A escola, nos dias de hoje, é vista como uma grande empresa, onde os alunos são os clientes e todo o corpo docente são os colaboradores que trabalham em diversas áreas tendo como o gerente a figura do diretor. Como qualquer empresa as escolas podem ter um bom ou mau gestor que tem como obrigação conduzir toda sua equipe para o caminho do sucesso.
O maior objetivo da escola é oferecer um ensino de qualidade e formar cidadãos que possam a vir contribuir futuramente para o benefício da sociedade. Para que isso possa vir acontecer no âmbito escolar é de suma importância a participação e união de todos os setores da gestão escolar. O diretor pode ser a figura mais importante de uma gestão por ele está atuando como o gestor de toda equipe escolar, mas ele também depende de todo um corpo técnico e administrativo para compor a gestão como um todo, como por exemplo: coordenação pedagógica, supervisão, secretária, serviços gerais e docentes. No cotidiano escolar todos os setores estão de alguma maneira ligada ao gestor.
Desde a mais simples até a mais complexa unidade escolar, é indiscutível que o Gestor é o coordenador e o propulsor da comunidade educativa. Portanto, é a ele que todos os componentes da equipe escolar levam suas idéias, suas aspirações, seus problemas, daí a necessidade de ser uma pessoa aberta ao diálogo, firme, serena, capaz de encorajar nas horas de desânimo e de estimular momentos de entusiasmos, porém com a necessária prudência. Para Prado (2007)

O Diretor é o centro pensante, aquele que reflete com maior intensidade sobre a escola como um todo. Infelizmente, quase sempre é bloqueado pelas exigências burocráticas que acabam por valorizar a escolar, tomando como parâmetros coisas supérfluas. (Prado, 2007, p.156.)

Basicamente, o gestor põe em ação o processo de tomada de decisões na organização e coordena os trabalhos, de modo que sejam realizados da melhor maneira possível. A direção é princípio e atributo da gestão, por meio da qual é canalizado o trabalho conjunto das pessoas, orientando-as e integrando-as no rumo dos objetivos. Outro autor que também destaca a função do Diretor Escolar é Libâneo (2003) que tem o seguinte conceito:

Diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais elementos do corpo técnico-administrativo e do corpo de especialistas. Atende às leis, aos regulamentos e as determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela equipe escolar e pela comunidade.

