A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA CONSTRUÇÃO DO AUTOCONCEITO

Elise Ana de Souza Kalbermatter
Pedagoga pelo UNASP ? Campus de Engenheiro Coelho.
Psicopedagoga Clínica e Institucional pelo UNASP ? Campus de Engenheiro Coelho.
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Resumo: Este artigo apresenta o estudo da influência familiar na construção do autoconceito. Com isso, sabe-se que este é de grande importância para o desenvolvimento pleno de um ser humano e dessa forma o nosso estudo partirá da análise dos períodos iniciais o qual passa um ser humano: pré-natal, peri-natal e pós-natal. Após esta análise, será abordada a questão do primeiro ano de vida como período áureo para o desenvolvimento emocional de um ser humano e em seguida as conexões estabelecidas pelo cérebro. Lembramos que o amor é algo essencial a todos os e por isso faz parte deste artigo o estudo deste como comportamento desenvolvido. Em sequencia disso, analisaremos o desenvolvimento do autoconceito e suas implicações na vida. Por fim será abordada a questão da auto-estima e a importância da mesma para o desenvolvimento pleno de um ser humano. Portanto, foi constatada através das fontes bibliográficas consultadas a importância da orientação as famílias, uma vez que seu papel é o principal conduto na formação do autoconceito.

Palavras-chave: família, desenvolvimento, amor, auto-conceito, auto-estima

Abstract: This paper presents the study of family influence in building the self-concept. Thus, it is known that this is of great importance for the full development of a human being and thus our study based on analysis of earlier periods which is a human being: prenatal, perinatal and postnatal. After this analysis, the question will be addressed in the first year of life as a golden period for the emotional development of a human being and then the established connections in the brain. Remember that love is something essential to all and that's part of this paper to study how this behavior developed. In this sequence, we analyze the development of self-concept and its implications for life. Finally it will address the issue of self-esteem and its importance for the full development of a human being. Therefore, it was found through the bibliographical sources consulted the importance of orientation families, since their role
is the main conduit in the formation of self-concept.

Key-words: family, development, love, self-concept, self esteem

Introdução

O auto-conceito é um fator que exerce grande influência sobre a vida de um ser humano, podendo até mesmo determinar escolhas importantes a serem realizadas no decorrer de sua vida. Não há dúvida sobre o papel da família como principal conduto na formação de um ser humano.
Neste artigo estaremos focando a importância da família na construção do autoconceito. É nosso objetivo conscientizar os pais, sobre a importância que eles exercem na formação deste aspecto tão essencial ao ser humano.
Iniciaremos, fazendo uma análise de como ocorre o desenvolvimento do aspecto emocional no ser humano percorrendo os períodos iniciais desde o pré-natal, ou seja, antes de seu nascimento, seguido do peri?natal, durante o nascimento e terminando com o pós?natal, início do desenvolvimento após o nascimento.
Sabe-se que o primeiro ano de vida é um período que podemos chamar de áureo para o desenvolvimento do ser humano. Sendo assim, é necessário fazer uma análise sobre ele. Não poderiam passar despercebidos deste estudo as conexões que o cérebro faz durante o primeiro ano e que serão as mais intensas de toda a vida de um ser humano, sendo que, estas estão diretamente ligadas ao meio em que a criança vive, ou seja, a família.
O amor é um componente essencial a vida, sendo assim essencial ao desenvolvimento pleno de um ser humano, dado a sua importância há de se fazer uma análise de como este sentimento pode ser aprendido desde a mais tenra idade.
Conhecer a si mesmo como indivíduo único com seus próprios traços, seus gostos e desgostos, suas próprias idéias significa tornar-se uma pessoa de verdade. Porém não é algo que acontece do dia para noite, sem dúvida este processo começa enquanto não existe consciência para entendê-lo e irá continuar a desenvolver-se por toda a vida. Estamos falando do autoconceito e iremos abordar o seu desenvolvimento e as implicações que este pode trazer ao aspecto emocional do ser humano.
Por fim, mas não de menor importância, iremos analisar a auto-estima sendo um dos processos psicológicos que mais influencia a vida e o desempenho humano, pois representa, segundo Filho (2008, p.01) "o componente emocional do nosso eu, isto é, o quanto gostamos verdadeiramente de nós mesmos e do modo de vida que levamos". Estudar o seu desenvolvimento e sua importância é um fator essencial para que este artigo alcance o objetivo o qual se propôs.
Apesar de esse material ter suas limitações, esperamos que seja um instrumento de conscientização para as famílias e que as ajude a crer e entender a sua importância no desenvolvimento emocional pleno do ser humano.

