Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Tarefa: Resenha Crítica dos textos selecionados e digitalizados de John Bright. História de Israel sobre o Mundo cultural e Religioso do Antigo Oriente [capítulos 1 e 2].

A história de Israel

 John Bright coloca em pauta a problemática da formação da história de Israel, a dificuldades das datas e da história e personagens, que muitas vezes apenas encontram-se mencionados nas Escrituras. Contudo o autor ainda apresenta uma possível estruturação com base na história de povos seculares. Para isso ele monta seu trabalho em dois capítulos. O primeiro discorre sobre “O mundo das origens de Israel”. Nessa primeira parte trata sobre “O antigo oriente nos anos 2000-1750 a.C. aproximadamente” começando com a “Mesopotâmia”, depois a “queda de Ur III: os amoritas”, “rivalidades dinásticas na baixa Mesopotâmia até a metade do décimo oitavo século”, “estados rivais na alta Mesopotâmia”. Seguindo argumenta sobre “o Egito e a Palestina nos anos 2000-1750 a.C, aproximadamente”, onde trata a “décima segunda dinastia”, “o Egito na Ásia”, “ a Palestina dos anos 2000-1750 a.C.”, “o fim do médio império”. “Decorrente passa ao “Antigo Oriente de 1750-1550 a.C.”, começando pela “luta pelo poder no décimo oitavo século na Mesopotâmia”, em seguida “a expansão Larsa e Assíria”, “a idade de Mari”, “o triunfo de Babilônia: o Hamurabi”,” o perigo de confusão no Oriente”, “Egito: os hicsos”, “ os movimentos raciais na Mesopotâmia: décimo sétimo e décimo sexto séculos”, “ a Palestina no período do hicsos”, “o antigo reino Hitita e a queda de Babilônia”. No segundo cápitulo o autor descreve sobre “os patriarcas”, começando questionando sobre “as narrativas patriarcas: o problema e o método seguido”. Discorrendo “a natureza do matérial”, “ hipótese documetária e o problema das narrativas dos patriarcas”, “nova luz sobre as tradições patriarcas”, “atrás dos documentos: a formação da tradição”, “avaliação das tradições como fontes históricas”, “limitações da evidência”, “limitações inerentes à natureza do material”, “método seguido”. Posteriormente mostra “o ambiente histórico das narrativas dos patriarcas”. Iniciando com “os patriarcas no conxteo da priemra  metade do segundo milénio”, após “os primitivos nomes hebraicos no contexto do segundo milénio”, “costumes patriarcas no contexto do segundo milénio”, “as peregrinações doa patriarcas e seu modo de vida no contexto do segundo milénio”, “a data dos patriarcas”, “limitações da evidência”, “os patriarcas e a idade de bronze média”, “o final da idade patriarcal”. Despois vai tratar dos “antepassados hebreus e a história”. Principiando por “as migrações dos patriarcas”, além vai para “a tradição bíblica”, “a tradição à luz da evidência”, “Ur dos caldeus”, “ao antepassados hebreus e os aremeus”, “os patriascas como figuras históricas”, “chefe de clãs seminômades”, “Apiru (Hapiru)”, “os patriarcas e a história: sumário”. E conclui e exposição com a “religião dos patriarcas”, onde discorre sobre “a natureza do problema”, “o Deus dos patriarcas” e “a natureza da religião patriarcal”.

  Embasado em autores como W. F. Albrigth, F. Cornélius, D.O. Edzard, Wiesbaden, J. Melaard, H. Stock, entre outros importantes nomes, Jonh Bright levanta algumas teses importantes como, a tradição, mesmo mediante as problemáticas é o fator principal para origem história de Israel, que começa com os acontecimentos que antecederam sua existência. Tantos os próprios como os dos povos vizinhos. Porque pelo relato desses podem ser tiradas varias comparações para formarem um paralelo com a origem de Israel.

  Percebo que a comparação com outras culturas é um caminho propício para chegar a compreensão de alguns pontos que são difíceis na Bíblia, como a própria questão de datas, se comparadas com acontecimento que narram as Escrituras muitas vezes sem datas, podem ser encontrados, observando relatos que são parecidos e estão datados em outros povos, e dentro de uma comparação acurada, pode se chegar a uma data certa.  

  A maioria dos povos assim como Israel, não tinham lugar fixo, eram povos seminômades, que mais tarde foram se estabelecendo, e formando os grandes impérios.

  Os povos que conquistavam os territórios inimigos pouco traziam de sua cultura. Eles se familiarizavam com os costumes do povo e adotavam pra si, se tornando posteriormente difícil sua identificação. Fato esse que foi característico para Israel, ao conquistarem Canaã logo estavam agindo como cananeus.

  Nesta afirmação fica claro porque muitas vezes Deus determinava a destruição total dos povos inimigos, pois Ele não queria seu povo se portando de igual modo, para não ter que agir com justiça com eles, assim como estava agindo com aquele povo que estava sendo destruído.

  Todas e leis e códigos de conduta, eram pautados em conhecimentos existentes dentro do local, como os mandamentos de Deus mencionados no livro de Êxodo, não era nenhum conhecimento novo, mas estava baseado em modos de condutas vigentes neste período.

  Observo que Deus nunca vai pedir para seu povo fazer algo que ele não saiba realizar. Mesmo com sua onipotência, Deus sempre vai trabalhar dentro das limitações humanas.

  As cidades como Egito, Babilônia, e toda palestina passavam por um período de invasões e declínio no poder e é nessa época que se encaixa o surgimento de Israel narrado em Gêneses 12-50.

  A tradição bíblica foi colocada sob um olhar cético por muitos, principalmente quando se perceberam que os escritos datavam uma época muito posterior aos acontecimentos descritos. Contudo, escavações comprovam a veracidade dos fatos, o que atribuiu maior credibilidade a tradição oral e a tradição bíblica. E para que a tradição conseguisse se manter, possivelmente passou de forma poética, que é a mais fácil de se manter e gravar. No entanto surge a dificuldade de ser datada, visto que a maior preocupação era contar o fato ocorrido, do que se preocupar com datas e localizações exatas. O que torna possível uma provável construção da história de Israel, mas sem datas específicas.

  Comparando com as tradições dos outros povos, e as tradições de Israel ficam aceitável uma localização dentro do segundo milênio. Como os nomes dos patriarcas, e seus filhos, muito dos costumes, peregrinações e estilo de vida são semelhantes ao dos povos desta época. 

  A ciência, a história, a filosofia muitas vezes tentou provar que a Bíblia estava errada. Mas, simplesmente sempre acabam frustrados. Primeiro, porque a Bíblia nunca pretendeu ser científica, ou rigorosamente história. Seu maior objetivo é mostrar o trabalhar de Deus na história, a condição do homem perante de Deus, e a solução para sua vida. Contudo, mesmo não sendo nem cientifica, nem filosófica, ela acaba sendo confirmada por ambas.