A ilusão da inexistência.

 

Uma vez certo filosofo disse.

 Isso aqui voltará ser o que fora antes.

Pelo princípio do nada.

Ou seja, a incausabilidade.

Tudo acabará.

O que restará de cada um de nós.

Serão  partículas de químicas.

Voltando a origem primeira.

De onde nunca deveriam  ter saído.

 

A matéria exaure.

Acaba e volta.

Mas a vida racional.

Aplicada ao homem.

Em todas essas voltas do universo.

Teve uma única oportunidade.

Exatamente essa que estamos tendo.

 

Tudo que existe.

Não tem um único sentido.

A vida.

A luz.

O desenvolvimento.

Tudo que está nesse planeta.

É a mais absoluta ilusão.

Não existe Deus.

Não existe vida eterna.

A alma foi uma invenção.

 Tudo isso aqui é mentira.

Estamos perdidos em nossas fantasias.

Acreditar em que?

Em nada.

O fundamento de tudo.

É a inexistência.

 

O mundo teve que existir.

Sua existência foi um erro.

Do mesmo modo o homem.

O homem está aqui nesse planeta.

Naturalmente que isso é uma mentira.

O homem não está em lugar nenhum.

Por ele não tem existência própria.

É apenas um momento de transformação.

 Tudo caminha.

Para mais absoluta eliminação.

 O que é o mundo.

É esse permanente deixar de ser.

Tudo flui para não ser.

Até mesmo o universo.

Isso aqui é por excelência.

A própria perdição.

 Acreditar em tudo isso.

É fechar os olhos para o entendimento.

Buscar Deus é ser covarde.

Desenvolver a cultura da má fé.

Por que ele simplesmente não existe.

 

Antes dele era o nada.

Então ele resultou do nada.

Todo poderoso.

Isso é mentira.

Antes dele era o nada.

O nada se fez o que é.

O princípio da matéria.

Pela lei da incausabilidade.

Ausência de luz.

A dimensão do infinito.

O escuro.

Um frio indescritível.

Produziu o gelo.

Por uma evolução química.

Desenvolveu tudo isso.

Mas quando queimar o hidrogênio do sol.

A matéria se esgotará novamente.

Tudo voltara a sua escala zero.

Novos bilhões de anos.

 Para constituir novos universos.

Mas sem vida racional.

Esse é o mundo.

Nosso mundo perdido.

Sem finalidade.

Esse é o universo.

Sem destino ou razão de ser.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.