Adriétt de Luna S. Marinho [1]

 Danielle de F. Tavares Ferreira[2]

 

Geralmente, considera-se a didática como um conjunto de conteúdos (como se fosse um manual) que irá ensinar a dar aulas.  Ouvimos freqüentemente os alunos dizerem: “ A didática do professor não foi boa”, ou ainda: “ A didática  deste professor é melhor que a do outro”, etc.

Percebemos, nessa concepção, que as pessoas esperam ou crêem que a didática seja algo dado pronto e que, dominando a didática ideal, ter-se-á uma prática eficaz. Há uma definição para didática que diz: “Conjunto de métodos ou técnicas utilizadas na prática pedagógica”. Contudo, ao adentrarmos uma sala de aula não podemos abrir um manual e seguir as orientações passo-a-passo.

Existe uma série de elementos que formarão a didática do professor, e cada turma exigirá uma prática diferenciada. Entre os elementos da didática temos o planejamento, a metodologia e a avaliação.

Conhecer a didática enquanto conteúdo específico poderá, então, ajudar o professor em sua formação para que tenha contato com as diferentes formas de educar, as diversificadas tendências pedagógicas e assim repensar a prática docente enquanto atividade em constante processo de mudança.

De posse desses conhecimentos, o professor pode ter uma variedade de metodologias e concepções que o ajudarão a elaborar seus planejamentos e a nortear sua didática em sala de aula. Porém, não são os conteúdos estudados nem tão pouco os métodos observados que constituirão ou definirão a didática correta a ser aplicada.

Cada turma, em cada contexto e com cada professor terá necessidades específicas e são elas que irão orientar o professor sobre a melhor didática a ser posta em prática em cada momento à medida que as necessidades de sua turma forem sendo cumpridas.

Sendo assim, ter essa compreensão teórico-científica da didática e seu campo de estudo tornará provável o surgimento de dificuldades na elaboração de planejamentos, os quais precisarão partir de objetivos concretos e voltados significativamente para cada público. Sair também de uma interpretação prosaica, principalmente no que concerne à avaliação, não a restringindo apenas às notas, é de suma precisão aos que melhor compreendem suas práticas pedagógicas cotidianas.

Em suma, é preciso considerar a didática como o despertar teórico-científico de um trabalho pedagógico cotidiano onde a ponte eficaz de toda ela é o ensino-aprendizagem significativo de cada dia.



[1] Pedagoga (UFPE) e estudante do curso de especialização Latus Senso em Psicopedagogia pela FACOL

[2] Pedagoga (UFPE) e estudante do curso de especialização Latus Senso em Psicopedagogia pela FACOL