Introdução

O carboidrato é visto como um macronutriente, por isso que este é um grupo que proporciona grande abundância de calorias, no entanto, não é somente o carboidrato que é um macronutriente, neste grupo entram ainda as proteínas e a gordura. No entanto, vamos especificar no carboidrato.
Para NETO 2009, existem essencialmente dois tipos de carboidratos, os fibrosos e o não fibrosos, o primeiro é também conhecido como celulose e são de difícil absorção no organismo e estes não são fontes de energia, no entanto, tem o papel de agir como suplementos vitamínicos e minerais, já o segundo se divide em simples e complexos, são de fácil absorção para o organismo e é a principal fonte de energia.
Mas da onde vem o carboidrato afinal?
"Os carboidratos são sintetizados pelos vegetais verdes através da fotossíntese, processo que utiliza a energia solar para reduzir o dióxido de carbono. Assim os carboidratos atuam como reservatório químico principal da energia solar." (CARVALHO et.al, 2003).

A ingestão de macronutrientes no decorrer da performance esportiva de atletas determina o glicogênio muscular durante o treinamento, para que isso ocorra é necessário que o praticante deve manter uma alimentação saudável rica em carboidratos, estes são os alimentos em forma de cereais e derivados como arroz, trigo, centeio, cevada, milho, aveia, farinhas de diversos tipos, massas, pães, biscoitos, tapioca, cuscuz, macarrão, polenta, pipoca. Outro tipo de carboidratos é considerado tubérculos como a batata-doce, batata, inhame, cará, mandioca, mandioquinha e ainda entra as leguminosas como o feijão ambos os tipos, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja (SEYFFARTH, 2007). No entanto, devem ser consumidos de forma balanceada antes, durante e pós-exercício. Mas existe somente este tipo de alimentos que contém os carboidratos?
Não, não existem somente os alimentos citados acima, para que o esportista não tenha dificuldades no decorrer do treino ou competição as frutas também são fontes de carboidratos e grande aliada do atleta.