Para Libâneo o diretor não pode ater-se apenas as questões administrativas. Como dirigente, cabe-lhe ter uma visão de conjunto e uma atuação que abranja a escola em seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e culturais. Em razão dessas considerações, a escolha do diretor requer muita responsabilidade do sistema de ensino e da comunidade escolar.
Com base nesse princípio mais geral, há que destacar o papel significativo do diretor da escola na gestão da organização do trabalho escolar. A participação, o diálogo, a discussão coletiva, a autonomia são práticas indispensáveis da gestão democrática, mas o exercício da democracia não significa ausência de responsabilidade. Uma vez tomadas às decisões coletivamente, participativamente, é preciso pô-las em prática, assim a escola deve estar bem coordenada e bem administrada.
Dirigir uma escola implica conhecer bem seu estado real observar e avaliar constantemente o desenvolvimento do processo de ensino, analisar com objetividade os resultados, fazer compartilhar as experiências docentes bem-sucedidas.
Analisar os problemas em seus múltiplos aspectos significa verificar a qualidade das aulas, o cumprimento dos programas, a qualificação e a experiência dos professores, as características socioeconômicas e culturais dos alunos, os resultados do trabalho que a equipe propôs atingir, a adequação entre métodos e procedimentos didáticos etc.
Para a coleta de informações, o diretor pode servir-se de observação, de acompanhamento das salas de aula, de entrevistas pessoais com professores e com outros servidores, de reuniões, encontros informais com pessoal docente, técnico e administrativo. Assim, o acompanhamento e o controle comprovam os resultados do trabalho, evidenciam os erros e as dificuldades, e por meio de uma avaliação pode ser feita uma análise coletiva dos resultados alcançados para que se possa tomar medidas necessárias para solucionar as deficiências encontradas.
Como toda instituição, as escolas buscam resultados, o que implica uma atividade racional, estruturada e coordenada. Ao mesmo tempo, sendo de caráter coletivo, essa atividade não depende apenas das capacidades e das responsabilidades individuais, mas também de objetivos comuns e compartilhados dos agentes do processo.
Conforme Chiavenato (1997, p.101), “não se trata mais de administrar pessoas, mas de administrar com as pessoas. As organizações cada vez mais precisam de pessoas proativas, responsáveis, dinâmicas, inteligentes, com habilidades para resolver problemas, tomar decisões”. Nessa perspectiva o coordenador pedagógico deve identificar as necessidades junto aos docentes e encontrar soluções que priorizem um trabalho educacional de qualidade.
O coordenador pedagógico deve ir além do conhecimento teórico, pois para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e professores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua prática.
Para Nóvoa (2001), “a experiência não é nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber e a formação“ é necessário destacar que o trabalho deve acontecer com a colaboração de todos, assim o coordenador deve estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe.
Dentro das diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho docente, sendo responsável pela ligação entre os envolvidos na comunidade educacional. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para uma gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas o coordenador não pode perder seu foco. O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se apresenta a sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados.
A escola envolve diferentes segmentos e sujeitos que fazem parte da gestão. Nesse contexto, está o supervisor escolar, que organiza, orienta e assessora o corpo docente a fim de que planeje a ação pedagógica a ser desenvolvida com os educandos na busca da construção das condições para que aconteça o processo de ensinar e aprender com qualidade.
Segundo Pinzan e Maccarini (2003, p, 21) a Supervisão Escolar, comprometida com o trabalho coletivo, contribui na formação do professor na medida em que não limita ao controle, ou ao repasse de técnicas aos professores, mas no sentido de lhes oferecer assessoramento teórico-metodológico diante dos problemas educacionais do cotidiano.
O Supervisor na qualidade de mediador na construção de um ensino de qualidade desenvolve com os professores e diretor, os valores e os objetivos que fundamentam as ações, conforme a filosofia e política da escola, buscando mudanças no processo da qualidade na educação.
Para Medina (1995, p.12) “O papel do supervisor passa então, a ser redefinida com base em seu objeto de trabalho, e o resultado da relação que ocorre entre o professor que ensina e o aluno que aprende passa a construir o núcleo do trabalho do supervisor na escola”. A supervisão direciona sua atenção para os fundamentos da educação, ele deve procurar ter consciência clara dos conceitos e “crenças” que determinam sua maneira de agir, dos fins que objetiva atingir e dos meios a utilizar, pois o supervisor é quem da um “rumo” aos trabalhos na escola.
Efetivar mudanças significativas em educação exige um duplo compromisso de gestores e formadores: o de mobilizar os docentes à discussão de suas práticas e concepções bem como o de mediar a construção de novos saberes.
O ensino musical nas escolas é uma das áreas de conhecimento que mais precisa da atenção de toda gestão escolar por possuir uma maneira de ensino mais complexa que as matérias ditas “normais” como matemática, português entre outras. Para aulas de música, o quadro branco utilizado para as disciplinas de matemática e português por exemplo não é adequado para ministrar conteúdos musicais por não possuir pentagramas, outro ponto a destacar é a sala, deve ser apropriada, possuir isolação sonora e tomadas que funcionem.
É importante o gestor escolar está ciente do que é preciso quanto à estrutura física para o ensino musical dentro de uma escola de ensino básico. Por isso a importância do diálogo entre o professor de música, coordenador e diretor. Os educadores, infelizmente não são consultados para opinarem quanto aos aspectos pedagógicos que devem ser observados nas construções escolares (isso é válido para qualquer disciplina). Dar apoio ao ensino musical não é apenas ir assistir as apresentações nas datas comemorativas, pois cada recital necessita de uma produção na qual é necessário apoio dos serviços gerais, como carregar cadeiras, estantes, caixas de som, em fim, é preciso que toda a escola se programe e também divulgue eventos musicais incentivando a comunidade ao gosto pela apreciação musical e valorizando de certa forma o esforço dos alunos que vão a um palco.