A Importância da Leitura e da Escrita no 1 ano do Ensino Fundamental: uma visão da necessidade da leitura.

SOCIEDADE EDUCACIONAL DO VALE DO TAPAJÓS – FAT

Acadêmicas do curso de Pedagogia                                                                                       

   ADENILDE VIANA COSTA MELO1[1]                                                                 

   ALDINÉIA OLIVEIRA SOUSA[2]

   JULIETE DE BARROS FERREIRA[3]             

ORIENTADOR: ADAILSON  DOS SANTOS SENA. Esp.[4]

 

RESUMO

 

O desafio ao qual nos propomos é compreender melhor a Importância da Leitura e Escrita na série inicial e o seu desenvolvimento no Ensino Fundamental. O presente trabalho visa recuperar discussões críticas sobre o efeito da Leitura e da escrita no século XXI. O objetivo deste referido artigo é apresentar alguns aspectos que possibilitam reflexões acerca da cognição da leitura e da escrita, uma vez que a leitura e a escrita são fundamentais para a aprendizagem das crianças, como caminho para estimular o aluno a interagir como leitor e escritor dos seus próprios textos, essa interação é essencial para o desenvolvimento cognitivo, mas em algumas escolas não há essa relação entre o professor e o aluno.

 

 

 

Palavras-chave: Leitura; Escrita; Aprendizagem; Escola; Prática.

 

INTRODUÇÃO

A Leitura e a Escrita é uma prática que passou e ainda passa por várias transformações, desde os tempos dos primórdios até os dias atuais. Segundo relatos históricos e arqueológicos, a prática da leitura e da escrita começou na Babilônia, uma sociedade percussora na agricultura, arquitetura, comércio, astronomia, direto, escrita. Foi nesse local que surgiram as primeiras manifestações da leitura. A Leitura antigamente era desenvolvida por meio da oralidade, e só depois houve a invenção da leitura silenciosa na Grécia Antiga.

Dessa forma, a leitura e a escrita no Brasil veio ocorrer devido à chegada dos Jesuítas no período Colonial, que implantaram em terras brasileiras os primeiros colégios com incentivo da Coroa Portuguesa, a educação religiosa no catolicismo e europeia, pautados em atitudes pedagógicas e tradicionais. Assim, o ensino literário se propagou por muitos anos no território brasileiro, até que a leitura e a escrita sofreram modificações que foram estudados e comprovados por teóricos Dermeval Saviani, Jeans Piaget, Vigostky e Paulo Freire e outros que foram importantes para o desenvolvimento educacional no país.

De acordo com o contexto histórico relacionado à leitura e a escrita, o sistema educacional brasileiro, veio apresentando grandes avanços que visam à melhoria no ensino aprendizagem dos alunos que frequentam as escolas na rede pública do país.  A prática da leitura remata o indivíduo a vários processos que visam à compreensão e construção de diferentes gêneros textuais da Língua portuguesa.

O objetivo geral deste artigo é mostrar ao público leitor a importância da leitura e escrita no processo de aprendizagem, e como a prática dos docentes contribuem na interação dos alunos no ambiente escolar. Esse procedimento metodológico foi bibliográfico, pois se desenvolve por meio de materiais elaborados, compostos por livros e artigo científicos que apontam a compreensão do referido tema.

1.DESENVOLVIMENTO

 A Leitura e Escrita são essenciais para o desenvolvimento cognitivo da criança. Através do processo cognitivo, os conhecimentos serão construídos, a partir, da prática que os sujeitos exercem diariamente. A aprendizagem ocorre continuamente de maneira formal e informal. Nas escolas acontece o repasse dos conteúdos, conhecimentos que só poderá ser compreendido, se estiverem relacionados à realidade dos alunos.

No contexto social a leitura poderá ser trabalhada por meio de livros, revistas, placas, receitas, televisão, embalagem de produtos e outros mecanismos que levam informações, para despertar a curiosidade e buscar novos conhecimentos.

Dentro da sala de aula as crianças aprendem ler e escrever, quando participam e expõem seus conhecimentos para o público. Nas séries iniciais a leitura sempre vem acompanhada por imagens ilustrativas que estejam voltados para sua realidade. A leitura e a escrita, nessa fase inicial, são construídos através da imaginação, as crianças ainda tem dificuldades de reconhecer as letras, as mesmas vão sendo desenvolvidas da maneira que os olhos veem.

É por meio da imaginação, que as crianças vão aprendendo a conhecer a linguagem. A linguagem não transmite apenas informações, mais transforma a maneira de ver e agir dos seres humanos nos contextos sociais, políticos e culturais.

