponto de vista geográfico.
Os temas referentes à cartografia são os mais explorados pelos especialistas de geografia. Sendo que a cartografia no ensino fundamental é uma orientação para a alfabetização cartográfica, por dois eixos, mas a cartografia tem que trazer uma representação exata e de fácil compreensão com dados, gráficos e tabelas representadas de forma correta no texto.

No primeiro eixo, trabalha-se com o produto cartográfico já elaborado, tendo um aluno leitor critico no final do processo. O aluno trabalha com produtos já elaborados, portanto será um leitor de mapas, acima de tudo um leitor critico e não um aluno que simplesmente usa o mapa para localizar fenômenos [...]. No segundo eixo, o aluno é participante do processo ou participante efetivo, resultando deste segundo eixo um aluno mapeador consciente. (SIMIELLI apud CAVALCANTI, 2002, p.16)

As habilidades de orientação, de localização, de representação cartográfica e de leitura de mapas desenvolvem-se ao longo de sua formação profissional, mas a prática pode auxiliá-lo a se orientar, localizar e até mesmo nas leituras de mapas. Desde seu período de estudo de cartografia deve estudá-la não vendo apenas a teoria, mas conciliando prática e teoria dentro da sala de aula. Fazer maquetes para representar o espaço urbano, ir ao pátio para se localizar e ter sempre o mapa em sala de aula.
A vida urbana pode ser entendida dentro da prática de ensino sobre os limites que existem, é vivendo a prática que conseguimos ter a noção de espaço urbano. O professor deve explorar as concepções do dia a dia dos alunos para explicar melhor a questão do espaço urbano e impulsionar que esses alunos passem a observar esse espaço que eles utilizam e não observam. Dentro da ensino da geografia há um tema polêmico que é a questão ambiental preocupação de poucos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) os indicam como temas a serem trabalhados, para conscientizarem os alunos que é necessário sobreviver tendo uma interação entre o homem e o meio ambiente. Os PCNs procuram trabalhar não somente com a consciência ambiental, mas também com as questões culturais, econômicas e políticas.
O professor já não é tido como um único detentor de conhecimentos, mas sim como um auxiliar no processo de formação dos alunos. Ele passa a teoria e estimula os alunos a perceberem na prática o que foi ensinado na sala de aula, alem de utilizarem trabalhos de campo para observarem e comprovarem o que foi estudado. Existem pesquisas que tentam modificar as práticas de ensino de geografia existentes, buscando compreender que a prática de ensino não é formalizada ela pode ser mudada.
Pesquisas têm valorizado a prática escolar e o conhecimento adquirido pelos professores no cotidiano. Esse conhecimento é importante para o professor observar e analisar as possibilidades de mudanças em sua prática profissional. A questão da memorização dos conteúdos é visto como uma prática a ser abolida, pois memorizar não é aprender. As práticas que os professores colocam como difícil de ser ministradas precisam ser repensadas para não adotar uma prática que torne a aula desinteressante.


Referência didático-pedagógico na geografia escolar


Pesquisas feitas buscam ver qual é o modelo de pessoas que a geografia vem formando. E as pesquisas comprovaram que ela busca formar cidadãos com dois tipos de conhecimento:

A partir de estudos e pesquisas produzidas nos últimos anos, é possível realizar um balanço provisório e, a partir dele, encontrar orientações curriculares que convirjam para uma proposta de ensino de geografia voltada para a formação de cidadãos críticos e participativos. (CAVALCANTI, 2002, p. 29-30).

Cavalcanti ressalta que a construção de uma visão critica pelo professor, o domínio das teorias educacionais, a articulação da realidade cotidiana com a realidade mundial e a construção de uma ação pedagógica referem-se pela mediação entre os conteúdos ministrados e os alunos, onde eles devem articular-se na compreensão dos saberes pedagógicos e dos conceitos geográficos. Para isso acontecer, é necessário a reflexão sobre a prática de ensino.
Kaercher tem se a preocupação em superar a visão de ensino como um único sistema que reproduz conhecimento, mas ele quer colocar esse ensino como uma atividade que constrói saber coletivo, para isso ele recomenda:

Combater a visão de currículo que privilegia a informação e a quantificação ou a fragmentação do saber. A criação deve ser enfatizada. Aliar informação com reflexão. Buscar mais de uma versão para os fatos. Mostrar os conflitos de interesses e as mensagens nas entrelinhas dos textos. (KAERCHER apud CAVALCANTI, 2002, p. 30)

