A GESTÃO ESCOLAR E A EMPRESARIAL E SUAS ESPECIFICIDADES IGUALITÁRIAS

Euclides Ferreira Barros
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RESUMO

O Presente artigo discute a Gestão Escolar e a Gestão Empresarial suas Especificidades enfocando a qualificação da administração dessas instâncias. E quais as contribuições para uma educação de qualidade, em debate do principio e da contemporaneidade da gestão escolar. O interesse por essa discussão surgiu com as leituras propostas na disciplina de "Gestão Escolar" do curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Campina Grande. A pesquisa visa compreender o trabalho do Gestor Escolar e o aprofundamento da prática que esse cargo exige. Fala também dos autores que deram o conceito do que é administração e suas teorias científicas empregadas na administração geral. Debater dentro desse contexto a realidade contemporânea que as escolas enfrentam para obter um bom relacionamento entre direção, professores, alunos, funcionários e pais. Assim o trabalho comporta "qualidade administrativa de escolas e de empresas".


Palavras-chaves: Gestão, Escola, Qualidade, Administração.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo vai colocar em linhas escritas assuntos que abordam a construção da administração escolar, a sua existência inicial e os avanços que foram dados para estabelecer melhor o trabalho de gestor escolar. Abordando também a administração que foi a protagonista de toda essa trajetória da gestão escolar.
Sabendo que existem vários tipos de administração empresarial que é comandada por uma pessoa com habilidades em determinada função para o procedimento de um bom trabalho e de uma boa produtividade.
Já a escola também é uma instituição administrativa, mais que necessita de uma pessoa capacitada para o comando de variadas atividades, essa pessoa geralmente é conhecida como o Diretor ou até mesmo Gestor, esse é responsável pelas ações administrativas educacionais em busca de metas de uma educação de qualidade. Conhecer a Gestão Escolar é perceber que essa atividade requer do administrador um árduo trabalho, que articule as exigências cobradas pela sociedade, afim de formar seres cidadãos competentes com habilidades de saber distinguir a inclusão social.
Assim a administração é hoje uma grande evolução histórica, desenvolvendo no meio social diversas contradições e interesses políticos, exercida como atividade exclusivamente humana, ou seja, o homem é quem estabelece as ações a serem cumpridas dentro de uma organização, seja ela escolar ou empresarial, que enfatiza a natureza prescritiva e normativa.
Quando se fala em administração não pode deixar de falar nas teorias científica de Frederick Winslow Taylor e Jules Henry Fayol, dentro dessas tórias os autores trazem novas idéias para que um administrador possa conduzir uma organização efetuando o seu trabalho com sucesso.
Henri Fayol foi o grande idealizador da teoria administrativa, mostrando estruturas organizacionais na ótica da máxima eficiência na produção do trabalho. Seus princípios foram baseados em experiências administrativas, onde ele encontrou caminhos de esclarecimento na organização escolar, que foi o seu principal objeto de estudo.
Neste artigo iremos abordar uma breve história dos primeiros escritos sobre administração escolar no Brasil, fato esse que ocorreu na década de 1930. É nesse período que a trajetória da administração da educação Tuma um novo rumo. Será debatido os principais autores que contribuíram para o avanço da administração escolar.
Todos os assuntos aqui debatidos é fruto das aulas de "Gestão Escolar" do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Campina Grande ? UFCG campus Cajazeiras ? PB. Em propósito da complementação do curso no complemento da terceira unidade.