Períodos Iniciais

O desenvolvimento é um processo contínuo de construção, partimos então do início de tudo. O começo da vida, isto é, na concepção. Seguido da concepção vemos a seqüência do desenvolvimento humano, abrangendo várias fases: período pré-natal, fase que antecede ao nascimento, peri-natal, ou seja, durante o nascimento, pós-natal que sucede ao nascimento e os primeiros anos de vida. Todas estas etapas pela qual passa o ser humano são fundamentais para o desenvolvimento saudável de uma criança. Rappaport (1981, p. 02) faz a seguinte referencia em relação aos primeiros anos de vida. "Freud causou um impacto decisivo ao mostrar a importância dos primeiros anos de vida na estruturação da personalidade, determinando o curso do seu desenvolvimento futuro no sentido de saúde mental e da adaptação social adequada ou da patologia."
Tendo a concepção como inicio da vida abordaremos a influência do período pré-natal no desenvolvimento psicológico da criança. O período pré-natal corresponde à fase que vai do momento da fecundação até o parto.
A criança que esta sendo gerada dentro do corpo de sua mãe, certamente esta muito bem protegida, mas não a ponto de evitar todo e qualquer risco. Este é um período muito desejado e ate mágico para muitas mulheres, pois carregam dentro de si outra vida. A gestante, assim deve manter um espírito alegre, de paz e aceitação, pois tudo o que ela sente transmite à criança.
De acordo com Mussen; Canger e Heston (1995, p. 70):

Apesar de não haver conexões diretas entre o sistema nervoso materno e o fetal, o estado emocional da mãe pode influenciar as reações e o desenvolvimento do feto. Isso ocorre porque as emoções como ira, medo e ansiedade põem em ação o sistema nervoso autônomo da mãe, liberando certas substâncias químicas (como acetilcolina e epinefrina) na corrente sangüínea.

Toda mulher que logo será mãe, por mais tenso que seja seu ambiente deve expressar constantemente disposição e alegria, sabendo que todos os seus esforços serão recompensados ao ter em seus braços sua criança. As sensações da mãe sejam elas negativas ou positivas, influenciam no preenchimento do estoque emocional de seus filhos. Por isso, as mães sábias, serão cuidadosas antes do nascimento de seus filhos, formando hábitos que possam transmitir-lhes qualidades positivas, preparando assim a compreensão de quão importante à criança é, ou seja, ajudá-la a construir uma consciência de amor próprio.
Ellen G. White (2000, p. 255) nos diz que: "O efeito das influências pré-natais é olhado por muitos pais como coisa de somenos importância; o Céu, porém, não o considera assim." As gestantes devem estar bem conscientes de sua influência sobre o seu futuro bebê, pois o que comerão, como se sentirão e como reagirão no seu dia-a-dia, influenciará tanto na saúde como no lado emocional de seus filhos. Também de grande importância e o papel do pai no período pré-natal, auxiliando a esposa no que precisar, aliviando assim as suas cargas e animando-a, propondo um clima alegre e pacificador fazendo com que os dois seres (esposa e feto) sintam-se amados.
Continuado a seqüência do desenvolvimento afetivo do bebê, chegamos ao período peri-natal, momento em que o bebê é tirado do útero da mãe e vem ao mundo. É um período importante, pois as primeiras sensações externas do bebê ocorrem neste momento.
Deixemos de lado a idéia de que o bebê não sente e não registra nada em seu nascimento. Ao nascer, a criança tem uma sensação muito intensa de tudo o que acontece e registra tudo em seu cérebro.
O momento do nascimento é uma experiência importante para a formação do ser humano, e quanto mais humanizado for este nascimento, melhor para a criança, melhor para os pais e melhor para a sociedade. Moura (1993, p. 26) nos faz a seguinte colocação "felizmente a grande maioria dos nascimentos não apresenta complicações. Entretanto quando elas ocorrem muitas vezes à sobrevivência da criança fica ameaçada ou suas atividades futuras podem estar comprometidas."
Durante a gestação o bebê está num ambiente de prazer e conforto, dentro do corpo de sua mãe, então o choque e o trauma do nascimento são maiores quando vividos de uma forma brutal. Existem vários tipos de partos, porém não existe um melhor tipo de parto, pois, tudo depende das circunstâncias de cada gestante. Não podemos generalizar dizendo que um tipo de parto é o melhor, porque cada pessoa tem as suas peculiaridades e o importante é que a gestante saiba suas possibilidades e encare-as com naturalidade.
Dedicação e cuidado são necessários no período pré-natal e no peri-natal. E no período após o nascimento? Como o próprio nome já diz é o período pós-natal, onde o bebê inicia seu desenvolvimento em todos os sentidos. A afetividade, a compreensão do amor recebido, a segurança transmitida e adquirida ocorrem de forma intensa.
Alguns acreditam que o bebê recém-nascido não pode ouvir, a maioria acredita que ele também não pode ver. Segundo Helen Bee (1977) pesquisas mostram que o recém-nascido possui muitas habilidades perceptivas, visuais e auditivas e até emocionais bastante sofisticadas a partir do seu nascimento.
Sabe-se que o bebê recém-nascido vem bem equipado para experimentar os vários estímulos que o mundo tem a lhe oferecer. Com certeza, essas habilidades não estão tão desenvolvidas quanto estarão mais tarde, mas todas estão presentes no bebê.
O bebê não pode andar ou falar, não pode nem mesmo sustentar sua cabeça, mas ele já possui movimentos corporais reflexos. Um reflexo é uma resposta automática a algum estímulo específico e existem vários reflexos num bebê normal.
A sensibilidade do bebê fica evidente quando observamos que os sons rítmicos são sensíveis ao seu ouvido e funcionam até como calmantes. Uma idéia para comprovar tal fato é que o bebê passou nove meses ouvindo os sons rítmicos dos batimentos cardíacos da mãe, qualquer som com a mesma característica trará a lembrança calma da atmosfera do útero materno.
Durante os primeiros meses os bebês já mostram reações que sugerem estados emocionais, por exemplo: quando o bebê está em uma atividade motora e pára; quando os seus batimentos cardíacos são acelerados ou desacelerados; o aumento da sua movimentação; o fechar dos olhos e o choro, mostram que o bebê já está com o seu desenvolvimento emocional e afetivo em processo.
Rappaport (1981, p. 67) faz à seguinte referencia a este período do desenvolvimento:

O período de bebê é sem dúvida bastante complexo do ponto de vista do desenvolvimento, pois nele ira ocorrer a organização psicológica básica em todos os aspectos (perceptivo, motor, intelectual, afetivo, social). Do ponto de vista do auto-conhecimento, o bebe irá explorar seu próprio corpo, conhecer os seus vários componentes, sentir emoções, estimular o ambiente social e ser por ele estimulado, e assim irá desenvolver a base do seu auto-conceito. Este auto-conceito estará alicerçado no esquema corporal, isto e, na idéia que a criança forma de seu próprio corpo.

Se este período tão importante do desenvolvimento ocorrer de forma tranqüila, poderíamos dizer que esta criança tem potencial para crescer de bem com a vida e relacionar-se bem com os que interagirem com ela ao longo de sua existência. Ao contrário, bebês que sofreram traumas emocionais desde o ventre materno, terão a tendência de serem mais difíceis em seus relacionamentos, e certamente carregarão estas influências negativas através de suas vidas.
É importante se estudar o desenvolvimento emocional do bebê desde o período inicial de sua geração, para resgatar através de sua história de vida, os motivos que estão na base de seus comportamentos, e assim poder compreendê-los melhor.

Primeiro ano de vida: período áureo para o desenvolvimento emocional

Estudando o princípio da vida, vimos quão importante e significativo é este período para o desenvolvimento emocional pleno do ser humano. O meio ambiente principalmente aquele que envolve pais e irmãos terá uma grande influência no tipo de personalidade que o bebê desenvolve. Dada a seriedade do assunto é de grande importância admitir os cuidados que uma criança precisa receber em sua mais tenra idade. Se não for assim está se colocando em risco o comportamento futuro desta criança.
Segundo Ellen G. White (2000, p. 197): "É durante os primeiros anos de vida da criança que sua mente é mais suscetível a impressões, sejam boas ou más. Durante estes anos faz-se decidido o progresso, quer na direção certa ou errada."
O fator que estamos analisando, é o aspecto emocional que pode interromper ou influenciar comportamentos até mesmo de bebês. As ações das crianças, o conhecimento e as emoções influenciam as primeiras interações sociais.
Um dos medos mais comuns no final do primeiro ano é a ansiedade ante aos estranhos. O medo da separação temporária das pessoas que cuidam do bebê, fica evidenciado que quando ele é deixado sozinho num ambiente estranho, com gente estranha e manifesta reações de angústia e desconforto. A intensidade da angústia da criança com a separação temporária depende em parte da qualidade do relacionamento emocional com a pessoa que cuida dela.
Uma evidência da existência do aspecto emocional afetivo no bebê é quando observamos suas reações físicas, e notamos seu sorriso quando um adulto olha para baixo e conversa com ele, ou então quando o bebê mostra uma expressão de contrariedade por alguém ter lhe tirado um doce da boca.