Os PCNs já reformularam os seus conteúdos na forma de transformá-los em conteúdos construtivistas, que não fiquem somente pensando nas formulas velhas. A prática de ensino vai refletir se o melhor é procurar reformular o conteúdo formando pessoas construtivistas que pensam por conta própria, ou se formam pessoas que ficam repetindo os velhos conceitos, sem pensar por conta própria.
As atividades feitas entre professores e alunos constroem geografia, conforme afirma a autora:

Em suas atividades diárias, alunos e professores constroem geografia, pois ao circularem, brincarem, trabalharem pela cidade, pelos bairros, constroem lugares, produzem espaço, delimitam seus territórios: vão formando, assim, espacialidades cotidianas em seu mundo vivido e vão contribuindo para a produção de espaços geográficos mais amplos. Ao construírem geografia, eles também constroem conhecimentos sobre o que produzem que são conhecimentos geográficos. Então, ao lidar com as coisas, fatos, processos na prática social cotidiana, os indivíduos vão construindo e reconstruindo uma geografia e um conhecimento dessa geografia. (CAVALCANTI, 2002, p. 33)

A prática que os alunos vivem no cotidiano, são conhecimentos de espacialidade que eles adquirem. Cabe ao professor trabalhar com essa prática buscando ampliar e discutir essa espacialidade, fazendo com que os alunos melhorem a sua prática, passando-se de uma prática observativa do espaço para uma prática reflexiva e critica desse espaço que eles vivenciam.
O professor precisa trabalhar com o conhecimento que os alunos levam consigo sobre os assuntos a serem trabalhados em sala de aula. A geografia é dividida em conteúdos específicos, e dentre todos o que merece u destaque maior é a cartografia, conforme afirma a autora:

Entre os conteúdos procedimentais da geografia escolar, cabe destacar a cartografia. O trabalho com a cartografia é um assunto recorrente nas pesquisas, seja para denunciar práticas inadequadas com a cartografia ou ausência de trabalho cartográfico, seja para propor práticas consideradas mais adequadas a um ensino critico de geografia. (CAVALCANTI, 2002, p 38)

A cartografia é importante porque ela permite a leitura dos acontecimentos, dos fatos, a localização geográfica, além de explicar essa localização. Ela também é quem vai ensinar os alunos a lerem e entenderem mapas, com isso a prática de ensino bem pensada e elaborada e essencial para não passar conhecimento distorcido ao aluno.


A geografia na construção da cidadania


É importante ressaltar que a prática de ensino de geografia contribui eficazmente na formação da cidadania, uma vez que oferece instrumentos essenciais para a interação na realidade social.

O ensino de geografia contribui para a formação da cidadania através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade crianças e jovem compreenderem o mundo em que vive e atuam, numa escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. (CAVALCANTI, 2005, p.47)

O autor contextualiza que, o ensino de geografia deve promover pressupostos objetivos para que o aluno assimile a aprendizagem e que estes possam fazer parte da vivencia social de cada um e que a escola deve trabalhar com a multiculturalidade para conseguir transpor o conhecimento de forma clara e objetiva para seus alunos. Sendo assim, é indispensável que a prática pedagógica do professor, trabalhe com as diversidades de cada um, com o conhecimento prévio e local de forma que venha contribuir, somar no processo de ensino aprendizagem, para que então estimule o interesse e gosto dos alunos, pois trabalhara com a realidade de cada um. Nada impede o professor de ampliar outros conhecimentos específicos e trabalhar a realidade de cada um para depois trabalhar com outras realidades.
O ensino de geografia é o que possibilita o desenvolvimento intelectual do aluno a partir da interação do raciocínio do espaço considerando a necessidade do individuo entender o conteúdo de ensino. Atualmente há uma problematização do espaço que é produto da globalização do espaço vivenciado. Um espaço que está em constante mudança, não oferece as mesmas oportunidades para todos, produz assim gritante desigualdades sociais, e que o ensino de geografia deve oferecer um conhecimento no cotidiano de cada individuo para que estes sejam mais bem valorizados no campo em que irão atuar.
O método de ensino aprendizagem que não se baseia implicitamente em teorias, em observações validas, parte-se da prática educativa e na sua apresentação ao longo dos anos. O ensino tradicional tem como iniciativa principal conduzir o aluno a racionar, elaborando um comportamento de métodos seguros no ensino, em todas suas participações escolares e fora e na realidade social.
Na escola há vários tipos de cidadãos e para conhecer o desenvolvimento de cada um deve-se passar por vários métodos de ensino, pois cada aluno adapta mais em um método nem todos conseguem o mesmo método. O professor tem um papel fundamental na questão ensino aprendizagem que é educar o aluno para viver em sociedade e a disciplina de geografia vai auxiliar esse educando a viver em sociedade, onde ele vai adquirir conhecimento coletivo, aprender a utilizar as novas tecnologias no processo de educação. O professor pode ter dificuldade na hora da transmissão do conteúdo, pois talvez ele não utilize o método de ensino que ele mais adaptou.
A realidade do professor é que a escola é um ambiente aberto a novos métodos, e no ensino precisamos saber quais métodos utilizar

