THE IMPORTANCE OF READING IN THE SECOND CHILDHOOD

Angela I. Finotti de Oliveira1
Elisa Aparecida de Souza costa1
Gabriela neves de Lacerda1
Janaina Caetano Cocato1
Maria Julia Alves Souza1
Marisa Sicheroli Telini1
Ana Paula Barbosa2

RESUMO

Alunos do curso de Psicologia do 2º ano da Universidade de Franca, na disciplina de Laboratório de Pesquisa, realizaram trabalho voluntário, para início de estágio, onde foi elaborado o presente estudo visando observar atividades de leitura em uma sala de aula de crianças na segunda infância da Creche São José, localizada na cidade de Franca- S/P. Propiciar um ambiente estimulante para que a leitura se desse de forma satisfatória, sendo assim os leitores são cultivados e construídos diariamente.

Palavras chave: Segunda Infância, Leitura, Desenvolvimento.

ABSTRACT

Students from the second year of Psychology course at Universidade de Franca did a volunteer job to start an observation stage where it started this study of looking at reading activities in a children's classroom of second childhood at Creche São José in Franca -Sao Paulo. Besides creating an exciting place to develop a satisfactory reading environment, it also provides ways of keeping these readers interested in reading daily.

Keywords: Second childhood, Reading, Development.


INTRODUÇÃO

Segundo Sabino (1), autores consideram a leitura um alicerce da sociedade de conhecimento, dado que ela promove a libertação do pensamento e a prática do exercício da cidadania.
A leitura é uma ferramenta essencial para inserir a criança na sociedade e por meio dela há o desenvolvimento cognitivo e social. Além disso, elicia-se na criança um lado lúdico, imaginário além de ser uma atividade prazerosa.


REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Goes (2), o crescimento da criança se faz pela imersão no universo da palavra escrita e seu desenvolvimento intelectual pode ser medido através de sua verbalização dos conteúdos assimilados durante sua educação formal.
É interessante para os futuros psicólogos a observação e acompanhamento da autenticidade dos autores do Desenvolvimento Humano e levantar vários outros questionamentos sobre os assuntos e formas de ver esse crescimento.
A partir do momento em que a criança vai crescendo e notando sua importância no meio e na sociedade em que vive, é quando sua curiosidade em descobrir e desvendar tudo aquilo que ainda é desconhecido e diferente, aflora e aparece em maior escala, para só assim, ela se sentir inserida dentro do contexto em que vive.
No Brasil, a formação de um leitor ainda é problemática porque, vive-se há bastante tempo carências ambientais e pedagógicas, até mesmo em nível de ensino médio, onde a maioria das pessoas só sente dificuldade de interpretação de textos em vestibulares, concursos importantes, devido à falta de leitura.
É principalmente na segunda infância que inicia o desejo por conhecimento, e a criança começa, normalmente, a freqüentar uma escola ou uma creche e é nesse ambiente que ela passará algumas horas de seu dia e lhe serão apresentadas atividades envolvendo leituras e outras brincadeiras, tornando-se mais interessantes.
O livro infantil tem como função primária a estética, a formação, a educação da sensibilidade, pois reúne a beleza da palavra e das imagens. O essencial é a qualidade da emoção e sua ligação verdadeira com a criança. Sendo assim, dependendo das características individuais, teremos diferentes interesses e diferenças de compreensão e capacidade de aproveitamento. Esta comprovação não invalida a realidade que abrange desde um livro infantil para os pequenos, com as exigências específicas, quanto para as crianças com a fantasia e aventura necessárias para promover uma reflexão sobre si própria e os problemas da vida que eles terão de enfrentar ou que muitos já enfrentam.
É nesse ponto, que a leitura deve ser incentivada por professores e pais, pois é de uma maneira mais engraçada e diferente que, o conhecimento e a maneira de pensar, agir e refletir da criança vai se aflorando e extravasando por além dos muros de uma escola.


CONCLUSÃO

A análise de dados foi elaborada, a partir do processo de coleta dos mesmos, onde foi utilizado questionário fechado com algumas questões justificadas. A análise foi feita através de gráficos e comentários.
A população amostral é consideravelmente restrita, o questionário foi aplicado para a pedagoga, coordenadora e duas professoras que ficam na sala com as crianças, no entanto, foi de suma importância para os resultados.
Inicia-se, portanto a primeira questão.
1) Qual foi a reação das crianças mediante, ao primeiro contato com a presença dos componentes do grupo de alunas da psicologia?
Consideravelmente o primeiro contato, foi conturbado para as alunas que nunca havia tido contato, e mais ainda para as crianças que viam seu "mundinho" ser invadido pelas alunas. Dados demonstrados através do gráfico.

Graf 1: Demonstra a reação das crianças ao primeiro contato
O comentário feito pela população amostral define o despreparo das alunas no contato inicial justificado pela falta de experiência, além do comportamento aversivo das crianças, devido à insegurança que o novo traz nessa idade, fica evidenciado através da teoria de Piaget, onde principalmente na infância, um "novo objeto" de conhecimento traz uma desequilibração, até que essa criança consiga assimilar e equilibrar-se novamente, ela busca o maior número de informações sobre o "novo objeto", provando através dessa teoria, os contatos que se seguiram foram mais satisfatórios, e mostraram maior rendimento.
Segunda questão:
2) O grupo de alunos conseguiu estabelecer Rapport (vinculo) com as crianças e educadores?