As práticas metodológicas conduzem os alunos a compreender, produzir e resolver problemas científicos ou sociais. A prática pode ocorrer de forma diferente e por meio dela, os discentes conseguem produzir seus conhecimentos críticos.

O desenvolvimento escolar é avaliado principalmente, em termos de desempenho da criança na produção da escrita. A prática de privilegiar as atividades da escrita parece fazer supor que a produção segue-se automaticamente a ler e, consequentemente, a escrever, entretanto esta realização deve ser feita de forma contextualizada, dinâmica e democrática, fazendo com que as crianças das séries iniciais do ensino fundamental saiam do ostracismo do mundo analfabetizado. (MOREIRA, Joselice, 2009. p.03).

A autora vem relatar que, nas séries iniciais do ensino fundamental a escrita é mais importante o que a leitura, muitas crianças tem o seu desenvolvimento de aprendizagem avaliado, conforme a sua produção na escrita. Esse modelo de avaliação escolar prejudica o crescimento intelectual da criança na leitura e na escrita, as crianças para serem consideradas alfabetizadas deveriam apresentam desempenho nas duas modalidades de ensino.

A leitura e a escrita não é um tema atual, mais muito se fala e tão pouco se faz para mudar a realidade desse descaso que se da no 1⁰ ano do Ensino Fundamental. Esse primeiro ciclo é de fundamental importância tanto para as crianças como para seus familiares. Nesse período e exigido ações planejadas e compartilhada com a equipe escolar, sabendo que as práticas educacionais tem que ser capaz de atender as necessidades de todos os alunos e as mudanças que acontecera no processo de ensino-aprendizagem.

Entretanto, o professor nessa etapa tem que ter em mente que a criança já tem um conhecimento estabelecido, pois os mesmos possuem várias experiências sociais, tanto no que diz respeito no campo afetivo como cognitivo.

Detectar os conhecimentos prévios não é uma tarefa fácil. Implica que o professor estabeleça estratégias de didática para fazê-lo. A observação acurada das crianças e um instrumento essencial neste processo. Os gestos, movimentos corporais, sons produzidos, expressões faciais, as brincadeiras, toda forma e expressão, representação e comunicação devem ser considerada fonte de conhecimento para o professor saber o que a criança já sabe. A pratica educativa deve buscar situações de aprendizagem que produzam texto cotidiano nos quais, por exemplo, escrever, contar, ler, desenhar, procurar uma informação, etc. tenham função real. (MEC, 1998, p.1).

O educador ao transmitir o conhecimento, às crianças como processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Mostrando não apenas ser uma mera técnica de saber, e sim permitir que o aluno construa suas próprias estratégias de escrita no momento certo. Deixando que esse educando possa brincar agir e se distrair com as demais crianças. Pois com a utilização dessas diversidades da escrita, fazendo com que a criança aprenda ler naturalmente assim, como aprendeu a falar se comunicar com o meio social. Dentro desse contexto Paulo Freire afirma que

A alfabetização é a criação ou montagem da expressão escrita da expressão oral. Esta montagem não pode ser feita pelo educador para ou sobre o alfabetizando. (FREIRE, Paulo,1921.p.13).

       Em síntese, a alfabetização leva o indivíduo a criar e armazenar fórmulas de escrever e falar, esse armazenamento só pode ser compreendido se os alunos estiverem criações voltadas a determinados conteúdos e sua realidade de mundo, e não cabe ao educador essa montagem de conhecimento e sim, motivar os educandos a ler e escrever, esse processo educacional fortalece a aprendizagem da criança. Em sala de aula muitos alunos não conseguem ler as histórias dos livros didáticos oferecido pela escola, mas os professores como mediadores do conhecimento incentivam os educandos a descrever, o que a imagem da história está falando, essa leitura leva o indivíduo a busca nas entrelinhas que o autor está querendo passar para o leitor.

       As instituições escolares devem estabelecer uma nova concepção de ensino dentro da sala de aula. Destacando principalmente a vida cotidiana do aluno. Promovendo assim, uma socialização da aprendizagem, fazendo com que a escola seja criativa e inovadora. As escolas é um conjunto de conhecimentos tanto para a formação da criança e adolescente, formando valores para que os indivíduos possam conviver e construir a igualdade, preparando os sujeitos para a realidade social.

