A gente comete tantos erros na tentativa de acertar A gente magoa tanta gente tentando agradar A gente fala tanto quando deveria se calar A gente esconde tanto as palavras quando alguém almeja nos escutar A gente escolhe tão mal as palavras e odeia quem a gente deveria amar A gente é tão imperfeito na tentativa de nos justificar A gente não reconhece os nossos erros e priva os outros do direito de errar A gente peca tanto e ainda se dá ao direito de o nosso próximo condenar A gente é tão humano e ainda perde tempo tentando se deificar A gente se auto-condena pelos nossos próprios atos de covardia e ainda tenta se vitimar A gente é tão veloz para odiar e tão tardio para amar A gente é tão inconveniente e nem pra notar A gente odeia tanto aos outros e demonstra isso com um simples olhar A gente é perito ao expressar em palavras nosso ódio e tão leigo na linguagem perfeita do verbo amar A gente é assim e reconhecer talvez seja o primeiro passo pra mudar (Dedico esse poema à minha amiga Natalha Silva, como forma de pedir-lhe perdão por nem sempre saber escolher as palavras certas pra dizer... Te amo muito, Nathy)