Graf 2: Demonstra se os alunos conseguiram estabelecer o vínculo necessário com as educadoras e crianças.
Na medida em que aconteceram os contatos, as crianças já conseguiam identificar as alunas e até mesmo a hora da leitura, já com as educadoras, aconteceu uma troca de conhecimentos onde as alunas foram amparadas por pessoas que conviviam diretamente com as crianças, sabiam de suas caracteristicas, por esse motivo e pelas crianças serem facilmente sociáveis houve uma troca satisfatória entre alunas, educadores e crianças. Foi demonstrado trabalho em grupo.
Questão três:
3) A leitura feita com as crianças contribuiu de alguma forma para interpretação e imaginação das mesmas, conforme a proposta do projeto?

Graf 3: Demonstra se a leitura contribui de alguma forma para as crianças.
Observou-se que as crianças começaram a apresentar maior concentração e de acordo com a coordenadora e pedagoga as atividades mais dirigidas, proporcionaram maior retorno, mas observou-se de maneira mais clara na sala, a partir das estimulações feitas às crianças, que anteriormente respondiam "Eu" para tudo que se perguntava, observado no inicio do trabalho, elas já conseguiam de maneira eficaz fazer identificações de personagens, de animais, a partir da estimulação com foco na memória, no entanto é normal e esperado que na segunda infância as crianças ainda tenham dificuldade de armazenamento devido a uma maturação neurológica que se é esperada para essa faixa etária.

Questão quatro:
4) Perante as educadoras, os alunos de Psicologia conseguiram efetuar o objetivo proposto, de observação e conciliar teoria e prática?

Graf 4: Demonstra se objetivo do trabalho de observação e conciliação entre teoria e prática foi alcançado.
Esse gráfico demonstra se realmente o objetivo foi alcançado, onde o intuito era principalmente de observar o funcionamento da leitura na instituição e criar meios propícios para prender a atenção das crianças, considerando que 100% da população amostral declarou ter acontecido de maneira eficaz, testou-se variados métodos para alcançar esse objetivo.

Questão cinco:
5) O método utilizado, de acordo com a faixa etária proposta, foi satisfatório?


Graf 5: O método utilizado correspondeu a faixa etária escolhida
Esse fator observou-se maior dificuldade, devido ao tempo em que as crianças se mantinham atentas, portando foi testado mais de um método que a partir da percepção do grupo as crianças mantinham maior atenção, por mais tempo e demonstraram preferência apenas por um, além das atividades propostas após as leituras
O gráfico abaixo demonstrará por qual método as crianças mostraram maior interesse:
6) Por qual material apresentado, as crianças demonstraram maior preferência?


Graf 6: Demonstra por qual material as crianças apresentaram mais preferência.
O lado lúdico que traz os filmes infantis, propícia que as crianças que soltem a imaginação, e com certeza as concentre com maior facilidade, o momento da infância traz a tona e aflora a imaginação dentro de cada criança levando ao cotidiano das mesmas personagens que gostem, e até mesmo amigos imaginários, isso comprova a preferência das crianças por filmes infantis.
Questão sete:
7) De que forma o trabalho contribuiu para as crianças e instituição? Explique.


Graf 7: Demonstra de que forma o trabalho contribui seja para crianças e educadores.
A população amostral em sua totalidade defendeu que contribui de forma positiva, justificando que houve o desenvolvimento da atenção, concentração, criatividade, além de proporcionar o prazer de ouvir e imaginar, bem como oportunizar momentos para que as crianças exerçam comunicação e socialização, para as educadoras possibilitou a observação de como as crianças reagem mediante os outros profissionais, além de ter propiciado uma parceria que deu sequência a educação de qualidade oferecida às crianças, portando pode-se dizer, que o trabalho realizado na Instituição propiciou uma troca de conhecimento entre crianças, alunas, e educadores de uma maneira geral, observando crescimento cognitivo por ambas as partes.
Durante as observações foi possível perceber, que apesar dos variados artifícios que utilizados, as crianças se mantinham atentas por aproximadamente vinte minutos, portanto houve necessidade da inclusão de outras atividades como pintura, montagem de quebra cabeça e músicas. Contudo, entre os métodos trabalhados, as crianças apresentaram maior interesse por filmes, lembrando que foi usado narrações, vídeos entre outros.









REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



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Freire P. A importância do ato de ler. In: a importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 36nd ed. São Paulo: Cortez, 1998.

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Goes LP. Introdução à literatura infantil e juvenil, São Paulo: Pioneira; 1984.
Lakatos EM, Marconi MA. Fundamentos de metodologia científica. 4nd ed. rev. e ampl, São Paulo:Atlas, 2001.
Reis MFCT. Metodologia de pesquisa cientifica. Curitiba: Ed IESDE Brasil SA, 2007.

Sabino MMC. Importância educacional da leitura e estratégias para a sua promoção. Disponível em: <http://www.rieoei.org/jano/2398Sabino.pdf >Acesso em: 22 fev. 2011

Wornicov R, Wagner E, Russomano M, Weber NCB. Criança leitura livro. São Paulo: Nobel, 1986
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