O letramento é uma estratégia para que tenha sentido as funções a escolares para o meio social. Promovendo uma aprendizagem e interação entre os sujeitos com a leitura do cotidiano. Poderíamos definir o letramento como uso social das práticas de leitura e escrita. Sendo um conceito para juntar aos demais conteúdos, mais nunca se limitar, podendo se expandir como um processo novo de aprendizagem.

Letramento é o resultado da ação de aprender as práticas sociais da leitura e escrita. É o estado ou condição que adquiri um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas sociais.

Ter-se apropriado da escrita é diferente de ter aprendido a ler e escrever. Aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita e de decodificar a língua escrita; apropria-se da escrita é tornar a escrita ‘própria’, ou seja, é assumi-la como sua ‘propriedade’. (SOARES, apud CARVALHO, 2005,P.15, grifo nosso).

A leitura e a escrita é um fator essencial para o indivíduo e cabe à escola desenvolver a aprendizagem dentro e fora do ambiente escolar, para que haja uma alfabetização que as crianças venham se adaptar e interagir de forma que o indivíduo venha ter uma visão de mundo. No entanto a leitura trás ao educando uma abordagem da sociedade moderna, a comunicação e a tecnologia.

O desenvolvimento o indivíduo letrado vem da instituição cidadã, e para que os educandos venham se desenvolver nos conteúdos, cabe aos docentes mostrar seu papel e suas metodologias, conforme a aprendizagem de seus alunos. Através do letramento que o sujeito vai perceber a função da escrita, quando estiver preparado para o meio social.

A coerção é um método pedagógico tradicionalista, considerado por Piaget o pior de todo utilizado na área da educação, pois para o mesmo processo, o educador deve desempenhar um papel mais importante que a coerção. O mais importante entre outras coisas em sala de aula é a participação do aluno.

Trazendo assim, uma vivência real do seu meio social. Portanto, a escola precisa oferecer ao educando um espaço onde todos possam participar ativamente e construir por si próprio o seu conhecimento.

Segundo Piaget, 1949, p. 39

Não se aprende a experimentar simplesmente vendo o professor experimentar, ou dedicando-se a exercícios já previamente organizados: só se aprende a experimentar, tateando, por si mesmo, trabalhando ativamente, ou seja, em liberdade e dispondo de todo tempo necessário.

Conforme a teoria Piagetiana, o indivíduo só aprende algo educacional ou social se estiver participando como agente de suas oportunas autorias, na escola os alunos carecem serem participadores ativos das atividades propostas em sala de curso, e não receberem materiais prontos e organizados. O sujeito só aprende se experimentar a fazer o que lhe foi sugerido, e é nessa teoria e prática que os alunos se evoluíram e aprenderam os conteúdos sistematizados.

A prática da leitura não serve apenas para transmitir informações, e sim como grande transformadora da realidade do leitor. Essa transformação ajuda o leitor a construir o seu próprio conhecimento crítico, dando a oportunidade de compartilhar e discutir suas ideias com os demais colegas que estão em sua volta.

Assim, a leitura pode ser interpretada de maneiras diferentes, principalmente quando tem ligação com o social e histórico do sujeito. Essa interação com a leitura desenvolve no leitor a capacidade de ouvir as entrelinhas que estão nos textos, fazendo com que os leitores buscam na leitura outros sentidos além do que está sendo sugerido.

Vamos, agora, a atos mais complexo tais como participar dos bens culturais, vivenciar os prazeres decorrentes da cultura etc. Como sentir o prazer do conteúdo de um romance, de um poema, de uma peça teatral, sem a capacidade de ler e de entender o que nos é dito? Vamos um pouco mais a frente e perguntamo-nos: como apropriar-se das informações e de suas complexas mediações, sem um nível abstrato de entendimento que possui exigências mais complexas que a simples posse de um instrumental de leitura? (LUCKESI, 2011, p.96).

Para Luckesi, vivemos em uma sociedade, que ao longo dos anos passou a exigir cada vez mais a escolarização dos cidadãos, tanto na leitura como na escrita que se tornou uma arma fundamental para os seres humanos, pois necessitamos dela a toda hora e a todo o momento, principalmente a leitura porque até mesmo ao sairmos de casa temos um destino onde iremos chegar e automaticamente tendo isso em mente praticamos o processo de leitura e necessitamos dele sempre.

Portanto, na educação das escolas deveriam estabelecer um papel aonde não houvesse obrigatoriedade aos livros e manuais educativos, mas sim obras como referencial para que os alunos aprendessem livremente, pois os únicos manuais obrigatórios são os do uso dos professores em sal de aula. Esses princípios são válidos tantos para as crianças como para o adulto, uma vez que esses métodos são planejados pelos educadores, o aluno descobre que constrói com o meio que ele vive, se torna necessário tanto para o adulto quanto para criança.

