A Palavra de Deus em Neemias capítulo 8 e versículo 10,afirma:"Portanto não vos entristeçais,porque a alegria do Senhor é a vossa força".Desta forma,cumprir o dever,sem deixar amedrontar pelos sofrimentos nem se amolecer pelos prazeres,era,para o estóico,o sumum bonum  a plena felicidade.Para o cristão porém,essa felicidade provém mais da religião do que da moral.A aprovação da consciência,quando praticam um ato bom,causa,sem duvida,uma felicidade que merece ser chamada a maior e a melhor da vida.Unindo-a porém à piedade no Sermão do Monte,Jesus a elevou ao grau de bem-aventurança.A fé em Deus e o auxílio da sua graça é que habilitam exclusivamente,como entendiam os estóicos.O pecado estabelece uma rotura nas relações do homem com Deus a qual, enquanto permanece,o impedem de fazer o bem, ou obedecer a lei moral perfeitamente.Somente adquirindo pela fé a justiça de Deus e na medida em que realiza essa graça em sua vida,pode praticar as virtudes que constituem a bem-aventurança."A alegria do Senhor" ou gozo que a fé produz,ensinava Neemias,é que nos dá forças ou virtudes para o cumprimento de nossos deveres.É uma felicidade,de fato, filha em parte das virtudes do indivíduo,mas possibilitada,sublimada,e garantida pelas suas relações com Deus.O estóico que afirmava inteiramente em sua força de vontade,não só estava sujeito a perdê-la por cair em alguma fraqueza ,mas a encher-se de orgulho,com as suas virtudes;e o orgulho que é um defeito moral, fazia parte da sua felicidade,como se fosse virtude.O cristão porém,fortalece a sua energia moral apoiando-se em Deus e por isso em vez do orgulho proverbial do estóico tornando-se humilde,embora seja tão heróico como aquele nas lutas pelo bem.Um tem apenas a felicidade da aprovação da própria consciência;o outro a bem-aventurança de que "tudo pode naquele que o conforta".

AUTOR: Ednilson Simei Maciel de Moraes(Prof.Pr.Mestre e Especialista em Educação).

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