A importância da ética na actividade do docente de Filosofia

Belito Vasco Francisco[1] 

Departamento de Ciências Sociais

UP- Quelimane

2011 

Introdução

O presente ensaio com título “A importância da ética na actividade do docente de Filosofia” é uma pesquisa que busca informações úteis relacionadas com a actividade do docente de Filosofia especificamente, dado que o autor é mestrando nesta área de saber. 

Sabemos que a actividade do docente é transmitir conhecimentos, ensinar (a socializar-se com…, apreender algo, saber fazer) mas, acima disso é educar e partilhar conhecimento, crenças/saberes e valores. Percebe-se também que existe dois tipos de educação: informal e formal. O que pretendo analisar neste ensaio, está ligado a educação formal, na qual ocorre numa instituição chamada escola onde existe programa, regulamento, direcção, docente, alunos, pessoal de apoio.

Com esta reflexão, pretendo analisar sobretudo a questão ética da actividade do docente, procurando esclarecer o contexto da ética, fazer ponte com as competências da prática docente e reflectir os problemas do quotidiano do docente de Filosofia, assim como tem solucionado os seus problemas da prática docente.

Olhando para todo este um conjunto de acções, surge a questão ligada a actividade do docente que parece fácil, mas complexa no seu dia-a-dia sem que tenha a ética. O que será a ética para prática docente? O que ensinar em Filosofia? Que competências o docente deve possuir na prática destas actividades? Que problemas o docente de Filosofia enfrenta no seu dia-a-dia? Como o docente tem resolvido ou solucionado os problemas da sua actividade prática?

A escolha deste tema está relacionado a nossa actividade como docente e que, muitas das vezes, agimos sem elementos éticos a observar aquando da prática das nossas actividades que de algum modo é a ético. Exemplos, quando o docente dá 30 exercícios a um estudante e ele resolve uma parte e no dia seguinte o docente pede que o aluno apresente todos exercícios e ele diz que não os resolveu todos, o docente manda embora para casa este aluno. Um outro exemplo, quando docente dá ao estudante para resumir a obra Crítica da Razão Pura de Kant para dois dias, a saber que este mesmo, tem outras cadeiras a estudar, mas não lhe concede tempo suficiente. Mas um outro exemplo, o docente marcou a data para avaliação chegado o dia o/a estudante tem o filho doente e que tem por obrigação levá-lo ao hospital, no entanto ele comunica ao docente. Mas que no dia seguinte pede para ser avaliado o docente diz não irá fazer porque o dia já passou e portanto, fica para ano seguinte. Portanto, são estas e outras situações que deparamos com o docente chegando mesmo a reflectir como que existem muitas faltas cometidas se calhar ligadas a ética.

É através deste contexto que coloco a questão seguinte: será possível exercer a tamanha tarefa (didáctica) apreciável do docente, sem o sustento da ética

A ética sendo reflexão da vida feliz, compreender-se também como a disposição filosófica que se ocupa da complexa dimensão da vida humana que é a moralidade. Pode-se afirmar também que é um conjunto de regras absolutas na visão Kantiana.

Ao fazer abordagem deste tema, importa referenciar que a ética possui princípios que a norteia de tipo: fazer o bem e evitar o mal, que a partir destes, temos uma orientação clara no decurso da nossa actividade didáctica olhando aos exemplos apresentados...