A leitura escrita só se torna significativa e atraente para os leitores, se houver compreensão do que o livro está querendo transmitir, para isso, os alunos do Ensino fundamental precisa ser motivado e voltado ao contexto social dos discentes. A leitura disponibiliza ao indivíduo novos horizontes para que o leitor possa abrir portas para que consiga seguir em frente. A mesma é um processo de libertação e identificação do homem, o sujeito deverá perceber que a leitura e o seu meio ocorrem transformações física e psíquica, assim descobrindo o ato de ler, é essencial para a formação do ser humano.

A escola, dessa forma, toma como prioridade a aprendizagem da leitura, „aprender a ler‟ para, então „ler para aprender‟, quer dizer, apropriar-se de uma competência para compreender os diferentes tipos de textos, existentes no seu contexto social, e também fora dele.

Devemos motivar os alunos para que vislumbrem as diversas e diferentes razões para lermos. Lemos para obter informações, para receber instruções, para obter e aprofundar conhecimentos, para passatempo, por prazer, por gosto, para estabelecer comunicação com outrem, para melhor compreender o meio em que vivemos, para encontrar, à distância, com quem trocar ideias sobre tudo aquilo que pensamos do mundo exterior e interior. Nesse sentido, a leitura tem uma função ao mesmo tempo social e individual. E é neste universo que a criança deverá ser “convidada‟ a se integrar.

2.CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Portanto, no contexto da aprendizagem, as instituições de ensino devem fornecer aos seus educandos condições e alternativas para que aprendam ler e escrever, mas para isso a escola precisa está informada dos casos que levam os alunos a terem dificuldades na leitura e na escrita, mediante procurar solucionar os problemas presentes em sala de aula do 1⁰ ano do ensino fundamental, por meio de atividades, leituras de textos, diálogos e produções de conhecimentos.

 É importante que o professor perceba que, o ambiente escolar é uma comunidade onde as crianças aprendem, oferecendo um espaço para que o aluno se sinta a vontade e acolhido por todos. A escola abre portas para que o estudante conviva uns com os outros conhecendo as diversas culturas do seu cotidiano.

Mas para que isso venha ocorrer nos colégios, às escolas junto com os professores e pais de alunos, participam de reuniões que visam estratégias que no final do ano letivo não obtiveram resultados positivos e negativos, principalmente quando a educação envolve a aprendizagem dos discentes nas disciplinas que envolvem a leitura e a escrita.

Desde que a leitura e a escrita começaram a fazer parte do desenvolvimento da humanidade, que o meio social está se tornando mais exigentes, sempre estão procurando melhores resultados na aprendizagem dos indivíduos. Com essas exigências a leitura e a escrita, juntas podem transformar o mundo de todas as pessoas alfabetizadas, e é com esses conhecimentos que o ser humano que vive socialmente, saberá com prosseguir diante de problemas, sabendo como resolvê-lo com competência, habilidade e conhecimento. Na educação sabemos que a alfabetização sempre haverá conflitos, mas cabe ao sistema educacional obter uma reflexão e inovação nessa área de ensino.

 3.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 

III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO. UNISALESIANO. Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de pesquisadores. Lins, 17 – 21 de outubro de 2011.

UM OLHAR SOBRE A LEITURA E A ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Campus de Itapetinga – Bahia. [email protected]

PRÁTICAS DE LEITURA LITERÁRIA: OS CASOS DE FRANÇA E BRASIL. Trabalho de Pesquisa – Unisc. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS. [email protected]; [email protected].

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudo e proposição/ Cipriano Carlos Luckesi. – 22. ed – São Paulo: Cortez, 2011.

MUNARI, Alberto. Jeans Piaget / Alberto Munari; tradução e organização: Daniele Saheb – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

IBRASA: Instituição Brasileira de Difusão Cultural P. G. Richomond. Piaget: Teoria e Prática, 1987.

FREIRE, Paulo, 1921. A Importância do ato de ler: entre três artigos que se completam / Paulo Freire. – São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.



[1] Acadêmica do curso de Pedagogia da Faculdade do Tapajós.

[2] Acadêmica do curso de Pedagogia da Faculdade do Tapajós.

[3] Acadêmica do curso de Pedagogia da Faculdade do Tapajós.

[4] Professor da Faculdade do Tapajós- Ministrante da disciplina, Metodologia e Pratica cientifica e professor da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA.