1. INTRODUÇÃO

Desde o momento em que aprendemos a ler, entramos no mundo da escrita e suas leis, reforçando a nossa condição social, marcada pela aquisição da linguagem.
A sociedade e, dentro dela a escola conferem ao cidadão o título de leitor ao mesmo tempo em que lhe cobram posturas, comportamentos adequados e leituras pertinentes. A leitura é vista como ato individual, mantém uma dimensão socializada ou socializante, já que constitui uma inserção do sujeito numa prática presidida por relações interativas.
O caráter individual do ato de ler em nossa sociedade contribui de fato para um componente fundamental do processo e não em uma mera circunstância ao ler o indivíduo ativa seu lugar social, suas vivências, sua biblioteca interna, suas relações com o outro, os valores de sua comunidade.
A leitura tornou­se, depois de três séculos, um gosto do olho ela não é mais acompanhada, como antes, pelo rumor de uma articulação vocal, nem pelo movimento de manducação muscular. Ler sem pronunciar em voz alta e a meia voz são uma experiência
"moderna" desconhecida durante milênios.
Entende que uma vez inserido no mundo composto por vários signos e significados, o indivíduo tem por necessidade buscar compreender o que se encontra dentro da sociedade.
Nessa busca pelo tal conhecimento, não mais seria tão importante quanto a leitura, que começa muito antes do indivíduo frequentar a instituição escolar, porém é nela que tais assimilações do mundo podendo ser sistematizadas e motivadas a ampliações dentre suas possibilidades.
A leitura deve acontecer de maneira efetiva de modo que estimule o indivíduo a criar suas próprias concepções da realidade.