Desenvolvimento

BARROS 2002, diz que o papel fundamental dos carboidratos é de prover força para os músculos e para o cérebro.
Os carboidratos são grandes fontes de energia para o atleta o ideal de acordo com SEYFFARTH, 2007, é consumir em torno de 50 a 60% do valor calórico de carboidratos durante o dia-a-dia, pois acredita que esta quantidade é adequada para que o atleta tenha um poder de absorvê-los com mais facilidade.
Já POWERS e HOWLEY, 2005 dizem que a refeição pré-treino e pré-competição devem ser feita com hidratação e carboidratos para ajudar no aumento de estoque elevado dos mesmos no fígado, há uma saciedade com o carboidrato impedindo assim uma impressão de estômago vazio, ou seja, dando fome no atleta. Dizem ainda que o atleta deve ingerir uma comida durante a pré-competição de quinhentas a mil calorias sendo seu combustível principal o carboidrato, recomendando que esta proporção de calorias é de acordo com cada prática esportiva.
O atleta comendo o carboidrato pode adiar o cansaço muscular, melhorando a performance da atividade a longo prazo, de pequena duração e de alta intensidade. Segundo JEUKENDRUP, fazendo atividades permanentes com tempo aproximado de sessenta minutos com exercícios intermitentes de nível elevado dão melhorias desiguais para estas estruturas envolvidas.
O autor relata ainda que as atividades com prazos maiores com a ingestão do carboidrato trazem benefícios no desempenho dos agrupamentos plasmático de açúcar e pela conservação de culminantes percentagens de oxidação de carboidrato, entretanto, no treinamento árduo, assemelha que a deglutição de carboidratos apresenta alguma finalidade positiva no dispositivo nervoso central. Os carboidratos que venham de um exclusivo derivado (exemplo: frutas) conseguem ser oxidados em uma alíquota de quase sessenta gramas por hora, mas se fizermos a absorção destes macronutrientes obtendo duas fontes podem chegar a passar de mais de cem gramas por hora, se consumidas em grandes porções, o nível de oxidação pode ser considerado critico, pois passa a atingir uma proporção maior do que cento e quarenta gramas por hora. Se o atleta ingerir quantidades de carboidratos fora do normal pode determinar um incômodo gastrointestinal, então para se fazer esta proporção de quanto de carboidrato o mesmo pode vir a ingerir deve ser feita por tentativas, onde a chance de erro é grande, mas a cada competição o atleta vai testando, se no mês anterior foi quantidade de carboidrato de menos ele deverá aumentar a porção, no mês atual ele testa de novo, se foi alto demais o mesmo diminui a quantidade, no próximo mês faz a avaliação novamente até que se chegue a uma proporção ideal para este atleta, lembrando que para cada individuo a porcentagem de carboidrato é diferente devido a personalidade biológica de cada um.
O carboidrato propicia a sustentação da homeostase glicêmica e contém o glicogênio muscular e hepático. CYRINO e ZUCAS, 1999, tem a mesma visão de que JEUKENDRUP em relação ao fator da fadiga no músculo, pois a alta intensidade no decorrer do exercício demorado seja de curta ou moderado período de tempo poderá levar a uma ocorrência de hipoglicemia e desidratação do corpo do atleta.
Mas o que é hipoglicemia? Como acontece?
A hipoglicemia é a baixa acentuada da condição da glicose no sangue, ela ocorre quando a contagem de insulina injetada se torna exagerada para os padrões de atividade física exercida, podendo vir a causar um desmaio. Isto acontece devido à quantidade de açúcar ingerida, ocorrendo rapidamente um aumento de glicemia no sangue, levando assim o atleta a ter uma secreção de insulina no pâncreas, a mesma faz baixar rapidamente a taxa de glicemia ocorrendo assim tonturas, esta é momentânea durante a atividade, vindo a desaparecer ligeiramente até que as taxas voltem a se compensar novamente. Outro tipo de hipoglicemia é se fazer atividade em jejum, onde o organismo ira buscar uma nova fonte de energia para praticar tal atividade.
POWERS e HOWLEY, dizem a mesma coisa, no entanto de um modo mais simples "a hipoglicemia ocorre quando a taxa de captação da glicose sanguínea não é acompanhada pela liberação do fígado e/ou do intestino delgado".
Se analisarmos, por exemplo, um atleta que treina exercícios de força a capacidade que ele terá em um teste de potência aeróbia será melhor, pior ou não sofrerá alterações se o mesmo comer carboidrato?
Para os especialistas GOMES et. Al, em primeiro momento não foram visto nenhuma alteração destes atletas, porém o treinamento concorrente pode vir a ter um resultado negativo para alguns atletas, porquanto que danifica a ampliação da eficácia aeróbica, e considerando os estudos mais expressivos atualmente o treinamento concorrente é o enfraquecimento de ganho de força e potência aeróbica em relação com o treinamento isolado de ambas.
A relação de treinamento concorrente em relação com o treinamento isolado, é que o primeiro acredita que o músculo em execução tenha mais estimulo do que aquele que trabalha isoladamente, entrando assim no consumo de carboidratos, se o músculo que tem mais estimulo ele provoca um aumento de energia, determinando este avanço o atleta consome mais carboidrato para se sustentar com uma quantidade suficiente para tal ação. Já o músculo que trabalha isolado não ocasiona tanto aumento da energia, uma vez que ele produz menos estimulo do que o concorrente a reposição de carboidrato é menor.
Para que se perceba o que acontece com a taxa glicêmica do atleta COYLE, diz que fazendo exercícios seu organismo estará trabalhando e liberando o glicogênio muscular para que o ocorra às ações de movimento, a cada grau de energia que é liberada são capazes de acelerar o metabolismo este trabalho começa com a liberação da glicose no fluxo sanguíneo, na falta da mesma irá fazer com que o músculo passe a gastar a glicose, quando esta estiver acabando que passa a produzi-la e libera-la será o fígado. Esta explicação é uma forma sintetizada, pois ela com tem cerca de onze variações até chegar a corrente sanguínea.
COYLE revela que este processo descrito anteriormente é feito no interior do músculo pela liberação da energia produzida pelo carboidrato e que um exercício com uma velocidade alta a energia paralela junto ao carboidrato é a gordura, sendo assim as economias do carboidrato no organismo são restringidas e quando estas se extenuam evita que o atleta realize os treinamentos em culminante intensidade podendo provocar o cansaço. Ele relata também que assim como outros autores citados que é normal consumir o carboidrato durante a competição, e a reposição dos mesmos induz aproximadamente em torno de vinte horas para ficar com o estoque elevado novamente.
Se pegarmos desde o principio, dede quando a glicose e ingerida vindo a circular na corrente sanguínea até o momento em que acontece dentro das fibras musculares do musculo que são divididas em dois tipos, sendo as de tipo I e tipo II, estas segunda se faz uma subdivisão em três, sendo as IIa, IIb e IIc, as de contração lenta, o de contração intermediaria e a de contração rápida, podemos fazer uma comparação de acordo com ROSSI e TIRAPEGUI, 1999 as fibras de contração lenta tem a habilidade de oxidarem mais rapidamente e a capacidade glicólica da mesma é muito baixa, um teor muito elevado no fluxo sanguíneo e são exigidas durante a atividade aeróbia prolongada. Já a de contração intermediaria que são as tipo IIa, tem uma disposição glicólica moderada e a sua oxidação é baixa, seu fluxo sanguíneo também é moderado. As fibras tipo IIb sua capacidade glicólica é muito alta e sua oxidação é baixa, seu fluxo sanguíneo também é baixo e são melhores aproveitadas em agilidades explosiva e rápida. Tudo isso tem uma influência no organismo em relação os fatores de cansaço periférico na realização de exercícios e, além disso, na reposição de energia antes, durante e pós-atividade. O carboidrato passa por todo este processo vindo a ter uma queda quem passa a liberar a glicose é o fígado como já dito a cima.