2. DESENVOLVIMENTO

A gestão escolar surgiu a partir do momento em que o homem reconhece a necessidade de que é preciso uma organização na escola diferenciada das demais organizações de trabalho, ou seja, de empresas que deve mostra uma produção ágil de seus produtos para lançar no comercio.
Podemos afirmar que a palavra Gestão tem o significado de administra, dirigir, governar. Significa também posse de controle sobre um grupo de pessoas, para que assim possa controlar situações e organizações, para obter uma melhoria nos resultados de produção.
E a preocupação com a pratica da Gestão escolar surgiu devido os problemas que a própria sociedade impõe sobre os avanços da globalização, da tecnologia, da informatização. Em fim, são diversas lacunas da vida contemporânea que se lança dentro do ensino escolar. E para acompanhar essas mudanças com sucesso, o Gestor escolar devera se mobilizar para repassar aos profissionais docentes atividades que envolva esses paradigmas.
As funções administrativas estão ligadas aos termos de planeja, organizar, coordenar e controlar. Todas essas ações partem de uma especialidade pedagógica, obtida no Brasil, através de cursos de habilitação que poderá está ou não incorporada na licenciatura em pedagogia, ou através de especialização. Atuando junto ao corpo docente e discente das instituições de ensino coordenando as práticas pedagógicas, bem como acompanhado o desenvolvimento do currículo que é o responsável legal e administrativo pelo estabelecimento escolar.
Por isso que as funções administrativas desenvolvem um plano de ações que atingem as metas traçadas, coordenando todos os cursos da empresa fazendo com que os subordinados escutem o que propriamente deve ser feito, e estabelecendo relações que estejam claramente desenvolvidas como o grau de participação e colaboração de cada um, almejando todas as metas traçadas e estabelecer padrões e medidas de desempenho permitindo assim assegurar atitudes empregadas e permitindo maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.

3. TEORIAS

Frederick Winslow Taylor elaborou umas teorias que deverá ajudar na produtividade e nas organizações de empresas, uma dessas teorias é a Teoria da Administração Cientifica, essa tem o caráter altamente técnico. Tem o poder de organizar com mais precisão as atividades dentro de uma empresa. Tem como objetivo reduzir o nível de desperdício, almejando uma elevação no processo de produção. Taylor conquistou muitos seguidores com essa teoria, pois um dos principais focos era um aumento salarial de acordo com a produção de cada trabalhador.
Portanto, é importante ressaltar que essa teoria da administração cientifica poderá ser aplicada também nas organizações escolares, com uma visão diferenciada da produtividade. Nesse caso, o objetivo do Gestor, juntamente com os professores e demais funcionárias da escola é a organização das atividades que cada funcionário deverá dirigir. Colocando os procedimentos curriculares mais precisos em ação, com o intuito de almejar uma gestão escolar de qualidade. Podemos ressaltar que essas teorias fazem as diversas organizações do mundo moderno, com o propósito de agrupar em duas grandes abordagens: Teoria da Natureza Prescritiva e Normativa.
Logo após veio a Teoria Clássica das Organizações desenvolvida por Jules Henry Fayol em 1916. Essa surgiu por conta das necessidades de definição de estratégias no intuito de facilitar as atividades das organizações. Fayol centrou sua atenção para administração superior das organizações.

"Fato que contribuiu para sua adesão aos princípios administrativos definidos numa visão de universidade. Para ele, o gerenciamento poderia ser ensinado, com base no pensamento administrativo mais geral". (SOUSA, 2006, p. 51-52).

É possível perceber que Taylor e Fayol tem uma preocupação com a construção fundamental de um modelo de administração baseado na racionalização e no controle das atividades humanas (SUOSA, 2006).
Por ultimo na Teoria da Natureza Prescritiva e Normativa vem a Escolas das Relações Humanas, teve como seu principal representante Elton Mayo. Essa escola preocupou-se mais com o ser humano como um ser complexo. Visando os princípios básicos: motivação humana, atenção ao ambiente externo de trabalho, organização social, valores, sentimentos e atitudes. Esses fatores fazem uma enorme diferença na produção de trabalho que o homem exerce dentro de uma determinada organização.
Por ser contraria ao pensamento de Taylor e Fayol já debatido acima, a Escola das Relações Humanas, vem mostra que as pessoas têm um papel fundamental dentro de uma organização e que deve ter o máximo de atenção, levando em consideração o estado pessoal de cada um. Assim é possível aumentar a produtividade da organização.

"Por isso, uma característica marcante dessa teoria é sua ênfase nas pessoas, tentando humanizar as praticas administrativas da época, defendendo a valorização dos grupos sociais, a motivação, a liderança, a participação e, sobretudo, a preocupação com a satisfação no trabalho" (SOUSA, 2006, p. 53).

