A Importância da Humanização durante o Pré-natal e Puerpério

The importance of humanization during the prenatal and postpartum

Jeniffer de Medeiros canto, Michele Melane da silva, Bárbara Vilasboas, Marcela Cristine da Cunha Araújo

Resumo

Este vem ratificar a importância que deve ser prestada pelos profissionais de saúde desde o acolhimento até assistência ao pré-natal através do Programa Saúde da Família, prestadas as gestantes e suas famíliascom objetivo de descrever as ações do Enfermeiro demais membros da equipena atenção ao pré-natal. Os resultados obtidos apontam para a multidimensionalidade da atuação do enfermeiro destacando além das práticas e técnicas humanizadas um vinculo entre as gestantes e suas famílias durante o acolhimento, causando um impacto maior de elo e confiança, conseqüente adesão ao pré-natal e puerpério

Palavra chave: Humanização do parto, Pré-natal e puerpério

Abstract

This comes ratify the importance to be given by health professionals from the host to the prenatal care through the Family Health Program, provided the pregnant women and their families in order to describe the actions of the nurse other team members in regard to prenatal care. The results point to the multiple dimensions of the role of nurses in addition to emphasizing practical techniques and humanized a link between pregnant women and their families during the reception, causing an increased impact of bond and trust, consequent adherence to prenatal and postpartum

Key words: Humanizing delivery, Prenatal the puerperium

Introdução

Uma atenção humanizada durante o pré-natal e puerpério é fundamental para a saúde materna e neonatal e, para sua humanização e qualificação, é muito importante que os profissionais da área da saúde compreendam a pessoa como um todo, não só corpo e mente, mas sim como o ambiente social, econômico, cultural e físico no qual vive; que esses profissionais estabeleçam novas formas para o relacionamento dos diversos sujeitos envolvidas na produção de saúde.

Sabemos, no entanto, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza medidas onde a mulher em trabalho de parto deverá ter suporte emocional e atenção à saúde com o mínimo de intervenções. Estamos longe, porém, de seguir essas recomendações, pois nosso modelo assistencial à saúde tem negligenciado os benefícios no processo de nascimento, visto que a assistência ao parto normal, hoje, no Brasil, é trágica.

A humanização do parto começou como uma iniciativa do Ministério da Saúde para redução do número de cesáreas; e da mortalidade materna e infantil. Embora se tenha concepções e práticas diferentes, dependendo do contexto local, é um processo que vem se intensificando com o aumento do número de enfermeiras, com o incentivo à formação de enfermeiras obstétricas.

Este estudo vem ratificar que no Brasil, vem ocorrendo um aumento no número de consultas de consultas de pré-natal principalmente pelas mulheres que fazem o uso do SUS (Sistema Único de Saúde). A assistência à saúde da parturiente vem sendo discutida na perspectiva de tornar o processo de parir e nascer um contexto de promoção à saúde da mulher e de seu recém-nascido. Inibir os excessos de partos cirúrgicos é apenas uma das metas dessa assistência que deverá se consolidar se construída com foco na atenção mais humanizada.

A humanização do parto promove situações que inibem o mal-estar da mulher e também reduzem riscos para ela e para o bebê, ao mesmo tempo em que possibilita conforto e segurança para o acompanhante. De acordo com esse entendimento, a Organização Mundial da Saúde elaborou o documento denominado Assistência ao Parto Normal, no qual estabelece ações direcionadas ao atendimento das necessidades básicas da mulher e de sua família.

O principio da humanização como qualidade

A questão da falta de vínculo entre a assistência pré-natal e a do parto leva as mulheres, em trabalho de parto, a uma peregrinação à procura de vagas nos hospitais. Além disso, a maioria das mortes maternas ocorre perto do parto, demandando intervenções que garantam melhor assistência nesse período. Nesse panorama da situação obstétrica, a crença de que existe uma desumanização em um momento tão importante e, principalmente, o direito que todamulher tem de garantia ao atendimento foram consideradas como questões emblemáticas a serem enfrentadas.Mas os profissionais têm percebido a melhora da assistência tanto para a puerpéra quanto para o recém-nascido, quando há possibilidade de ter tudo natural e depermanecerem juntos logo após o parto, nascimento valorizando todos os valores dessa parturiente (CLAPIS. M.J. Dez 2005).