As conexões do cérebro durante o primeiro ano

Conforme Mussen (1995), o cérebro da criança é dotado de cem bilhões de células nervosas desde o seu nascimento. Durante o desenvolvimento do cérebro ele forma cerca de cem trilhões de conexões entre os neurônios, essas conexões surgem também pelo contato da criança com seus pais, com as pessoas que a cercam e o ambiente que a rodeia, quanto mais estímulos um bebê recebe, mais conexões nervosas são formadas entre seus neurônios.
A quantidade de conexões neuronais varia de um indivíduo a outro, uma vez que a genética tem a sua parcela, mas nem por isso é uma obra já pronta, completamente acabada. O ambiente, as experiências, sentimentos, história familiar, e, sobretudo, o amor que o filho receberá de seus pais, vão influenciar de forma muito significativa o estabelecimento das ligações neuronais. E é isso que acaba fazendo toda a diferença no desenvolvimento da criança.
Os dois fatores determinantes na formação destas conexões são o fator genético e o ambiental. O ambiental é constituído de estímulos que determinam a formação de uma conexão. Isto ocorre durante toda a vida, mas é muito mais intenso e rápido nos primeiros anos.
Segundo Júlia Manglano, coordenadora da escola para bebês, em matéria para a Revista Superinteressante, de março de 2001, até aquele ambiente imaculado e silencioso que costuma ser instalado nos quartos dos recém-nascidos, está sendo colocado em xeque pelos especialistas. O bebê precisa de um local estimulante, com coisas para ver e ouvir e quanto mais os pais conversarem com a criança, melhor para o futuro dela.
Não nascemos com nossa inteligência e comportamento definidos, o que viabiliza este desenvolvimento são as ligações entre as redes de neurônios, essas ligações podem ser ampliadas por estímulos como: convívio com familiares, afeto, atenção, manuseio de objetos e observação de figuras e imagens. Helen Bee (1977, p.35) diz que "a criança tem necessidade de contato humano. Tem necessidade de ser carregada, de ficar no colo, de ser acariciada, envolvida, estimulada."
Vimos que todo esforço para estimular o bebê é interessante, mas os pais não devem "forçar a barra". Segundo a psicanalista Cláudia Hohenkol, especialista em inteligência infantil, não adianta o pai colocar uma sonata de Mozart para o bebê ouvir se o bebê sentir que o pai não está apreciando a música ao estar ali. O aprendizado também depende do afeto.
O amor é algo de que todos os seres humanos precisam, é muito difícil viver sem amor, nossa vida é constituída por uma rede de sentimentos. Quando essa rede é abalada e os vínculos ficam comprometidos, sentimentos como dignidade, amor próprio, capacidade de dar e receber amor também ficam comprometidos.
Para Santos (2000, p.28) "uma pessoa que consegue estabelecer relações humanas saudáveis é aquela que teve a suprema aventura de receber no início da vida a quota de amor e segurança de que necessitava, criando assim, a habilidade em dar sentido à vida." Em qualquer uma das redes do relacionamento humano, onde haja amor, é preciso que seres envolvidos atendam as necessidades uns dos outros. Se no relacionamento entre pessoas adultas é assim que deve acontecer, ainda mais, com crianças pequenas que são completamente dependentes dos pais, ou de quem cuida delas.
É fácil percebermos que crianças que possuem um convívio social amoroso e integrado, constroem perspectivas futuras mais alicerçadas. Com toda a certeza saber amar e relacionar-se é de muita importância para uma vida equilibrada. Então nada mais coerente do que desenvolver o amor desde cedo nas crianças.