A seguir serão comentadas as teorias que fazem parte das abordagens Explicativas e Descritivas. Primeiro vem a Teoria Comportamental, que teve como expoente Simon de Alexandre de Herbert. Essa requer do trabalho das pessoas eficácia e eficiência. Na ótica de que o trabalho se torna eficaz quando alcança os objetivos da organização, e eficiente quando são atingidos os objetivos pessoais.
Essa teoria mostra ser bem interessante, pois, ela visa uma preocupação diferenciada das outras, que é a aproximação do individuo com a organização. No entanto, isso pode diminuir conflitos para ambos. Importante lembra que nesta teoria tanto o administrador quantos as outras pessoas da organização têm o dever de mostra quais são as decisões adequadas. Ou seja, em todas as árias independentemente do nível hierárquico e de situações, as pessoas podem tomar decisões relacionada ao seu certo de trabalho.
Já na Teoria da Burocracia sistematizada pelo sociólogo Max Weber, que realizou aprofundados estudos sobre as características organizacionais, focalizando o modelo burocrático, (SOUSA, 2006). São incorporadas inicialmente as atividades governamentais, porém hoje se fazem presentes em quase todos os setores da economia, bem como nas organizações escolares.

Ao estudar a burocracia, Weber distinguiu três tipos de sociedade e de autoridade: Sociedade tradicional (tribo, clã, família e sociedade medieval), na qual predominam características patriarcais, com autoridade histórica, oriunda muitas vezes do poder divino, transmissível por herança ou dinastia; Sociedade carismática (partidos políticos, grupos revolucionários, nações em revolução), com predominância de características místicas e arbitrárias, apresentando uma autoridade que é exercida pela influência ou pelo poder extraordinário de uma pessoa; Sociedade Burocrática (Estados modernos, empresas e exércitos), em que predomina a racionalidade entre meios e fins, sendo a autoridade de natureza técnica e meritocrática. (SOUSA 2006, p. 57).

Estudando a Teoria Burocrática é possível observar que ela busca nas pessoas a eficiência máxima na padronização do desempenho dentro de uma organização. Em outra análise o homem é tido como uma maquina, pois, é lançada uma fiscalização diária para observar se as pessoas estão trabalhando com vigor e dedicação.
Por ultimo vem a Teoria da Contingência que ainda fazem parte da abordagem explicativa e descritiva, entre os seus principais representantes estão Lawrence e Lorsch. Essa teoria defende que não há nada de absurdo nas organizações ao menos na teoria administrativa. Aqui a uma grande relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas ao alcance dos objetivos de qualquer organização.
Então os estudiosos dessa teoria tiveram como objetivo o estudo do comportamento das empresas, para que as mesmas pudessem agir com eficiência e determinação diante de questões tecnológicas e de mercado. (SOUSA, 2006).

Um dos princípios nos quais se fundamenta a Teoria da contingência é a não existência de uma maneira única de as organizações melhor funcionarem. Ao contrário, as organizações precisam estar sistematicamente sendo ajustadas às condições ambientais, já que não há nada de absoluto na origem ou princípios de organização. Veja como essa idéia ? a ausência de verdades absolutas ? é importante para a educação, bem como para a escola. (SOUSA, 2006, p. 60).

Portanto essa teoria também se preocupa no interior das empresas, ou seja, no meio ambiente, alertando nas transformações que as organizações poderão causar ao seu interior. Pesando bem, todo ser humano que habita o planeta terra devera se preocupar com o vandalismo que o homem causa na natureza.

4. PRINCIPIO DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL, E OS CONSAGRADOS AUTORES QUE DEFENDERAM A ESCOLA NOVA.

