Edson Luis Ismael Do Carmo
A participação dos indivíduos na vida das suas comunidades é uma das mais importantes características da cidadania moderna, inaugurada durante as revoluções, americana e francesa, do séc. XVIII. E, desde então, a definição clássica dos direitos civis inclui o direito à liberdade individual, de pensamento e expressão, bem como o direito de reunião e associação, nos quais se reconhece explicitamente o direito (quando não o dever) do individuo agir, participar, nos assuntos gerais da sua comunidade e /ou instituições públicas e processos de decisão com o fim de os influenciar.
Por outro lado, nos mais de duzentos anos que nos medeiam desses importantes eventos, a participação dos cidadãos, pelo menos desde um ponto de vista ideal, paradigmático, tem-se progressivamente aprofundado (num movimento histórico nada linear…), passando do mero e mais ou menos passivo escrutínio e fiscalização dos assuntos da "Responsabilidade. Pública" - isto é, da comunidade - para formas, paulatinamente, mais diretas de atuação, gestão e tomada de decisões.
Com efeito, a participação dos cidadãos desempenha um papel importante em diversos setores da sociedade, incluindo trabalho, cultura, saúde, ambiente, planejamento e reabilitação urbana, ação social, etc.
Essencialmente, estão identificadas dois grandes eixos de participação comunitária:
A participação ao nível dos "Grass-roots", que se refere a organizações e movimentos sociais organizados por cidadãos, com os seus próprios objetivos e métodos; e
a participação comunitária ao nível participação formal, em que se prevê, desde logo, a oportunidade dos membros de uma comunidade influenciarem diretamente as decisões políticas - ou outras. Tanto num caso como em outro, a participação pode ser entendida como um "meio" (uma forma de mobilização que visa um objetivo concreto) ou como um "fim", isto é: como um processo cujo resultado é uma crescente e significativa participação dos indivíduos nos destinos da sua comunidade, isto é: como um aumento de poder.
Tradicionalmente, num plano mais cultural, a "participação" envolve tanto a Participação passiva do expectador, como a participação ativa do agente ou produtor cultural. Todavia, este tipo de definições rígidas tem vindo a ser a ultrapassado em função em uma perspectiva que promove a participação dos indivíduos na elaboração da Animação Cultural. Citarei como exemplo a opinião da coordenadora pedagógica , que já está na educação há mais de 20 anos , que diz:
" O Projeto da feira Cultural da Escola Ubaldo Monteiro tem o interesse em apresentar aos alunos, pais e comunidade" a importância Animação cultural. E esse projeto se não incorporado por todos . não surtira o efeito almejado, ou seja a Importância da participação é um fator essencial para qualquer atividade, especialmente dentro da escola.Ela argumenta ainda que :
políticas de cultura que hoje envolve as Culturas tanto Cuiabana quanto Várzea Grandense apostando-se na "democracia cultural" como ferramenta para o desenvolvimento sócio-cultural da comunidade.
Em lato senso, o objetivo é procurar o desenvolvimento plural da dessa cultura numa relação direta com as suas próprias necessidades. Nesta concepção, o público potencial é muito mais do que um espectador. São pessoas que hoje ouvem muito sobre essa copa do mundo , substituindo- o clássico do cururu, siriri dentre outros pelo processo de produtor/ mediador/público por criação/participação/fruição.
Esta atividade vai garantir aos alunos o acesso aos bens culturais por meio de serviços públicos permanentes ou não ,neste caso Age copa, prefeituras tanto de Cuiabá e cidade industrial várzea grande, enfim ate mesmo passar pelo arquivo público e bibliotecas. Conhecendo assim a historia, coisas do presente e possivelmente o que essa copa tem para oferecer e o que de fato poderá mudar.
as políticas para o setor cultural tendem a incentivar a participação de todos na criação e nas esferas de decisões, garantindo uma política cultural distanciada dos padrões típicos de clientelismo ou tutela. Assim, a política de "animação cultural" deve ser "fortalecida pela ação cultural das comunidades, dos movimentos sociais e populares".
Autor: Edson Luis Ismael Do Carmo Bibliografia Lopes, João Teixeira - A cidade e a cultura: um estudo sobre práticas culturais urbanas. Porto: Afrontamento, 2000. 390 p.
Lopes, João Teixeira - Da democratização à democracia cultural: uma reflexão sobre políticas culturais e espaço público. 1ª ed. Porto: Profedições, 2007. 119[4] p.