A força da família.

            Quem de nós em algum momento não ouviu o exemplo do feixe de vara.   Uma só vara  é  facilmente quebrável, não  necessitando de muito esforço para tal, sendo que um feixe porém, torna-se difícil  e exige muita força e mesmo assim, quase que em vão.

            A partir desta afirmação, analisemos a família em nossos dias. Quem é quem e quais os papéis e ou funções no seu interior e fora dela? Onde está a força da família como grupo, que trabalha com foco, com metas e acima de tudo vivendo a partilha, a solidariedade, o respeito mútuo e o crescimento de todos? Antigamente, a família respondia por tudo isso e muito mais. Assumia para si a responsabilidade de suas ações. Os limites eram traçados e o amor era a mola mestra.

            Atualmente, por força da modernidade e também de uma mídia impiedosa, percebemos a família sem rumo, desestruturada, frágil, onde seus membros lutam muitas vezes contra si próprios, imperando uma violência em todos os aspectos, frutos de uma sociedade egoísta, tirana, consumista, de um capitalismo selvagem que destrói, separa, anula, desagrega, mata....

            Quando a família deixa de ser núcleo base, alicerce para os filhos, formadora de valores humanos, perde a força de grupo, abre-se para toda ação negativa que a sociedade oferece. Como vícios, doenças sociais, mundo do crime, corrupção, guerras, extremismos, radicalismos, e tantos outros malefícios. Ela perde a força. É como a vara quebrável.

            E então, coloquemos a escola dentro deste contexto. A violência que assola o cotidiano escolar, nada mais é que a extensão desta realidade fria, mórbida que está nas ruas e em todos os espaços da sociedade, onde os valores do amor,do respeito, da igualdade, da dignidade, da ética, do trabalho, da moradia digna, da educação de qualidade e para todos, da liberdade... não estão presentes.

            É necessário resgatar a família e seus valores, torná-la novamente o alicerce da sociedade. Assim reestruturaremos a escola e por conseguinte a sociedade, onde o cidadão seja o bem maior.

 Marines Tonin Schuster

Gentil, 24 de junho de 2015.