ProfºAdilson Motta, 01/08/2011

A pesquisa, além de ser uma via para a construção de conhecimento  e informações, é  base para o progresso humano no mundo científico, tecnológico e cultural. Os Estados Unidos investem em pesquisa e desenvolvimento 2,7% de seu PIB, o Japão  - 3,1%, o Brasil, 1,09%.

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Fazer pesquisa, entre as variáveis, é defender uma ideia, fundamentando-a com bibliografias e dados extraídos do mundo real e, ou das páginas que são espelhos de mundo.  É também fazer consultas através de questionários, deduções, implicações,  comprovações, pessoas relacionadas  ao mesmo tempo para mostrar através de gráficos as análises  e interpretações dos resultados obtidos com a pesquisa. É buscar novas informações a partir das já existentes e cruzar conhecimentos. É olhar para o mundo e perceber o "novo".

Não devemos nos silenciar porque outros criam,  mas averiguar  se o que está posto  corresponde com os fatos, ou com o que deve ser no que toca a objetividade – sem véu, máscara ou camuflagem ideológica.  Apesar do contentamento de muitos por ter outras pessoas para falar, escrever, produzir...   Pessoas com importantes perspectivas e interesses e algumas vezes preciosas  informações sob diferentes pontos de vista,  estas relações, segundo Kenneth (2009, em seu artigo),  parecem ter um sabor colonial...  é como se outros estivessem fazendo as discussões  que necessitamos fazer, dando sentido ao nosso trabalho enquanto educadores.  Há professores que tem medo de externar o que pensa, o que sabe, o que escreve  no véu da insegurança e da falta de apoio.

 Os professores enquanto pesquisadores encontram-se  em posição privilegiada, pois são os únicos que podem fornecer uma visão de dentro da escola e transformá-la num espaço de descobertas. Esta visão não é possível de ser obtida por outro de fora do ambiente. 

Valorizando a pesquisa a partir dos espaços acadêmicos e na escola via-professor, o autor Kenneth (1998), ao fazer uma abordagem sobre o acadêmico universitário e o professor pesquisador ressalta a importância da pesquisa em ambos os segmentos a partir de um espaço comum: a escola como laboratório. A partir do exposto, percebe-se a necessidade de valorização da pesquisa no espaço escolar, assim como subsídio com recursos públicos na escola, o que, consequentemente irá despontar em qualidade da educação e suas descobertas.  No caso das escolas brasileiras, trabalha-se muito projetos relacionados a questão curricular e bem pouco a questão educacional em torno de pesquisas voltadas para o resgate, seja da realidade que se deseja conhecer, ou técnicas e fórmulas que possibilite a fomentação de uma educação que se ajuste e eleve seu  padrão qualidade   dentro dos moldes das novas descobertas resultantes de experiências vivenciadas no espaço escolar. 

Há, no entanto, a necessidade de transformar a escola num espaço de construção de conhecimento, não apenas reproduzir o que outros escrevem e pensam, mas interagir  tornando-se coautor e criador.  

Os alunos, em sua maioria, não buscam respostas para suas dúvidas e questionamentos acerca de diversos assuntos, quando estão resolvendo exercícios que necessitam de uma pesquisa dentro do texto ficam desanimados e muitas vezes desistem não indo além do que lhes é proposto.

A pesquisa pode ser um grande instrumento na construção do conhecimento do aluno e um despertar para a formação do aluno leitor, e ou, futuro pesquisador.  Por isso se faz necessário, sempre que possível, que o professor mande algum tema para pesquisa relacionado com o conteúdo, a fim de contribuir na construção da aprendizagem e da autonomia do educando.

Por meio da pesquisa o aluno tem possibilidade de descobrir um mundo diferente, coisas novas, curiosidades e o despertar para a leitura. Cabendo também ao professor, a incumbência de gerenciar e orientar os seus alunos na busca de informações. Sendo assim,  sua função é disponibilizar referências bibliográficas, temáticas, enfim, oferecer melhores condições de desenvolvimento da pesquisa. Além de atuar na orientação da construção de textos a partir do material pesquisado, o professor deve não só ensinar como retirar as partes mais importantes do conteúdo pesquisado, como também despertá-lo para uma visão crítica, estabelecendo umarelação texto-mundo, ou texto contexto. Outro ponto de grande relevância que se deve abordar é a conscientização de que uma pesquisa não é uma mera cópia e sim uma síntese de um conjunto de informações, que deverá ser em outro momento: objeto de debate comentários, discussão,  socialização e exposição.

E como fontes, podem ser usados: livros, revistas, artigos científicos, enciclopédias, documentários, entrevistas, internet entre outras.

A pesquisa na escola não deve ter apenas o objetivo de ocupar o aluno, de modo que o mesmo não fique sem fazer nada em casa, sua finalidade vai além, formar pessoas curiosas acerca do que se passa no mundo. Assim, por meio dessa busca, o conhecimento será construído pelo próprio educando, levando-o aos caminhos da autonomia e construindo-se como pesquisador.

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