A GRAÇA DO SENHOR JESUS SEJA COM TODOS

 

A GRAÇA DO SENHOR JESUS SEJA COM TODOS.” (Ap.22:21), é o texto que sela o Apocalipse de João e, por conseguinte, todas as Escrituras Sagradas, e eu o tomo agora como título para este artigo.

Indubitavelmente, é impossível alguém ao menos tentar explicar o mistério da Graça de Deus, em toda sua inteireza, bem como seu imensurável benefício a favor de todos os povos, mormente da cristandade (2Co.1:12; Ef.6:24). Na verdade, em vez de explicar, tudo o que conseguimos é ver e sentir as bênçãos dessa dádiva Divina. E eu venho aqui, com meu imperfeito saber (1Co.8:2), tecer uma palavra sobre essa Inefável Graça de Deus.

Nesse intento, logo de início já esbarramos na dificuldade de definir a Graça de Deus. O Dicionário assim a define: “Favor ou mercê concedida a alguém por Deus.” Trata-se, evidentemente, de uma definição reduzida, visto que ela é muito mais ampla. Ora, em sua Infinita Graça, primeiramente Deus se lembra de mim e me olha, para então me conceder um favor. Destarte, Graça é, antes de tudo, o Santíssimo Deus lembrar-se de mim, ainda que sou pó e cinza” (Gn.18:27) e me olhar, ainda que sou um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.” (Ap.3:17); e, nessa lembrança e visão, de puro Amor, conceder-me então o seu favor.

Com efeito, vejamos o episódio do Gólgota. Disse ao Senhor um dos malfeitores crucificados: “... Jesus, LEMBRA-TE de mim, quando entrares no teu reino.” E Jesus, certamente olhando para ele (pois Jesus olha para os mortais pecadores, conforme Lc.22:61), respondeu-lhe: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (id.23:42,43). Isto é a Graça, em toda a sua plenitude e inefabilidade!

São sinônimos: a Graça, o Amor, a Misericórdia e a Bondade; e o Apóstolo Paulo mostra-nos o perfeito entrelaçamento entre eles: Mas Deus, sendo rico em MISERICÓRDIA, pelo seu muito AMOR com que nos AMOU, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela GRAÇA sois salvos), (…) para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua GRAÇA, pela sua BONDADE para conosco em Cristo Jesus.” (Ef.2:4,5,7)

Portanto, Bondade é Misericórdia, que é Graça, que é Amor, e que emana de Deus, porquanto Deus é Amor (1Jo.4:8,16).

Diz o Sl.42:1,2: “Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo...” Ora, dada a sua natureza de sequiosidade, o cervo anseia pelas correntes das águas, assim como eu, dada a minha natureza de miserável, anseio pela Misericórdia de Deus. E o que é a Misericórdia senão a Graça de Deus sobre as minhas misérias?

Miserável homem que eu sou!” (Rm.7:24)

Então, particularmente dou a minha definição sobre a Graça: A Graça é quando o Senhor Jesus Cristo olha para mim e diz: “Lázaro, você é um homem miserável (Rm.7:24); de todos os pecadores você é o principal (1Tm.1:15); você é “um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap.3:17), mas eu lhe amo de tal maneira (Jo.3:16) que dei a minha Vida por você (id.10:11,15), através da minha Morte Vicária (Rm.5:8) e Salvífica (Tt.3:5), na cruz do Gólgota (Jo.19:17), para lhe dar a Vida Eterna (id.10:28). Vida Eterna eternamente inamissível (id.17:12).”

E quando eu, Lázaro, me vejo assim, miserável, e não como um “religioso bonzinho”, praticante das boas obras e dos rituais religiosos, e confiante em mim mesmo, na minha religiosidade e nas minhas “boas obras”; quando eu vejo a abundância dos meus pecados, transgressões, iniquidades, é que vejo que “a GRAÇA de nosso Senhor superabundou com a Fé e o Amor que há em Cristo Jesus.” (1Tm.1:14)

E o que não é a Graça?

Não é a Graça quando eu, no ápice da minha jactância religiosa, digo: “... Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, (…) Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” (Lc.18:11,12)

Para o nosso mais completo gozo, releva-se notar que a Graça de Deus não é hodierna, mas marca presença em todas as etapas da História Humana:

EM NOSSOS DIAS: “Porque a lei foi dada por meio de Moisés; A GRAÇA E A VERDADE VIERAM POR JESUS CRISTO.” (Jo.1:17)

NA DISPENSAÇÃO DA LEI: “Prosseguiu Gideão: Se agora tenho achado GRAÇA aos teus olhos...” (Jz.6:17); “E o menino Samuel ia crescendo em estatura e em GRAÇA diante do Senhor, como também diante dos homens.” (1Sm.2:26); “... o Senhor dará GRAÇA e glória...” (Sl.84:11); “Ele escarnece dos escarnecedores, mas dá GRAÇA aos humildes.” (Pv.3:34)

ANTES DA LEI: Noé, porém, achou GRAÇA aos olhos do Senhor.” (Gn.6:8); “... e lhe deu (a José) GRAÇA e sabedoria perante Faraó, rei do Egito...” (At.7:10); “Que achou (Davi) GRAÇA diante de Deus...” (id.v.46)

Ora, até o próprio Moisés, por meio de quem a lei foi dada (Jo.1:17) viveu sob a égide da Graça de YAHWEH DEUS: “... e achaste GRAÇA aos meus olhos...” (Êx.33:12). Sim, Moisés achou Graça aos olhos de Deus (id.vv.13,16,17; Nm.11:15).

E eis aqui uma revelação demais maravilhosa: Muito antes deste nosso tempo (dispensação da Graça Ef.3:2); muito antes da dispensação da lei; muito antes do período anterior à lei; muito antes da História Humana ter o seu princípio; muito antes mesmo, lá onde a nossa mente finita não alcança, porque ela não consegue penetrar os arcanos celestiais; lá na Eternidade chamada Kairós de Deus a Graça já vigorava e nos foi dada: Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a GRAÇA QUE NOS FOI DADA EM CRISTO JESUS ANTES DOS TEMPOS ETERNOS.”(2Tm.1:9). Aleluia!

E, como num dístico sublime, a Graça se registra no prólogo e no epílogo das Epístolas Apostólicas e no Apocalipse de João, à guisa de saudações, a abençoar os leitores destinados para a Vida Eterna (At.13:48), consoante se observa em Rm.1:7–16:24; 1Co.1:3–16:23; 2Co.1:2–13:13; Gl.1:3–6:18; Ef.1:2–6:24; Fl.1:2–4:23; Cl.1:2–4:18; 1Ts.1:1–5:28; 2Ts.1:2–3:18; 1Tm.1:2–4:22; Tt.1:4–3:15; e Ap.1:422:21. No remate de sua Epístola aos Romanos (16:20,24) Paulo repisa a Graça, como saudação. Na saudação aos leitores da Epístola aos Hebreus, ela só aparece em seu epílogo (13:25); e nasduas Epístolas de Pedro, como saudação, ela só consta de seu prólogo (1 e 2Pd.1:2).

Curiosamente, o único Livro em que a Graça aparece registrada no primeiro e no último versículos, como habitual saudação, é a Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses (1:15:28).

O Senhor Jesus Cristo é a Fonte de toda a Graça, e dEle emana Graça sobre Graça: Pois todos nós recebemos da sua plenitude, e GRAÇA SOBRE GRAÇA.” (Jo.1:16). É do seu Trono de Graça que recebemos Misericórdia e achamos Graça: Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da GRAÇA, para que recebamos MISERICÓRDIA e achemos GRAÇA, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.” (Hb.4:16)

Ora, se em sua Natureza Divina Jesus é a Fonte de toda a Graça, em sua Natureza Humana Ele foi dela participante: Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; a GRAÇA se derramou nos teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre.” (Sl.45:2); “E o Menino ia crescendo e fortalecendo-se, ficando cheio de Sabedoria; e a GRAÇA de Deus estava sobre Ele.” (Lc.2:40); “E crescia Jesus em Sabedoria, em estatura e em GRAÇA diante de Deus e dos homens.” (id.v.52); “E todos lhe davam testemunho, e se admiravam das palavras de GRAÇA que saíam da sua boca; e diziam: Este não é filho de José?” (id.4:22); “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de GRAÇA e de Verdade...” (Jo.1:14); Vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela GRAÇA de Deus, provasse a morte por todos.”(Hb.2:9). Aliás, para conceber e dar à luz Jesus, Maria achou Graça diante de Deus: “Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste GRAÇA diante de Deus.” (Lc.1:30)

Como se vê, a dádiva de Jesus a nós é obra da profusa Graça de Deus em todas as etapas dessa dádiva. É mesmo Graça sobre Graça!

E, como a Graça do Senhor é, verdadeiramente, Graça sobre Graça, ela é portanto abundante: “... e em todos eles havia ABUNDANTE GRAÇA.” (At.4:33); “... muito mais a GRAÇA de Deus, e o dom pela GRAÇA de um só Homem, Jesus Cristo, ABUNDOU para com muitos. (…) … muito mais os que recebem a ABUNDÂNCIA DA GRAÇA... ” (Rm.5:15,17); Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que ABUNDE A GRAÇA?” (id.6:1); “Pois tudo é por amor de vós, para que a GRAÇA, MULTIPLICADA por meio de muitos, faça ABUNDAR a ação de graças para glória de Deus.” (2Co.4:15); Para o louvor da glória da sua GRAÇA, a qual nos deu GRATUITAMENTE no Amado... segundo as riquezas da sua GRAÇA, que Ele fez ABUNDAR para conosco em toda a sabedoria e prudência.”(Ef.1:6-8)

E não somente abundante, mas superabundante: “Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, SUPERABUNDOU A GRAÇA.” (Rm.5:20); “... por causa da SUPERABUNDANTE GRAÇA de Deus que há em vós.” (2Co.9:14); E a GRAÇA de nosso Senhor SUPERABUNDOU com a fé e o amor que há em Cristo Jesus.” (1Tm.1:14)

Destarte, nela devemos abundar: “... vede que também nesta GRAÇA ABUNDEIS.” (2Co.8:7), visto que Deus é Poderoso para fazê-la abundar em nós, a fim de que abundemos em toda boa obra: “E Deus é Poderoso para fazer ABUNDAR EM VÓS TODA A GRAÇA, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, ABUNDEIS EM TODA BOA OBRA.” (id.9:8)

Ora, em explicação precisa e suprema – definição mesmo! –, essa Graça sobre Graça, Abundante e Superabundante, é que nos salva e nos justifica; ou seja, somos salvos e justificados TÃO SOMENTE pela Graça do Senhor Jesus Cristo, sem o concurso das obras:

SALVAÇÃO: “Mas cremos que SOMOS SALVOS PELA GRAÇA do Senhor Jesus...” (At.15:11); “... e tendo ele chegado, auxiliou muito aos que pela GRAÇA HAVIAM CRIDO.” (id.18:27); Estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (PELA GRAÇA SOIS SALVOS). (...) Para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua GRAÇA, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Porque PELA GRAÇA SOIS SALVOS, por meio da fé; e isto não vem de vós, É DOM DE DEUS; NÃO VEM DAS OBRAS, para que ninguém se glorie.” (Ef.2:5,7-9); “Mas se é pela GRAÇA, já não é pelas obras; de outra maneira, a GRAÇA já não é GRAÇA.” (Rm.11:6); E o próprio Senhor nosso, Jesus Cristo, e Deus nosso Pai que nos amou e pela GRAÇA nos deu uma eterna consolação e boa esperança.” (2Ts.2:16); Porque a GRAÇA de Deus se manifestou, TRAZENDO SALVAÇÃO a todos os homens.”(Tt.2:11); DESTA SALVAÇÃO inquiriram e indagaram diligentemente os profetas que profetizaram da GRAÇA que para vós era destinada.”(1Pd.1:10)

JUSTIFICAÇÃO: “Sendo JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” (Rm.3:24); “Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a GRAÇA sobre todos os homens para JUSTIFICAÇÃO e vida.” (id.5:18); Para que, sendo JUSTIFICADOS PELA SUA GRAÇA, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da Vida Eterna.”(Tt.3:7)