Os primeiros escritos sobre administração escolar no Brasil reportam-se a década de 1930. É nesse período anual que se lançam olhares críticos sobre o que esta ocorrendo na educação brasileira, e percebendo-se que a educação não estava nos eixos, foi decidido tomar um rumo necessário para a melhoria da mesma. Os estudos sobre administração escolar vieram a se estruturar como campo de estudos acadêmicos há menos de um século.
Portanto, não se pode dizer que a prática da administração educativa estava ausente na educação brasileira. Mais se pode afirmar que, os governantes não davam muita ênfase para a educação. No entanto, tal contexto estava submerso nos devidos progressistas de educação, sendo assim uma educação dita tradicional que não favorecia o desenvolvimento do país, pois, o Brasil estava numa faze bem avançada no campo da industrialização. (DRABACH e MOUSEQUER, 2009) "Tal cenário educacional, constituiu-se em virtude, principalmente, da influência do movimento pedagógico da Nova Escola, especialmente, da corrente norte-americana protagonizada por Jhon Dewey".
No entanto foram surgindo intelectuais brasileiros para contracenar com essa briga, em defesa da Escola Nova, a fim de consertar as extravagâncias que a administração escolar se encontrava naquele momento. Os chamados Pioneiros da Educação Nova em destaque foram: Leão (1945), Ribeiro (1986), Teixeira (1961; 1964; 1997) e Lourenço Filho (2007). Esses autores entraram na lista dos primeiros escritos teóricos da administração escolar. (DRABACH e MOUSEQUER, 2009).
As contribuições para o desenvolvimento da educação nova que Antonio de Arruda Carneiro Leão enfatiza, é de uma administração modernizada, sedo que ele coloca a educação uma das mais difíceis de ser dirigida. As autoras (DRABACH e MOUSEQUER, 2009). Coloca o que Leão pensa sobre a administração educacional, "A administração da educação começa a inspira-se na organização inteligente das companhias, das empresas, das associações industriais ou comerciais bem aparelhadas". Essa abordagem que Leão coloca sobre a administração educacional, é uma grande idéia da administração de conquistas empíricas.
Leão também discute a função do diretor em uma organização escolar, no tocante de que o diretor é o papel central das atividades circulada na instituição, onde o diretor modela vidas, colabora com o progresso da comunidade, mental e moralmente, e é o líder condutor educacional.

Para o desempenho desta tarefa, o Diretor, que deve ser um sujeito culto e experiente, precisa exercer funções, tais como: preparar o orçamento para os serviços sob sua superintendência; revisar e determinar a política educacional, conforme as realidades sociais presentes e previsões futuras; escolher o pessoal técnico administrativo sob sua direção; escolher os locais para instalação das escolas; participar da criação e da avaliação dos currículos e programas escolares; escolher e distribuir materiais necessários, etc. Além de conhecer a técnica administrativa, o Diretor precisa conhecer o modo de vida e de educação de sua época, compreendendo as teorias da Psicologia, Filosofia e Sociologia Educacional, para que possa desenvolver estratégias administrativas de pôr em prática seus ideais de educação. Em suma, o Diretor que "renova, deve ser educador, no mais amplo sentido do termo" (LEÃO, 1945, p. 159 apud DRABACH e MOUSEQUER, 2009, p. 261).

Como podemos ver, Leão aborda muito a posição do Diretor em uma escola. Realmente o diretor tem que esta a pá de tudo o que acontece na escola desde a secretaria, sala de aula, cantina, biblioteca em fim em todos os espaços que compõe a escola. O Diretor também não deixa de ser um educador, mais sua educação é voltada para o comando dos demais educadores da escola. Como diz Leão, o diretor não pode se deixar levar apenas pelo poder administrativo de uma escola e sim, olhar com clareza e destreza o currículo que compõe o corpo administrativo da escola, pois, o seu papel além de tudo é pedagógico.
O autor José Querino Ribeiro também foi um grande colaborador, em favor da Escola Nova ou da Educação Nova. Uma das suas obras consideradas clássicas que foi "Ensaio de uma teoria da administração escolar", foi uma das mais sucedidas por trazer em seus escritos idéias, e formas de organização para uma administração escolar de qualidade.
Ribeiro enfatiza um breve argumento em que a escola avançou seu status na sociedade, por levar a comunidade atividades para a multiplicação, variação e extensão da compreensão dos conceitos do ensinar e do aprender. Mas, como a escola é pertencente ao lado publico é cobrada financiamentos, criando barreiras, e assim fica difícil mostra resultados adequados, frente ao investimento.

