Talvez no decorrer do processo de busca pela inovação exigida, perde-se o real entendimento da palavra democracia ao empregá-la, de maneira solitária, como sendo a ferramenta norteadora de processos e ações – e isso não é uma inverdade, porém, as intenções das práticas democráticas comuns dos discursos pouco criativos e nada originais precisam ir além, permeando caminhos que impulsionem o coletivo a agir em prol da melhoria harmoniosa da qualidade de vida de uma nação. Ao desvincular democracia de coletividade, a ação proposta perde sua sustentabilidade, nos levando a questionar atitudes arbitrárias de predileção desacompanhadas de justificativas responsáveis e coerentes com as expectativas do contexto. Então como praticar ações democráticas que levem ao sucesso de todos? Como planejá-las? Sustentá-las? Adaptá-las? O século da informação imediata, com certeza, possui também essas respostas que precisam ser aplicadas em todos os ambientes, sejam eles, empresariais, educacionais, públicos ou privados. No tocante ao universo escolar, a gestão democrática deve estar vinculada aos objetivos pedagógicos, políticos e culturais da escola, desenvolvendo competências de lideranças como forma para se chegar a um processo ensino-aprendizagem de qualidade e uma escola de excelência. O gestor que transforma a democracia em perspectiva de mudança “conduz o conjunto de professores à maior participação e à maior implicação nas tomadas de decisões”. (VALÉRIEN, 1993, p. 15). Uma democracia é uma comunidade inclusiva onde as pessoas fazem parte do processo de construção de padrões para a qualidade nas escolas. Acredito em panoramas estruturados em redes onde o professor não é figura solitária, mas sim, articulador multidisciplinar capaz de facilitar a aprendizagem de todos e de cada um. Assim inovamos pela democracia, seja ela objeto de sonhos solitários ou simplesmente apelos infundados de gestores pouco preparados.