Amor: comportamento desenvolvido

As primeiras pessoas que tem contato com um recém nascido são os pais, por isso, cabe a eles desde cedo desenvolverem a afetividade dos filhos, pois quando os pais amam os filhos, estes desenvolvem atitudes positivas com relação a si mesmo e ao próximo. José Luiz Beltram (2001, p. 17) nos diz que assim como você ensina uma criança a falar, você deve ensinar uma criança a amar e você conseguirá isto, amando-a incondicionalmente, ou seja, independente de qualquer coisa. Sem sombra de dúvidas, o amor é o que há de mais importante na modelagem psíquica da criança.
Chapman e Campbell (2001, p. 26) também falam que a necessidade de amor de uma criança é básica e precede todas as outras. Todas as pessoas gostam de receber amor, mas infelizmente nem todas sabem demonstrar amor. Buscaglia (1994, p. 49) nos diz que ninguém pode dar aquilo que não possui. Para dar amor, você deve ter amor. Esse deve ser o primeiro passo de uma pessoa que quer transmitir amor: ter amor.
Uma pessoa que tem amor vai refletir isso na sua maneira de falar e agir. Dar um abraço, um toque, até mesmo um aperto de mão, são formas de expressar a outra pessoa que ela é importante e que você a ama. Outra maneira é expressar verbalmente falando: eu te amo, você é muito especial para mim, etc. Para algumas pessoas, é preciso gastar tempo com elas, separar um dia para sair e divertir-se com ela ou mesmo ficar em um ambiente mais calmo fazendo alguma atividade produtiva para ambas.
Drescher (1993, pp. 60-61) nos relata que um menino estava sempre pedindo ao pai que o ajudasse a montar uma casinha para o seu clube no quintal. O pai prometia, mas todo o final de semana ficava ocupado com outra atividade e acabava não montando com o filho a casinha. Certo dia, o garotinho foi atropelado por um carro e levado ao hospital em condições delicadas. Enquanto o pai se mantinha ao lado da cama em que o filho morria, a última coisa que este disse, com um sorriso, foi: Olhe pai, acho que nunca vamos montar aquela casa para o clube. Aqui vemos a declaração de um filho que almejava muito que seu pai tivesse doado um pouco de seu tempo para ajudá-lo na construção de sua casinha. Gastar um pouco de tempo para prestar um serviço ao próximo é outra forma de demonstrar amor a uma pessoa.
Dar presentes, elogiar os atos das pessoas também são maneiras de demonstrar afeto. Ao elogiarmos uma pessoa, devemos ter o cuidado de elogiar o ato dela e não a sua pessoa. Por exemplo: Paulo você é inteligente. Aqui está elogiando à pessoa. Paulo o trabalho científico que você fez, ficou excelente. Neste segundo caso, o elogio está se referindo ao ato da pessoa, desta forma, quando o elogio for negativo, não destruirá a auto-estima da mesma, pois não será para a sua pessoa e sim para o ato.
Pais e professores podem utilizar estas e outras maneiras de expressar afeto e amor aos seus filhos e alunos.
Campbell (1999, p. 22) diz que: "As crianças e os adolescentes podem ser considerados espelhos. Eles no geral refletem o amor, não o iniciam. Se lhes é dado amor, eles o retribuem. Se nada recebem, nada têm a dar." Cabe as pessoas que entram em contato com as crianças e adolescentes, demonstrarem amor incondicional, ou seja, não sujeito a condições, para que estas retribuam e aprendam a ser amorosas com o semelhante.
Segundo Ellen G. White, (1997, p. 16) "o amor é o fundamento da verdadeira educação". Então nada mais coerente do que estar atento, pois os resultados serão grandemente compensadores. Vale a pena cuidar.

Desenvolvimento do Auto-conceito

Quem sou eu no mundo? Esta sem dúvida é uma grande questão, resolve-la é algo que pode durar até mesmo a vida toda. Conhecer a si mesmo como indivíduo único com seus próprios traços, seus gostos e desgostos, suas próprias idéias significa tornar-se uma pessoa de verdade. Porém, não é algo que acontece do dia para noite, sem dúvida este processo começa enquanto não existe consciência para entendê-lo e irá continuar a desenvolver-se por toda a vida.
Pesquisas têm sido feitas e têm demonstrado a importância dos fatores emocionais e sociais para a realização do potencial pleno de um ser humano. Crenças e atitudes que temos em relação a nós mesmos são centrais em nosso comportamento e personalidade.
O auto-conceito é a imagem que fazemos de nós mesmos, é o eu, ou seja, o centro de todas as realizações e de todas as ações, é o que acreditamos em relação à pessoa que somos, nossas características e capacidades. Este sentimento nos acompanhará podendo determinar escolhas importantes que serão realizadas no decorrer da vida de um ser humano.
De acordo com Harter (1993,p.01) citado por Papalia (2000, p.216) o auto-conceito:

É uma estrutura cognitiva com indícios emocionais e conseqüências comportamentais, um sistema de representações descritivas e avaliativas em torno do eu, o que determina como nos sentimos sobre nós mesmos e orienta nossas ações.

