A formulação das tecnologias na virada do século é constante. O aparecimento assistemático desse paradigma tende a enaltecer a sociedade, dita moderna, e transformá-la em globalizada apta dos mais diversos tipos de conhecimento.
Nesse âmbito Mattelart ( 2002, p. 09), explica que a segunda metade do século XX foi marcada "pela formulação de crenças no poder miraculoso das tecnologias informacionais".
O processo ensino aprendizagem, "afetado" pelo paradigma da modernização, apresenta novas propostas pedagógicas tanto para o corpo docente, bem como o discente. Nesse caso explica-se também a economias de tempo no âmbito educacional em que professor interage via internet com o aluno em qualquer lugar ou hora.
A respeito disso Barreto & Leher ( 2003, p. 39) argumentam que:

(...) A partir dessa premissa, organismos internacionais e governos fazem ecoar uma mesma proposição: é preciso reformar de alto a baixo a educação, tornando-a mais flexível e capaz de aumentar a competitividade das nações, únicos meios de obter o passaporte para o seleto grupo de países capazes de uma integração competitiva no mundo globalizado.

Para isso é preciso que haja a conscientizarão a nível educacional em que se processa a busca de novos conhecimentos cada vez mais reciclados, principalmente no caso dos professores.
A escola juntamente com o corpo administrativo necessita de mais recursos que possa disponibilizar a compra de recursos pedagógicos. Pode-se fazer referência aqui às instituições públicas que dispõem de poucos recursos e, algumas vezes não provém desses como: TVS de boa qualidade e computadores com internet, só para destacar o essencial, sendo que algumas escolas ainda mantém sues computadores lacrados, pois não há espaço e recursos suficientes para construção de laboratórios de informática e se há falta-lhes profissionais qualificados que sirvam como veículos condutores e interativo dos discentes para que possam ser inserido nas Tecnologias da Informação e comunicação.
Faz-se lembrar aqui as palavras de Papert ( 1986, p. 23 ) :


[...] a presença do computador nos permitirá mudar o ambiente de aprendizagem fora das salas de aulas de tal forma que todo o programa que escolas tentam atualmente ensinar com grandes dificuldades, despesas e limitado acesso, será aprendido como a criança aprende a falar, menos dolorosamente, com êxito e sem instrução organizada. Isso implica, obviamente, que as escolas como as que conhecemos hoje não terão lugar no futuro.

Como se sabe há alguns anos vêm se discutindo a necessidade de formar estudantes com o domínio de informática e da comunicação oral para terem acesso ao mercado de trabalho. A implantação das TIC no meio educacional deve contemplar inúmeras reflexões críticas nas ciências sociais, isso porque o aluno, como indivíduo interativo do meio social necessita de conhecimentos para que possa assumir uma posição crítica diante da sociedade atual.
Só o uso das tecnologias como ferramentas não será suficiente para dar boa continuidade ao processo de ensino-aprendizagem. Alguns fatos devem ser mencionados como, por exemplo, a atitude positiva dos professores perante a estas tecnologias atuais. A organização das aulas em torno da Internet e outros produtos tecnológicos são recomendáveis também no processo ensino aprendizagem. Porém, a determinação clara dos objetivos do ensino por parte dos professores é um dos pontos mais significativos do processo.
Segundo Longo ( 1991-2000, p. 196):

Felizmente, o próprio avanço tecnológico produziu os meios necessários para o atendimento de tais necessidades, a custo suportáveis pela sociedade, inclusive no Brasil. Trata-se dos meios de comunicação, que podem colocar os conhecimentos ao alcance confortável dos cidadãos onde quer que eles estejam, a partir de bases logísticas onde estão armazenados tais conhecimentos. Tem-se assim, em mãos, a oportunidade de democratizar o acesso à educação em todos os níveis.

Pode-se dizer então que a busca de novos conhecimentos no âmbito educacional passa por novos desafios e se processa pela busca exacerbada de estímulos. É preciso de consciência, pois toda informação passa pelo processo de emadurecimento para sua aceitação contínua.

REFERÊNCIAS

BARRETO, R.G.; LEHER, R. Trabalho docente e as reformas neoliberais. In: OLIVEIRA, D.A. (Org.). Reformas educacionais na América Latina e os trabalhadores docentes. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.p. 39-60.

LONGO, Waldimir Pirró. A viável democratização do acesso ao conhecimento. In: Lugar Comum- estudos de mídia, cultura e democracia. No. 09-10. Rio de Janeiro: UFRJ, 1991-2000.

MATTELART, A. História da sociedade da informação. São Paulo: Loyola, 2002.