A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NOS ANOS INICIAIS: UMA ANALISE EM UMA ESCOLA PARTICULAR NA CIDADE DE MANAUS

RESUMO

Este trabalho versa sobre a importância da leitura dentro da escola e o desempenho que a biblioteca oferece aos alunos. Sabe-se que a leitura utilizada de forma favorável ela se torna fundamental para a formação do aluno. Deste modo consideramos a presença da leitura na escola um fato que ainda precisa de um trabalho que venha se adequar na vida das crianças. A escola tem o papel de lançar desafios e de criar e explorar o conhecimento que cada um possui através de seus conhecimentos já adquiridos em suas diferentes classessociais. A leitura é, ainda, vista como um processo interativo, porque todas as crianças extraem níveis de informações diversificados sobre o mesmo conteúdo, porque possuem diferentes níveis de conhecimentos. A leitura ajuda as crianças a construir a sua identidade, a sua relação com o mundo, e tornar um ser ativo e tolerante. Através do imaginário a leitura oferece as crianças a transposições de universos, a vivência de outro modo de ser, a resolução de conflitos interiores. A leitura requer menos custos de processamento que a escrita, visto que, a leitura, o sujeito não tem que planear seu discurso, limita-se simplesmente a ler a informação oferecida pelos livros. Este trabalho foi elaborado na visão dos principais teóricos como:(SILVA,1993), (SOARES, 1999), (FREIRE, 1988). Tendo seu principias objetivos que são: a) Compreender de que forma a escola trabalha com a leitura, b)verificar aos diversos serviços bibliotecários adequados ao aperfeiçoamento e desenvolvimento do aluno, c) Descrever as práticas da leitura e meios ofertados no aprendizado do aluno. 

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho de graduação foi elaborado para atender à exigência de conclusão do Curso de Pedagogia da Faculdade Uniasselvi – Polo Manaus.

Trata-se da apresentação de uma pesquisa cujo tema central é A importância da Leitura nos anos inicias. Seu objetivo principal é: Identificar como ocorre o processo de desenvolvimento da leitura. Com base nos seus principais objetivos que são: a) compreender de que forma a escola trabalha com a leitura; b) verificar os diversos serviços bibliotecários adequados ao aperfeiçoamento e desenvolvimento do aluno; c) descrever as práticas da leitura e meios ofertados no processo ensino aprendizagem.

Sabe-se que as finalidades da educação escolar vão muito além da transmissão da herança cultural e dos conhecimentos já possuído que os alunos levam para dentro da sala de aula, e isso precisa ser valorizado transformado em conhecimento coletivo.

Através deste conhecimento já estabelecido a escola visa o desenvolvimento integral do indivíduo e oferece os instrumentos necessários para sua inserção e integração do aluno na sociedade.

E a leitura é instrumento que não pode estar ausente na escola, à aprendizagem da leitura é necessário para que o aluno compreenda melhor e reflita o exercício de comunicação que ele oferece.

O trabalho está estruturado fundamentalmente, em três capítulos. O primeiro capítulo, está intitulado “A escolarização da Leitura”, e apresenta o quadro teórico conceitual que embasou a pesquisa, e seus sub títulos; o segundo capítulo denominado “Os caminhos da Pesquisa”, expõe a metodologia e os procedimentos adotados para a coleta de dados; e o terceiro capítulo apresenta e discute os dados coletados na pesquisa de campo.

Espera-se que os resultados pesquisados sejam uteis para que possamos entender a importância do uso da leitura dentro e fora da escola, e o papel ofertado pela biblioteca no contexto escolar. 

1A ESCOLARIZAÇÃO DA LEITURA

 

  • DEFINIÇÃO DE LEITURA

1 O que se lê.2 Arte ou ato de ler.3 Conjuntos de conhecimentos adquiridos com a leitura.4 Maneira de interpretar um conjunto de informações.5 Registro da medição feita por um instrumento.6 Decodificação de dados a partir de determinado suporte. (AURÉLIO, online).