Esta situação impõe a necessidade de mecanismos intermediários que dêem conta de garantir bons resultados, considerando um contexto em que a escola via-se frente à necessidade de coordenar suas tradicionais funções às novas demandas do desenvolvimento social e econômico do país. Neste sentido, Ribeiro, como também Leão (1945), via a efetivação de uma administração escolar segura como uma alternativa necessária: a Administração escolar vai funcionar como um instrumento executivo, unificador e de integração do processo de escolarização, cuja extensão, variação e complexidade ameaçam a perda do sentido da unidade que deve caracterizá-lo e garantir-lhe o bom êxito (RIBEIRO, 1986, p. 30 apud DRABACH e MOUSEQUER, 2009, p. 263).

O autor apresenta com mais precisão a atividade da escola, no uso da teoria da administração escolar onde o mesmo se baseia em estudos filosóficos da educação, política da educação e das ciências correlatas aos processos educativos. Ribeiro ver a administração escolar como processo de acolher a filosofia e a política de educação. Assim também como o uso das ciências correlatas a educação que é a Biologia, a Psicologia e a Sociologia. Na finalidade de alcançar uma educação de qualidade nos princípios da escolarização moderna.
Ribeiro movimenta a pedagogia da Educação Nova com cinco princípios atrelados a educação, são eles: liberdade, responsabilidade, unidade, economia, flexibilidade. Todas elas atendem as necessidades sociais. Como também está ligada aos estudos da administração geral. Como nos diz (DRABACH e MOUSEQUER, 2009,) que a divisão de funções no trabalho escolar pode se comparar as técnicas empregadas nas teorias da administração geral.
Finalizando o que Ribeiro aborda nas contribuições para uma administração escolar de qualidade, ele diz que dentro do processo de organização há à necessidade de regulação das relações, que define as normas de relacionamento entre os funcionários de uma organização. Contudo deve-se fazer uma escolha de bens ou serviços estabelecendo os manuais e regulamento a ser efetuado no trabalho.
Possamos agora falar de Manoel Bergström Lourenço Filho, este autor tem uma visão administrativa em que as escolas existem para que possam produzir algo em quantidade e em qualidade. Mas isso se dar a partir de uma vigilância das devidas contribuições que as instituições estejam produzindo em colaboração do progresso da produção econômica do país, entorno do que está gastando e de como é gasto o dinheiro público.
Pensando nesta possibilidade é muito importante que a escola em seu contexto atual, possa atribuir-se a um cenário que se torne imprescindível da atividade administrativa em favor de seu desenvolvimento dito racial e científico, possibilitando o acesso a toda comunidade.
A concepção de Lourenço Filho a frente dos relatos sobre administração e organização, é fazer uma junção de atividades ampla que possa assim envolver agentes para a separação de tarefas, onde possam resolver obstáculos que está adentrado na divisão do trabalho.

"bem organizar elementos (coisas e pessoas) dentro de condições operativas (modos de fazer), que conduzam a fins determinados" (LOURENÇO FILHO, 2007, p. 46). Administrar, por sua vez, "é regular tudo isso, demarcando esferas de responsabilidade e níveis de autoridade nas pessoas congregadas, a fim de que não se perca a coesão do trabalho e sua eficiência geral" (DRABACH e MOUSEQUER, 2009, p. 267).

Lourenço Filho cria as Teorias Clássicas e Teorias Novas, onde ele diz que nas Teorias Clássicas "os participantes dos empreendimentos são essencialmente considerados como peças de um complexo processo formal". Enquanto nas Teorias Novas ele diz que "esse modo de ver passa a ser discutido em face das influências que a própria vida dos empreendimentos exerça sobre as pessoas neles congregadas".
As organizações deveram manter uma preocupação diária com as pessoas que nelas estão inseridas, levando em consideração sue estado emocional, espiritual, psíquico e principalmente o cansaço corporal. Neste caso a organização deverá está munida de profissionais que cuide desses casos, que em muitas vezes não dão bons resultados aos afazeres do trabalho.

