A revolução na educação brasileira

Parte II

Reuniões e mais reuniões iam acontecendo e sempre o professor Pedro Paulo era combatido em suas ideias de mudança. Cansado disso, decidiu que deixaria aquela escola. Era uma decisão muito séria a que estaria para tomar, mas era preciso. Não podia mais esperar.

Decisão tomada, decisão cumprida. No dia 22 de dezembro de 2000, o professor Pedro Paulo pela última vez leciona naquela escola. Ele finalmente parte em busca de novas propostas de ensino.

Agora, desempregado, mas sonhador, nosso ilustre personagem parte para desenvolver uma acurada pesquisa sobre educação. Dia a dia ele em seu micro navegava pelos mais diversos sites que falassem de educação. Após muita dedicação em sua pesquisa, ele percebe que o ensino a distância tem crescido assustadoramente. São muitas as escolas, em todo o mundo, que estão oferecendo essa modalidade de ensino online. No Brasil há também. Mas comparado a outros grandes centros internacionais, somos muito modestos.

Ele então tem um verdadeiro Insight. Percebe claramente que essa nova modalidade de ensino irá dominar todo o mercado educacional em pouco tempo. Animado pela sua descoberta, continua visitando vários portais para melhor entender esse sistema de ensino. Em determinado site que visita, percebe que há uma boa procura pelos cursos. Noutro, há uma boa diversidade de cursos oferecidos. Tudo isso o deixa simplesmente fascinado.

Passam-se aproximadamente seis meses desde o dia em que o Pedro Paulo deixara o Centro do Saber e cinco meses e vinte dias de sua pesquisa sobre educação. Após todo esse tempo, estudando acirradamente, muito ele aprendeu. Conheceu muitas tecnologias informatizadas para proporcionar um ensino mais eficiente e prazeroso. Dentre as suas muitas descobertas, ele percebeu que é possível tornar uma sala virtual muito próxima da realidade de uma sala tradicional, presencial, e que a tecnologia informatizada muito teria a contribuir em suas aulas presenciais. Isso lhe valeu o seu primeiro emprego depois que deixou a antiga escola.

Ele agora estava lecionando em uma escola que atuava nas duas modalidades de ensino: 70% presencial e 30% virtual. Estava gostando da nova casa, mas após 3 anos, fora demetido.

A partir daí enfrentou muitas dificuldades. Talvez porque agora estava muito dividido entre o ensino presencial e virtual. Sempre otimista, buscava uma nova colocação.

Certo dia, tomou conhecimento de que uma escola internacional estava ministrando um curso completo para EAD (educação a distância), mas como pré-requisito, tinha de saber inglês fluentemente. Perdera a vaga, pois sabia apenas parcialmente. No entanto, não desistiu. Matriculou-se em uma escola de inglês virtual. Fora sua primeira experiência como aluno em um curso totalmente online. Ao ingressar no curso, muitos o taxaram de louco. Não irá aprender nada, disseram. Ledo engano. Ele aprendeu, e muito bem. Tanto é verdade que fora convidado por uma empresa internacional para um estágio remunerado por um período de um ano.

Continua na parte III