Se vamos usar os métodos da ciência no campo dos assuntos, devemos pressupor que o comportamento é ordenado e determinado. Devemos esperar descobrir que o que o homem faz é o resultado de condições que podem ser especificadas e que, uma vez determinadas, podemos antecipar e até certo ponto determinar as ações. (SKINNER apud MIZUKAMI, 1986, p.21)

A prática de ensino pode influenciar na organização do espaço em que cada pessoa está inserida. A geografia é a forma de estudo que nos possibilita a observação do modelo atual da paisagem. Cavalcanti, 2002 páginas 55 e 56 nos mostram que cada pessoa procura satisfazer as suas necessidades.

As pessoas saem e voltam de suas casas porque buscam em outros lugares a satisfação de suas necessidades e de necessidades da cidade em geral: para trabalhar, para festejar, para consumir material e simbolicamente a cidade. Em função disso é que se organizam os meios de consumo coletivo, que podem ser as escolas, os hospitais, as áreas de lazer, os espaços culturais, a infra-estrutura urbana, os meios de comunicações e os meios de transporte.

Para Cavalcante a escola só surge a partir de uma necessidade que as pessoas têm, de satisfazerem as suas necessidades. Junto com a escola surgem os ensinos e as disciplinas e a geografia traz junto com ela a prática de ensino essencial para conhecermos o nosso espaço. As pessoas estão sempre em busca de coisas novas, de novos lugares, de novos conhecimentos, em razão disso há uma organização de meios coletivos. Muitas pessoas procuram outros lugares para trabalharem, outros vão para festejar cada pessoa tem um desejo deferente. Com isso a prática de ensino começa a influenciar na organização do espaço.

A contribuição das cidades

As cidades por possuírem grande concentração populacional, resultam em diferenças gritantes de classes sociais. Os bolsões de pobreza constituem o ambiente daqueles que são obrigados a produzir e ampliar as riquezas, tendo em vista que é o trabalho que gera riqueza. E nesse ambiente que os trabalhadores, os habitantes das piores áreas, ou seja, sobra a eles construírem suas moradias em favelas, encostas. As planícies são inundadas com as chuvas em excesso, os morros que ficam sujeitos a deslizamentos, são os locais de depósitos dos lixos domésticos e industrial, as águas são inadequadas ao consumo e enfrentam as péssimas condições de trabalho.

Sabemos que os alunos diferem entre si, por isso, necessitam de diferentes tipos de aprendizagem para seu próprio desenvolvimento. Para que se obtenha uma aprendizagem eficaz é indispensável, portanto, que se considerem as capacidades de cada um ao solucionar e organizar os procedimentos de ensino. ( Sant?Anna, 1995, p.124)

A natureza é um bem que deveria ser acessível a todos, para o desenvolvimento de uma nação. Se fosse dessa maneira não haveria, condições de vida subumana, miserável. Se houvesse distribuição de renda justa, restabeleceria a dignidade dos cidadãos, dando a eles o direito de viver em ambiente saudável.
Existe um grande desafio a ser enfrentado na atualidade pelos professores de geografia, pois a dificuldade de acompanhar a tecnologia põe em risco o ensino. A sociedade contemporânea dispõe de comunicações e informações rapidamente e de fácil acesso. O aluno que vive em contato direto com as informações em tempo recorde muitas vezes estuda em uma escola sem esses recursos, fazendo com que ele perca o interesse nas explicações, e veja o livro didático atrasados. O método tradicional é de longe o que o aluno procura em um ambiente escolar. Cavalcanti (2002, p. 84) afirma que "É preciso que o professor vença sua dificuldade em utilizá-los sem cair em seu fascínio pelo modismo ou pelo apelo ao sofisticada, e se aproprie deles como ferramentas auxiliares em seu trabalho".
O professor deve selecionar o conteúdo, organizá-lo e aplicá-lo ao aluno da melhor maneira possível, procurando o denominador comum possível a todas as abordagens realizadas. Devemos estar atentos a todo o momento com os procedimentos utilizados por nós professores.
O ensino de geografia necessita de espontaneidade do aluno na assimilação do conteúdo suprindo assim sua expectativa, devendo este ter sido "alfabetizado" oferecendo assim possibilidades ao professor a encontrar o caminho adequado para desenvolver o tema de procedimentos no ensino de geografia.
Sant?Anna (1995, p. 124) deixa uma mensagem que podemos comparar o ensino com a força de uma semente.
Ninguém força uma semente a brotar, nem obriga um botão de rosa a desabrochar. Tentá-lo seria destruir a semente ou a flor. A vida é um movimento imanente. Parte de dentro para fora e jamais ao contrário. Entretanto, deixe a semente entregue a si própria, sem relação com a terra, e ela não germina. Corte o botão de rosa e deixe-o sobre a pedra, e ele fenece. É necessário oferecer ao ser vivo condições de viver.


