Existe um tipo de deficiência vivenciada pelos educandos atuais, a “deficiência emocional”. Pesquisas recentes afirmam que os alunos apresentam déficits de aptidões emocionais. Chegou-se à conclusão de que crianças e adolescentes mesmo possuindo um bom potencial intelectual, não rendem na escola. Uma queda nos níveis de competência emocional se manifesta através de atitudes como: envolver-se em encrencas constantes, mentir, trapacear, discutir muito, não respeitar limites, desrespeitar as pessoas, destruir as coisas dos outros, desobedecer a regras na escola e em casa, provocar demais e não demonstrar nenhum controle emocional. Temos que aceitar a existência do analfabetismo emocional e desenvolver procedimentos, na escola e nas famílias, para que este quadro possa ser revertido. Diante de tal realidade, os professores precisam preparar-se teoricamente e emocionalmente. Caso contrário, não conseguirão atingir seus objetivos e poderão até adoecer. É no dia- a- dia das salas de aula é que é possível perceber a carência de maturidade emocional dos professores. Os professores estão adoecendo. Surgiu uma nova doença, a síndrome de BURNOUT, que prejudica muito a vida profissional e pessoal dos professores, deixando-os sem ânimo para o trabalho e sem energia para enfrentarem os obstáculos diários. O professor precisa se conhecer melhor e enxergar o aluno como um ser humano, dentro de toda fragilidade que é peculiar aos seres humanos. O professor deve acreditar no seu papel transformador e nas capacidades que o aluno tem. O educador deve ter consciência e ser alertado da importância de um preparo emocional além de sempre buscar o aprimoramento e a atualização na sua área. O mercado de trabalho, hoje, em qualquer campo, principalmente na educação, pede profissionais bem preparados e equilibrados. A educação brasileira deixa de lado os fatores emocionais, mas existem atualmente concepções que valorizam os aspectos emocionais da inteligência. A inteligência emocional é o maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. Não só a razão influencia nos nossos atos, mas a emoção também é responsável pelas respostas que damos e exerce grande poder sobre as pessoas. Os níveis de inteligência emocional são: autoconhecimento emocional (conhecer-se a si mesmo), controle emocional, automotivação, reconhecer emoções nos outros e habilidade em relacionamentos interpessoais (trabalhar em equipe). As pessoas que sabem controlar suas emoções conseguem sucesso na vida. Podemos citar como exemplo, duas pessoas que fazem uma prova em um concurso. Não basta ter estudado para passar no concurso, é preciso controlar suas emoções, seu nervosismo, para conseguir um bom resultado na prova. É preciso “educar” as emoções. Para que o aluno desenvolva sua inteligência emocional é necessário que o professor desenvolva sua própria inteligência emocional. A partir daí, surge a aula emocionalmente inteligente. Emoções equilibradas transformam-se em atitudes. Um princípio básico para o desenvolvimento da inteligência emocional na sala de aula é o respeito mútuo pelos sentimentos dos outros. Ensinar os alunos a reconhecer suas emoções, ajuda-os a serem os responsáveis por suas próprias necessidades emocionais. É muito importante conhecer os alunos. Perceber o que o aluno sente, sem que ele o diga, constitui a essência da empatia, uma das características fundamentais da inteligência emocional. Quando o professor consegue reconhecer as emoções do aluno, tem seu trabalho facilitado e muito. Professores e alunos deveriam desenvolver projetos de cooperação, pois, estes ajudam a desenvolver a inteligência emocional. A influência dessa teoria sobre a educação é altamente positiva. O ser humano é complexo. Corpo, alma e coração. Para que uma pessoa possa desenvolver-se plenamente é preciso que o seu desenvolvimento seja completo, perpassando todas as áreas. A saúde do corpo, o equilíbrio da mente, o domínio das emoções. Cabe ao professor ensinar para o aluno, além de outros conceitos, o domínio das emoções. Para ensinar, antes, é necessário aprender. Um professor cuja inteligência emocional não foi desenvolvida, não conseguirá ensiná-la a seus alunos. É necessário domar a fera que há em cada um de nós, educadores ou não. Mas no caso dos educadores, é preciso que esta doma ocorra primeiramente, para depois ensiná-la aos alunos. Por que o desenvolvimento da inteligência emocional e o controle das emoções são tão importantes? Porque as pessoas que desenvolvem este tipo de inteligência conseguem sucesso na vida e são mais felizes. Simples assim.