A MWM e a Cummins são duas das maiores fabricantes de motores movidos à diesel de todo o planeta. Ambas estão no topo da cadeia alimentar, tendo uma rivalidade que foi alimentada durante anos e teve o seu auge no século XXI, mais especificamente em 2005.

Alguns dos melhores motores produzidos para picapes, caminhões e tratores saíram das duas empresas, sendo elas as dominantes do mercado nacional brasileiro. O artigo de hoje irá falar um pouco mais sobre a história, a concorrência e as vitórias de Cummins e MWM no mercado. Mas antes, é válido ressaltar que todos os motores fabricados pelas duas multinacionais podem ser encontrados na loja da Motoreli.

As fundações de Cummins e MWM

No ano da graça de 1919, a Cummins surgiu para o mundo através das mãos de Classie Cummins e W.G. Irwin. O grande objetivo era proliferar o grande desempenho que o combustível diesel era e é capaz de proporcionar em veículos pesados como caminhões e tratores.

Não demorou muito e o sucesso da Cummins já era enorme, pois num período de três anos a empresa conseguiu obter os seus primeiros resultados de lucros. O início dos anos 20 ajudou bastante a atingir essa conquista, coisa que muitas empresas demoram até décadas de operações para conquistarem uma margem que supera os custos operacionais.

Diferente da Cummins, a MWM tem uma origem um pouco mais antiga, apesar de ter se tornado efetivamente a MWM apenas em 1922. No ano de 1883, Carl Benz fundou a Benz & Cia, está que veio a produzir o primeiro caminhão do mundo três anos depois de sua fundação.

A MWM surge para o mercado depois da divisão da Benz & Cia entre Benz AG e Motoren Werke Mannheim AG (MWM). Enquanto a primeira empresa foi encarregada de fabricar modelos de motores pequenos, para veículos leves, a segunda tornou-se um grande ponto no desenvolvimento de equipamentos para grandes veículos e máquinas pesadas.

A chegada no Brasil de ambas as empresas também é espaçada, sendo que a MWM foi implantada em território brasileiro ainda na década de 40, enquanto a Cummins só chegou no início da década de 70. Daí o maior reconhecimento da marca de origem alemã com o mercado nacional.

Atuação no mercado mundial

Em nível mundial, ambas as empresas possuem uma grande movimentação operacional. Segundo dados da própria MWM, contidos no site oficial, a multinacional exporta para mais de 45 países ao redor do mundo. Dentre os mercados de atuação estão grandes potências planetárias (EUA e China), além de países economicamente fortes como Turquia, Coréia do Sul e México.

Já a Cummins atinge marcas mais expressivas, ao menos esboça isso eu seu canal oficial. A empresa está atuando em mais de 190 países ao redor do globo, tendo uma rede que já supera mais de 7 mil representantes.

No Mercosul, principalmente no Brasil, a MWM parece se sair melhor devido a instalação de duas fábricas na região (São Paulo e Córdoba-ARG). Nessa faixa do mapa as disputas tornaram-se acirradas após 2005, como poderá ser visto a seguir.

O auge da concorrência entre as empresas

Considerar um auge de concorrência talvez seja algo exagerado, mas de fato a MWM e a Cummins tonaram-se concorrentes diretas após 2005, quando ocorreu a fusão entre empresa de origem alemã com a International. O mercado do Mercosul era dividido entre três grandes companhias: MWM, Cummins e International. Após a unificação, Cummins e MWM tinham a missão de dominar o setor de motores à diesel.

Segundo informações da época, o diretor de vendas e marketing da Cummins não se preocupava com a fusão, esta que poderia dar vantagem a agora MWM International. A disputa entre os dois pesos pesados só cresceu a partir de então.

Modelos de veículos marcantes equipados com motores

Mesmo sendo empresas que desenham, produzem e vendem motores movidos à diesel para abastecer grandes veículos, equipamentos Cummins e MWM também puderam ser vistos em modelos de veículos que marcaram época. Alguns deles são sonho de consumo até hoje, principalmente por aqueles apaixonados por grandes máquinas.

A MWM International já trabalhou ao longo de sua história com marcas como Ford, GM, Volkswagen, Nissan e Toyota. Dentre os modelos estão o F-1000 da Ford, Grand Blazer da GM e Frontier da Nissan. O motor Sprint 2.8 é quase idolatrado em algumas caminhonetes, por ser resistente e provar um baixo custo de manutenção.

A Cummins também tem grandes trabalhos no mercado, sendo que atualmente equipa grande parte dos caminhões da Ford. A linha F, a mais vendida da montadora americana, tem como equipamento os motores Mid Range da Cummins.

Uma das demonstrações de força no mercado de veículos rurais da Cummins é que ela representa 75% das aplicações automotivas que a Agrale (montadora brasileira) possui. A MWM também tem a empresa como uma de suas melhores clientes, mas na queda de braço tem perdido terreno nos últimos anos.

Principais aplicações das empresas no mercado

A Cummins tem uma muita participação no mercado de caminhões ao redor do planeta, atendendo bem essa necessidade de motores diesel em veículos pesados. Porém, a MWM não fica muito atrás nesse quesito e ainda por cima tem ótimos motores para usos mais leves como de caminhonetes.

Ambas as marcas estão atuando frente a frente em diversas áreas como a de motores estacionários, equipamentos para embarcações, modelos para tratores e aplicações de construção. O que vale no final para o consumidor é que está concorrência sempre está gerando novos e ótimos motores movidos à diesel, cada vez mais eficientes e econômicos.