Considerações Finais


A prática de ensino se mostra cada vez mais importante tanto para o professor como para o aluno, pois vivenciar na prática o que se aprendeu e colocar os conhecimentos as outras pessoas. Para compreender um conteúdo o professor precisa estar bem preparado, passar este conteúdo de forma clara e objetiva e cabe ao aluno estar atento as informações que o professor passa, nem sempre o problema da aprendizagem é do professor, pode ser a falta de motivação o desinteresse do aluno que faz com que o conhecimento não seja assimilado.
Cada lugar contribui para o conhecimento do aluno, para isso é necessário que este educando esteja atento ao que esta ao seu redor, ao redor pode estar a paisagem do campo ou da cidade, o território delimitado, a região, o lugar e o espaço que cada um ocupa. A geografia preocupa em formar cidadãos com consciência, participativos e críticos, ela trabalha com os conteúdos considerados essenciais e também com os transversais que estão nos PCNs para serem trabalhados, juntos com os demais conteúdos.
A prática de ensino é importante para enriquecer o currículo do professor e é na prática que ele vai trabalhar os conteúdos vistos na faculdade, ele vai trabalhar a vivencia e aprender a trabalhar com o conhecimento trazido pelos alunos adquiridos no seu dia a dia. O professor tem a consciência que este conhecimento prévio que os alunos carregam com eles são importantes, porque pode facilitar a compreensão dos mesmos e estimulá-los a participar da aula.
O educador antes de ir para sala de aula precisa ter um plano de aula para auxiliá-lo, com os conteúdos a serem aplicados, com seus métodos a utilizarem, pensando que esse método pode ser modificado, pois talvez ele não seja o correto para trabalharem com a turma. O método tem que ser flexível, pois pode dar certo para alguns, mas outros não adaptarem.
A teoria é um conhecimento que o educando vai aprender através dos textos, por isso os livros precisam ser bem pensados pelos professores na hora da escolha, o professor precisa ficar atento se esse livro não trás conhecimentos errados, distorcidos da realidade. A cartografia é a que mais exige atenção, pois seus conteúdos devem ser exatos, os mapas devem estar bem claros e tabelas e dados o mais exato possível.
A cidade pode contribuir para o ensino de geografia através das desigualdades que existem, há pessoas com conhecimentos diferenciados dos outros. A prática de ensino contribui na formação da cidadania porque ela constrói e reconstrói os conhecimentos. Os PCNs procuram trabalhar na construção do saber viver em harmonia homem e natureza.

Referências

ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS. Prática de Ensino em Geografia. Editora Marco Zero 8ª edição publicado em abril de 1991

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino/ Lana de Souza Cavalcanti. [Goiânia]: Alternativa, 2002.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. M681 e Ensino: as abordagens do processo São Paulo: EPU, 1986. (Temas Básicos de Educação e Ensino).

PINTO, Leandro Rafael; OLIVEIRA, Marcia Maria Fernandes de. Prática de Ensino de Geografia na Comunidade: a experiência no Colégio
Ângelo Gusso, Curitiba-PR. Disponível em http://www.educacao.ufpr.br/publicacoes/DTPEN/PDF/G%2002.pdf. Acessado dia 08/05/2010.

SANT?ANNA, Flávia Maria; ERICONE, Délcia; ANDRÉ, Lenir Cancella; TURRA, Clódia Maria Godoy. Planejamento de Ensino e Avaliação. Editores Sagra-DC Luzatto 11ª edição, Porto Alegre 1995.