E, uma vez salvos e justificados pela Graça do Senhor Jesus; portanto, eternamente salvos, devemos perseverar no Senhor: “O qual, quando chegou e viu a GRAÇA de Deus, se alegrou, e exortava a todos A PERSEVERAREM NO SENHOR com firmeza de coração.” (At.11:23), porquanto perseverar no Senhor é perseverar na Graça: “... os quais, falando-lhes, os exortavam A PERSEVERAREM NA GRAÇA DE DEUS.” (id.13:43). Perseverantes, pois, no Senhor e na sua Graça, nela devemos permanecer firmes: “... exortando e testificando que esta é a verdadeira GRAÇA DE DEUS; NELA PERMANECEI FIRMES.”(1Pd.5:12) e fortificarmo-nos: Tu, pois, meu filho, FORTIFICA-TE NA GRAÇA que há em Cristo Jesus.”(2Tm.2:1); Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o CORAÇÃO SE FORTIFIQUE COM A GRAÇA, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam.” (Hb.13:9)

Pelas Sagradas Escrituras entendemos que não alcançamos a Graça de Deus por nossos próprios méritos (Rm.11:6) nem por nossos esforços (Ef.2:9), visto que ela é Presente, é Dádiva, é Dom de Deus (Ef.2:8); é Dom de Cristo: “... muito mais a GRAÇA de Deus, e o DOM PELA GRAÇA de um só Homem, JESUS CRISTO.” (Rm.5:15); Mas a cada um de nós foi dada a GRAÇA conforme a medida do DOM DE CRISTO...”(Ef.4:7), e a sua Graça nos é dada consoante Sl.84:11; Pv.3:34; At.7:10; Rm.12:3,6; 15:15; 1Co.1:4; 3:10; 2Co.8:1; Gl.2:9; Ef.3:2,8; 4:7; 2Tm.1:9; Tg.4:6; e 1Pd.1:13. Deus dá Graça aos humildes (Pv.3:34; Tg.4:6; 1Pd.5:5), e a Graça que Ele dá não é a menor, e sim a maior: Todavia, MAIOR GRAÇA. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos; dá, porém, GRAÇA aos humildes.”(Tg.4:6); e Deus nos dá maior Graça porque Ele não é o Deus de muitas, tampouco de algumas graças, mas de toda a Graça: E O DEUS DE TODA A GRAÇA, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, Ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer.”(1Pd.5:10); e o nosso acesso a essa Graça é pela fé: “Por quem (por Jesus) obtivemos também NOSSO ACESSO PELA FÉ A ESTA GRAÇA...” (Rm.5:2); por isso nós a conhecemos(2Co.8:9), e a conhecemos em verdade (Cl.1:6); e a recebemos (Jo.1:16; Rm.1:5; 2Co.6:1); e ela está conosco (1Co.15:10), está conosco em verdade e amor (2Jo.3).

Ora, não obstante termos conhecido e recebido a Graça do Senhor Jesus, devemos nela crescer: Antes CRESCEI NA GRAÇA e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade.”(2Pd.3:18)

Como todos nós sabemos, e é inevitável que isto aconteça, infelizmente existem entre nós os pseudocristãos (Mt.13:24-30); e, como sói acontecer, porque é da sua própria natureza, eles desertam para outro “evangelho”: “Estou admirado de que tão depressa estejais DESERTANDO daquele que vos chamou na GRAÇA de Cristo, para outro evangelho.” (Gl.1:6); e assim procedem porque, como pseudocristãos, se justificam pela lei, isto é, pelas obras, e por isso da Graça decaem e se separam de Cristo: Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; DA GRAÇA DECAÍSTES.” (id.5:4); então, decaídos e separados de Cristo, os pseudocristãos são julgados merecedores de maior castigo, porquanto amargaram a desdita do sacrilégio: De quanto maior castigo cuidai vós será julgado merecedor aquele que PISAR o Filho de Deus, e tiver por PROFANO o sangue do pacto, com que foi santificado, e ULTRAJAR ao Espírito da GRAÇA?”(Hb.10:29), e são sacrílegos porque, em razão de não crerem na Graça Sempiterna de nosso Deus, convertem em dissolução essa Graça e, por conseguinte, negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo: Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a GRAÇA de nosso Deus, e NEGAM o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.” (Jd.4).

