Não é de hoje que o Brasil vive um momento de crise política, porém desde 2013 essa crise foi tomando proporções maiores e isso se deve, principalmente, ao crescimento da expectativa da população e decadência da capacidade operacional das três esferas governamentais (Municipal, Estadual e Federal). A diferença entre a expectativa da população e a capacidade de entrega do Governo é uma equação simples, que gera apenas um resultado: insatisfação! Muito se é debatido sobre uma reforma política, se fala em tornar a gestão pública mais empresarial, porém, esse é um debate que ainda irá se prolongar por muito tempo. Em quanto isso, existem medidas simples, aprendidas no gerenciamento de projetos que podem aumentar e muito a capacidade de entrega dos Governos, alguns Estados já adotam e mostram um bom resultado com isso. Entre essas iniciativas podem ser citadas a elaboração de uma Carteira de Projetos estratégicos, isso seria, pinçar os principais projetos do órgão em questão e montar a estrutura de cada ação, estabelecendo prazos, responsáveis e metas. Além disso, é fundamental que se crie um núcleo responsável pelo monitoramento desses projetos, esse núcleo, deve antecipar possíveis restrições e acionar uma linha decisória, previamente estabelecida, para solucionar problemas mais estruturantes. Um caso de sucesso no Brasil com esse modelo é o do Governo do Estado do Espirito Santo, lá foi criada uma Secretaria Extraordinária que é responsável por coordenar e monitorar a carteira de projetos do governo, que foi definido através de um Planejamento Estratégico de longo prazo (20 anos). O documento é publico, e pode ser facilmente encontrado com o nome de: Espirito Santo 2025. Essas iniciativas mostram, que apesar da morosidade do setor público, é possível sim, associar a Gestão de Projetos no Governo e com isso, aumentar a capacidade de entregas do órgão, diminuindo o delta entra Capacidade Operacional e Expectativas da população.