Além dessas questões, mais objetivas e quantificáveis, mostrando um quadro crítico da atenção ao pré-natal no país até é provável que esta impressão de má qualidade esteja também relacionada à falta de práticas humanizadas, embora praticamente inexistam estudos avaliando globalmente a qualidade técnica do pré-natal no território nacional. Um exemplo poderia ser chamado "alta" do pré-natal. A falta de atendimento ambulatorial no final da gestação, no momento de maior probabilidade de intercorrências obstétricas, é fator importante na determinação dos resultados maternos e perinatais.

Era comum que o serviço ambulatorial de pré-natal "desse alta" à mulher e apenas a orientasse a procurar o hospital no momento do parto ou se aparecesse alguma complicação, deixando sob sua responsabilidade conseguir a internação. A falta de acolhimento nas unidades e a "alta do pré-natal" podem ser interpretadas como emblemáticas da desumanização dos serviços e, em conjunto com os demais indicadores que apontavam para um pré-natal ainda insuficiente e com sérias restrições de qualidade, mostravam, de maneira inequívoca, a necessidade de mudança, este o fato de que, apesar dos dados disponíveis apontarem um aumento considerável nos últimos anos no número de consultas de pré-natal por mulher, esse incremento não resultou em impacto considerável nos óbitos maternos declarados, mesmo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste que têm média maior que quatro consultas há quatro anos. Frente a todas essas modificações na qualidade de atendimento mais humanizadas as gestantes e suas famílias, emergiram as seguintes questões os profissionais de saúde tem realmente prestado assistência desde o acolhimento até pré-natal através do Programa Saúde da Família, as gestantes e suas famílias? O enfermeiro junto com sua equipe tem propiciado um vinculo de confiança entre a gestante e sua família durante as consultas? As práticas humanizadas do pré-natal e puerpério têm ênfase durantes às consultas pelo o enfermeiro e sua equipe?

Metodologia

A presente investigação delineou-se como uma pesquisa descritiva do tipo exploratória, com abordagem qualitativa. Foi desenvolvida em uma Unidade Básica de Saúde, local de aulas práticas e estágio supervisionado do Curso de Enfermagem da UNIFESO-RJ, onde são realizadas ações de atenção à saúde em sintonia com os preceitos do novo modelo assistencial legalmente assegurado na Constituição Federal de 1988.

A proposta do presente estudo foi de abordar epidemiologicamente a implantação do PHPN, através dos prontuários e o formulário de registro das consultas de enfermagem no pré-natal, a fim de acessar os dados de identificação e de acompanhamento às consultas de do pré-natal. Foram incluídos os dados gerados partir do sistema de informações, criado especificamente para o gerenciamento do Programa (SISPRENATAL)

Avaliaram-se recursos existentes e atividades desenvolvidas durante assistência pré-natal e puerperal, e em prontuários, registrados na UBSF.

Respeitando os preceitos éticos Resolução nº 196/96.

Considerações finais

A gravidez, bem como o parto, são eventos fisiológicos. No entanto promovem alterações físicas e emocionais nas mulheres, requerendo cuidados por parte da família e dos profissionais de saúde, justificando a atenção para além de um útero gravídico

Nessa direção, é importante ressaltar que o PHPN (Programa de Humanização de Pré-natal) necessita de ampla articulação interna, nos três níveis, notadamente com o Programa de Saúde da Família, uma vez que a presença de uma equipe desse programa já garantiria a realização do pré-natal. Essa articulação permitiria fortalecer ambas as iniciativas e eliminar etapas burocráticas, além de outros passos realizados em cada município para a implantação de cada um dos programas.

Por fim, é preciso dizer que esta estratégia do Ministério da Saúde, ao enfrentar a problemática da mortalidade materna e perinatal, a partir do pressuposto de direitos humanos e princípios de humanização, deverá, pela sua magnitude e importância, inspirar outros países em desenvolvimento a iniciativas semelhantes que possam garantir, em diferentes locais, mais segurança e bem-estar para mulheres e recém-nascidos. Para tanto, é necessário também envolver os profissionais de saúde nesse processo de aprendizagem a ponto de estimulá-los ao retorno ao parto mais natural possível, agora com maior segurança, considerando o apoio de toda a tecnologia que se dispõe e que também é de dever oferecer a toda a mulher em trabalho de parto, ao recém-nascido e toda sua família quando necessário, uma assistência mais humanizada.