Conclusão

Concluiu-se neste estudo que devido à importância do carboidrato para os atletas serem grande fonte de energia e auxilia no desempenho esportivo dos mesmos, este macronutriente é essencial para o nosso organismo, sendo com que cada grama deste componente alimentar produza cerca de quatro calorias por manancial de eficácia deglutida, ou seja, a grama do mesmo determina quatro calorias por fonte de energia de ingerida no atleta.
O atleta ingerindo o carboidrato ele reduz o risco da fadiga e terá, portanto uma condição melhor do que a de outro atleta que não faz uma alimentação com o carboidrato, pois este terá uma depleção muscular com maior probabilidade de se fadigar mais rapidamente.
Então pode se finalizar que os carboidratos devem ser consumidos antes da atividade física para adquirir energia, durante e após a atividade física para que seja feito uma reposição de glicogênio muscular e hepático.



Referências Bibliográficas

1. NETO, Waldemar M. G. ? Musculação Anabolismo total: treinamento, nutrição, esteroides anabólicos e outros ergogênicos ? 9ª Edição, Phorte Editora, 2009.

2. CARVALHO, Alexandre Z.; et. Al ? Nutrição e Esporte uma abordagem bioquímica. Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da USP, 2003.

3. CYRINO, Edson S.; ZUCAS, Sérgio M. ? Influência da ingestão de carboidratos sobre o desempenho físico. Revista da Educação Física/ UEM ? 10 (1): 73-79, 1999.

4. COYLE, Edward F. ? Carboidrato e Desempenho Atlético.

5. GOMES, Rodrigo V. et. Al ? Suplementação de carboidrato associado ao exercício de força não afeta o subsequente desempenho no teste de potência aeróbica. Revista Ciência e Movimento, Brasília, v. 1, n. 4, p. 67-72. 2003.

6. JEUKENDRUP, Asker ? Suplementação de carboidratos Durante o exercício: ajuda? Quanto ao demais?

7. POWERS, Scott K. ; HOWLEY, Edward T. ? Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho, Barueri ? SP, 5ª Edição, Manole Editora, 2005.

8. ROSSI, Luciana; TIRAPEGUI, Júlio - ASPECTOS ATUAIS SOBRE EXERCÍCIO FÍSICO, FADIGA E NUTRIÇÃO. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, 1999.

9. BARROS, Turíbio L. ? O Programa das Dez Semanas: uma proposta para trocar gordura por músculos e saúde.

10. SEYFFARTH, Anelena S. ? Os Alimentos: Calorias, Macronutrientes e Micronutrientes, cap. 1 - Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD, 2006/2007.