Como já vimos nas páginas anteriores não há dúvida de que os primeiros anos são fundamentais para o desenvolvimento pleno do ser humano, e incluído nesta afirmação está o auto-conceito.
Para Papalia (2000, p. 216)

À medida que o auto-conceito das crianças se fortalece, elas aprendem de que sexo são e começam a agir de acordo. Seu comportamento também se torna mais socialmente dirigido. A vida social se amplia à medida que amigos e parceiros de jogo desempenham um papel mais importante.

Não podemos nos esquecer de abordar a questão referente a influência de fatores externos na constituição do modelo interno da criança. Esta influência é muito grande, portanto rótulos que a criança recebe, suas experiências de fracasso e sucesso já estão construindo o eu da criança e incorporando a ele uma compreensão de como os outros a vêem.
Papalia (2000, p. 216) nos afirma que:

O quadro de identidade pessoal se define na segunda infância e se torna mais claro e convincente á medida que a pessoa adquire habilidades cognitivas e lida com as tarefas de desenvolvimento da segunda infância, adolescência e, depois da idade adulta.

Desde a infância, a criança assimila informações recebidas dos pais e também de outras pessoas. Essas informações possibilitam influenciar em áreas vitais do seu desenvolvimento, como o auto-conceito. A criança não tem uma imagem clara de si mesma, ela enxerga através da avaliação de seus pais ou de pessoas que convivem com ela, por isso dizer a uma criança que é má, preguiçosa, incapaz, estúpida e tímida criará nesta criança a tendência de agir de acordo com as imagens que lhe foram atribuídas.
Hellen Bee (1977, p. 222) nos ressalta que:

Para atingir um auto-conceito a criança é influenciada não apenas por suas próprias conclusões a respeito de suas habilidades e capacidades, mas também, em grande parte pelos julgamentos dos outros a respeito dela e por suas ações em relação a ela. Ela incorpora todas as afirmações feitas pelos outros:"Oh, como você é uma criança desajeitada!","Você não pode terminar as coisas que começa?"; "Algumas vezes eu acho que você não tem nada na cabeça"; "Certamente você é um ótimo ajudantezinho!","Você foi muito sabido fazendo isso sozinho". O acúmulo de todas estas mensagens, juntamente com suas próprias experiências de competências e fracassos, começam a moldar o conhecimento e as crenças da criança a respeito de si mesma.

Auto-estima e sua importância

De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão importante e tão difícil quanto julgarmos a nós mesmos. Desse julgamento provêm a auto-estima. Ela pode ser alta ou baixa. Depende do nosso conceito, do meio que nos cerca e dos nossos sentimentos em relação a ele.
A auto-estima é um dos processos psicológicos que mais influencia a vida e o desempenho humano, pois representa, segundo Filho (2008, p.01) "o componente emocional do nosso eu, isto é, o quanto gostamos verdadeiramente de nós mesmos e do modo de vida que levamos". O autor (2008, p.01) ainda nos salienta que a melhor definição da auto-estima é, portanto, "o quanto você gosta de si mesmo" ou "o quão bem você se sente a seu respeito e em relação ao modo como você vive".
Então podemos dizer que a auto-estima é um requisito essencial para uma vida satisfatória, uma vez que afeta todos os aspectos da nossa existência: a maneira como agimos em relação aos estudos, trabalho, amor, em fim escolhas importantes na vida de um ser humano. A auto-estima reflete nossa capacidade de lidar com os desafios da vida, entender e dominar os problemas, e também existe a relação essencial com a felicidade.
De acordo com Papalia (1981, p.409):

Provavelmente, a chave mais importante para o sucesso e felicidade na vida seja uma auto-imagem favorável. Feliz do Marcos que gosta de si próprio! Confiante em suas próprias capacidades aborda a vida com uma atitude aberta que lhe destrancará muitas portas. Pode receber críticas sem ficar aos pedaços, e quando tem fortes sentimentos a respeito do que dizer ou fazer, dispõem-se a arriscar suscitar a raiva nos outros. Muitas vezes contesta os pais, mestres e outras pessoas de autoridade. Julga que pode fazer frente aos obstáculos; não se acha sobrecarregado por autodúvida. Resolve problemas de modo original e inovador. Porque acredita que pode ter sucesso nas metas que estabelece, geralmente tem êxito. Este êxito renova seu auto-respeito e lhe facilita respeitar e amar os outros. Estes, por seu turno, admiram e respeitam Marcos, gostando de estar com ele.

