O mundo evolui e a sociedade se transforma. No passado não existia o conceito de infância, as crianças eram tidas como adultos em miniaturas e precocemente compunham a renda familiar com seu esforço.  

Apenas há poucos anos a criança é vista de forma diferente, iniciando um singelo olhar para seu desenvolvimento e conseqüentemente valorizando a brincadeira. A brincadeira além de contribuir para o desenvolvimento físico, cognitivo e mental, é a forma da criança expor seu mundo interior e também de elaborar traumas e sofrimentos de origem diversa.  

O problema atualmente é que as famílias estão morando em lugares cada vez menores, o número de apartamentos se multiplicou, faltando espaço para que estas crianças gastem toda sua energia e explorem o ambiente, sem atrapalhar o cotidiano. E não é só a falta de espaço, mas as novas tecnologias mudaram o brincar das crianças; elas ficam mais tempo paradas em frente ao computador ou videogame, deixaram de correr, pular, subir em árvores, pular amarelinha, etc. Desconhecendo o prazer de produzir sua própria diversão através de latas, madeiras, potes, etc. Deixando a criatividade limitada, isso é se ela pode ser desenvolvida sem estímulo.

Brincar possibilita à aprendizagem, a criatividade, a vida. Uma criança inicia seu desenvolvimento com ações concretas e só vai conseguir abstrair se outras funções tivessem sido desenvolvidas. Cada brinquedo recebe uma significação momentânea. Brincar é coisa séria, através de atividades lúdicas a criança humana ampliar suas habilidades, desenvolve sua socialização e aprende a solucionar problemas, além de descarregar as frustrações.