 Desta forma a criança pode ser considerado um leitor quando ela passa a compreender o que se lê. Assim quando uma pessoa lê ela passa a compreender, por isso não basta decodificar sinais e signos e necessário transformar e ser transformado.

            De acordo com Freire (1989), a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele. A leitura e associada à forma de ver o mundo. De acordo com o autor, é possível dizer que a leitura é um meio de conhecer e de certa forma viajar no mundo literário e aprimorando a cada leitura seus conhecimentos.

A AÇÃO DA LEITURA 

A ação da leitura está presente em nossas vidas de forma intensa e faz parte de nossa vida e acaba se tornando intensa através de muitas atividades que executamos em nosso cotidiano, no trabalho, no lazer, ou até mesmo quando lemos um simples panfleto.

 Quando lemos qualquer informativo, um jornal, uma revista e para que nós possamos está em comunicação com o mundo.

A leitura se torna um dos meios mais importantes para a construção de novos conhecimentose possibilita o fortalecimento de ideias e ações, também melhora seu desempenho e adquire novas reflexões, gerando e possibilitando a ascensão de que ler possibilita um nível maior de desempenho cognitivo.

A aprendizagem da leitura é um importante instrumento de passagem para fora de um estado de dependência e pode ser considerada como o começo do processo de construção de cidadania da sociedade brasileira. Segundo Silva (1986 p.35), a leitura no país sempre redunda no aspecto do privilégio de classe e na injustiça social. Para o autor, o acesso aos livros e à leitura eficaz ainda não foi democratizado em nosso meio, embora não se possa negar o aumento de ações que buscam a melhoria desse aspecto. Silva (1986) esclarece que:

A “crise da leitura” com índices baixíssimos de qualidade de leitura não é um problema somente de nosso século XX e XXI. Ela vem sendo produzida desde o período colonial, em paralelo com a reprodução do analfabetismo, com a falta de bibliotecas bem estruturadas nas escolas e com a inexistência de políticas concretas, menos utópicas, para a popularização da leitura e do livro.(SILVA, 1986, p. 21). 

O pesquisador sustenta que ler implica conhecer, significar e perceber mais profundamente as relações existentes no mundo. Por meio da leitura é possível que o sujeito compreenda melhor o que acontece a sua volta. Para ele em numa sociedade letrada, a possibilidade do exercício da reflexão e da crítica por meio da leitura é bem maior que aquelas proporcionadas por outros veículos de comunicação.

Nesse sentido, a escola tem uma atuação preponderante na medida em que ela é o principal lugar de socialização da leitura. Torna-se necessário, portanto, refletir sobre as diferentes concepções da escola sobre o significado da leitura e do livro em sala de aula. Conforme Manguel (2001), os métodos pelos quais nos tornamos leitores não só encarnam as convenções de nossa sociedade em relação à alfabetização e às hierarquias de conhecimento epoder, como também determinam e limitam as formas pelas quais nossa capacidade de ler é posta em uso. Por exemplo, na metade do século passado, para ser considerado alfabetizado, bastava saber assinar o próprio nome.

De fato, com exceção das elites que tinham acessos a variados bens culturais, até 1950 a maior parte da população brasileira vivia em situação de analfabetismo ou sabia apenas assinar o nome e escrever poucas palavras. Dessa forma, os alunos eram considerados leitores pela escola, no entanto não modificam, ou modificam muito pouco, a sua condição de pertencimento à sociedade letrada. Acontece que, com o aumento da complexidade do mundo do trabalho industrial, após os anos 1950, isso passou a ser insuficiente. Como afirma Soares, (1998, p. 45-46):

À medida que o analfabetismo vai sendo superado, que um número cada vez maior de pessoas aprende a ler e a escrever, e à medida que, concomitantemente, a sociedade vai se tornando cada vez mais centrada na escrita, um novo fenômeno se evidencia: não basta aprender a ler e a escrever. As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas não necessariamente incorporam a prática de leitura e da escrita, não necessariamente adquirem competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com as práticas sociais da escrita. (SOARES, 1998, p. 45-46).

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