Uma decisão administrativa, bem fundamentada para certo nível funcional, poderá perder tal caráter em outro. As expectativas de um plano de mais baixo em relação a outro, ou inversamente, podem ser bastante diferenciadas, como variados serão certos efeitos que as condições sociais de trabalho produzam sobre as pessoas, como pessoas participantes de um grupo solidário, não simplesmente elementos que se distribuam tarefas dispersas. (LOURENÇO FILHO, 2007, p. 55 apud DRABACH e MOUSEQUER, 2009, p. 268).

Portanto as Teorias Novas visam completar e não refutar as Teorias Clássicas, sendo que ao tratar de organização e administração escolar, o sistema encarece tanto nas atividades de planejamento como: Controle, Avaliação e Coordenação, em quanto que as avaliações das relações não se processam neste espaço. Porém essas atividades não perdem suas estruturas hierárquicas, mais tem haver com elementos que devem ponderar o seu comportamento administrativo. Isso ocorre para que possam alcançar um grande ajuste no intuito de levantar os objetivos da organização e ter um rendimento satisfatório no grupo em geral.
Contudo na perspectiva de que Lourenço Filho por se tratar de serviço não de produtos, as suas atividades sempre levam em conta as relações humanas, no sentido de ajudá-la em si próprio. Isso leva o individuo a participar do processo educativo e torna-se solidário ao planejamento que faz parte desta concepção.
Por fim o autor Anísio Spínola Teixeira relata algo sobre a administração escolar, mesmo sem nunca ter escrito uma obra completa sobre o assunto. É possível encontrar algumas considerações a esse contexto em muitas obras que Teixeira escreveu. No entanto sobre a administração escolar ele ressalta experiências de como era a administração da educação no Brasil, antes do período da reforma no sistema de ensino no distrito federal.
Teixeira não é diferente dos autores citados acima, ele esteve no mesmo caminho, a defender as mudanças da Escola Nova a fim de colocar no Brasil um sistema escolar que viesse favorecer a todos. Mesmo que as transformações da sociedade tenham colocado obstáculos no âmbito das necessidades sociais e individuais. Com isso a educação agora não é mais posta apenas para as classes de elites, e sim para todos. Essas mudanças também serão aplicadas na administração escolar.
Na ótica do pensamento de Teixeira o método e o processo de ensinar é conseqüência da transformação que ocorre no método da administração escolar. Portanto ele enfoca essa visão que, a administração escolar esteja na organização e eficiência em massa.
Teixeira se preocupou com a qualidade de ensino diante da expansão dos sistemas escolares, assim também como se preocupava com a administração escolar. Pois, em muitas escolas de pequeno porte apenas um mestre poderia esta na direção administrativa como também em sala de aula. Assim ficava no jogo, como enfatiza Teixeira, (professor administra sua classe, ensina e guia o aluno).

Diante disso, aquelas três funções (administrar, ensinar e guiar), que antes se davam intrinsecamente ao ato educativo, irão constituir as funções da administração escolar: administrador escolar, supervisor de ensino, ou "mestre dos mestres", orientador, ou "guia dos alunos". Dado que estas funções são intrínsecas ao trabalho educativo, Teixeira afirma que "somente o educador ou o professor pode fazer administração escolar" (1964, p. 14), isso após razoável experiência de trabalho e especialização em estudos pós-graduados, com vistas a manter estas funções atreladas ao processo educativo. (DRABACH e MOUSEQUER, 2009, p. 270).

Teixeira defende sim a administração escolar mais com uma visão diferenciada do que seja administração, ele é contemporâneo, suas idéias são contrarias dos princípios da administração geral voltado para a educação.

