A grande avenida

Não entendia porque os humanos como, árvores, outras espécies, todos diferentes, cada qual com suas características, não podiam conviver em paz, amor, união, num espírito de colaboração mútua.

Clemente saiu para passear pela grande avenida.
Andou do início ao fim observando: construções, jardins, parques e pessoas.
Reparou que não havia um prédio sequer com o mesmo desenho.
Uns maiores outros menores. Mais janelas, mais concreto, enfim todos diferentes.
Há algumas centenas de metros parou enfrente a um parque arborizado.
Árvores, cada qual de famílias diferentes, com suas características próprias.
Entrou.
Sentou embaixo de uma árvore, uma das mais antigas e grandes que vivia harmoniosamente com outras espécies.

De onde estava avistava uma imensidão de pessoas andando de lá para cá.

Não entendia porque os humanos como, árvores, outras espécies, todos diferentes, cada qual com suas características, não podiam conviver em paz, amor, união, num espírito de colaboração mútua.
Principalmente tendo sido criados, como pensam a imagem e semelhança de Deus.
Lentamente elevou os olhos até o mais alto da árvore e imaginou as inúmeras atitudes ridículas, cruéis e desumanas praticada pelos filhos de Deus naquela maravilhosa avenida, que ela já não teria presenciado.
Uma gota de orvalho caiu sobre seu braço.
Nela o reflexo do azul do céu por entre as folhas balançando com vento.
Neste momento veio-lhe a idéia de que se os humanos se amassem se houvesse tolerância, todos cresceriam, seriam felizes e aí sim, poderiam ser chamados de semelhantes ao criador.
Anoitecia, Clemente voltou para o colégio.