O sentido ilógico das coisas.

Não tenho muitas palavras.

A dizer.

A não ser o silêncio.

 Da madrugada.

O caminho a seguir.

 Solitariamente.

Pauto-me pelo infinito azul.

A polimorfia da cor significativa.

Esse mundo é colorido por mil.

Sistemas ideológicos.

Mas não tenho ideologia.

O mundo é muito simples.

Eu tive uma sorte medonha.

De encontrar a liberdade.

A minha razão foi construída.

Funciona-se pela ausência.

 Por centenas de processos.

 De sínteses.

Negados.

E afirmados ao mesmo tempo.

Evidentemente.

Mas o que é a verdade.

 Para mim.

Essa perspectiva não existe.

O motivo de ser tolerante.

O meu saber é totalmente vazio.

Entretanto, opíparo.

 Na  sua formalidade.

Sinto-me aliviado.

As pessoas com as quais convivo

Muitas delas perderam e perdem.

O significado profundo da existência.

Eu nunca perdi.

Porque a referida não tem sentido.

 O tempo não existe.

Motivo pelo qual estou aqui.

Estou e não estou.

O que significa os anos.

Que passaram.

Os que virão.

Ontogenia da espécie.

Apenas a terra girando.

Em torno do seu próprio eixo.

Esse girar provoca tudo.

Até meus cabelos grisalhos.

A vontade de dormir.

Ou ficar acordado.

Um movimento.

 Tão  significativo.

Que me leva a imaginação.

A um inexaurível saber.

Apenas partículas de átomos.

Que compõem a passagem.

Sei que esse tempo será.

A doutrina do hilozoísmo.

A natureza toda cheia de vida.

Tudo que existe é.

A não existência.

 A verdadeira finalidade.

Do espermatozoide.

Apenas  repetir por um tempo.

A reprodução dos hormônios.

O movimento da passagem. 

O mundo é a repetição.

Nós somos a ilusão dela.

Tudo se repete na diferença.

Dos aspectos essenciais da forma.

Opresso.

Acreditar em deus.

Qual a finalidade da crença.

Mas o que  não é crença.

A curvatura do universo.

Sem olvidar.

O princípio da incerteza.

Ou a teoria da evolução.

Tudo que não for essencialmente.

Empírico.

Evidentemente comprovado.

De certo modo não seria.

Uma compreensão heterônoma.

Ao que se refere a sua parcialidade.

O mundo é composto de superstições.

Heuristicamente ideológicas.

Ser e não ser exatamente complexo.

Sem persecução.

A dialética das parcialidades.

Quando o sujeito e o objeto.

 Identificam.

A epistemologia da interpretação.

A não  ser um idealista na acepção.

Naturalmente clássica.

A junção das sínteses precárias.

Elaboradas pela primeira consciência.

O que denomina da logica.

Das  primeiras imaginações.

Minha razão é toda construída.

Perscrutável.

Em parte cartesiana.

Mistura-se o cartesianismo.

 Com o empirismo.

Descrevo com a coerência.

 Monista.

Escrevo poesia.

Em linhas retas.

Tortas.

E curvas.

Escrevo de todas as formas.

 Lógicas.

Também ilógicas.

O mundo tem diversas.

 Formatações.

Porque o nada não é.

 Uma mônada.

O ser não é moral.

Muito menos heurístico.

O que o ser é.

Hermenêutico.

Interpretativo.

O ser é essencialmente.

 Ideológico.

Ele imagina ser o que é.

Mas é o que não é.

A lógica da constitucionalidade.

Da vida.

O que não deve ser.

O que não poderá ser.

Exatamente o ser.

A idiossincrasia indubitável.

Do que é.

E o que não é o ser.

Edjar Dias de Vasconcelos