5. PRATICA DA GESTÃO ESCOLAR

As organizações sempre vão necessitar de uma direção administrativa para continuar a crescer com o seu objetivo. Sabendo que toda organização é composta por: recursos humanos, fiscos e materiais, financeiros, tecnológicos e mercadológicos que esteja no intuito de bens lucrativos ou não. E esses caracteres empresariais só são dirigidos com eficácia e eficiência quando tem alguém na posição administrativa a dirigir as determinadas atividades com os demais funcionários.
É focalizado no trabalho de tese de (RODRIGUES, 2008) algumas Ênfases que compõe o corpo administrativo de uma empresa. Primeiro vem a Ênfase nas Tarefas, onde Rodrigues cita o modelo de administração que Taylor enfoca, que é a racionalização do trabalho no nível operacional, onde a idéia de Taylor é eliminar o desperdício e elevar o nível de produtividade usando métodos e técnicas de engenharia industrial.
Segundo vem a Ênfase na Estrutura, essa enfoca as teorias clássicas como a organização formal, divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, unidade de comando e centralização. Esses estão no comando de quem prever, organiza, comanda, coordena e controla como Fayol define. Contudo a preocupação aqui é o estudo da teoria geral da administração.
Em seguida vem a Ênfase nas Pessoas que está relacionada à teoria das relações humanas. Esta tem como foco diminuir e corrigir a desumanização atrelada ao trabalho. (RODRIGUES, 2008) coloca os principais enfoques das relações humanas que é compreender a organização informal, motivação, liderança, comunicações e dinâmicas de grupos. Por tanto essa ênfase esta ligada a posições funcionais e hierárquicas controlada pela autoridade, mas, proporcional ao grau de responsabilidades pelas pessoas.
A Ênfase no Ambiente tem o dever de seguir duas teorias que é teoria dos sistemas e a teoria da contingência. O foco destas teorias é a analise do meio ambiente onde a organização esta inserida. Pois é através desse local que a organização vai adquirir: pessoas, dinheiro, tecnologia, materiais e informações.
E por fim a Ênfase na Tecnologia, neste contexto as organizações percorrem no mercado produtivo o que há de mais novo para integra-se aos novos comandos que o mercado de trabalho oferece no tempo atual. Inclusão de maquinários para o favorecimento quantitativo de mercadoria. Com isso o homem sofre as conseqüências do desemprego. Chiavenato citado pro Rodrigues argumenta que, ao final da era industrial surgem várias técnicas de intervenção e inovação nas organizações, com melhoria contínua, qualidade total, reengenharia e equipes de alto desempenho. Ou seja, permanecem as pessoas que tem um currículo no perfil adequado as novas demandas oferecidas pelas organizações.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para que a administração organizacional de empresas e das escolas melhorem, é preciso um grande esforço dos administradores que estão no comando. Colocando em pratica todas as teorias aqui citadas. Mesmo se não houver um conhecimento sobre as mesmas procurar entender o que é realmente uma posição de gestor em uma organização.
Em se tratando do universo escolar, para a elevação da qualidade da educação, o Diretor necessita está sempre buscando novas informações para se estabilizar no comando da escola com eficácia e eficiência. Assim o trabalho é resultado de competência sobre as ações tomadas pelo gestor com os demais funcionários da organização escolar. Pois, o direto tem o dever de dar um direcionamento firme para os demais, e assim, a participação de todos nos diferentes viveis e fases das atividades, é muito importante para assegurar o eficiente desempenho da organização.
A educação é a chave principal do processo da gestão de qualidade, a educação também tem o poder de facilitar a implantação desse processo, para que as organizações venham obter o nível de melhoria sobre a eficácia e a eficiência do objetivo a ser alcançado.

REFERÊNCIAS:

SOUSA, José Vieira. Teorias administrativas. Brasília: Universidade de Brasília, 2006.

DRABACH, Neila Pedrotti. MOUSQUER, Maria Elizabete Londero. Dos primeiros escritos sobre administração escolar no Brasil aos escritos sobre gestão escolar: mudanças e continuidades. In:www.curriculosemfronteiras.org/vol9iss2articles/drabach-mousquer.pdf: 2009. Acessado em 26 de outubro de 2010.

RODRTGUES, Maisa Kugler. Prática e Teoria da Gestão Escolar de uma escola de Ensino Básico. Dissertação (Mestrado). São Paulo. Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), 2008, 140 p.