Que pais não sentem o desejo de desenvolver uma saudável auto-estima em seus filhos, observando a sua atitude positiva frente aos desafios que a vida lhe impõe? Com certeza todos os pais que amam seus filhos gostariam de vê-los felizes. Tendo a auto-estima como parte do processo de felicidade frente à vida, então é preciso buscá-la com sabedoria.
O aspecto emocional já nasce com o ser humano, a emoção de realizar algo, pode ser facilmente percebida em bebês bem novos, quando conseguem realizar suas primeiras façanhas. São essas experiências que fundamentam a tomada da sua própria consciência, do seu amor-próprio. Quando os pais incentivam de maneira positiva um bebê que acabou de realizar algo sozinho, estão incentivando a formação de uma boa auto-estima. Do contrário também pode acontecer. Se as primeiras relações da criança forem insatisfatórias, ela tende a desenvolver uma auto-estima comprometida.
A criança que se vê atacada por uma descarga de expressões humilhantes, juntamente com atitudes de falta de respeito, ou descuido emocional, começa a se sentir envergonhada e descontente com ela mesma, em sua mente brotam sentimentos negativos de incapacidade e falta de habilidade para realizar suas atividades. Segundo Papalia (1981, p. 411) "As crianças de baixa auto-estima podem não agir curiosamente porque, esperando falhar, não se arriscam."
Se pararmos para pensar quando atendemos as necessidades básicas de uma criança como: amor, carinho, palavras de afirmação, disciplina, já estamos trabalhando com sua auto-estima. O respeito próprio deve ser aprendido, pois quanto mais experiências positivas os pais colocarem ao alcance de seus filhos, maiores serão as possibilidades de ele sentir-se bem consigo mesmo.
De acordo com Brazelton (1994, p.440) para estimular uma auto-estima positiva: "O primeiro passo sem dúvida, consiste em tratá-la com generosidade e afeto. Mas também é preciso transmitir modos de pensar, bem como de resolver problemas."
Para que a criança aprenda a resolver problemas e pensar frente aos desafios que a vida lhe impõe, é preciso colocá-la diante de tais circunstâncias. É necessário incentivar a criança sempre que ela estiver diante de uma tarefa, mas sem pressioná-la. Para Brazelton, (1981, p. 440) "Tanto o excesso de estímulos quanto o excesso de pressões acabam pondo por terra a iniciativa da própria criança."
É preciso deixar que a criança faça as suas tentativas como: colocar suco em seu copo, mesmo que suje a toalha, esmagar a banana sem perfeição, ajudar nas tarefas domésticas ainda que não saia tudo com perfeição. Deixar a criança se meter numa situação difícil, e elogiá-la pela tentativa. Tudo isto deve acontecer é claro dentro dos limites de segurança e responsabilidade.
Em relação a este aspecto Barzelton (1981, p. 442) nos afirma que:

Para o pai ou a mãe, é muito difícil manter-se à parte e dar a criança o direito de frustrar-se e tempo para fracassar antes de conseguir. Mas essa talvez seja uma parte fundamental do seu reconhecimento do sucesso, assim que for bem sucedida. A frustração pode ser uma força positiva para o aprendizado da criança, aprendizado sobre si mesma, desde que não a esmague ao longo do processo.

O amor próprio deve ser adquirido, os sentimentos de amor e aceitação precisam ser aprendidos e não podem ser herdados como bens materiais. Quando você coloca seu filho para desenvolver uma habilidade, estará aumentando nele os sentimentos bons em relação a si mesmo.
Não é difícil perceber a grande responsabilidade que repousa sobre os pais. Porém estamos falando de seres humanos e talvez haja momentos de cansaço, pouca paciência em que, sinta-se vontade de jogar tudo para o alto e fazer o mínimo. Mas nessa hora é importante lembrar que é preciso dar as crianças aquilo que elas precisam. Isto não significa que elas precisam de pessoas que minimizem os limites a serem estabelecidos, ou as conseqüências de seus atos, mas sim, pais que sejam verdadeiros, amorosos, que oportunizem momentos para a criança explorar, investigar, tentar novas idéias, e também que estabeleçam limites.
O amor próprio deve ser vivenciado, porque não adiantam palavras e elogios para que a criança sinta que tem valor. Ela precisa sentir a aprovação dos pais não somente por suas palavras, mas também pelos seus atos, pelo seu modo de viver.
Em muitas situações em que há amor, há também um sentimento de dor, mas o amor verdadeiro é que visa a felicidade em longo prazo, não uma felicidade momentânea, em que a pessoa é poupada. Quer maior amor que Deus sente por nós? E às vezes Ele não permite que passemos por dificuldades? São exatamente essas dificuldades, permitidas por que Ele, que nos fazem crescer e nos alicerçam para encarar a vida com mais naturalidade e felicidade, pois Ele enxerga o futuro e sabe o que será melhor para cada um de nós.

