A Falta da Universidade Moderna para a Formação da Cultura Nacional

Para se falar sobre a inserção da educação no Brasil há uma necessidade de se estudar um pouco a história da colonização do Brasil, o referido texto é baseado nos estudos do livro Ensino Superior no Brasil: analise e interpretação de sua história até 1969. Este livro foi escrito por Anisio Teixeira , este foi um dos revolucionários da Educação brasileira e participou do Manifesto dos Pioneiros da Educação nova, que trouxe uma maior visibilidade para a educação brasileira.

É interessante pensar sobre a criação da universidade brasileira, avaliando a questão da colonização do Brasil pelos portugueses, pois os mesmos, queriam enriquecer cada vez mais Portugal  explorando as riquezas da nova terra chamada Brasil, a cultura brasileira foi gerada pela mixigenação de vários povos, portanto é valido repensar, de que tipo de cultura estamos falando? O que é moderno em relação a educação?

Para muitos as universidades brasileiras são copias mal elaboradas das universidades estrangeiras, o que venho relatar neste texto é que existe a possibilidade da criação de uma cultura organizada para o estudo da cultura de uma população, que acredita que  uma educação de qualidade vale a pena.

Entretanto, é preciso olhar para o cidadão que acredita no estudo, como alguém especial, que deseja ter a credibilidade neste país que acredita  na inserção do pensamento moderno no meio acadêmico. Esse pensamento só poderá ser inserido quando  se passar a pensar   em universidade como criação e deixar a escrita do outro para apenas geração de conhecimento e pesquisa. É fundamental ter no meio acadêmico grandes escritores que dedicaram suas vidas para deixar um legado a ser estudado, mas há uma enorme necessidade de se criar espaços para a reelaboração de novas ciências, novos profissionais.

Um País que sofreu influencias de vários povos  tem uma cultura diversificada, e todo este conceito de modernidade pode se tornar algo volúvel pois falar de modernidade é algo relativo, tudo irá depender da identidade formulada pelo cidadão que está discutindo o assunto. Os perigos gerados com a influência do autodidatismo do século XIX se faz presente nos dias atuais, cada um quer defender a sua melhor maneira de se expressar ou formular as suas aulas.

Quando o texto traz os Sertões de Euclides da cunha para falar sobre pessoas brasileiras falando do brasil, esta referencia foi bem contextualizada, pois é mais interessante ler um autor nacional falando das suas raízes do que estudar algo baseados em autores estrangeiros, mesmo o texto dando credibilidade para alguém conhecido entre os leitores brasileiro, ainda assim existe pessoas que são contra os escritos de Euclides da Cunha, pois este pode retratar algo que tenha um cunho preconceituoso, a universidade é um ambiente de pesquisa, no Brasil ainda vejo a universidade como um ambiente profissional, mas este exige que seus educando pesquisem, elabore conhecimento. Há uma grande contraversão entre a pesquisa realmente dita e o que de produz em algumas instituições.

A cultura de estudo do brasileiro foi usado para beneficiar uma pequena parte da população, por esta razão essa atividade até hoje é demarcada por aqueles que sabem e os que não sabem, os que podem e os que não podem. “As províncias  brasileiras não tinha nas instituições raízes que geram a cultura, e , além disto, estava em profunda transformação”. Essa transformação começa a ser gerada para as pessoas que aqui nasceram depois de muitos anos de sofrimento.

Não  é difícil encontrar pessoas desvalorizando a cultura nacional brasileira, mas essa relação de desaprovação foi herdada dos colonizadores onde as riquezas existente no brasil era importante para beneficiar os estrangeiros e gerar apenas o trabalho para as pessoas mais pobres que aqui moravam. “ Quando a universidade se faz autentica ela gera conhecimento e poder” ao gerar conhecimento o Brasil passou a correr um grande risco de a população se rebelar diante do que se estava sendo praticado sem o consentimento da população, por essa razão nem todos que desejam estar em uma determinada posição consegue alcançar.

Humboldt foi o idealizador do ensino da cultura nacional, agora a universidade ganha cara nova, pois passa a querer conhecer e ensinar a importância de incentivar os alunos e professores a valorizar a sua nacionalidade, a partir do momento que ele começa a fazer estes atos os estudos começam a melhorar e gerar um maior conforto para aqueles que gostariam de ver seus ensinamentos sendo discutidos e levados a serio.

“A universidade somente será de pesquisa quando passar a reformular a cultura que vai ensinar”. Há todo momento as praticas do professor educador deve ser transformada e reelaborada, pois seu publico muda a cada instante, é necessário buscar uma reavaliação de tudo aquilo que se cria para que em uma nova oportunidade venha ser recriada.

Concordo com o autor quando ele diz que “ a educação deve ser um processo de incorporação pelo aluno” se o aluno não acreditar no que ele está estudando, aprendendo ou mesmo escrevendo ficará impossível se criar um conceito novo ou algo signifique o processo de estudar e aprender.

A ciência da criação deve ser fecunda para gerar conhecimento, e este deve ser baseado no conhecimento que se adquire ao longo da vida. Toda pesquisa tem um pouco da pretensão empírica gerada pelo conhecimento dos antepassados, partindo deste pressuposto a cultura moderna precisa se nacionalizar.  A transmissão de uma cultura é entrelaçada de conhecimentos adquiridos ao longo da vida.

Referência

TEIXEIRA Anísio . A Falta da Universidade Moderna Para a Formação da cultura Nacional. IN: Ensino Superior no Brasil: analise e interpretação de sua evolução até 1969,RJ. ed. Fundação Getulio Vargas.