Ora, negar o Senhor Jesus Cristo é negar aquilo que Ele nos deu de mais glorioso: A Vida Eterna! É negar que Ele é o nosso Salvador Todo-Suficiente e Todo-Eficaz; nosso Indefectível Salvador. Negar o Senhor Jesus Cristo é crer, com base na malfadada fé superficial, que a Salvação que Ele dá aos crentes nEle não é Eterna, e sim efêmera. Negar o Senhor Jesus Cristo é afirmar que Ele mentiu, ao revelar-nos a absoluta inamissibilidade da Vida Eterna que Ele nos dá, em Jo.10:28-30.

Mas nós, os lídimos crentes no Senhor Jesus Cristo, da Graça jamais decaímos e decairemos, e jamais nos separaremos de Cristo, pois sua Indefectível Palavranos garante, em Rm.8:35,39; e nela, na Graça, estamos firmes: “Por quem (por Jesus) obtivemos também nosso acesso pela fé a esta GRAÇA, NA QUAL ESTAMOS FIRMES...” (Rm.5:2)

E, absoluta e permanentemente firmes no Senhor e na sua Graça, os cristãos genuínos dão testemunho do Evangelho da Graça de Deus: “Mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, PARA DAR TESTEMUNHO DO EVANGELHO DA GRAÇA DE DEUS.” (At.20:24), sabendo que testemunhar do Evangelho da Graça é pregá-lo a toda criatura (Mc.16:15); portanto, devemos fazê-lo com todo o desvelo, para que ninguém se prive de conhecê-lo: Tendo cuidado de que NINGUÉM SE PRIVE DA GRAÇA DE DEUS...” (Hb.12:15)

Louvado e glorificado seja o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, porque concedeu a nós, cristãos de todos os tempos, a sua Multiforme Graça (At.6:8; 14:3,26; 15:40; 20:32; Rm.5:21; 6:14,15; 11:5; 2Co.8:6,19; Gl.1:15; 2:21; Fl.1:7; 1Pd.3:7). E no-la concedeu para quê? Ora, Para que o Nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nEle, segundo a GRAÇA de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.” (2Ts.1:12)

Então, plenamente enriquecidos com a Bendita Graça de nosso Senhor, de nada mais precisamos nesta peregrinação, visto que a sua Graça é melhor que a vida (Sl.63:3), e nela esperamos sempre e inteiramente: “... E ESPERAI INTEIRAMENTE NA GRAÇA que se vos oferece na revelação de Jesus Cristo.” (1Pd.1:13); porém, se na nossa fraqueza rogarmos ao Senhor a mudança de seus Insondáveis Desígnios para conosco, devemos saber (e aceitar) que a sua Graça nos basta, porque o seu Poder se aperfeiçoa na nossa fraqueza: “E Ele me disse: A MINHA GRAÇA TE BASTA, PORQUE O MEU PODER SE APERFEIÇOA NA FRAQUEZA. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o Poder de Cristo.” (2Co.12:9)

Regozijemo-nos, pois, e todos louvemos ao Senhor, em virtude de suas Escrituras Sagradas serem seladas com o Inefável Texto de Ap.22:21, a coroar-nos com todas as bênçãos espirituais (Ef.1:3) nelas contidas. Por ser infinitamente perfeito e amoroso, nosso Pai de Amor não poderia consumar seu Livro Sagrado de outra forma, pois Ele quer claramente nos revelar que a sua Graça Sempiterna é para todos. O convite à GRAÇA é para toda a humanidade: “Ora, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: “SE ALGUÉM TEM SEDE, VENHA A MIM E BEBA.” (Jo.7:37)

Estimado leitor, eu creio sinceramente que você leu este artigo pela Graça de Deus; assim sendo, se você ainda não goza de íntima comunhão com Deus, e anela receber a sua Graça, visto que ela é um Presente e só Ele a dá, faça então esta simples oração: “Se é Presente teu, dá-me, Senhor, este Presente. Eu quero crer. Em Nome de Jesus Cristo. Amém!”

Lázaro Justo Jacinto