Metodologia

Esta pesquisa está classificada nos critérios de pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico.
Partindo da pesquisa realizada, os dados foram analisados a partir de leitura crítica e redação dialógica a partir dos autores apresentados.

Considerações finais

Concluo este artigo em concordância com as pesquisas que têm sido feitas e têm demonstrado a importância dos fatores emocionais e sociais para a realização do potencial pleno de um ser humano. Crenças e atitudes que temos em relação a nós mesmos são centrais em nosso comportamento e personalidade, ou seja, estamos falando de auto-conceito, é o eu, a imagem que fazemos de nós mesmos.
Feliz daquele que consegue desenvolver um auto-conceito e conseqüentemente uma auto-estima saudável, pois aborda os desafios impostos pelo percurso natural da vida com autonomia e segurança, uma vez que sentimentos positivos em relação a estes fazem parte do alicerce de sua personalidade.
Não poderia ser outra palavra, também é preciso dizer e assim redundar: "Feliz" dos pais que conseguem a proeza de nutrir no tanque emocional de seus filhos sentimentos positivos em relação à autoconceito e auto-estima. Famílias que compreenderam que são o principal conduto na formação de seus filhos e que sentimentos como estes relatados acima não acontecem do dia para noite, ou como num passe de mágica, sabem que não existe outro caminho diferente do que "semear", para depois "colher".
Já que usamos a analogia da colheita, pode-se perguntar da seguinte maneira: Semear desde quando? A resposta para esta pergunta foi uma das questões que este artigo concluiu. Desde que existe vida! Estamos falando dos períodos iniciais que vão desde o pré-natal, seguido pelo Peri-natal e terminando com o pós-natal. Estes períodos foram analisados sob o enfoque do desenvolvimento emocional e percebeu-se a importância de serem bem alicerçados. É importante se estudar o desenvolvimento emocional do ser humano desde o período inicial de sua geração, para resgatar através de sua história de vida, os motivos que estão na base de seus comportamentos, e assim poder compreendê-los melhor.
Quando falamos em desenvolvimento, não foi possível deixar de fora um período que é considerado o auge para o desenvolvimento do ser humano: o primeiro ano de vida. Este estudo pode concluir que o meio ambiente principalmente aquele que envolve pais e irmãos terá uma grande influência no tipo de personalidade que o bebê desenvolve. Dada a seriedade do assunto, é de grande importância admitir os cuidados que uma criança precisa receber em sua mais tenra idade e se não for dessa forma, coloca-se seriamente em risco o comportamento futuro desta criança.
Segundo Ellen G. White (2000, p. 197): "É durante os primeiros anos de vida da criança que sua mente é mais suscetível a impressões, sejam boas ou más. Durante estes anos faz-se decidido o progresso, quer na direção certa ou errada."
O fator analisado por este artigo é o aspecto emocional, e verificou-se que este pode interromper ou influenciar comportamentos até mesmo de bebês.
Essencial ao desenvolvimento do aspecto emocional do ser humano é o amor e por isso fez parte deste artigo a sua análise como comportamento desenvolvido, ficando alguns pontos bem evidentes. O amor é algo de que todos os seres humanos carecem sendo muito difícil a vida em sua ausência pois ela é constituída por uma rede de sentimentos. Quando essa rede é abalada e os vínculos ficam comprometidos, sentimentos como dignidade, amor próprio, capacidade de dar e receber também ficam comprometidos.
As crianças refletem o amor que recebem, não o iniciam. Se lhes é dado amor, elas o retribuem. Se nada recebem, nada têm a dar. Ou seja, cabe as pessoas que entram em contato com crianças e adolescentes, demonstrarem a elas o amor incondicional, pois ele é o alicerce da verdadeira educação.
Por fim, pode-se dizer que este artigo concluiu o objetivo a qual se propôs, visando como princípio conscientizar os pais, sobre a importância que eles exercem na formação do autoconceito, aspecto tão essencial ao ser humano. Após a leitura deste artigo fica evidenciada a veracidade desta afirmação.

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